Pesquisar e

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Os perigos das redes sociais




ASPECTOS NEGATIVOS:
  • notícias falsas, 
  • mentiras políticas,
  • campanhas de ódio,
  • constrangimentos públicos,
  • agressões verbais,
  • preconceitos, 
  • assédios, 
  • exposições de intimidade,
  • exposição de dados pessoais,
  • tráfico de pessoas,
  • pornografia,
  • pedofilia,
  • e até tentativa de homicídio usando os canais para aproximação com a vítima.





FACEBOOK:


Facebook que tem mais de 3,5 bilhões de usuários, 40 % tem menos de 22 anos

Frances Haugen ex-funcionária levou junto milhares de documentos internos, e mostra que Facebook trabalha com algoritmos que:
  • incentivam uma discórdia que às vezes custa vidas;
  • que suas ferramentas são projetadas para criar dependência e aumentar o consumo;
  • que pouco fazem para controlar o crime organizado
  •  é mentira que tratem igualmente seus mais de 3 bilhões de usuários.
  • prejudica os adolescentes: "32% das adolescentes disseram que, quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia sentir pior".
  • Nos Estados Unidos, as taxas de depressão em adolescentes aumentaram em mais de 60% de 2011 a 2018, enquanto as internações em pronto-socorro por automutilação entre meninas de 10 a 14 anos triplicaram de 2009 a 2015.

01- O Facebook afirma que suas regras se aplicam a todos. Documentos da empresa revelam uma elite secreta isenta


Mark Zuckerberg disse que o Facebook permite que seus usuários falem em pé de igualdade com as elites da política, cultura e jornalismo, e que seus padrões se aplicam a todos. Em particular, a empresa construiu um sistema que isentou usuários importantes de algumas ou de todas as suas regras. O programa, conhecido como “verificação cruzada” ou “XCheck”, foi concebido como uma medida de controle de qualidade para contas de alto perfil. Hoje, ele protege milhões de VIPs da fiscalização normal da empresa, mostram os documentos. Muitos abusam do privilégio, postando material incluindo assédio e incitação à violência que normalmente levaria a sanções. O Facebook diz que as críticas ao programa são justas, que ele foi projetado para um bom propósito e que a empresa está trabalhando para corrigi-lo. 

Se um usuário normal do Facebook escreve algo explicitamente violento ou publica uma imagem de nu, a rede suprime a publicação. Mas, no caso destes usuários VIP, a moderação demora mais ou nem sequer faz algo, em boa parte para evitar publicidade negativa entre seus seguidores e a repercussão da imprensa.

2- Facebook sabe que o Instagram é tóxico para muitas adolescentes, mostra de documentos da empresa

Pesquisadores do Instagram, que é propriedade do Facebook, vêm estudando há anos como seu aplicativo de compartilhamento de fotos afeta milhões de jovens usuários. Repetidamente, a empresa descobriu que o Instagram é prejudicial para uma porcentagem considerável delas, principalmente adolescentes, mais do que outras plataformas de mídia social. Em público, o Facebook consistentemente minimizou os efeitos negativos do aplicativo, inclusive em comentários ao Congresso, e não tornou sua pesquisa pública ou disponível para acadêmicos ou legisladores que a solicitaram. Em resposta, o Facebook diz que os efeitos negativos não são generalizados, que a pesquisa de saúde mental é valiosa e que alguns dos aspectos prejudiciais não são fáceis de abordar. 




3- Facebook tentou tornar sua plataforma um lugar mais saudável. O efeito foi contrário.


O Facebook fez uma mudança anunciada em seu algoritmo em 2018, projetada para melhorar sua plataforma - e interromper os sinais de redução do engajamento do usuário. O Sr. Zuckerberg declarou que seu objetivo era fortalecer os laços entre os usuários e melhorar seu bem-estar, promovendo interações entre amigos e familiares. De Facebook ntro da empresa, mostram os documentos, os funcionários alertaram que a mudança estava surtindo o efeito contrário. Estava deixando o Facebook, e aqueles que o usavam, mais furiosos. Zuckerberg resistiu a algumas correções propostas por sua equipe, mostram os documentos, porque temia que elas levassem as pessoas a interagir menos com o Facebook. O Facebook, em resposta, afirma que qualquer algoritmo pode promover conteúdo questionável ou prejudicial e que a empresa está fazendo o possível para mitigar o problema. 


4- Funcionários do Facebook sinalizam cartéis de drogas e traficantes de pessoas. A resposta da empresa é fraca,


Dezenas de documentos do Facebook revisados ​​pelo The Wall Street Journal mostram funcionários alertando sobre como suas plataformas são usadas em países em desenvolvimento, onde sua base de usuários é enorme e está em expansão. Os funcionários sinalizaram que traficantes de pessoas no Oriente Médio usaram o site para atrair mulheres para situações de trabalho abusivas. Eles alertaram que grupos armados na Etiópia usaram o local para incitar à violência contra as minorias étnicas. Eles enviaram alertas a seus chefes sobre venda de órgãos, pornografia e ação do governo contra dissidentes políticos, de acordo com os documentos. Eles também mostram a resposta da empresa, que em muitos casos é inadequada ou nada. Um porta-voz do Facebook disse que a empresa implantou equipes globais, parcerias locais e verificadores de fatos terceirizados para manter os usuários seguros.


5- Como o Facebook atrapalhou a tentativa de Mark Zuckerberg de vacinar a América


O Facebook deu seu peso na promoção das vacinas Covid-19 - “uma das principais prioridades da empresa”, disse um memorando - em uma demonstração da fé de Zuckerberg de que sua criação é uma força para o bem social no mundo. Acabou demonstrando o abismo entre suas aspirações e a realidade da maior plataforma social do mundo. Os ativistas inundaram a rede com o que o Facebook chama de conteúdo de “barreira à vacinação”, mostram os memorandos internos. Eles usaram as próprias ferramentas do Facebook para semear dúvidas sobre a gravidade da ameaça da pandemia e a segurança da principal arma das autoridades para combatê-la. Os problemas da Covid-19 deixam isso desconfortavelmente claro: mesmo quando ele definia uma meta, o presidente-executivo não conseguia dirigir a plataforma como ele queria. Um porta-voz do Facebook disse em um comunicado que os dados mostram hesitação vacinal para pessoas nos EUA


6- O esforço do Facebook para atrair pré-adolescentes vai além do Instagram Kids, Documents Show


O Facebook tem sofrido cada vez mais críticas nos últimos dias por seu efeito sobre os usuários jovens. Dentro da empresa, equipes de funcionários há anos traçam planos para atrair pré-adolescentes que vão além do que é conhecido publicamente, estimulados pelo medo de perder uma onda de usuários essenciais para seu futuro. “Por que nos preocupamos com os pré-adolescentes?” disse um documento de 2020. “Eles são um público valioso, mas inexplorado.” Adam Mosseri, chefe do Instagram, disse que o Facebook não está recrutando pessoas muito jovens para usar seus aplicativos - o limite de idade atual é 13 - mas, em vez disso, está tentando entender como adolescentes e pré-adolescentes usam a tecnologia e apelar para a próxima geração.


07 Documentos do Facebook sobre Instagram e adolescentes, publicados


Uma audiência do Comitê de Comércio do Senado sobre o Facebook, adolescentes e saúde mental foi motivada por um artigo de meados de setembro no The Wall Street Journal. Com base em documentos internos da empresa, ele detalhou a pesquisa interna do Facebook sobre o impacto negativo de seu aplicativo Instagram em meninas adolescentes e outras pessoas. Seis dos documentos que formaram a base do artigo do Instagram são publicados aqui.



8- Os serviços do Facebook são usados ​​para espalhar o ódio religioso na Índia, mostra de documentos internos



Os pesquisadores do Facebook documentaram como sua plataforma contribuiu para o conflito inter-religioso divisivo na Índia, de acordo com registros internos. Os pesquisadores da empresa descobriram que a incitação ao ódio aumentou em 300% em meio a tumultos sangrentos, e que os usuários indianos responsabilizaram a empresa por não ter evitado ou policiado isso. O Facebook rastreou parte do fluxo de ódio a entidades influentes ligadas ao governo governante da Índia, mas não tomou medidas em meio a preocupações sobre "sensibilidades políticas". O Facebook diz que o discurso de ódio contra os muçulmanos está aumentando em todo o mundo e que a empresa está trabalhando para melhorar a fiscalização em suas plataformas.


9- O Facebook é ruim para você? É para cerca de 360 ​​milhões de usuários, sugerem pesquisas de empresas

Pesquisadores do Facebook descobriram que 1 em 8 dos usuários do aplicativo relatou se envolver no uso compulsivo de mídia social que afeta seu sono, trabalho, pais ou relacionamentos, e os problemas foram percebidos pelos usuários como sendo piores no Facebook do que em qualquer outra grande mídia social plataforma, de acordo com documentos analisados ​​pelo The Wall Street Journal. Os documentos destacam a pesquisa da empresa sobre os possíveis impactos negativos na vida cotidiana de uma ampla faixa de usuários. O Facebook disse que construiu ferramentas e controles para ajudar as pessoas a gerenciar quando e como usam seus serviços.

10- Exposição a anúncios com temáticas adultas

Um estudo do Tech Transparency Project (TTP), organização não governamental voltada para estudos na internet, descobriu ser possível criar publicidade no Facebook — e, consequentemente, no Instagram — direcionada para menores de idade com assuntos relacionados a álcool, relacionamentos, perda de peso, cigarros entre outros temas nocivos aos mais jovens. As regras de conduta da rede proíbem o direcionamento desse tipo de conteúdo para os jovens, mas haveria brechas no sistema de verificação que permitiam a exibição.


Bibliografia

https://www.wsj.com/articles/the-facebook-files-11631713039

https://www.cdc.gov/healthyyouth/data/yrbs/pdf/YRBSDataSummaryTrendsReport2019-508.pdf#page=58

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Evangelização no Brasil - a negligência da igreja brasileira -8 segmentos menos evangelizados

 



A- Terminologia Missionária

Povo Não Alcançado (PNA)

Explicação: Um povo sem comunidade cristã autóctone, com insuficiente número,recursos e visão para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo sem apoio externo,em geral com menos de 2% de evangélicos. Correlação em Inglês: Unreached People Group (UPG)


Povo Menos Alcançado (PMA)

Explicação: Um povo com reduzida presença cristã local, frequentemente comnecessidade de cooperação externa para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo,em geral entre 2% a 5% de evangélicos.Correlação em Inglês: Least Evangelized People.

Povo Não Engajado (PNE)

Explicação: Um povo não alcançado sem a presença de cristãos, igrejas, missionários ou Bíblia na língua materna e sobre o qual não há nenhuma iniciativa ou intenção deevangelização, interna ou externa.Correlação em Inglês: Unengaged Unreached People Group (UUPG


B- Evangelho no mundo
Há ainda mais de 6.000 povos no mundo sem o conhecimento do Evangelho, cerca de 3.000 línguas sem um verso bíblico em seu idioma e 2 bilhões de pessoas que não conhecem o Senhor Jesus.



C- Evangelho no Brasil

No Brasil há oito segmentos reconhecidamente menos evangelizados, sendo sete socioculturais e um socioeconômico.

1- Indígenas

TEmos  temos 164 povos  não alcançados, e dentre estes, temos 99 povos sem presença missionária conhecida, localizados principalmente na Região Norte do país, e 65 com engajamento missionário . Estas etnias, com pouco ou nenhum conhecimento de Cristo, espalham-se por todo o Brasil com forte concentração no Norte e Nordeste. 

Segundo dados da Aliança Evangélica Pró-Indígenas do Nordeste há 58 etnias na Região Nordeste (Relatório, 2012), das quais 29 são consideradas não alcançadas. Em 19 etnias há crentes, porém não há nenhuma igreja e somente em 10 há crentes e igrejas entre elas. O grande desafio é o plantio de igrejas nas etnias do Nordeste e a formação de lideranças indígenas. 


2- Ribeirinhos
 Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas  ao longo de centenas de rios e igarapés. 

As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades e 1 milhão o número de ribeirinhos não alcançados na região amazônica. 

Os ribeirinhos são povos que vivem tradicionalmente nas margens dos rios, cujas vidas estão profundamente integradas aos ciclos de enchente e seca desses rios. 

Embora, também sejam localizados em várias partes do país, é no vasto território da Amazônia que encontramos a maior parte desses povos espalhados pelos inúmeros rios da região. Muitas vezes vivendo em localidades marcadas pelo distanciamento das cidades e pelo isolamento geográfico. 

Em relação ao Evangelho, a maioria das comunidades tradicionais num raio de 100 Km das principais cidades já foram alcançadas. 


3-Ciganos

Há cerca de 800 mil a 1 milhão o número de ciganos vivendo no Brasil  e destes 700.000 Ciganos são Calon  e destes apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. Os Ciganos espalham-se por todo o território nacional nas grandes e pequenas cidades, vivendo em comunidades nômades, seminômades ou sedentárias.


No Brasil temos a presença de três grupos: Rom, Calon e Sinti. Cada um desses grupos possui sua própria língua, costume e cultura, diferenciando assim, um grupo do outro. Para entendermos bem isso, basta-nos olharmos para os indígenas brasileiros, embora chamemos todos os grupos originários do país de indígenas, na verdade trata-se de vários povos com língua e cultura própria. Os Calon formam o maior grupo presente no Brasil e são conhecidos por historicamente serem os primeiros a chegarem ao nosso país, falam o idioma chibi. O segundo grupo mais representativo numericamente são os Rom, cujo idioma é o romanês. Os Sinti é o grupo menos expressivo em termos populacionais, são falantes do sinto. 

Os ciganos são um dos grupos menos alcançados do Brasil. Levantamentos iniciais estimam a existência de apenas 10 mil ciganos evangélicos no país, porém estes dados precisam ser confirmados. Há uma grande demanda por pesquisas para dimensionarmos melhor o desafio cigano. Também há uma grande carência de mais missionários para servirem entre esses povos. Atualmente há apenas 19 obreiros trabalhando em tempo integral entre eles, e 24 em tempo parcial, segundo levantamentos da Missão Amigos dos Ciganos apresentado no CBM 2017.

4- Sertanejos

O Censo IBGE 2010 sinalizou que dos 1.794 municípios nordestinos 195 possuem até 5% de crentes e 910 até 10%, a maioria no Sertão. Note que 76,45% dos crentes sertanejos estão no sertão urbano e 23,55% na zona rural. Da população total do sertão urbano 13,67% são crentes e do sertão rural apenas 7,11% confessam a fé cristã evangélica. Tais percentuais mostram claramente que a zona rural sertaneja exige nossa maior atenção e estimamos que existam aproximadamente 6 mil povoados rurais sertanejos sem presença evangélica fixa e muitas delas sem nenhuma assistência espiritual. 
 

5- Quilombolas
Atualmente há 3.271 (02/2019) comunidades quilombolas certificadas no país (FCP, 2019). Contudo, o número total de comunidades pode chegar a 5 mil ou mais, dependendo da fonte. O IBGE incluirá pela primeira vez as comunidades quilombolas no próximo Censo 2022, o que permitirá termos dados mais precisos sobre a população quilombola. Estima-se que 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica 


Os quilombolas são afro descendentes que se organizam em comunidades próprias e mantém sua identidade (Relatório, 2013). A grande maioria dessas comunidades são rurais, mas há um número significativo de comunidades urbanas, inclusive em grandes cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

As comunidades quilombolas são encontradas em todas as Regiões do Brasil, e estão presentes em quase todos os Estados, somente Roraima e Acre não possuem comunidades certificadas. 
A certificação é um documento emitido pelo Governo que comprova que a comunidade é remanescente de quilombo. É emitida com base no direito à auto definição preconizado pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 



6- Imigrantes.
 Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.



7- Surdos com limitações de comunicação
Surdo com limitações de comunicação. Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus X. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional.


8- Grupos socioeconômicos
 Divide-se em dois extremos: 
Os mais ricos dos ricos 
 Os mais pobres dos pobres.

 As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos 

A Igreja de Cristo foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo onde estiver e por onde passar (Mt 28:19). Foi-lhe entregue também um critério de prioridade nas ações evangelizadoras: onde Cristo não foi anunciado (Rm 15:20). É, portanto, momento de orar pelo mundo sem Cristo, por a mão no arado e não olhar para trás.




Bibliografia:

https://portal.povoselinguas.com.br/editoriais/aqueles-que-pouco-ou-nada-ouviram-bem-proximo-a-nos/

http://comoouvirao.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Relat%C3%B3rio_Como_Ouvir%C3%A3o_2018.pdf

 https://portal.povoselinguas.com.br/pesquisa/amtb-lanca-padronizacao-de-terminologias-missionarias/


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Baphomet e a maçonaria um mito propagado na internet



Baphomet, drawing by Éliphas Lévi.
 From Dogme et Ritual de la Haute Magie by Éliphas Lévi (G. Baillière, Paris, 1861)


História

"Baphomet ,  ídolo inventado ou divindade pagã ou gnóstica que oTemplários foram acusados ​​de adoração e isso foi mais tarde adotado por vários escritores ocultistas e místicos .

A primeira menção conhecida de Baphomet foi em uma carta escrita em 1098 por Anselm de Ribemont descrevendo o Cerco de Antioquia durante a Primeira Cruzada . Anselmo afirmou que os turcos “invocaram Baphomet em voz alta”. A maioria dos estudiosos acredita que a palavra se refere a Muhammad [Mahomet-Maomé] , o fundador do Islã .

 Em 1307Filipe IV da França prendeu todos os Templários da França, acusando-os de atos heréticos, como adoração idólatra de uma caabeça barbuda chamado Baphomet. No século 19, também se dizia (falsamente) que os maçons adoravam Baphomet.

Em seu livro Dogme et ritual de la haute magie (1861; Transcendental Magic: Its Doctrine and Ritual ), o influente ocultista francês Éliphas Lévi criou o Baphomet que se tornou um ícone do ocultismo reconhecido.

 O frontispício do livro era um desenho de Baphomet imaginado como uma “Cabra Sabática” - uma figura humana alada hermafrodita com cabeça e pés de cabra adornada com vários símbolos esotéricos . Lévi descreve o significado de cada elemento do desenho, que é definido por sua dualidade profunda e penetrante

Ocultista britânicoAleister Crowley também adotou Baphomet, principalmente em sua "Missa Gnóstica". Mais recentemente, o Templo Satânico encomendou uma estátua de Baphomet, que foi inaugurada em 2015 e, em seguida, mudou-se para vários lugares como um protesto contra a exibição de monumentos dos Dez Mandamentos em espaços públicos." Bauer, Patricia. "Baphomet". Encyclopedia Britannica, 8 Jul. 2019, https://www.britannica.com/topic/Baphomet. Accessed 20 September 2021.




 Cartaz publicitário de  Les Mystères de la franc-maçonnerie apresentado por Léo Taxil



Gabriel Jogang Pagés era um escritor anticlerical que foi adotou o nome de Leo Táxil. Em 1885 escreveu uma carta de retratação de todas as suas obras contra a Igreja católica. Após sua suposta conversão começou uma carreira de difamação contra a Maçonaria. ele se ingressou na maçonaria mas foi expulso antes de receber o primeiro grau!

Ele forjou provas falsas e passou a escrever panfletos e livros contra a maçonaria, que foram traduzidos em várias línguas: As irmãs maçons, O culto do grande Arquiteto, Os irmãos três pontos, A franco maçonaria explicada e desvendada, O vaticano e os maçons, O anticristo e a origem da maçonaria, os assassinatos maçonicos, A lenda de Pio IX maçon, etc.



  • Inventou que Albert Pike o suposto primeiro papa luciferiano que conferenciava pessoalmente toda sexta feira as 3 horas da tarde com o diabo, Lúcifer.
  • As irmãs maçons p. 350- Leo táxil
    disponivel em  http://www.histoireebook.com/index.php?q=leo+taxil


  • Criou também a lenda de Baphomet na maçonaria e dizia que esta tinha por objetivo acabar com a igreja católica. 
  • Forjou também a lenda de Miss Diana Vaughan a grande sacerdotisa do culto Palladista (Palladium)


Ele começou sua difamação contra a maçonaria em 1885 e terminou em 17 de abril de 1897 com a sua confissão pública em Paris, ou seja, por 12 anos enganou a igreja católica e a opinião pública da época.

Veja o que disse o jornal da época:

"O CASO DIANA VAUGHAN.

(o) Nosso correspondente de Paris nos informa que a fraude de Diana Vaughan foi finalmente totalmente exposta por seu próprio autor, M. Jogand, aliás Leo. Taxil, que ri por ter enganado o Papa e os prelados franceses. Depois de se tornar definitivamente "notório por romances irreligiosos e obscenos, Taxil, em 1885, professou conversão ao catolicismo, foi solenemente recebido na Igreja, suprimiu ou expurgou suas obras e escreveu de forma cruel contra os céticos, particularmente os maçons", como fizera anteriormente contra os padres. Auxiliado por um Dr. Hacks, vulgo Bataille, ele acusou as lojas maçônicas de adorar o diabo e alegou que Diana Yaughan, convertida pela intercessão de Joana d'Arc, havia escrito para ele suas confissões do culto satânico. O livro teve uma grande venda entre os católicos; mas em um congresso católico no último ano, dúvidas foram lançadas sobre a veracidade de Diana e até mesmo sobre sua existência. “Na segunda-feira, Taxil prometeu apresentá-la em uma palestra a ser proferida por ele, e não havia poucos padres na platéia. Para espanto de amigos e inimigos, Taxil anunciou que Diana fazia parte de uma série de fraudes. Ele havia começado, disse ele, persuadindo o comandante de Marselha de que o porto estava infestado de tubarões e um navio foi enviado para destruí-los. Em seguida, ele inventou uma cidade lacustre no lago de Genebra - uma história que atraiu turistas e arqueólogos para o local. Ele ironicamente agradeceu, os Bispos e e não havia poucos padres entre a audiência. Para espanto de amigos e inimigos, Taxil anunciou que Diana fazia parte de uma série de embustes. Ele havia começado, disse ele, persuadindo o comandante de Marselha de que o porto estava infestado de tubarões, e um navio foi enviado para destruí-los. Em seguida, ele inventou uma cidade lacustre no Lago de Genebra - uma história que atraiu turistas e arqueólogos ao local. Ele agradeceu ironicamente, os Bispos e e não havia poucos padres entre a audiência. Para espanto de amigos e inimigos, Taxil anunciou que Diana fazia parte de uma série de embustes. Ele havia começado, disse ele, persuadindo o comandante de Marselha de que o porto estava infestado de tubarões, e um navio foi enviado para destruí-los. Em seguida, ele inventou uma cidade lacustre no Lago de Genebra - uma história que atraiu turistas e arqueólogos ao local. Ele agradeceu ironicamente, os Bispos e

Jornais católicos por facilitarem sua maior farsa. - a saber, sua conversão, Seu 'retiro penitencial com os Jusuítas, sua audiência com o Papa, a repreensão do Papa ao Bispo de Charlestown por denunciar as confissões anti-sônicas como uma fraude, e, a bênção papal a Diana Vaughan, que era uma simples máquina de escrever a seu serviço, mas que, rindo, permitia que seu nome fosse usado por ele em cartas e panfletos. O público recebeu essas revelações desavergonhadas com uma mistura de "indignação e desprezo, e Taxil foi cercado ao deixar o salão para que os policiais tivessem de escoltá-lo até um café vizinho. - The Times"


Gray River Argus, Volume LVII, Edição 9733, 26 de julho de 1897, Página 4


https://paperspast.natlib.govt.nz/newspapers/GRA18970726.2.20


Para conhecer livros de Leo Táxil acesse o link abaixo:

https://histoireebook.com/index.php?post/2012/09/11/Taxil-Leo-La-France-maconnique

Para conhecer sobre Maçonaria e fé cristã click: 










domingo, 19 de setembro de 2021

Secularização




Conceito de Secularização

O conceito de secularização diz respeito ao processo de separação, ou gradual abandono, das formas tradicionais de estruturação social baseadas na religiosidade.

Segundo o dicionário Houaiss a secularização é a "transformação ou passagem de coisas, fatos, pessoas, crenças e instituições, que estavam sob o domínio religioso, para o regime leigo"

O termo deriva de secularizar + -ção

SECULAR- laical, laico, leigal, leigo, mundano, profano, temporal




No nível mais abstrato de análise, a modernização leva ao que Max Weber chamou de "o desencanto do mundo".
 
Ela questiona todas as forças sobre-humanas e sobrenaturais, os deuses e espíritos, com os quais as culturas não industriais povoam o universo e aos quais atribuem a responsabilidade pelos fenômenos dos mundos natural e social. 

Em seu lugar, ele introduz como cosmologia concorrente a interpretação científica moderna da natureza, pela qual apenas as leis e regularidades descobertas pelo método científico são admitidas como explicações válidas dos fenômenos. Se chove ou não chove, não é porque os deuses estão zangados, mas por causa das condições atmosféricas, medidas pelo barômetro e fotografadas por satélites.

Em suma, a modernização envolve um processo de secularização ; isto é, desafia sistematicamente instituições religiosas , crenças e práticas, substituindo-as pelas da razão e da ciência. 

Esse processo foi observado pela primeira vez na Europa cristã no final do século XVII. (É possível que haja algo inerentemente secularizante no Cristianismo, pois nenhuma outra religião parece dar origem espontaneamente a crenças seculares .) De qualquer forma, uma vez inventada na Europa, especialmente na Europa protestante, a secularização foi carregada como parte do "pacote" do industrialismo que foi exportado para o mundo não europeu. Onde quer que as culturas europeias modernas tenham interferido, elas difundiram correntes secularizadoras nas religiões tradicionais e nas ideologias não racionais .

Embora a secularização seja uma tendência geral ou princípio de desenvolvimento nas sociedades modernas, isso não significa que a religião seja totalmente excluída da sociedade. Na verdade, como um dos países mais modernizados do mundo, os Estados Unidos também estão entre os mais religiosos do mundo. 

Contra um fundo de tradição profunda, a modernização inevitavelmente deixa muitas práticas religiosas em vigor e pode até estimular novas. Os rituais religiosos, como o batismo cristão e os casamentos na igreja, persistem em todas as sociedades industriais; a igreja pode, como na Inglaterra e na Itália , continuar a desempenhar um importante papel moral e social. A maioria da população pode ter crenças religiosas tradicionais ao lado de outras mais científicas. Pode até haver, como nos Estados Unidos e em sociedades em industrialização como a Índia , ondas de revivalismo religioso que envolvem grandes setores da população.

No entanto, é verdade que todos esses fenômenos religiosos, por mais reais que sejam na vida dos crentes, perdem sua centralidade como princípio organizador da sociedade como um todo. Em comparação com seu lugar na sociedade tradicional, as práticas religiosas assumem cada vez mais o caráter de atividades individualizadas. Eles não incorporam mais aquele poder de legitimação crucial que as atividades religiosas têm em todas as sociedades não industriais. Para muitos, batismos, casamentos na igreja e outros rituais persistem tanto por razões sociais quanto pela crença em seu significado religioso.


A vida urbano-industrial oferece oportunidades sem precedentes para a mobilidade individual e a liberdade pessoal. Ele também promete a obtenção de prêmios deslumbrantes, em riquezas e honras, para aqueles com a empresa e talento para alcançá-los. O outro lado da moeda é a solidão do morador da cidade e a desolação do fracasso para aqueles muitos que não podem ganhar nenhum dos prêmios. 

Segundo a análise de Durkheim, o indivíduo é colocado na condição patológica de anomia . Ele experimenta "a doença das aspirações infinitas ". O declínio da religião e da comunidade remove as restrições tradicionais ao apetite, permitindo que ele cresça de forma mórbida e sem limites. Ao mesmo tempo, a ordem moderna competitiva que estimula essas expectativas irreais fornece meios insuficientes e desiguais para sua realização. O resultado é um aumento no suicídio, crime e transtorno mental .

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Heresiologia


 

 

         As referências bíblicas citadas nesta obra, são da versão Almeida Revista e Atualizada, salvo outras indicações, que para facilitar sua identificação serão indicadas conforme as abreviaturas de Bíblias:

 

         ARC  -  Almeida Revista e Corrigida.

ARA  -  Almeida Revista e Atualizada.

      AR -  Almeida Revisada.

      AC -  Almeida Contemporânea.

      ACR  -  Almeida Corrigida e Revisada.

      BJ  -  Bíblia de Jerusalém ( Edições Paulinas, Nova Edição, revista, 6a impressão, 1993).

      TB – Tradução Brasileira.

      NVI   -  Nova Versão Internacional

      Alfalit

      Nova Tradução na linguagem de hoje, 2000.

                        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÍNDICE ANALÍTICO

 

 

RELIGIÕES SEITAS E A BÍBLIA

A-INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------------------1

B-CARACTERÍSTICAS DAS SEITAS ----------------------------------------------------------------------------

C-ORIGEM DAS SEITAS --------------------------------------------------------------------------------------------

D-CLASSIFICAÇÃO DAS SEITAS ---------------------------------------------------------------------------------

E- CONTROLE PSICOLÓGICO -----------------------------------------------------------------------------------

F-OBSERVAÇÃO       ------------------------------------------------------------------------------------------------------

G-OBJETIVO              -----------------------------------------------------------------------------------------------------------

CATOLICISMO ROMANO E ORTODOXO

I- INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- -

II- TRADIÇÃO E A BÍBLIA---------------------------------------------------------------------------------------

III-  IGREJA CATOLICA, BIBLIA E SALVAÇÃO----------------------------------------------------------

IV- TRANSUBSTANCIAÇÃO E MISSA------------------------------------------------------------------------

V- MARIA-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

VI- PURGATÓRIO--------------------------------------------------------------------------------------------------

VII- IMAGENS RELIGIOSAS E A VENERAÇÃO DOS SANTOS ----------------------------------------

VIII- SALVAÇÃO POR FÉ E OBRAS----------------------------------------------------------------------------

IX- PEDRO, O FUNDAMENTO DA IGREJA,O 1O PAPA---------------------------------------------------

X- BATISMO-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

XI- CASAMENTO E CELIBATO---------------------------------------------------------------------------------

XII- MOVIMENTO CARISMÁTICO----------------------------------------------------------------------------

XIII- BIBLIOGRAFIA --------------------------------------------------------------------------

 

MORMONISMO

I- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- O LIVRO DE MÓRMON---------------------------------------------------------------------------------------

III- DOUTRINAS ERRÔNEAS------------------------------------------------------------------------------------

IV- BIBLIOGRAFIA EVANGÉLICA----------------------------------------------------------------------------

 

UNICISMO

I- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- ALGUMAS IGREJAS UNICISTAS---------------------------------------------------------------------------

III-  DOUTRINAS DA IGREJA LOCAL ACERCA DE DEUS----------------------------------------------

IV-  A DISTINÇÃO DE PESSOAS NA TRINDADE-----------------------------------------------------------

V- DESFAZENDO AS ARGUMENTAÇÕES DOS UNICISTAS-----------------------------------------   

VI- BATISMO---------------------------------------------------------------------------------------------------------

VII- BIBLIOGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------

 

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

I- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- BÍBLIA DOS TJ---------------------------------------------------------------------------------------------------

III- O NOME JEOVÁ------------------------------------------------------------------------------------------------

IV- JESUS CRISTO--------------------------------------------------------------------------------------------------

V- O ESPIRITO SANTO--------------------------------------------------------------------------------------------

VI- TRINDADE-------------------------------------------------------------------------------------------------------

VII- O CONJUNTO ESPIRITO –ALMA E A MORTE------------------------------------------------------

VIII- O INFERNO E O LAGO DO FOGO----------------------------------------------------------------------

IX-TRANSFUSÃO DE SANGUE----------------------------------------------------------------------------------

X- CELEBRAÇÃO DE ANIVERSÁRIOS E FERIADOS-----------------------------------------------------

XI- CELEBRAÇÃO DO NATAL----------------------------------------------------------------------------------

XII- A CRUCIFICAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------

XIII- A ESPERANÇA CELESTIAL-------------------------------------------------------------------------------

XIV- A SEGUNDA VINDA DE CRISTO-------------------------------------------------------------------------

XV- A POLÍTICA, O SERVIÇO MILITAR---------------------------------------------------------------------XVI- A CÚPULA GOVERNANTE, A BÍBLIA E A SALVAÇÃO-------------------------------------------

XVII- AS TJ E O JUÍZO FINAL-----------------------------------------------------------------------------------

XVIII- BIBLIOGRAFIA EVANGÉLICA------------------------------------------------------------------------

 

IGREJA ADVENTISTA

I- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- DOUTRINAS DISTORCIDAS---------------------------------------------------------------------------------

III- PORQUE OS CRISTÃOS HONRAVAM O  DOMINGO--------------------------------

IV- QUEBRANDO AS DISTORÇÕES DA PALAVRA DE DEUS-----------------------------------------

V- CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

VI- REFUTANDO A DOUTRINA SABÁTICA-------------------------------------

VII- APÊNDICE--------------------------------------------------------------------------------------------------------

VIIi- BIBLIOGRAFIA EVANGÉLICA----------------------------------------------------------------------------

 

COGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

I-INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------

II- DOUTRINAS DISTORCIDAS----------------------------------------------------------------------------------

III- CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

IV- BIBLIOGRAFIA--------------------------------------------------------------------------------------------------

ESPITRITISMO

I- INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- TIPOS DE ESPIRITISMO---------------------------------------------------------------------------------------

III- PRÁTICAS ESPÍRITAS----------------------------------------------------------------------------------------

IV- INVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS-------------------------------------------------------------------------------

V- A REENCARNAÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------

VI- DOUTRINAS DE ALAN KARDEC-------------------------------------------------------------------------

VII- A EXPLICAÇÃO DE I SM 28-------------------------------------------------------------------------------

VIII- LINHAS ESPIRITUAIS-------------------------------------------------------------------------------------

IX- BIBLIOGRAFIA EVANGÉLICA-----------------------------------------------------------------------------

 

RELIGIÕES ORIENTAIS E NOVA ERA

 I- INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- CRENÇAS ORIENTAIS-----------------------------------------------------------------------------------------

III- NOVA ERA--------------------------------------------------------------------------------------------------------

IV- REFUTAÇÃO BÍBLICA----------------------------------------------------------------------------------------

V- CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

EVOLUCIONISMO

I- INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------

II- EVOLUÇÃO X CRIAÇÃO- PREDIÇÕES------------------------------------------------------------------

III- EVOLUÇÃO PRÉ-BIOLÓGICA---------------------------------------------------------------------------- IV- DIFICULDADES DA TEORIA DA EVOLUÇÃO PRÉ-BIOLÓGICA-------------------------------

V- FALSOS CONCEITOS SOBRE A CRIAÇÃO BÍBLICA------------------------------------------------

VI- O ENSINO BÍBLICO DA CRIAÇÃO EM 7 FASES-----------------------------------------------------

VII- TEORIA MODERNA DA EVOLUÇÃO------------------------------------------------------------------

VIII- CONCLUSÃO SOBRE A TEORIA EVOLUCIONISTA---------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELIGIÕES, SEITAS E A BÍBLIA

 

A- INTRODUÇÃO

 O termo Religião  normalmente é apresentado como derivado de religare (atar, unir, juntar) e expressaria o vínculo do homem à divindade, porém alguns defendem a teoria mais antiga da qual o termo religião derivaria de  relegere (reler) e portanto uma atividade introspectiva do homem perante a Divindade (dicionário Houaiss). Segundo o “Novo dicionário da língua portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 1a edição”  “1- Crença na existência de força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s)  do universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecidas [Deus ou deuses]. 2-A manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos. 5- Crença fervorosa; devoção, piedade. Portanto estes conceitos incluem como religião até mesmo o Satanismo. Assim, toda seita é uma religião.

                Heresia vem do grego háiresis e significa: escolha, seleção,  preferência, facção. No sentido moderno são os ensinos contrários à revelação bíblica em seu contexto geral.

                O conceito de Seita  atualmente é muito variado, vejamos:

“Grupo religioso que se separa de uma religião estabelecida, devido ao carismatismo e pregação de um ex-líder local, que geralmente alega ter revelações advindas diretamente do céu” (Dicionário de crenças religiões e ocultismo, Ed. Vida, 2000)

“Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas”(O Império das Seitas, vol. 1, 2a edição, 1992)

 

A palavra háiresis é traduzida por seita em At 5:17; 15:5; 24:5,14; 26:5; 28:22, por facção em Gl 5:20, por partidos em I Co 11:19 e por heresia em II Pe 2:1.

                Os saduceus e os fariseus são chamados de seitas porque eram divisões do judaísmo. O Cristianismo também foi chamado de seita por aqueles que pensavam ser este mais um ramo do judaísmo At 24:5,14; 28:22.

 

 

 

O Dicionário Houaiss Eletrônico diz:
"Seita:
substantivo feminino 
1 na antiga literatura romana e pré-cristã, partido ou escola filosófica
2 na Vulgata, variedade de tendências religiosas dentro do judaísmo
Ex.: s. dos fariseus *
3 doutrina ou sistema que se afasta da crença ou opinião geral
4 Derivação: por metonímia.
o conjunto das pessoas que seguem essa doutrina ou sistema
5 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: religião.
grupo de dissidentes de uma religião ou de uma comunhão principal
Ex.: <a s. dos fundamentalistas> <a s. dos quacres>
6 Derivação: por analogia. Uso: informal.
grupo de indivíduos partidários de uma mesma causa; partido, bando, facção
7 teoria de um mestre com inúmeros seguidores
8 Rubrica: sociologia.
sociedade cujos membros se agregam voluntariamente e que se mantém à parte do mundo"

 

Heresia
n substantivo feminino 
1 interpretação, doutrina ou sistema teológico rejeitado como falso pela Igreja
2 teoria, idéia, prática etc. que nega ou contraria a doutrina estabelecida (por um grupo)
3 ação, dito ou atitude que desrespeita a religião
4 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
contra-senso, opinião absurda; disparate, despautério, tolice

 

 

Enfim.   Seitas, são as religiões cujas doutrinas não estão de acordo com as doutrinas essenciais das Escrituras.:

 

 

 

 

B-CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIAS DE UMA SEITA

 

Para uma religião ser uma seita ela deve negar pelo menos uma das seguintes doutrinas:

·         Crença  exclusiva num único Deus; 1 Jo 5:20

·         crença na divindade de Cristo Rm 1:19-23; Jo 8:34; 1 Jo 2:23

 

·         salvação  eterna pela graça por meio da fé no único Salvador (Jesus) Ef 2:8-9; Lc 23:43; Gl 5:4

·         crença na encarnação de Cristo, Fp 2:6-1; Jo 1:1

·         crença na  morte vicária 2 Coríntios 5:3, 14-15

·         crença num único mediador 1 Tm 2:1-2

·         crença na ressurreição corpórea de Cristo 1 Co 15:14-17

·          crença na infabilidade bíblica; Jo 10:35; Mt 5:18

·         crença no Juízo divino; Atos 10:42; 2 Timóteo 4:1 ; Rm 2:16;

·         crença numa vida de santidade de acordo com as  regras das Escrituras, o que inclui não invocar ou cultuar os santos e outros mortos ou aprovar pecados sexuais 1 Jo 3:8-10; 1 Co 6:9-10; 1 Tm 1:10;  Gl 5:20-21; Rm 13:13

 

 

C-CARACTERÍSTICAS SOCIOLÓGICAS DE UMA SEITA

Além das características doutrinárias das seitas, muitas delas (não todas) também possuem traços sociológicos que incluem:


  • Autoritarismo — O autoritarismo envolve a aceitação de uma figura de autoridade, que freqüentemente utiliza técnicas de controle mental sobre os membros do grupo. Como profeta e/ou fundador, a palavra desse líder é considerada final. O falecido David Koresh, da seita Branch Davidian (Ramificação Davidiana) emWaco, no estado do Texas, é um exemplo trágico. Outras seitas que envolvem autoritarismo incluem os Meninos de Deus (agora chamados de A Família) e a Igreja da Unificação.
  • Exclusivismo — Outra característica das seitas é um exclusivismo que declara:“Somente nós temos a verdade”. Os mórmons acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos na terra. As Testemunhas de Jeová acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos.
  • Dogmatismo — Relacionadas de perto com o exposto acima, muitas seitas são dogmáticas — e esse dogmatismo é freqüentemente expresso de forma institucional. Por exemplo, os mórmons declaram ser a única igreja verdadeira na terra. As Testemunhas de Jeová dizem que a Sociedade Torre de Vigia é a única voz de Jeová na terra. David Koresh declarou-se a única pessoa capaz de interpretar a Bíblia. Muitas seitas acreditam ter a verdade dentro de uma pasta, como se ela ali estivesse. Pensam que somente elas estão de posse dos oráculos divinos.
  • Mentes fechadas — De mãos dadas com o dogmatismo está a característica de possuir mentes fechadas. Essa indisposição de ao menos considerar qualquer outro ponto de vista tem freqüentes manifestações radicais. Um mórmon educado que encontramos nos disse que não lhe importaria se pudesse ser provado que Joseph Smith foi um falso profeta; ele ainda assim continuaria sendo um mórmon. Um homem testemunha-de-Jeová que certa vez encontramos recusou-se a concluir a leitura de um artigo que provava a divindade de Cristo porque, disse ele:“Isso está incomodando a minha fé”.
  • Susceptibilidade — O perfil psicológico de muitas pessoas que são “sugadas” para dentro de seitas não é do tipo bajulador. Com certa freqüência, as pessoas que se juntam a uma seita são altamente incautas. Algumas vezes são até mesmo psicologicamente vulneráveis. Mas, acima de tudo, a mentalidade nas seitas é caracterizada por uma compartimentalização não saudável (isto é, elas “põem em compartimentos” fatos conflitantes e ignoram qualquer coisa que contradiga as suas afirmações). Muitos mórmons possuem uma “chama em seu seio” que faz com que seja praticamente impossível argumentar com eles sobre a sua fé. Membros de seitas freqüentemente aceitam ensinos conforme um tipo de fé cega, que é insensível à argumentação sensata...
  • Antagonismo — Em um contexto de isolamento, são gerados tanto o medo como o sentimento de hostilidade em relação ao mundo exterior. Todos os outros grupos são considerados apóstatas, “o inimigo” e “as ferramentas de Satanás”. Em casos extremos, esse fato pode levar a conflitos armados, como aconteceu em Jonestown e em Waco.

 

               

D- IGREJAS PURAS, MENOS PURAS E SEITAS.

 

“Confissão de fé de Westminister : capítulo xxv- da igreja

“I. A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas.

Ef. 1: 10, 22-23; Col. 1: 18.

II. A Igreja Visível, que também é católica ou universal sob o Evangelho (não sendo restrita a uma nação, como antes sob a Lei) consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos; é o Reino do Senhor Jesus, a casa e família de Deus, fora da qual não há possibilidade ordinária de salvação.

I Cor. 1:2, e 12:12-13,; Sal .2:8; I Cor. 7 :14; At. 2:39; Gen. 17:7; Rom. 9:16; Mat. 13:3 Col. 1:13; Ef. 2:19, e 3:15; Mat. 10:32-33; At. 2:47.

III. A esta Igreja Católica Visível Cristo deu o ministério, os oráculos e as ordenanças de Deus, para congregamento e aperfeiçoamento dos santos nesta vida, até o fim do mundo, e pela sua própria presença e pelo seu Espírito, os torna eficazes para esse fim, segundo a sua promessa.

Ef. 4:11-13; Isa. 59:21; Mat. 28:19-20.

IV. Esta Igreja Católica tem sido ora mais, ora menos visível. As igrejas particulares, que são membros dela, são mais ou menos puras conforme neles é, com mais ou menos pureza, ensinado e abraçado o Evangelho, administradas as ordenanças e celebrado o culto público.

Rom. 11:3-4; At. 2:41-42; I Cor. 5:6-7.

V. AS igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro; algumas têm degenerado ao ponto de não serem mais igrejas de Cristo, mas sinagogas de Satanás; não obstante, haverá sempre sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele mesmo.

I Cor. 1:2, e 13:12; Mat. 13:24-30, 47; Rom. 11.20-22; Apoc. 2:9; Mat. 16:18.”

 

Como visto anteriormente qualquer religião, igreja ou sistema religioso que negue uma das doutrinas fundamentais das Escrituras se constitui em uma religião herética, como por exemplo, as Igrejas que aceitam determinados pecados sexuais condenados nas Escrituras., ou igrejas que pregam o culto aos santos e à Maria, ou invocam os mortos.

 

Por outro lado há igrejas que embora não neguem as doutrinas essenciais,. Ou seja, não são seitas, negam algumas doutrinas bíblicas como: batismo, santa ceia ou  interpretam doutrinas de modo equivocado como os Unicistas que embora afirmem a Divindade de Cristo, negam a existência de 3 pessoas na Trindade. Da mesma forma se enquadram os Adventistas do sétimo dia na sua interpretação equivocada do sábado.

 

 

E-   FONTE DE FÉ DAS SEITAS CRISTÃS E IGREJAS MENOS PURAS 1 Co 4:6; Ap 22:18-19; 2 Jo 2:9

                Muitas religiões ditas cristãs, seguem doutrinas de fontes extra-bíblicas (livros, revistas, visões, revelações de seus líderes ou precursores) que contém doutrinas ou interpretações enganosas, isto é, anti-bíblicas. Algumas negam a inspiração da Bíblia, outras só aceitam parte dela e outros que dizem ter somente a Bíblia como única regra de fé não evidenciam isso, pois seguem interpretações preestabelecidas que distorcem o sentido dos textos bíblicos. Como exemplos deste último grupo podemos citar: Testemunhas de Jeová, pois  seguem as publicações da Torre da Vigia;  Adventismo do 7o dia, seguem os Escritos de Ellen G. White ; a Igreja Local [publicadora do jornal Árvore da vida] segue as idéias  ensinadas por Witness Lee e seus sucessores como Dong Yu Lan, estudam todos os dias os livros de sua editora, especialmente o livro de edição mensal “Estudo Diário”; a igreja Tabernáculo da Fé segue o mesmo caminho estudando sempre as mensagens gravadas-escritas de seu profeta Willian Branham. Outros grupos entretanto admitem ter outras fontes de fé, como o Catolicismo, Mormonismo, religiões orientais, religiões espíritas, etc.

                Também é importante notar que Satanás às vezes usa a bíblia fora de seu contexto geral, para levar os homens à perdição Mt 4:5-7; Ap 20:3;  e usa os homens para divulgar tais ensinos 2 Pe 3:16.

 

F- A  SALVAÇÃO NAS SEITAS PSEUDO CRISTÃS

As seitas pregam a salvação pela multiplicação de seus esforços pessoais. Salvação centralizada nas boas obras, na organização religiosa ou em alguns preceitos específicos além de se crer em Cristo (por exemplo: guarda do Sábado).

Algumas religiões contrariando a Bíblia fazem com que o membro divida sua fidelidade entre Deus e a organização religiosa. Estas seitas dizem  que não há salvação fora de sua organização religiosa, ao contrário da Bíblia que ensina estar a salvação na pessoa de Cristo exemplo: Testemunhas de Jeová, Mormonismo, alguns Grupos Adventistas, etc. Outros grupos são o oposto, ensinam que todas as religiões levam a Deus, assim divulgam o ecumenismo ex: Nova Era, LBV, etc. Todas elas entretanto pregam a salvação através das boas obras, apesar de algumas atribuírem formalmente a salvação pela fé.

 

 

G- QUANTO À HISTÓRIA

                A maioria das religiões surgem em torno de um líder religioso pregando uma nova revelação. Algumas ensinam que as doutrinas religiosas anteriores estavam erradas, outras que todas estavam certas. Outras alegam que o verdadeiro Cristianismo deixou de existir até que seu fundador iniciasse uma nova Religião.

 

H- QUANTO À CIÊNCIA

                Alguns grupos religiosos ensinam coisas que contradizem verdades científicas, chegando até mesmo negar a realidade das doenças (Ciência Cristã, Seicho-No-Iê). A ciência evidencia os fatos antes e depois dos autênticos milagres, sem conseguir explicar o processo, ex: a cura de um cego. Porém  alguns grupos dizem que água é sangue, sendo que se fizer uma análise ficará provado que se trata  simplesmente de água; Jesus transformou água em vinho, e isto foi comprovado por pessoas Jo 2:9-10. 

 

I- QUANTO ÀS  PROFECIAS EM NOME DA DIVINDADE Dt 18:20-22

                Muitas religiões divulgam  ou divulgaram profecias falsas em nome de Deus caracterizando ser Falsos Profetas Dt 18:21-22 Ex: Testemunhas de Jeová 1874, 1878, 1914, 1925, 1975, 2000 e que a geração de TJ que estavam vivas em 1914 presenciariam o armagedom. Grupos Adventistas divulgaram a volta de Cristo para 1843, 1844,  1847, 1852, 1854, 1855, 1866, 1877 e [2005 Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Remanescente].

 

 

 

J- ORIGEM DAS SEITAS

                São provenientes da ação dos espíritos do engano, falta de coerência  e de humildade dos homens em reconhecer seus erros I Tm 4:1; 2 Pe 1:20,21; 3:17; II Co 4:4; Ap 20:3. Muitos dos membros das seitas estão enganados lá; os que lá permanecem após  a apresentação da Palavra de Deus, rejeitam a verdade pois não querem abrir mão de sua falsa verdade 2 Ts 2:10-12, exatamente como ocorrerá na manifestação do anti-Cristo.

                A maioria das seitas ocidentais apresentas nesta obra são facções do Cristianismo Apostólico, como foi predito por Jesus e seus discípulos  Mt 24:24; II Pe 2:1-22; 3:16; II Tm 4:3,4; Jd 1:4. A maioria das ideologias orientais tem origem em Babel [Babilônia]. Ver Catolicismo.

 

K- CLASSIFICAÇÃO DAS SEITAS (Algumas podem receber mais de uma classificação)

·         Orientais: Hinduísmo, Jainismo, Sikhismo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo Islamismo, Judaísmo, Zoroastrismo [todas até aqui são tidas como as 10 grandes religiões mundiais, as outras a seguir são consideradas seitas ou subdivisões destas], Hare Krishna, Seicho-No-Ie, Igreja Messiânica Mundial, Perfect Libert,  Bahaísmo, etc.

·         Espíritas ou Ocultistas: Espiritismo Kardecista, Alto Espiritismo (LBV, Nova Era, Teosofismo, Racionalismo Cristão, etc.), Afro-Brasileiro (Umbanda, Quimbanda, Candomblé, etc.),  e outras como Vodu, Satanismo, Santo Daime, etc.

·         Esotéricas (secretas): Maçonaria, Rosa Cruz, Cavaleiros Templários; etc.

·         Pseudo-cristãs:, Igreja Católica Apostólica Romana,  Igreja Ortodoxa , Igrejas LGBTQ,

Testemunhas de Jeová, Testemunhas de Yehoshua, Mormonismo, Ciência Cristã, Meninos de Deus, Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, Igreja da Unificação, Igreja Apostólica, Comunidade Evangélica a Marca da Verdade, etc.

 

L- CONTROLE PSICOLÓGICO DAS SEITAS

·         Controle da vontade:  muitas seitas criam regras humanas de comportamento, ensinando ser a vontade de Deus : abstenção de alimentos, proibição de transfusões de sangue, proibição de participar de datas comemorativas [como dia das mães, dos pais, dos namorados], proibição de ir a casamentos de membros de outras religiões, celibato, sexo dentro do casamento somente para procriação, obrigação de pregar de porta em porta, proibição de ler literatura de outras religiões mesmo para pesquisa, etc.

·         Controle da razão: as seitas procurando inculcar na mente de seus adeptos que fora de sua organização religiosa não há salvação, utilizam do artifício de estudo de revistas, livros, diariamente ou semanalmente, ou certa obrigatoriedade de participar de reuniões religiosas. Usam termos peculiares ao grupo e dão novos significados a termos bíblicos.

·         Controle emocional: diante de tantas regras o adepto da seita se sente muitas vezes constrangido a seguir as normas impostas, pois se não será tido como um mal discípulo. Podendo ser submetido a julgamentos que podem privá-lo de relacionamento familiar normal ou ás vezes até a expulsão, perdendo o direito à salvação [por não obedecer a ensinamentos humanos apresentados].

O grau de controle psicológico varia de seita para seita, podendo ser muito grande como no caso das Testemunhas de Jeová. Os membros das seitas de grande controle psicológico geralmente pensam que todos os que se opõe aos ensinamentos de sua religião [geralmente doutrinas anti-bíblicas] estão controlados por Satanás, e quando são apresentados fatos comprometedores por eles desconhecidos pensam tratar de calúnia [ex: falsas profecias, envolvimento dos fundadores com o ocultismo, etc.], geralmente nessa hora interrompem o diálogo. Diante de tais fatos é importante conhecer as principais doutrinas da pessoa a ser evangelizada, e deixar claro a mensagem Divina, esclarecendo o significado de certos termos bíblicos.

 

M- OBSERVAÇÕES

·         A Igreja Congregação Cristã no Brasil e Adventismo do 7° dia são incluídas nesta obra por seu exclusivismo religioso e algumas doutrinas distorcidas, sendo que esta última apresenta maiores desvios doutrinários.

·         Embora os evangélicos admitam que um número crescente de cristãos seguiam ensinos apóstatas  do séc. IV ao séc. XVI, crêem que neste período havia cristãos verdadeiros pois a Bíblia não previa apostasia total e sim parcial 2 Pe 2:1-2; Jd 17-24, isto é atestado pela História da Igreja.  

·         Também vale ressaltar que a Religião hoje chamada de Cristianismo, não é derivada de nenhuma outra. O Cristianismo não é um ramo ou seita do Judaísmo, pois o próprio Judaísmo bíblico previa a vinda do Messias Salvador e Rei através dos profetas At 3:18-24 desde o princípio da Criação Gn 3:15. O Judaísmo atual, assim como o ensino apresentado pelos saduceus, fariseus, e essênios na época de Cristo possui doutrinas humanas acrescentada à Palavra de Deus, muitas delas no Talmude [Mishna e Gemara]. Então o Judaísmo atual é dissidente do Ensino das Escrituras Sagradas, uma seita, negando o Messias, a Trindade, a salvação pela fé, o Novo Testamento. Porém após a manifestação do anti-Cristo que ajuntará seus exércitos contra Israel, haverá uma conversão do remanescente  judeu  que clamará por Jesus Zc 12:3,9-14; Ap 19:19-21; Rm 11:1-5, 25-26.

 

N- OBJETIVO DESTE ESTUDO

                Fornecer ajuda aos verdadeiros discípulos de Cristo a ser eficazes a cumprir sua missão de levar o evangelho a toda criatura, inclusive os membros das seitas Rm 10:14. O cristão, principalmente o obreiro, deve estar pronto a “convencer os contradizentes” Tt 1:9-11 (AC) e defender o evangelho Fl 1:7,16; portanto deve manejar bem a palavra da verdade II Tm 2:15 livrando os que se embaraçam nas heresias 2 Tm 2:25-26. É dever da Igreja colocar à prova os  pregadores e seus ensinamentos Ap 2:2. Jesus não aprovou os sistemas religiosos de sua época Mt 16:1-12; Mt 23:1-36. Ensinou que a salvação estava somente Nele Jo 14:6; 10:8-9, etc.

II Jo 1:9-11 é uma advertência contra dar lugar a ensinamentos das seitas nos lugares de culto, pois geralmente no início da Igreja realizavam-se cultos em casas Cl 4:15; 1Co 16:19. Evidentemente esta não é uma proibição do cristão de pregar o Evangelho a tais pessoas.

 

 

 

CATOLICISMO ROMANO E IGREJA CATÓLICA ORTODOXA

 

I- INTRODUÇÃO

 

A-     HISTÓRICO

Durante os três primeiros séculos da Era cristã, a Igreja Primitiva a manteve de maneira geral sua pureza doutrinária e a manifestação dos dons do Espírito Santo. Os cristãos foram perseguidos pelo Império Romano a partir de 64 d.C. Isso durou até o ano 311, quando o imperador Galério foi acometido de uma enfermidade, e por isso fez o Edito de Tolerância proibindo as perseguições aos cristãos, “ Em retribuição de nossa indulgência, os cristãos deverão rogar a seu Deus por nosso restabelecimento, pelo Estado...”*  Depois, Constantino (Imperador Romano) ao “unir-se” ao Cristianismo em 312, após um sonho que lhe dizia “por este sinal [cruz] vencerás” fez gravar nos escudos de seus soldados a cruz, para a batalha contra Maxêncio em 312,  passa a favorecer os cristãos [construção de templos, isenção de impostos aos presbíteros, etc.]; e  através do Edito de Milão em 313 deu liberdade de culto a todas religiões; morrendo em 337 d.C, ano em que se batizou. Posteriormente em 380 Teodósio promulgou um edito colocando o Cristianismo como religião exclusiva do Estado, e em 392 instituiu o Cristianismo como única religião oficial do Império Romano através do Edito de Constantinopla, daí o nome: “Igreja Católica”, proibindo os outros cultos.                          

A partir desta época a Igreja unida ao Império Romano e evidentemente influenciada pelos diferentes povos nele contido, começou sua progressiva decadência doutrinária. Milhares de pessoas, por imposição, foram batizadas sem a verdadeira conversão, introduzindo no seio da Igreja suas ideologias pagãs. Homens ambiciosos começaram a buscar cargos eclesiásticos como meio de obter influência social e política ou gozar de privilégios e do sustento que o Imperador Romano conferia ao clero. Tudo isso tem seu ápice no final da Idade Média, onde o alto clero de Roma estimulava inúmeros negócios como: comércio de relíquias sagradas [espinhos que coroaram a fronte de Cristo, pedaços da cruz, panos que embeberam o sangue de seu rosto, objetos pessoais dos santos, etc.], venda de indulgências (perdão dos pecados) como as Escrituras prediziam 2 Pe 2:1-3. Os escândalos religiosos eram muito freqüentes, mas durante todo este período Deus teve seu remanescente fiel que lutava para combater o desvio doutrinário, contudo foram tidos como ‘hereges’, pois se opunham às doutrinas anti-bíblicas. Contudo só em 1517 com a Reforma Protestante de Martinho Lutero a Igreja ganhou força na sua volta às origens. Lutero em 31 de outubro de 1517 fixou 95 teses na catedral de Wittemberg contra as indulgências e outros dogmas que levou o Papa Leão X a excomungá-lo e levá-lo a julgamento civil condenando-o a morte por suas “heresias”. Porém o príncipe da Saxônia simulando seqüestro, quando Lutero voltava do julgamento em Worms, o levou para o castelo de Warterburgo, onde escreveu vários livros; enquanto isso o mundo o tinha como morto. Logo em seguida surgiram outros movimentos reformistas no mundo dando origem às denominações evangélicas.

A Igreja Católica Apostólica Ortodoxa ou Grega originou-se em 1054. Diferencia-se da Romana por rejeitar a autoridade do Papa, a doutrina da imaculada conceição de Maria [porém a veneram e aceitam sua assunção ao céu], o uso de imagens de escultura [porém aceitam as pintadas, batizam por imersão, usam pão em lugar da hóstia [apesar de crerem na transubstanciação], apenas os bispos são celibatários.

                “o catolicismo não é uma religião da Bíblia mas da Bíblia e da Tradição. Não se confunde, também, com o Cristianismo primitivo, que é apenas seu período de formação.” (Enciclopédia Barsa, RJ, 1994, Vol.. 5, p. 168)

                (História Geral - Gilberto Cotrim. Editora Saraiva, 1988)

                (História de Roma – Mário Curtis Giordani)    *p. 343, Editora Vozes, Petrópolis, RJ,1979

       (Enciclopédia Mirador Internacional, vol. 11, p. 5070-5971, 1994)

 

Paganização progressiva: (d.C)

 

431- O Concílio de Éfeso proclama que Maria é mãe de Deus.

Cerca de 500- a idéia do purgatório começa a ser propagada.

600- Gregório I institui o latim como língua oficial na liturgia.

649- Concílio de Latrão declara que Maria não teve outros filhos.

787- Concílio de Nicéia oficializa a veneração de imagens.

1074- Proibi-se o casamento  dos sacerdotes.

1075- Sacerdotes casados por ordem do papa Gregório VII devem divorciar-se.

1184- Criação da Inquisição pelo Concílio de Verona.

1190- Início da venda de indulgências.

Cerca de 1200- A hóstia substitui o pão na ceia.

1227- Honório III ordena a elevação e adoração da hóstia.

1215- Transubstanciação é transformada em artigo de fé.

1229- Proibição aos leigos de ler a Bíblia pelo Concílio de Tolosa.

1233- Criação da Inquisição Delegada, por Gregório IX.

1414- Proibição do direito ao cálice do vinho na eucaristia, aos leigos.  

1439- O Concílio de Florença estabelece o purgatório e que são sete os sacramentos: batismo, confirmação ou crisma, eucaristia (ceia), penitência ou confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimônio.

1545-1563 O Concílio de Trento estabeleceu: à Tradição autoridade igual à Bíblia; aprovação dos livros apócrifos; salvação por fé e obras; restabelecimento da Inquisição para punir os hereges (protestantes).

1854- Papa Pio XI decreta o dogma da Imaculada Conceição de Maria.

1870- Concílio do Vaticano decretou a Infabilidade Papal.

1950- Papa Pio XII proclama a Assunção de Maria como artigo de fé.

1954- Papa Pio XII dá a Maria o título de Rainha dos céus.

 Obs.* Algumas destas doutrinas surgiram antes da data de sua oficialização.

 

 

II- TRADIÇÃO E A BÍBLIA

                “Não é através da Escritura apenas que a Igreja deriva sua certeza de tudo que foi revelado. Por isso ambas (Escritura e Tradição) devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de piedade e reverência”.      (Compêndio do Vaticano II p.  127)

 

81. "A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto redigida sob a moção do Espírito Santo". Quanto à Sagrada Tradição, ela "transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles, por sua pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam". (Parágrafo relacionado: 113)

82. Dai resulta que a Igreja, à qual estão confiadas a transmissão e a interpretação da Revelação, "não deriva a sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado somente da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser aceitas e veneradas com igual sentimento de piedade e reverência" Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000 p. 35

 

Os textos usados pela igreja católica são; 2 Ts 2:15; 2 Tm 2:2; Fp 4:9. Estes textos falam sim de tradições, mas estes ensinos orais não são distintos das Escrituras, além disso muito outros livros do Novo Testamento foram escritos depois, ou seja, o Canon sagrado do Novo Testamento não havia encerrado. 1 Co 4:6; Ap 22:18-19; 2 Jo 2:9; Gl 1:8-9.

 

 

                Até a Reforma Protestante, a Igreja Católica não havia tomado nenhuma posição quanto a conferir à tradição religiosa autoridade igual a da Bíblia, isso foi feito para manter os dogmas anti-bíblicos.

                Jesus disse que só a Palavra de Deus é a verdade Jo 17:17; Sl 119:142. Ler  Mt 15:6.

 

III- A IGREJA CATÓLICA- BÍBLIA E INTERPRETAÇÃO

 

A- LIVROS APÓCRIFOS

                A Igreja Católica utiliza 73 livros, sete a mais que os judeus e os evangélicos. Estes 7 [todos do AT], são os livros que não fazem parte do cânon hebraico que foi fixado no ano 90 A.D. em Jâmnia na Palestina por um concílio sob a presidência de Johanan Ben Zacai. A igreja católica romana os chama de deuterocanônicos, pois foram por ela aprovados posteriormente. Os 66 ela chama de protocanônicos.

                A Igreja Romana no Concílio de Trento (1545-1563) aprovou 11 livros de um total de 14:

·       LIVROS: Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus, II Macabeus e Judite.

·       ACRÉSCIMOS A LIVROS CANÔNICOS: Ester (apêndice), Cântico dos 3 santos filhos (acréscimo a Daniel), História de Suzana (acréscimo a Daniel) e Bel e o Dragão (acréscimo a Daniel).

 

Por que são considerados não inspirados ?

¨     Nunca fizeram parte do cânon Hebraico;

¨     Flávio Josefo, o historiador judeu, os omite em seus escritos;

¨     Nenhum deles reclamam a inspiração divina para si;

¨     Contém erros históricos, cronológicos e geográficos;[os rodapés da B.J de edição católica evidencia isso, ex: Comentário de Judite 1:1 “ Nabucodonosor, rei de Babilônia (604-562), nunca foi chamado ‘rei da Assíria’ e nem reinou em Nínive, destruída em 612 por seu pai , Nabopolassar.” Ver mais exemplos abaixo.]

¨     Alguns deles se contradizem, em alguns detalhes ex: Comentário de 2 Mc 5 da Bíblia de Jerusalém, edições Paulinas: “Na opinião do autor de 2 Mc, a intervenção violenta de Antíoco IV (cf. 5,11s), teria sido provocada por uma rebelião em Jerusalém(vv.5s), fato que ele situa no decorrer da segunda expedição ao Egito, em 168. A seqüência de 1 Mc é preferível...”

¨     Alguns ensinam e apóiam doutrinas contrárias às Escrituras Sagradas, ex: Tobias 12 :9 “A esmola livra da morte e purifica de todo pecado” Compare com Ap 1:5; Hb 9:14-24.

¨     Jesus não os cita em seus ensinos;

¨     Os escritores do N.T não se referem à eles nos seus escritos;

¨     Eles foram escritos depois de encerrado o cânon hebraico;

¨     São cheios de mitos e lendas (devido à influência do helenismo; ideologia grega) nas quais algumas seitas do movimento Nova Era se apóiam. Ex: Tobias 6.

 

                Os livros apócrifos servem apenas como conteúdo histórico geral e vida cotidiana quando comparados com relatos de outros historiadores, especialmente I e II Macabeus que retrata a vida dos judeus no tempo “inter-bíblico”, época do domínio grego., porém não são ausentes da inerrância , por isso não são editados nas Bíblias evangélicas. Os comentários de rodapé da Bíblia de Jerusalém algumas vezes depreciam alguns destes 7 livros (ver BJ, 6a impressão,1993):

 Introdução à Tobias, Judite e Ester p. 723:

“... O original hebraico do livro de Judite também se perdeu...Os textos gregos [de Judite]se apresentam sob três formas que divergem notavelmente”

Idem, p. 724:

“De acordo com Tobias...O livro menciona Senaqueribe como sucessor imediato de Salmanasar(Tb 1,15), omitindo o reinado de Sargon. Entre Rages, situada na montanha, e Ecbátana, no meio da planície, haveria não mais que dois dias de caminhada (Tb5,6), embora Ecbátana, esteja a uma altitude de dois mil metros, muito mais alta que Rages, e as duas cidades estejam a uma distância de trezentos quilômetros uma da outra. O livro de Ester tem um quadro histórico mais consistente:”

 

B- INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

                A igreja Católica declara ser a única fiel interprete da bíblia e diz que fora dela não há salvação:

 “O verdadeiro sentido das Escrituras somente podemos obter por meio da Igreja: porque somente ela, interpretando-as, tem o dom da inerrância.”  (Idem, p. 100, pergunta 30)

“Não nos convém ler as bíblias protestantes, porque não correspondem à doutrina católica, ou porque não têm a aprovação da Igreja, nem as notas explicativas aprovadas por ela.” (Idem, p. 100, pergunta 32)

 

"O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo", isto é, foi confiado aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 36

 

A Bíblia ensina que o cristão não tem necessidade que ninguém o ensine após receber o Espírito Santo pois é ele quem nos ensina I Jo 2:27; Jo 14:26; 16:13, “e se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” Rm 8:9. Quanto à segunda declaração, o fato de não corresponder à doutrina católica é porque não usamos os 7 livros espúrios, porque em termos de traduções, as melhores versões católicas correspondem às versões evangélicas como: ‘A Bíblia de Jerusalém’ das Edições Paulinas.

               

C- IGREJA CATÓLICA E SALVAÇÃO

“Sim todos os homens são obrigados a pertencer à Igreja, porque Jesus Cristo o manda, e fora da mesma ninguém pode salvar-se. (2o Catecismo da Doutrina Cristã, Ed. Vozes, 91a edição, 1985, p. 30, Nono Artigo do Credo, pergunta 125)

 

Atualmente a igreja católica aceita como salvos os protestantes:

818.Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas "e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça com fraterna reverência e amor... Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor" Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p.235

 

838.Por muitos títulos a Igreja sabe-se ligada aos batizados que são ornados com o nome cristão, mas não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o Sucessor de Pedro." "Aqueles que crêem em Cristo e foram devidamente batizados estão constituídos em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica." Com as Igrejas ortodoxas, esta comunhão é tão profunda "que falta bem pouco para que ela atinja a plenitude que autoriza uma celebração comum da Eucaristia do Senhor". " Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000P. 241

                Em oposição a isso, Jesus disse que a salvação não está em instituições religiosas, mas nele Jo 14:6. 

 

      

 

IV- TRANSUBSTANCIAÇÃO E A MISSA

                Crença na qual o “vinho” e o pão (hóstia) usados na missa, ao serem consagrados se transformam em Jesus, física e espiritualmente, assim como Ele é no céu. Ensinam que a missa renova o sacrifício de Cristo.

“A Eucaristia é o sacramento que contém o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Jesus Cristo, real e substancialmente presente, debaixo das espécies ou aparências de pão e vinho, para nosso alimento espiritual.” (Idem, p.73, pergunta 68)

“A Missa é o sacrifício incruento do corpo de Jesus Cristo, oferecido sobre os altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da cruz.” (Idem, p. 78, pergunta 98)  

4.1- O “vinho” e o pão são símbolos do sangue e do corpo de Cristo Mt26:26,pois Jesus estava no seu corpo no momento da ceia. Os milagres permitem exame experimental Jo 2:9-10.

4.2- O corpo de Cristo é a Igreja, I Co 10:16,17; 12:27; Ef 1:22,23; 4:15,16; 5:30.

4.3- A expressão “... em memória” I Co 11:24,25 não significa renovar o sacrifício e sim relembrar o sacrifício de Jesus feito só uma vez Hb 9:28; 10:10,14.

4.4-  Jo 6:53-54 não é base para transubstanciação, pois o malfeitor de Lc 23:39-42 não participou da ceia mas foi salvo, pois o que salva o homem é o fato dele crer em Cristo. Jesus querendo enfatizar a importância  de se crer nele Jo 6:29,35,36,47,64 se compara com o pão Jo 6:29-52, símbolo de seu corpo que contém sangue Jo 6:53-54, depois mesmo disse que não estava falando em se comer do seu corpo físico, mas do fato de se crer nas suas palavras Jo 6:63, pois elas são “espírito e vida”, compare com Jo 6:33,40, 47, 48,51,53,54. Portanto crer em Jesus ou nas suas palavras é comer de sua carne e beber do seu sangue, ou seja, ter vida eterna Jo 6:53.

 

V- MARIA

722.O Espírito Santo preparou Maria com sua graça. Convinha que fosse "cheia de graça" a mãe daquele em quem "habita corporalmente a Plenitude da Divindade" (Cl 2,9). Por pura graça, ela foi concebida sem pecado como a mais humilde das criaturas; a mais capaz de acolher o Dom inefável do Todo-Poderoso Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 209 

 

966."Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo." A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos:... Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 273

 

969."Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançarmos os dons da salvação eterna. (...) Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora. protetora, medianeira." Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 273-274

 

“Concebida sem pecado, medianeira, intercessora, sempre virgem, mãe de Deus, rainha dos céus”.

5.1- Todos os homens, inclusive Maria pecam e pecaram Rm 3:23; Lc 1:47, só Jesus não pecou Hb 7:26.

5.2- Só há um mediador entre Deus e os homens , Jesus Cristo. I Tm 2:5; Hb 7:25. Ele é nosso advogado I Jo 2:1. Maria está morta, não tem contato com o mundo dos vivos Ec 9:6. A Bíblia proíbe invocar os mortos Dt 18:11-12.

5.3- Maria  não teve relações com José “até o dia em que ela deu à luz um filho” Mt 1:25 BJ (a versão Ave Maria alterou o versículo). Jesus foi o primeiro filho (primogênito) Lc 2:7. Jesus tinha irmãos, a Bíblia cita seus nomes Mt 13:55,56; Mc 6:3. Vejam que estas passagens falam de pai, mãe e irmãos isto é, de sua casa, não significa portanto primos. Veja também: Mt 12:46; Mc 3:31; 6:3; Lc 8:19; Jo 7:3,5,10; At 1:14; I Co 9:5; Gl 1:19.

As várias versões bíblicas trazem a palavra “primos” em Cl 4.10 [exceto a ARC], inclusive as de edição católica. Portanto se os escritores da Bíblia quisessem dizer que os versículos acima citados se referem aos primos de Jesus, teriam usado a mesma palavra de Cl 4.10. 

5.4-  Maria foi mãe de Jesus Cristo na sua forma humana temporária.  Jesus não aceitou ninguém idolatrar sua mãe Lc 11:27,28. Maria é filha de Deus e não mãe de Deus.

5.5- O título rainha dos céus era da deusa babilônica-assírica (ISHTAR) Jr 44:16,17,18,23, o culto à esta deusa foi incorporado ao Cristianismo, fazendo a mãe carnal de Cristo corresponder à ISHTAR. Essa prática de incorporar deuses de outras nações e mudar os nomes era comum nos povos antigos. Ver item  I-B

5.6- Nenhum texto da Bíblia diz que ela ascendeu aos céus, como o Senhor Jesus, Ap 12:1-6 refere-se à nação de Israel e não à Maria glorificada.

5.7- Lc 1:48 não ensina adoração à Maria. Compare com Lc 11:27,28 e Jz 5:24.

5.8- A frase dita pelos padres: “ Maria vos acompanhe” implica em onipresença. E para responder a orações de todos os católicos Maria teria de ser Onisciente e Onipresente.

 

VI- PURGATÓRIO

 “Purgatório é o lugar onde as almas dos justos se purificam, satisfazem com penas temporais o que ficaram devendo por seus pecados” “Sim, podemos abreviar a duração das penas das almas do purgatório: com orações, boas obras, indulgências e principalmente com o santo sacrifício da Missa.” (Idem, p. 28, perguntas 113 e 114 respectivamente)

“A alma que vai para o purgatório ... é a alma que tem ainda algum pecado venial ou alguma pena a descontar.” (Idem, p. 28, pergunta 112)

“O pecado venial é uma desobediência à lei de Deus em matéria leve; ou ainda, uma desobediência em matéria grave, sem perfeita advertência ou consentimento da vontade.”(Idem, p. 58, pergunta 87)

 

1030.Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. 151

 1031.A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador:

 

No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.

 

 1032.Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: "Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos: Levemos-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola.p. 290-291

 

 

958.A comunhão com os falecidos. "Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...) e, `já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados' (2Mc 12,46), também ofereceu sufrágios em favor deles." Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nos. ." Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 271

 

I Co 3:15 se refere ao julgamento das obras dos salvos, que será provada com “fogo” (o fogo prova a substância do objeto). O salvo ganhará o galardão (prêmio) de acordo com a “substância” de sua obra, isto é, a motivação e a dedicação. Basta ler I Co 3:5-15 e ver que se trata do julgamento do serviço cristão prestado a Deus.

Mt 5:25-26 não é uma parábola ou trecho metafórico, mas um conselho de vida prática para evitar contendas que levem até mesmo à julgamento e prisão, com soltura após fiança. Jesus no contexto falava da reconciliação com o próximo e não de purgatório Mt 5:22-26, além disso não se compra perdão com dinheiro.

                A Bíblia diz que o destino do homem é traçado nesta vida e não pode ser mudado após a morte Jo 3:18; Mc 16:16; Lc 16:26.Após a morte vem o juízo da condenação e da vergonha eterna para aqueles que não estão em Cristo Dn 12:2; Jo 5:29; Hb 9:27 e II Pe 2:9. O perdão dos pecados é conseguido só através do sangue de Jesus, e não através de um lugar de purificação I Jo 1:7,9; Ap 1:5.  Quanto às indulgências (perdão das penas temporais oferecidas pelo clero), a Igreja Católica se baseia em Jo 20:23; Mt 16:19. Em Mt 18:1,18 Jesus deu a mesma autoridade para seus discípulos, assim como tinha dado a Pedro , o mesmo ocorre em Jo 20:23, leia Jo 20:26 e compare estes trechos com Lc 24:13,33 onde mostra que os dois discípulos ao regressarem à Jerusalém acharam outros discípulos como os onze. De acordo com Mc 2:7 só Deus perdoa pecados, então conclui-se que tais passagens falam da autoridade de declarar o que Deus faz quando uma pessoa se arrepende e se volta para Cristo ou não quer se arrepender, negando assim a Cristo. Isso foi delegado à toda Igreja e não a alguns seletos. 

                O destino eterno é conseqüência de decisões e atitudes nesta vida Mt 7:19-  23; 13:41,42; 25:41-46; Lc 13:23-28. A bíblia não ensina haver pecados veniais, basta ler Rm 1:18-23 e Rm 2:11-16 estes trechos ensinam que a lei de Deus está nos corações humanos, e Deus é claramente revelado através da natureza. 

(O purgatório além de ser um recurso inventado para se conseguir recursos financeiro, assim como a doutrina da reencarnação negam o sacrifício de Jesus pois se baseiam em outras oportunidades de salvação.)

 

VII- IMAGENS RELIGIOSAS E A VENERAÇÃO AOS  SANTOS

“As imagens de Cristo, da Virgem Maria, Mãe de Deus e dos Santos devem ser guardadas nas igrejas,  onde se lhes devem prestar a devida honra e veneração; não por crer que haja nelas “Divindades” ou “virtude alguma”, a quem queiramos adorar ou pedir favores, imitando os antigos gentios, que punham toda a sua confiança em seus ídolos; mas porque as honras que lhes prestamos as referimos aos protótipos que elas representam; de sorte que, quando beijamos uma imagem, ou nos descobrimos, ou prostamo-nos diante dela, adoramos Jesus Cristo e veneramos os Santos por elas representadas.”

                (BOURGERIE, Denis. 20 razões porque sou católico. Campinas. Associação Maria Porta do Céu. 1993 pp. 70-71. Concílio de Trento.)

 

2130.No entanto, desde o Antigo Testamento, Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbólica mente à salvação por meio do Verbo encarnado, como são serpente de bronze, a Arca da Aliança e os querubins.

2131.Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que (sétimo Concílio ecumênico, em Nicéia (em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova "economia" das imagens.

2132.O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. De fato, "a hora prestada a uma imagem se dirige ao modelo Original, e "quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada. A honra prestada às santas imagens é uma "veneração respeitosa", e não uma adoração, que só compete a Deus: Oculto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola.p.560-561

               

Dizem ainda que as imagens são utilizadas par relembrar o exemplo de grandes personagens, assim como se guardam fotos de entes queridos. E argumentam que o próprio Deus mandou construir imagens, Ex 25:18. Contudo não mandou dirigir orações ou coisas semelhantes à elas.

                A Bíblia proíbe a fabricação e posse de imagens religiosas destinadas a culto, veneração ou algo similar Dt 7:25,26; Ex 20:3-5; Dt 4:15-19,23-25. Bem como prostrar, beijar ou dar culto `a qualquer imagem (pintada, esculpida, etc.) Ex 20:4-5; I Rs 19:18; Os 13:2. A palavra adoração no hebraico é shachah e significa prostrar-se ou encurvar-se como está em muitas versões ARC, AR, AC. Pois os demônios são representados por imagens: Lv 17:7; Dt 32:16-17; Sl 106:37-38; I Co 10:20-21; Ap 9:20. (Ver Espiritismo Umbanda).

                Os querubins que Deus mandou construir não foi para posse ou adoração do homem e sim para o Seu tabernáculo Ex 25:8,18-22, no lugar chamado Santíssimo, onde só o Sumo Sacerdote entrava uma vez no ano Hb 9:1-7; além disso eles estavam voltados para a arca(glória de Deus)Ex 25:20-22. A simples posse de imagens religiosas traz maldição, assim como objetos ligados à elas Dt 7:25,26. O templo de Deus hoje é a Igreja, o corpo de Cristo I Co 3:16; 6:19 e não construções físicas At 17:24. Utilizar Ex 25 para justificar a idolatria é torcer as Escrituras II Pe 3:16. Nem os anjos, nem os apóstolos aceitaram adoração Ap 22:8,9; At 10:25.As imagens de escultura só são apresentadas na Bíblia negativamente II Rs 18:4. Além do mais tais santos estão mortos, sem contato com o mundo dos vivos Ec 9:5-6; Lc 16:19-31 e a Bíblia  proíbe invocá-los Dt 18:11-12. Se os ‘santos’ ouvissem as orações eles teriam que ser Onisciente [que é um atributo exclusivo de Deus].  Ver Espiritismo.

 

VIII- SALVAÇÃO POR FE E OBRAS

A Bíblia ensina a salvação por meio da fé (verdadeira) Rm 4:1-3; Ef 2:8-9; Rm 3:25,26,28; 11:6; 5:1.

                Tiago ao escrever sobre fé e obras faz referência a fé intelectual, falsa, a fé que seus leitores tinham, a fé como dos demônios, que acreditam mais não obedecem. Leia Tg 2:14-26.

                A salvação é dom de Deus, dada por Sua graça por meio da fé. As obras são apenas conseqüência da salvação Ef 2:8-10.

                Observação: A igreja católica em 1999 reconheceu que a salvação é só pela fé.

 

IX- PEDRO, O FUNDAMENTO DA IGREJA, O 1° PAPA Mt 16:16-19

“O Papa  que chamamos também Romano Pontífice, é o vigário de Jesus Cristo na Terra, o chefe visível da Igreja.” (Idem,  pergunta 129, p. 30)

“O Papa é o sucessor de São Pedro, o príncipe dos apóstolos; os Bispos são os sucessores dos Apóstolos no poder ordinário de governar a Igreja.” (Idem, pergunta 137, p. 31)

 

552.No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 156

 

880.Cristo, ao instituir os Doze, "instituiu-os à maneira de colégio ou grupo estável, ao qual propôs Pedro, escolhido dentre eles." Assim como, por disposição do Senhor, São Pedro e os outros apóstolos constituem um único colégio apostólico, de modo semelhante o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si.

881.Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o pastor de todo o rebanho. Porém, o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe." Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.

882.O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis" "Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder.

883."O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade se nele não se considerar incluído, como chefe, o Romano Pontífice." Como tal, este colégio é "também ele detentor do poder supremo e pleno sobre a Igreja inteira. Todavia, este poder não pode ser exercido senão com o consentimento do Romano Pontífice Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 253 -254

 

891."Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro", sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, por seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa "a crer como sendo revelada por Deus" como ensinamento de Cristo, "é preciso aderir na obediência da fé a tais definições. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação divina. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p.255

 “ O próprio Cristo confere inequivocamente a Pedro uma precedência especial e o primeiro lugar entre os apóstolos , e o designa para tais ocasiões em várias ocasiões. Pedro foi um dos três apóstolos (com Tiago e João) que estavam com Cristo em certas ocasiões especiais a ressurreição da filha de Jairo dos mortos ( Marcos 5:37 ; Lucas 8:51 ); a Transfiguração de Cristo ( Mateus 17: 1 ; Marcos 9: 1 ; Lucas 9:28 ), a Agonia noJardim do Getsêmani ( Mateus 26:37 ; Marcos 14:33 ). Em várias ocasiões também Cristo o favoreceu acima de todos os outros; Ele entra no barco de Pedro no Lago Genesareth para pregar à multidão na praia ( Lucas 5: 3 ); quando Ele estava miraculosamente andando sobre as águas, Ele chamou Pedro para ir até Ele através do lago ( Mateus 14:28 sqq. ); Ele o enviou para o lago para pegar o peixe em cuja boca Pedro encontrou o stater para pagar como tributo ( Mateus 17:24 sqq. ).... Apesar dessa fraqueza, sua posição como chefe dos Apóstolos foi mais tarde confirmada por Jesus , e sua precedência não foi menos visível após a ressurreição do que antes. As mulheres , que foram as primeiras a encontrar o túmulo de Cristo vazio, receberam do anjo uma mensagem especial para Pedro ( Marcos 16: 7 ). Para ele sozinho da Apóstolos fez Cristo aparecer no primeiro dia após a Ressurreição ( Lucas 24:34 ; 1 Coríntios 15: 5 ). Mas, o mais importante de tudo, quando apareceu no lago de Genesareth ,Cristo renovou a Pedro Sua comissão especial para alimentar e defender Seu rebanho, depois de Pedro ter três vezes afirmado seu amor especial por seu Mestre ( João 21: 15-17 ). Em conclusão, Cristo predisse a morte violenta que Pedro teria que sofrer, e assim convidou-o a segui-Lo de uma maneira especial ( João 21: 20-23 ). Assim foi Pedro chamado e treinado para o apostolado e vestido com a primazia dos apóstolos , que ele exerceu de forma mais inequívoca após a ascensão de Cristo ao céu .” Enciclopédia Católica on line

 

 

9.1- Paulo disse que o fundamento da Igreja não é Pedro, mas Cristo I Co 3:11.

9.2- Jesus disse que ele era a pedra Mt 21:42a Palavra dos apóstolos e profetas Ef 2:20.

9.3- Pedro identificou Jesus como sendo a pedra At 4:1

9.4Muitos ensinadores católicos concordaram que Pedro não era o fundamento: Santo Agostinho, São Crisóstomo, Ambrósio, São Basílio de Selêucia, etc.

9.5-  Pedro não foi Papa e se tivesse sido seria diferente dos seus sucessores:

·       Pedro era casado Mt 8;14,15

·       Não aceitou adoração At 10:25,26

·       Foi um homem falho, foi repreendido por Paulo Gl 2:11-14

9.6-  Pedro foi um proeminente líder juntamente com “Tiago[o que fora decapitado At 12:2] e João” Gl 2:9. Estes três estavam juntos em outras ocasiões.

9.7-  Na ocasião do imposto os cobradores se dirigiram a Pedro Mt 17;24 por isso Jesus pediu para ele pegar a moeda na boca do peixe.

9.8-   At 15: 1-22,onde outro Tiago assume a direção do concílio. O governo eclesiástico centralizador absoluto[Papado], não é bíblico.

9.9-   Pedro foi enviado pelos apóstolos At 8:14.

9.10-Jesus proibiu a existência de primazia entre os apóstolos  Lc 22:25-26.

9.11-Nenhum local da Bíblia ensina que haja algum sucessor de Pedro. Mt 16:19 se refere a autoridade dada a Pedro, porém esta autoridade foi dada aos discípulos em Mt 18:18-19. Assim Pedro não estava acima dos outros apóstolos.

9.12-Paulo ao escrever a Epístola aos romanos não faz menção a Pedro como Papa

9.13- Pedro que se ofereceu a andar sobre as águas, Jesus apenas permitiu Mt 14:28

9.14-Os anjos não deram uma mensagem especial somente a Pedro, mas aos outros discípulos também Mc 16:7-10

9.15- Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena e depois a Simão Pedro, e depois a dois discípulos. Isto não prova  primazia entre os apóstolos Lc 24:13-34  Mc 16:9

9.16 O papado começou realmente com Leão I Magno “O verdadeiro fundador do poder papal foi Leão I Magno (440-461)” (Enciclopédia Mirador Internacional, 1994,  vol. 15, p. 8528). A crise econômica no séc. III e social no séc. IV,  e invasões bárbaras levavam à decadência do Império Romano do Ocidente; para melhorar essa situação em 395 d.C. o Império Romano dividi-se em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente, porém a extinção do Império Romano do Ocidente ocorreu em 476 d.C.  Nesse período nasce o primeiro papa tendo o poder eclesiástico centralizado nele. Antes dele alguns bispos eram chamados de papas porém sem poder absoluto.

9,17- A doutrina da infabilidade papal foi criada somente em  1870 d.C.

 

Muitas atrocidades foram cometidas por comando Papal  (até mesmo por meio de concílios ecumênicos) levando à morte milhares e milhares de pessoas. Somente através de João Paulo II o clero romano pediu desculpas ao povo por alguns de seus erros.  “um grupo de papas dissolutos, assassinos e gananciosos que reinaram há cerca de 500 anos. Eles faziam guerra, elegiam os filhos bispos, tinham amantes, vendiam promessas de salvação eterna a ricaços que se dispunham a pagar por essa garantia. Basta examinar a ficha de um deles para ter a idéia do conjunto. Alexandre VI (1492-1503), o papa da Bórgia, foi eleito para o trono de Roma por um conclave corrupto, teve quatro filhos ilegítimos, promoveu orgias no Vaticano. Foi acusado pelos contemporâneos de assassinatos e complôs... o monge alemão Martinho Lutero foi o pai da Reforma protestante. Lutero  rebelou-se contra a venda de indulgências, uma fonte poderosa  de divisas para o papado. Foi com o dinheiro arrecadado com a venda de indulgências que a Basílica de São Pedro foi construída....[o papa João Paulo II] Ele desculpo-se em nome da Igreja pela condenação de Galileu Galilei, o sábio punido pela inquisição por sustentar que a Terra não era o centro do Universo...também pelo fato de a Igreja ter sido avalista ideológica das atrocidades cometidas pelos conquistadores europeus na América portuguesa e espanhola há 500 anos...Em vinte anos 120.000 pessoas acusadas de heresia são condenadas à morte pela inquisição na Espanha e em Portugal.”(Revista Veja, 15 de dezembro. 1999, p. 170, 172 e 174).

 

X- BATISMO

“1oapaga o pecado original e também o atual se houver;2operdoa toda a pena devida a esses pecados; 3o imprime-nos na alma o caráter  de cristãos; 4o faz-nos filhos de Deus..;5o torna-nos aptos para receber os outros sacramentos”. (Idem, p. 67, pergunta 36)

“Deve-se ter tanta pressa  em batizar as crianças, porque pela sua tenra idade estão expostas a muitos perigos e acidentes, e se morrerem sem Batismo, não se podem salvar.”(Idem, p. 69, pergunta 46)

 

1262.Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo. PARAA REMISSÃO DOS PECADOS...

 

 1263.Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado. Com efeito, naqueles que foram regenerados não resta nada que os impeça de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as seqüelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000 p. 351

 

1265.O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000 p. 351

                A remissão dos pecados vem por crer em Cristo (Compare At 3:19 com At 2:38) ou invocar o nome de Jesus Cristo At 22:16, I Pe 3:21. Recebemos o perdão quando confessamos os nossos pecados I Jo 1:7-9; 2:1. As pessoas eram perdoadas por Cristo Mc 2:5-10; Lc 7:36-37,44-47 e só depois batizadas por seus discípulos Jo 4:1-2; até mesmo João Batista levava às pessoas a confessarem seus pecados para depois serem batizados Mt 3:7; Mc 1:5. O batismo é um símbolo da morte para o mundo, do lavar da palavra pelo Espírito Santo Tt 3:5, I Pe 1:23, Ef 5:26 e Rm 6:4.O Espírito Santo é dado quando cremos Ef 1:13, pois Ele é a garantia (o selo) de que somos de Deus Rm 8:9. O caráter cristão é colocado pela habitação do Espírito, isso começa quando recebemos o Espírito e não depois de sermos batizados Gl 5:22. Nos tornamos filhos de Deus quando recebemos a Jesus, e não depois de sermos batizados Jo 1:12. Veja At 10:47,48 onde aqueles que receberam o batismo com o Espírito Santo foram depois batizados em água. O batismo com o Espírito Santo é o revestimento de poder que no livro de Atos tem outros sinônimos (receber o Espírito At 10:47, promessa do Pai At 1:4, dom do Espírito At 2:38,39; 10:45; 11:16,17). Portanto o batismo em água não é pré-requisito para receber o Espírito Santo ou para ser batizado com o Espírito ou receber outros dons. Um cristão que não se batizou por um motivo justo não perde a sua salvação Lc 23:40-43; Mc 16:16. A doutrina batismal da igreja católica mente ao dizer que a pessoa já nasce de novo e recebe o Espírito santo, tornando assim descenssario ao   católico adulto se converter ao evangelho por meio do verdadeiro novo nascimento.

                O batismo é sempre relacionado com a e o arrependimento Mc 16:16; At 2:41; 8:12,13,36,37;  9:1-18.

                Até certa idade a criança não sabe discernir entre o bem e o mal Dt 1:39; Is 7:15; Rm 9:11; Jn 4:11; I Co 14:20, isto é, não tem consciência moral de seus atos.

                A criança herda  a natureza pecaminosa de Adão Sl 51:5; Tg 1:14; Rm 7:17,20; Rm 5:12 e não a culpa de Adão chamada pela igreja Católica de “pecado original”, então quando adquire discernimento entre o bem e o mal será culpada de seus atos. O reino dos céus é das crianças Mt 18:1-4; 19:14; Mc 10:14. Portanto crianças não devem ser batizadas e sim apresentadas a Deus para proteção, saúde e outras bênçãos Mc 10:13-16.

                At 16:33 não dá base para o batismo infantil, pois contradiria os pontos acima, além do mais o texto não revela a idade dos filhos do carcereiro, certamente não eram criancinhas, pois a Palavra foi pregada a todos At 16:32.

A circuncisão de crianças ao oitavo dia, não dá base para o batismo infantil, pois só os meninos eram circuncidados. A circuncisão do A.T é símbolo da circuncisão do coração Rm 2:28,29.

 

XI- CASAMENTO E CELIBATO

“Vínculo matrimonial indissolúvel quer dizer que a união entre os casados não se rompe senão pela morte de um deles.” (Idem, p. 93, pergunta 181)

1650.São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo ("Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete 230 adultério": Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.  Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 451

 

1579.Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a "cuidar das coisas do Senhor", entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus.

1580.Nas Igrejas orientais, está em vigor, há séculos, uma disciplina diferente: enquanto os Bispos só são escolhidos entre os celibatários, homens casados podem ser ordenados diáconos e padres. Esta praxe é considerada legítima há muito tempo; esses padres exercem um ministério muito útil no seio de suas comunidades. O celibato dos presbíteros, por outro lado, é muito honrado nas Igrejas orientais, e são numerosos os que o escolhem livremente, por causa do Reino de Deus. No Oriente como no Ocidente, aquele que recebeu o sacramento da Ordem não pode mais casar-se Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola. 2000, p. 433

 

 

 

                Jesus em Mt 19:3-6 não ensinou ser impossível a dissolução do casamento, antes disse não ser a vontade de Deus sua dissolução. Em virtude da pergunta feita no v. 3, Jesus respondeu que só é permitido o divórcio e novo casamento quando ocorre relações sexuais ilícitas v.9 e Mt 5:32; caso contrário não devem contrair outro matrimônio I Co 7:10-11. Quanto à 1 Co 7:12-16 que trata de abandono de lar por um dos cônjuges: “Acontecerá normalmente que, quando ocorrer tal separação, e a situação prosseguir durante longo tempo, o cônjuge incrédulo conseguirá o divórcio pelas leis civis e casar-se-á com outra pessoa. Essa atitude evidentemente constitui adultério, segundo Mt 5:32 e 19:9, sendo que a parte inocente estaria livre para casar-se de novo. No entanto, fora desse acontecimento, não se justifica um segundo casamento, pois violaria a autoridade de Cristo.”(Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, Gleason L. Archer,Ed. Vida, 1998, p. 428)

 

               Uma escola mais liberal considerava que apenas a infidelidade se achava envolvida; mas outra escola dizia que se um a esposa estragasse regularmente o alimento que cozinhava,isso bastava para estabelecer o fato que era desagradável ou repugnante. O rabino Ákkiba julgava até mesmo a  idéia de procurar uma mulher de melhor aparência como razão suficiente para o repúdio da esposa.. O marido obrigava-se a pagar uma espécie de indenização, a kethubah , e isto estava ligado ao dote recebido pela esposa e à posição da família. ... .(A vida diária nos tempos de Jesus, Ed. Vida Nova, p.154-156)

Nos dias de Cristo, havia duas teses que eram largamente aceitas. A escola do rabi Shammai interpretava esse texto de Deuteronômio ensinando que o divórcio só era permitido em caso de adultério. Os seguidores do rabi Hillel acreditava que a mesma passagem permitia que o marido se divorciasse da mulher por qualquer motivo” (Manual do Tempos e Costumes Bíblicos do N.T, p.109-110)

“Na época de Jesus, quando um casal se divorciava o marido tinha que dar à mulher uma carta de divórcio. Isso dava a ela o direito de se casar de novo. E quando se separavam, o marido tinha de devolver parte do dote, conforme fora estabelecido por ocasião do casamento” (p. 110)

 

               

Quanto ao casamento “por causa da angustiosa situação presente” 1 Co 7:26 em seu tempo, Paulo aconselhou que os solteiros não se casassem, contudo se não fosse possível seria melhor casar-se 1 Co 7:6-9. Os apóstolos tinham direito de serem casados 1 Co 9:5; Mt 8:14. Outras passagens mencionam o casamento de ministros do Evangelho I Tm 3:2; Tt 1:6. A Escritura já previa tais falsos ensinamentos I Tm 4:1-3

 

XII- MOVIMENTO CARISMÁTICO

Começou em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA. Em 1966 dois professores leigos de teologia. Ralph Kiefer e Bill Storey começaram uma busca espiritual e acabaram lendo os livros “A cruz e o punhal” de David Wilkerson e “Eles falam em outras línguas”, de John Sherrill. Então procuraram pessoas que tinham o dom de variedade de línguas. Numa reunião liderada por presbiterianos pentecostais  eles foram batizados no Espírito Santo falando então em outras línguas Após isso esses dois professores planejaram um retiro, onde na data de 17 a 19 de fev. de l967 várias pessoas compareceram[professores, estudantes formados e suas esposas], a todos foi solicitado ler o livro de David Wilkerson e os quatro primeiros cap. de Atos .Essa reunião segundo os carismáticos foi marcada pela manifestação do Espírito. Da Universidade de Duquesne o movimento se espalhou para a Universidade de Notre Dame devido à carta de Ralph Kiefer ,onde algumas pessoas ao procurar Ray Bullard [membro da Assembléia. de Deus e presidente da Adhonep] falaram também em outras línguas. Daí o movimento Católico pentecostal se espalhou pelos EUA e depois pelo mundo,. porém não como na forma inicial, pois o Clero interveio no movimento para torná-lo mais católico. Assim o movimento abandonou o termo Pentecostal e passou a usar o termo Carismático por volta de 1974. Os carismáticos iniciais centralizavam o culto na pessoa de Jesus, mas ao serem pressionados ao culto Mariano alguns deles se aderiram à grupos Pentecostais Evangélicos. Essa intervenção de Roma no movimento tornou-o num artifício para deter  a evasão dos católicos para as Igrejas Evangélicas.

 

O Movimento Carismático mantém todas as crenças aqui apresentadas, como pode ser visto nos livros Oficiais do Movimento. Destacam a afirmação de que ao terem contato com o Espírito Santo tornam-se devotos mais fervorosos de Maria.

Suas inovações são: liturgia, linguagem, quase sempre copiadas dos evangélicos

O objetivo do movimento é impedir o crescimento dos evangélicos. O verdadeiro avivamento trás transformações similares às de II Re 22 e23.

Os católicos carismáticos repetem alguns poucos fonemas e a isso chamam de ‘dom de linguas’.

Com esses fatos concluímos que esse movimento, atualmente, não é do Espírito Santo, e ainda que alguns deles sejam batizados com o Espírito certamente não continuarão sendo idólatras, pois Ele nos guia à TODA verdade Jo 16:13. Portanto alguém que se diz não ser devoto de santos ou de Maria, está contrariando os livros do movimento carismático.

 

 

XIII- BIBLIOGRAFIA

 

1.      Seitas e Heresias, Raimundo F. de Oliveira, Ed. CPAD, 16a edição, 1998.

2.      Religiões Seitas e Heresias, J. Cabral, Ed. Gráfica Universal, 3a edição, 1997.

3.      Revista Defesa da Fé, março/abril de 1999.

4.      Lições da História, Ed. Vida, Abraão de Almeida,1993.

5.      História da Igreja- Raimundo Ferreira de Oliveira. EETAD, Campinas-SP, 1996.

6.      A Igreja que veio de Roma, Karl Weiss, Ed. Gráfica Universal, 1999.

7.      Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, Gleason L. Archer,Ed. Vida, 1998, p. 428.

8.      A história que não foi contada, Jonh Walker, 2a edição, Worship Produções, 1997.

9.      Catecismo da igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.

10.  BOURGERIE, Denis. 20 razões porque sou católico. Campinas. Associação Maria Porta do Céu. 1993 pp. 70-71.

11.  2o Catecismo da Doutrina Cristã, Ed. Vozes, 91a edição, 1985

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MORMONISMO

 

 

I- INTRODUÇÃO

                Foi fundado em 1830, por Joseph Smith Jr. (1805-1844), filho de pais presbiterianos. Em 1820 viu-se confuso frente às diversas denominações evangélicas da época (Presbiteriana, Batista e Metodista), freqüentou estas mas sem se unir a nenhuma. Então lendo Tg 1:5, retirou-se para um bosque para pedir orientação, após fazer seu pedido foi dominado por uma força de um inimigo do mundo invisível que o impediu de falar e o envolveu na escuridão. Mas quando tudo parecia perdido, viu uma fortíssima luz acima de  sua cabeça, onde apareceram dois personagens que segundo ele eram o Pai e o Filho, e estes lhe disseram que não deveria unir-se a nenhuma denominação, pois todos os seus mestres eram corruptos e seus credos uma abominação, pois eram doutrinas humanas. Relata que ao ver os personagens sentiu-se livre daquele inimigo; e então após o diálogo estes personagens desapareceram. Relatou a visão a algumas pessoas e diz ter sofrido perseguição. Depois em 21/09/1823 aparece-lhe um anjo Moroni por três vezes em uma mesma noite dizendo que havia um livro escondido, escrito sobre placas de ouro que relatava sobre a vida dos antigos moradores da América e que junto estavam o Urim e o Tumim para traduzi-las; lhe disse outras coisas mais. No outro dia o mesmo anjo lhe apareceu novamente dizendo-lhe para contar para seu pai. Joseph Jr. diz que só foi autorizado a pegar as placas 4 anos após, isto é, em 1827 e que após traduzi-las entregou a  Moroni. Depois em 15 de maio de 1829 ele e Oliver Cowdery receberam a visita de João Batista, e foram por ele ordenados. ( Extrato da história de Joseph Smith Jr; O profeta. pp. 53-69)

                Em 1830, na cidade de Fayette Estado de Nova York, Joseph Jr. e outros organizaram esta igreja, que recebeu o nome de Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Depois em Kirtland, Ohio, foi erigido o 1o templo mórmon, porém ao serem perseguidos estabeleceram  no estado de  Missouri de onde foram expulsos; de lá foram até a cidade de Commerce, Illinois, rebatizada Nauvoo. Nesta cidade tornou-se o 1o prefeito, chegando até mesmo em 1844 a candidatar-se presidente da república. Nesta ocasião o jornal da cidade Nauvoo Expositor, publicou denúncias contra Smith e o Mormonismo, como reação ele mandou que seus seguidores destruíssem as instalações do Jornal. Depois por acusação de violação de liberdade de imprensa, ele e seu irmão Hyrum foram presos em Carthage, Illinois, e logo depois mortos, quando um grupo de pessoas invadiu a prisão. Após esse evento a seita se dividiu por ocasião do sucessor, o grupo maior seguiu a liderança de Brigham Young  e se estabeleceu em Salt Lake City e o outro tomou como líder um filho de Smith Jr. formando a Igreja Reorganizada dos Santos dos Últimos Dias. Depois formaram-se outros grupos.

 

1.1- Se a primeira visão realmente aconteceu trata-se da manifestação de demônios (espíritos enganadores), disfarçando-se do Pai e do Filho I Tm 4:1; II Co 11:14.

1.2- As demais visões (do anjo) são provavelmente falsas pois falam do livro de Mórmon que nunca existiu, ninguém a não ser alguns Mórmons “viram”. Ainda que fosse verdade se encaixam em Gl 1:8,9.

 

II- O LIVRO DE MÓRMON

É chamado de “o outro testamento de Jesus Cristo”.

                “É um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes da América, contém a plenitude do evangelho eterno. Foi escrito por muitos profetas antigos... Suas palavras escritas em placas de ouro foram citadas e resumidas por um profeta historiador chamado Mórmon. Depois de terminar seus escritos, Mórmon entregou o relato a seu filho Moroni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as placas no Monte Cumora.

A 21 de setembro de 1823, o mesmo Moroni, instrui-o  a respeito do antigo registro e da tradução que seria feito para o inglês”. (O livro de Mórmon. Introdução).

                Joseph disse que “o livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da terra e a pedra fundamental de nossa religião” (Idem). Este livro foi publicado pela primeira vez em 1830.

2.1- O livro de Mórmon é cheio de erros e sua história contradiz a história secular dos primeiros habitantes da América.

2.2- Suspeita-se que o conteúdo do livro de Mórmon foi em grande parte tomado de um romance de um pastor presbiteriano (Salomão Spaulding), que escreveu uma história fictícia dos primeiros habitantes americanos.

2.3- O livro de Mórmon é o “outro evangelho entregue por um anjo”? Gl 1:8,9.

2.4- A prova mais forte da falsidade da origem desse livro é o fato dessas placas de ouro não estarem à disposição de ninguém, ao contrário dos antigos manuscritos da Bíblia.

2.5- Por ser obra do homem e não de Deus, o livro de Mórmon possui hoje 3913 mudanças em relação à primeira publicação em 1830 (Lições bíblicas- Seitas e Heresias. CPAD, p. 85 e O Império das seitas- vol. 1, Walter Martin, Ed. Betânia, 1a- edição, 1992).

2.6- Tem mais ou menos dez mil citações diretas da versão americana da Bíblia (King James) publicada em 1611 o que seria grande coincidência. Isso foi feito para que o livro de Mórmon se identificasse com a Bíblia (King James),a usada naquela época.

2.7- As profecias “bíblicas” da revelação do livro de Mórmon estão fora do contexto das Escrituras II Pe 1:20,21; 3:16. Citam Ez 37:15-20 para dizer que a Bíblia e o livro de Mórmon formam um só livro, leia Ez 37:21,22.

2.8-O departamento de Antropologia da Universidade de Colúmbia disse: “O livro é incorreto, bíblica, histórica e cientificamente” [O império das Seitas, vol. 2, Betânia, 1992, pg. 113-115].

Exemplo: 2 Néfi 31:21 ensina a Trindade e Éter 3:14 ensina que Jesus é o Pai e o Filho (Unicismo). Alma 7:10 diz que Jesus nasceu em Jerusalém.

 

III- DOUTRINAS ERRÔNEAS

 

1-O Mormonismo prega que sua igreja é a única verdadeira e que não há salvação fora dela, pois disse que a igreja de Cristo se apostatou da fé, sendo  retirada da Terra, e foi restaurada em 1830 pelo profeta Joseph Smith Jr.

                É  verdade que a igreja de Cristo como um todo  se apostatou  da fé após unir-se ao governo Romano, mas sabemos pela história que Deus sempre teve o seu Remanescente fiel para cumprimento da profecia de Mt 16:18. Neste versículo (Hades) refere-se ao mundo organizado dos demônios, devido ao seu significado “não ver” ou “o invisível”, e não ao mundo dos mortos. Portas refere-se a organização ou residência das cidades antigas, muradas, na qual (porta) assentava-se os príncipes da cidade. Prevalecer vem de um verbo que significa dominar ou ser mais forte. Portanto Jesus disse que os demônios não seriam mais fortes que a igreja dominando-a ou destruindo-a, mas a igreja dominaria ou prevaleceria contra o Império do Mal. (Jóias do N. T. grego. Imprensa Batista Regular).

                Outros versículos mostram forte evidências que Deus tem sempre pelo menos um remanescente Ef 3:20-21; Mt 28:20 e Ap 2:18-3:4 que retrata também o ocorrido nos tempos mais tenebrosos do domínio católico até a reforma protestante.  

                A Bíblia fala de apostasia parcial, nunca total: 2 Pe 2:1-2; Jd 17-24.

                                              

2- Os mórmons afirmam que o perdão dos pecados só vem depois da fé, arrependimento, batismo por imersão e imposição das mãos para receber o Espírito Santo (Lista de verbetes do livro de Mórmon p.175- Remissão).

                Ensinam com base em At 22:16 e 2:38 que o batismo lava os pecados e que o Espírito só habita na pessoa após a imposição das mãos.

                A remissão dos pecados vem por crer em Cristo (Compare At 3:19 com At 2:38) ou invocar o nome de Jesus Cristo At 22:16, I Pe 3:21. O batismo é um símbolo da morte para o mundo, do lavar da palavra pelo Espírito Santo Tt 3:5, I Pe 1:23, Ef 5:26 e Rm 6:4.O Espírito Santo é dado quando cremos Ef 1:13; a imposição das mãos no caso de Atos refere-se ao batismo com o Espírito Santo (revestimento de poder) que no livro de Atos tem outros sinônimos (receber o Espírito At 10:47,promessa do Pai At 1:4, dom do Espírito At 2:38,39; 10:45; 11:16,17). Veja At 10:47,48 onde aqueles que receberam o batismo com o Espírito Santo foram depois batizados em água. Portanto o batismo em água não é pré-requisito para receber o Espírito Santo ou para ser batizado com o Espírito.

 

3- Por atribuir poderes salvíficos ao batismo, os mórmons realizam batismos por procuração, ou seja são batizadas pessoas vivas em favor de parentes falecidos que não ouviram o Evangelho Mórmon. baseando-se em I Co 15:29.

Ensinam com base em I Pe 3:19 e I Pe 4:5 que o evangelho é ensinado aos mortos no mundo espiritual.  

*      A prática de se batizar vivos em favor dos mortos é anti-bíblica, pois o batismo em si não salva, ele só é conseqüente da conversão verdadeira e é realizado depois que se crê At 8:36,37; Mc 16:16; At 2:38; 10:48; etc.

*      I Co 15:29 se refere à prática pagã adotada por algumas pessoas na época de Paulo, pois Paulo usa o pronome “os ” para se referir a este determinado grupo , excluindo a si mesmo, ao contrário do versículo 30. Ou ainda àqueles que se batizavam por causa do testemunho dos mortos, e não “no lugar” dos mortos.

*      I Pe 3:18,19 não pode ser interpretado como uma segunda oportunidade a todos que estão no hades (ver testemunhas de Jeová) e nem àqueles que viviam na época de Noé, pois:

 

a) O destino após a morte é eterno, não pode ser mudado Lc 16:25,26.

b) A pessoa já está ou não condenada nesta vida (Jo 3:18; Jo 5:24; Mc16:16; Rm  8:1; etc.) de acordo com suas palavras, decisões e  atitudes nesta vida Mt 7:19-23; 13: 41,42; 25:41-46; Lc 13: 23-28; 14:16-24; 19:11-27; Ap 21:7,8; I Co 6:9-11; Gl 5:19-21; Ez 18:1-32.

c) Após a morte vem o juízo da condenação para diferentes graus de castigos   (Ap 20:11-15; Lc 12:46-48; Dn 12:2; Jo 5:29; Hb 9:27; II Pe 2:9;               etc.), isto   para os ímpios. Os justos  após o arrebatamento da igreja passarão pelo Tribunal de Cristo para serem julgadas suas realizações para Deus; haverá  perda ou ganho de recompensa; neste tribunal só estarão os salvos.

d) As pessoas que nunca ouviram o Evangelho traçam seu destino nesta vida, Rm 2:12-16,evidentemente o Justo Juiz não comete injustiça.

e) A idéia de que as pessoas ficam no hades, o qual é lugar de tormento, aguardando segunda oportunidade, é irracional e anti-bíblica. Além dos Mórmons, grupos Universalistas e Restauracionistas defendem tal heresia. Esta doutrina é inspirada pelo Diabo para iludir o homem e levá-lo ao lago de fogo consigo Jo 3:18; Mt 25:41.

f) Ap 20:11-15 mostra que os ímpios ressuscitarão e serão julgados segundo suas obras (que não salvam, Ef 2:8,9. Ver letra b).

g) Mt 12:32 não ensina a segunda oportunidade para o homem, mas a expressão “nem no por vir” enfatiza que aquele pecado é eterno. Compare Mc 3:20 e Lc 12:10.Equivale a expressão atual “nem aqui, nem na China” ou “nunca”, significa impossibilidade, e não que haverá uma segunda oportunidade.

 

*      As interpretações prováveis de I Pe 3:18,19 são:

 

a)- Enquanto o corpo de Jesus estava morto, seu espírito recebeu vida ou capacitação especial para ir ao hades (v.19) e anunciar ao espírito dos ímpios antediluvianos (v.20) a consumação de sua obra, pois pregar no grego significa proclamar e não evangelizar. Nesta interpretação o povo antediluviano teria sido  citado como destaque de uma geração incrédula e perversa e Noé como exemplo de um grande pregoeiro Hb 11:7; II Pe 2:5. Assim o povo antediluviano simbolizava todos os ímpios mortos para os quais Jesus anunciou a consumação de sua obra.

b)- I Pe 3:18 pode ser traduzido “vivificado pelo Espírito” ARC, ACR, AC, NVI. Então a expressão do v.19 “no qual” indicaria que Jesus Cristo, através do Espírito Santo agiu em Noé capacitando-o a ser pregador daquela geração, como diz o v.20. Leia Hb 11:7[“condenou o mundo”]e II Pe 2:5 e compare com I Pe 1:10,11 que fala da ação do Espírito Santo no Antigo Testamento.

 

*      I Pe 4:6 refere-se ao Evangelho que foi pregado aos cristãos que na época  da epístola eram falecidos provavelmente por perseguição, fato que estava acontecendo com as pessoas a quem foi endereçada a epístola (I Pe 1:6; 2:12,19,20; 3:14; 5:9). Pedro fala que aqueles falecidos foram “ julgados segundo os homens, na carne”, isto é, injustamente, mas perante Deus estavam justificados. Pedro cita I Pe 4:6 para encorajar os cristãos da epístola a serem fiéis até a morte, assim como aqueles já falecidos.

 

4- O mormonismo ensina que Deus Pai tem corpo tão tangível como o do homem, diz que Ele possui carne e ossos.  (Doutrinas e Convênios [D&C] 130: 22-23).

 

*      De acordo com a doutrina Mórmon, no princípio só o Pai tinha  corpo de carne e osso, mas depois Cristo também assumiu essa forma. Se fosse realmente assim Deus deveria ter dito: “Façamos o homem à minha imagem e não “à nossa imagem” (Gn 1:26,27).

*      A imagem e semelhança refere-se às faculdades dos seres espirituais (razão, consciência moral, livre arbítrio, composição espiritual, emoção, etc.). A forma do corpo humano e seus órgãos (nariz, boca, rins, dentes, etc.) tem sua anatomia em função da sua relação de contato com o mundo físico e sua dependência deste. Deus é espírito Jo 4:24, isto é, um ser espiritual, já o homem é um ser físico-espiritual (Gn 2:7;I Ts5:23; Ec 12:7;). Apesar de tudo Deus tem uma forma (I Tm 6:16; Jo 1:18; 5:37), porém a Bíblia não revela, às vezes usa de antropomorfismo ou seja Deus sendo citado como tendo componentes físicos, para que o homem entenda melhor o seu criador. Ler Rm 1:23.  Ver 15.

 

5- Os mórmons ensinam que o homem é preexistente, isto é, vivia no céu com Deus e recebe um corpo de acordo com suas obras feitas no céu. (baseiam-se em Jr 1:5 e Ef 1:4).

*      Essas passagens mostram apenas a presciência de Deus (capacidade de conhecer o futuro, pessoas, decisões, pensamentos, eventos - I Pe 1:2; Is 46:10; 44:7; Sl 139:4 ).

*      Nenhum versículo diz que o homem conhece a Deus antes de sua criação, mas a Bíblia diz que Deus conhece o homem antes que ele seja formado, pois Ele é onisciente e habita na eternidade Is 57:15, para Ele não há presente, passado ou futuro, mas para relacionar-se com suas criaturas Deus manifesta-se no tempo. Leia Is 41:25,26; 45:1-5; onde está descrita a profecia sobre um homem chamado Ciro, predita mais de 100 anos  antes de seu nascimento. O fato de Deus prever e conhecer pessoas, fatos e decisões  não implica que elas sempre existiram.

*      Deus forma o espírito do homem dentro do  homem (Zc12:1; Gn 2:7). O corpo vem do pó (todos os componentes corporais são encontrados na terra), isto é, de matéria existente (assim como todos seres físicos Gn 1:11,20,24; 2:7), mas o espírito é criado diretamente (sem a utilização de matéria), por Deus, Ec 12:7. Jesus disse que ele era de cima, enquanto os outros homens eram de baixo Jo 8:23.

 

6- Os mórmons ensinam que Adão é Miguel (Não existe qualquer versículo que sugere tal crença). Adão é o primeiro ser humano e Miguel é um arcanjo, isto é, anjo-chefe (Dn 10:13b; Ap 12:7; Jd 9). ( O livro de Mórmon, Lista de verbetes, p.10. Adão).

 

7- Os mórmons tem quatro livros “sagrados”: O livro de Mórmon, Doutrinas e Convênios, Pérola de grande valor e a Bíblia (não consideram que Cantares de Salomão foi inspirado por Deus). Afirmam que a Bíblia foi adulterada, o que invalidaria (Jr 1:12; Mt 5:18; Lc 16:17; Is 40:8; Mt 24:35).Além disso os estudos arqueológicos e os escritos do Mar Morto (QUNRAN) achados em 1947, confirmam a imutabilidade da palavra de Deus.

 

8- Ensinam que a constituição dos Estados Unidos da América foi divinamente inspirada.

(Idem p. 41 Constituição).

 

9- Ensinam que o casamento não termina com a morte quando é feito no Templo Mórmon selado para a eternidade, possibilitando ao marido e esposas a tornarem-se deuses, onde os anjos (pessoas solteiras ou casadas fora do sacerdócio mórmon), lhes serão sujeitas (D&C 132. 15-20).

                Em D&C 132:.30-37 Joseph diz que Abraão foi ordenado por Deus a ter concubinas e isso lhe foi imputado por justiça, como também Isaque e Jacó entraram para sua exaltação e tornaram-se deuses. Em D&C 132:51-54, Joseph diz que Deus mandou sua esposa Emma Smith aceitar as outras mulheres de Smith, se não, seria destruída. Ver também D&C 132:61-65

*      Os mórmons deixaram de ensinar a poligamia somente em 1890. ( D&C Declaração Oficial 1- D.O 1- p.311), embora alguns grupos mórmons nos EUA sejam polígamos até hoje.

*      Quando a Bíblia diz: “sois deuses” Sl 82:5; ela se refere metaforicamente aos juízes de Israel por causa de seu ofício, pois o julgamento pertence a Deus (Dt 1:17), por isso apalavra ELOHIM que significa Deus no plural “aqueles que são” é às vezes traduzido por juízes (Ex 21:6; 22:8; Sl 58:1). Compare o v.6 com o v.7 do Sl 82 e veja a ironia.

                Jesus mesmo disse que a Escritura se refere àqueles a quem foi dirigida à palavra de Deus, isto é, aos juízes de Israel (Jo 10:35; Sl 82:1-6). Parafraseando o que Jesus disse: “Se a Escritura chama de deuses os juízes de Israel por causa de seu ofício, como eu não poderia ser chamado de Deus, visto que sou o verdadeiro juiz? ”Jo 10:33,36; 5:22.

                Assim os únicos seres humanos que são chamados metaforicamente de deuses são os juízes de Israel. Nunca o homem terá os atributos naturais de Deus (onipotência, onisciência e onipresença). O homem será conforme a imagem de Deus (moral) e terá um corpo glorioso como o do Cristo ressurreto, mas isto não faz do homem Deus (I Co 15:43,44; Fl 3:21; I Jo 3:2).

 

Não existe relacionamento sexual no céu, o homem será como os anjos Mt22:30 e não como está escrito em D&C 132. 19,30; que ensina a procriação de seres pré-mortais (“sementes”,"almas" dos homens”).     Todos nós somos literalmente filhos ou filhas de Deus, tendo nascido como espírito, de Pais celestiais, antes de nascer de pais mortais na Terra.” (Idem p. 70- espírito)

 

OBSERVAÇÃO: A palavra ELOHIM pode se referir:

 

a)- Ao Deus verdadeiro Gn 1:1,26,27,etc.

b)- Aos anjos de Deus Hb 2:7 e Sl 8:4-6

c)- Aos ídolos I Rs 11:5,33

d)- Aos juízes de Israel pelas razões acima citadas.

Contudo a Bíblia ensina que não existem deuses, e sim alguns homens chamam ou consideram alguns seres ou objetos como deuses: I Co 8:4; Is 37:20; 43:10; 44:6-8; 45:5,14,21-22, etc.

 

10- Ensinam que o homicida não tem perdão D&C 42.18. Porém a Bíblia diz que só os que não se arrependem serão condenados At 3:19 e Ap 21:8.

 

11- Ensinam que Jesus voltará na “nova Jerusalém” que ser’’ a construída em Missouri-USA e de lá reinará no milênio. Porém Jesus voltará (na forma visível) para os judeus arrependidos em Jerusalém (Israel); Zc 14:4 e de lá reinará Is 2:3; 60:3; Zc 8:3,22,23. (Ver Testemunhas de Jeová- Segunda vinda de Cristo).

 

12- O livro de Mórmon ensina que se Adão não tivesse pecado, os homens não existiriam 2 Néfi 2.25 (15-26).  E que a queda foi uma bênção (Lista de verbetes p.171. Queda de Adão e Eva ). Leia Gn 1:27,28.

 

13-   Ensinam que Jesus veio no meridiano dos tempos expiar a queda de Adão (Lista de verbetes p.171). Leia Gl 4:4.

 

14-   O livro de Mórmon afirma que muitas coisas preciosas foram tiradas da Bíblia. I Néfi 13.28b, 29b. Veja item7.

 

15- Joseph Smith Jr no livro  História da Igreja.vol.6,pp. 304-312:

                “O próprio Deus já foi assim como nós somos agora, e é um homem exaltado, assentado no trono... Temos imaginado e suposto que Deus foi Deus desde toda a eternidade. Eu refutarei esta idéia... Ele já foi homem como nós, sim que o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre a terra como o próprio Jesus Cristo...”

                “... e João descobriu que Deus, o Pai de Jesus Cristo teve pai, você pode supor que ele (o pai de Deus e avô de Jesus) também teve pai. Onde já existiu filho sem pai?” p.476.

                O livrete “O progresso eterno- Guia de Estudo 4” diz a respeito de Deus:

                Ele já havia progredido espiritualmente muito mais do que nós e não possuíamos um corpo tangível como ele possui”

                 Deus sempre foi Deus. Jesus recebeu a denominação de Filho por ter vindo  à terra e se sujeitado espontaneamente a Deus (Pai), tornando-se mediador dos homens. Jesus foi gerado somente como homem e não como Deus, pois Ele é eterno. Nm 23:19; Sl 90:2,3; Mt 1:20; Hb 1:5; Ap 22:12,13.  

  

16- Os livros “sagrados” mórmons dizem que a pele negra foi dada como maldição e que torna-se branca ao livrar-se dela. Ms 7.8,22; II Né 5.21; III Né 2 14-16; Jacó 3.8. foram racistas até 1978, utilizando estas passagens no sentido literal (sentido primitivo do texto).

                “Está bem claro que a marca que foi colocada sobre os descendentes de Caim foi a negritude... os homens que perderam o espírito do Senhor (apóstatas),... tornaram-se negros em tamanha medida que provocaram comentários de todos que os conheciam (The Juveline Instructor vol. 26 p. 635).

                Nenhuma passagem bíblica dá apoio este racismo diabólico, a pele negra é uma adaptação às regiões de intensa exposição solar, isso é uma bênção e não uma maldição. Os Mórmons só aceitaram os negros no sacerdócio em 1978. (D&C D.O 2, p. 311)

 

17- O mormonismo ensina (secretamente ou disfarçadamente hoje), que Jesus não tem nascimento virginal e que tem princípio.

                “Cristo foi gerado por um pai imortal da mesma maneira que os homens mortais são gerados por pais mortais.”

                “Cristo nasceu para o mundo como filho literal deste ser Santo, ele nasceu no mesmo sentido pessoal, real e literal que qualquer filho mortal nasce de um pai mortal. Não há nada de figurado sobre sua paternidade...” (Bruce Mc Conkie, Mórmon Doctrine pp.546-547.) 

                Usam hoje a expressão: “O único gerado pelo pai na carne(Índice de verbetes. p.88). Este é o conceito de unigênito do mormonismo. Leia Mt 1:18,20 e Ap 22:13.

 

18-Orson Hyde  no (Jornal of Discourses pp.259,260) ensina que Jesus era polígamo e que suas mulheres eram Maria, Marta e Maria Madalena e que o casamento em Caná da Galiléia foi dele. Jo 2:1.

 

19- A ceia dos mórmons é pão e água e não pão e “vinho” como ensina a Bíblia. D&C 27.2 diz que não importa o que se come ou se bebe. Ao contrário, Jesus instituiu o pão como símbolo do corpo e o vinho (suco de uva) como símbolo do sangue. I Co 11:23-26 e  Mc 14:22-25.

 

20- Falsas profecias de Joseph Smith Júnior:[Dt 18:20-22]

 

9.     Smith profetizou que a Nova Jerusalém deveria ser erguida no Estado de Missouri (EUA ), naquela geração ( D&C 84.1-5 ). Esta falsa profecia foi confirmada pelo Apóstolo Orson Pratt:

“Os Santos dos Últimos Dias esperam o cumprimento desta profecia durante a geração em existência, em 1832, assim como esperam que o Sol nasça e se ponha amanhã- Por Quê ?- Porque Deus não pode mentir.” ( Revista de Discursos V. IX, p. 71 ).

10.       Profetizam que sua casa em Nauvoo haveria de permanecer e pertencer à sua família para sempre ( D&C 124.56-60 ). Isso não aconteceu.

11.       Profetizou que “a vinda do Senhor está próxima .... até mesmo em cinqüenta e seis anos deveriam terminar a cena.”( History of the Church, V. II, p. 182.)

12.       Profetizou que a Lua era habitada: “Os habitantes da Lua têm tamanho mais uniforme que os da Terra, tem cerca de 1,83 mt. de altura. Vestem-se muito à moda dos quacres ...” ( Revista de Oliver B. Huntinton, V. II, p. 166 ).

Vemos que Smith é mais um falso profeta Mt 24:24; II Pe 2:1-3; 3:16.

 

 

 

 

 

IV- BIBLIOGRAFIA

 

1-Por que abandonei o Mormonismo, Thelma Granny Geer, Ed. Vida, 1991.

2-Religiões Seitas e Heresias, J. Cabral, Ed. Gráfica Universal, 3a edição, 1997.

3-Desmascarando as Seitas, Raimundo F. de Oliveira, Ed. CPAD,16a edição, 1998.

4-Ao Moroni com amor, J. Edward Decker, Ed. Vida, 1981.

5-O Mormonismo, Ira T. Ransom, Imprensa Batista Regular, livreto.

6-O império das Seitas, vol. 2, Betânia, 1992, pg. 113-115.

7-Lições Bíblicas- Seitas e Heresias, Ed. CPAD, 1997, p. 83-86.

8- Jóias do N. T. grego, Kenneth S. Wuest, Imprensa Batista Regular, 1986.

9- Dicionário de religiões, crenças e ocultismo, Ed. Vida, 2000.

10- O livro de Mórmom.

11- Doutrinas e Convênios

12- Pérola de Grande Valor.


UNICISMO

 

 

I- INTRODUÇÃO

 

                No século III Sabélio, um presbítero da Igreja Cristã no norte da África difundiu a idéia que havia só uma Pessoa na divindade com nomes diferentes “Pai, Filho e Espírito Santo,” isso originou da analogia do Sol e seus raios. Sabélio usava o termo “pessoa” para cada Pessoa da Divindade mas no sentido de manifestações diferentes de Deus. No Ocidente os que defendiam tal idéia [Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago]eram chamados de Patripacionistas pois ensinavam que o Pai nasceu e morreu na cruz, pois segundo eles Jesus era o Pai. Por isso essa Heresia é chamada de Sabelianismo, Monarquianismo modal, ou Patripassionismo. No Combate à esta heresia Tertuliano usa pela primeira vez o termo “Trindade”. Este ensino desapareceu nos primeiros século, porém ressurgiu no século XX através do movimento “Só Jesus” ou “Nova Luz”.

                Em 1913 John S. Sheppe recebeu uma nova “revelação” do poder do nome de Jesus e a partir daí estudou e chegou a  conclusão que o verdadeiro batismo tinha de ser ministrado em nome de Jesus Cristo conforme At 2:38 e que era imprescindível à salvação. Para conciliar At 2:38 com Mt 28:19 passou a ensinar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram uma só Pessoa e seu nome é Jesus Cristo; Senhor; Jesus; Cristo. Esta heresia provocou confusões em muitas igrejas evangélicas. Esta seita se dividiu em várias facções, dentre elas a Igreja Pentecostal Unida Internacional.

Assim Jesus na encarnação, com ser humano, é o Filho, e como ser divino é o Pai (o Espírito). Ou seja o Cristo era ao mesmo tempo Filho (natureza humana) e Pai (natureza divina), segundo tal ensinamento distorcido.

 

II-  ALGUMAS IGREJAS UNICISTAS

 

1-TABERNÁCULO DA FÉ

                Foi fundado por um ex-batista,  Willian Marrion Branham (1906-1965), que dizia ser o profeta Elias, que havia de vir e restaurar todas as coisas que os homens haviam pervertido (Trindade, ordenação de mulheres, etc.). Segundo seu próprio depoimento freqüentou as reuniões do movimento Só Jesus. Seus seguidores freqüentemente estudam suas mensagens gravadas-escritas as quais tem como inspiradas pelo Espírito Santo.

 

2- VOZ DA VERDADE

                Esta denominação tem um conjunto musical com o mesmo nome. A apostila de instrução inicial pró-batismo na resposta da pergunta 10 diz a respeito do termo trindade: “a)Associação de três pessoas com pensamentos iguais; b) teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade; decreto religioso por parte do clero no Concílio de Nicéia no ano de 325 d.C.

 

3- A IGREJA DE DEUS NO BRASIL

                Não deve ser confundida com Igreja de Deus no Brasil. Similar à Voz da Verdade e Igreja Pentecostal Unida.

 

4- TESTEMUNHAS DE IEHOCHUA

                Fundada em 1987 em Curitiba por Ivo Santos de Camargo. Dizem que a pronúncia de YHWH é IEHOCHUA. Dizendo que o nome Jesus não é o nome do Cristo. IEHOSHUA [visto que o nome IEHOCHUA está grafado incorretamente] é traduzido por Josué em nossas Bíblias em Ag e Zc e eqüivale ao nome grego IESUS que em português é Jesus. O mesmo Josué é conhecido por YESHUA em  Ed e Nm que em nossas Bíblias aparece transliterado para Jesua. Este é o nome para Jesus mais usado até hoje em Israel. A Septuaginta traduziu ambos por IESUS. Portanto o nome Jesus é o nome do Messias e a pronúncia de YHWH é Iavé em hebraico e Javé em português. Ver T. de Jeová

 

5- IGREJA LOCAL

                Conhecida por seu ônibus “expo livro” e sua editora Árvore da vida. É conhecida como Igreja em São Paulo, Igreja em Uberlândia, etc.; pois seu nome é registrado com o nome da cidade em que chega.

                Todas essas igrejas, que foram citadas, negam a doutrina da trindade. A Igreja Local usa o termo “trindade” e “pessoas”, mas atribuem significados totalmente estranhos à doutrina bíblica.

 

III- DOUTRINAS  DA IGREJA LOCAL ACERCA DE DEUS

 

1-  * O conceito de  Pessoa da Igreja Local significa ofício ou função que Deus passou ou assumiu.

                “Há três pessoas, mas somente um nome. Não é no nome do Pai, do Filho e do Espírito, mas em o nome (...) O pai em casa, o professor na universidade e o médico no hospital são três pessoas com um só nome.”

                “Considerem a eletricidade (...) a eletricidade armazenada no gerador,  a eletricidade transmitida dentro do edifício pela corrente elétrica e a eletricidade empregada em vários eletrodomésticos (...) são apenas três estágios da mesma eletricidade.”  (A expressão prática da igreja. 3ª edição p.8-9)

                Com estes dois exemplos vimos que Witness Lee quando usa a palavra Pessoa quer dizer ofício ou função, pois no seu exemplo mencionou uma pessoa realizando três funções e que tem um só nome, portanto são três ofícios e não três pessoas. Depois disse que a eletricidade passa por três estágios, exemplificando os diferentes aspectos ou funções que Deus assume.

 

2-Ensina que Deus era a Palavra, e Ele se fez carne. Então, Deus na encarnação tem duas naturezas, a humana (a quem chamam de Filho) e a divina (a quem chamam de Pai ou Espírito). Assim para eles Jesus era ao mesmo tempo Pai e Filho.

                “Jesus foi concebido do Espírito Santo e que esse Espírito Santo como elemento divino, era o elemento constituinte Dele.” ( A economia divina. p.46.3ª edição ).

                “Temos que dizer que Ele é o Filho com o Pai.” (Idem p. 41)

                “Ele não era apenas o Filho, mas também o Pai.” (Idem p. 42)

 

3- Ensinam que esse Deus que se fez carne (Divino-humano ou Pai-Filho) se tornou o Espírito que dá vida, portanto o único Deus é o “Deus tri uno processado.”  Antes da encarnação Ele era apenas divino, Espírito , na encarnação Ele era Pai e Filho e na ressurreição Ele se tornou o Espírito que habita no cristão. Portanto neste processo quem habita no crente é o Deus triuno, ou seja o Espírito Santo (que é ao mesmo tempo Pai, Filho e Espírito) devido ao processo ocorrido.

                “O que a Bíblia revela acerca do Filho com o Pai é diferente da teologia tradicional.” (Idem p.46)

                “Os três não só coexistem simultaneamente, mas se co-inerem(...) o Pai e o Filho co-inerem [encarnação], e o Pai e o Filho co-inerem no Espírito [após ressurreição].” (Idem p.88)

                “Alguns teólogos tradicionais que as nos dizem três pessoas na Trindade divina: o Pai, o Filho e o Espírito, não devem ser confundidas e devem ser claramente separadas o tempo todo. Mas a Bíblia ensina que Jesus o Filho de Deus, tornou-se o Espírito (...) Alguns discutem comigo dizendo que o Espírito que dá vida em I Co 15:45b não é o Espírito Santo (...) Vocês crêem que haja outro Espírito no universo, além do Espírito Santo, que também dê vida?”

                                                                                                                                              (Idem pp. 71-72)

                “... todos os itens que Cristo é. Como Deus, Ele é o Pai, o Filho, o Espírito, o Senhor, o Cristo e outros itens.”

                                                                               (A expressão prática da igreja. 3ª edição. p.16)

 

 

Portanto para a Igreja Local existe um Ser divino, uma  Pessoa, e não três Pessoas como a doutrina Bíblica Ortodoxa Apostólica ensina. Geralmente em uma discussão, a princípio negam estas coisas, e apresentam o seu credo [que aparece em toda edição do jornal] que diz que crêem em três pessoas distintas, mas não deixam de falar que Jesus é tanto o Pai, quanto o Filho, quanto o Espírito Santo.

Crêem numa distinção eterna de Pessoas [ou melhor, funções] . Para exemplificar, tomemos a declaração de que Jesus foi morto antes da fundação do mundo Ap 13:8. Jesus se fez homem e morreu no ano 33d.C, mas desde a eternidade já tinha capacidade de tornar isso possível, portanto desde a eternidade Jesus já era capacitado para fazer o papel de Messias, tendo portanto desde a eternidade outra função[ou como dizem sendo outra pessoa].

Witness Lee para divulgar suas idéias Unicistas no meio evangélico, resolveu mudar o sentido da Palavra “Pessoa” e  “Trindade”, como predizia as Escrituras a respeito destes homens sagazes II Pe 2:1.

 

V- REFUTANDO O UNICISMO

 

  • Os unicistas ensinam que Deus é uma unidade absoluta. Um Deus unitário.
  • Os unicistas acreditam que Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo.Três manifestações, não três pessoas, mas apenas uma pessoa
  • Acreditam que Deus se revelou como Pai  no A.T, Filho na encarnação e Espírito após ressurreição.
  • Acreditam que Deus não se revelava como Filho no Antigo Testamento.
  • Ensinam que o termo Pai se refere a divindade.
  • Que o termo Filho se refere a encarnação (humanidade de Jesus)
  • Que o Espírito Santo se refere a divindade

 

 

5.1 -Jesus disse que ele e o Pai eram duas pessoas:

Jo 8:13  Disseram-lhe os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.

14  Respondeu-lhes Jesus: Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.

15  Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo.

16  E se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro; porque não estou só, mas o Pai que me enviou, está comigo.

17  Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.

18  Eu dou testemunho de mim, e meu Pai que me enviou, também dá testemunho de mim.

 

5.2 Jesus usou O PLURAL para falar dele e do Pai. E o AT também usa o plural

·         A Bíblia usa pronomes e verbos no plural para se referir ao Pai e ao Filho, indicando haver mais de uma Pessoa na Divindade. “somos”; “nós”; “faremos”. Jo 10:30; 14:23; 17:21,22.


JO 10:30  Eu e o Pai somos um.

JO 14:23  Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

JO 17:21  a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Será que o Espírito Santo não sabia gramática grega? Ou o Unicismo está errado?

 

·                     A Bíblia refere-se a Deus (a divindade),com pronomes  e  verbos no plural “Façamos”, “nós”, ”desçamos”, “confundamos ” Gn 1:26; 3:22; 11:7; Is 6:8.

Gn 1:26 ¶ Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.

27  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

Não se trata de diálogo com os anjos, pois os anjos não tiveram participação na criação, e o homem não é imagem dos anjos e sim de Deus.

Gn 3:22 ¶ Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nósconhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.

 

5.3- A palavra único em hebraico pode se referir a uma unidade composta
Dt 6:4 diz que Yahweh é único. A palavra único nesta passagem é echad e pode significar uma  unidade composta, como acontece em Gn 2:24; 11:6. Se a Divindade fosse uma unidade absoluta a palavra usada seria yachid que é usada em Gn 22:2. Em Mc 12:29, Jesus citou Dt 6:4.

 

Dt 6:4 ¶ Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.

 

Gn 2:24  Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.

 

Gn 11:6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.

7  Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro.

8  Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade.

 

 ‘echad

 um numeral procedente de 0258; DITAT-61; adj

 1) um (número)

1a) um (número)

1b) cada, cada um

1c) um certo

1d) um (artigo indefinido)

1e) somente, uma vez, uma vez por todas

1f) um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um

1g) primeiro

1h) onze (em combinação), décimo-primeiro (ordinal)

 

yachiyd

 procedente de 03161; DITAT-858a;

 adj

1) só, só um, solitário, um

1a) sozinho, único, um

1b) solitário

1c) (DITAT) filho único

 subst 

2) um

 

5.4 Jesus disse que ser um, não é ser a mesma pessoa mas estar em unidade, unido  ver 7.16 C

30  Eu e o Pai somos um
Jo 17:21  a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.

Além disso o termo um (no grego) é neutro e não masculino. Se referisse a pessoa seria masculino

 

5.5 O unicismo cai no Nestorianismo*, pois sua doutrina implica necessariamente que Jesus era duas pessoas  ou tinha duas naturezas separadas!

João 3:35  O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos

 

 

Marcos 13:32  Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai

*Nestorianos (5º séc.): Afirmava que as duas naturezas eram separadas, fazendo assim de Jesus 2 pessoas. 

·                     Os pentecostais unicistas compartilham deste ponto de vista quando questionados, por exemplo: Como Jesus não sabia o dia de sua volta? Respondem que apenas sua natureza humana (Filho) não sabia, mas a divina (Pai) sim. O que implica em naturezas separadas, fazendo de Jesus duas pessoas. 

·                     Porém esta resposta deles implicaria que Jesus sabia, o que contradiz a afirmação de Jesus, de que ele não sabia. Na verdade tanto sua natureza humana como sua divina (em virtude de sua encarnação e esvaziamento) não sabiam a data de sua volta

·                     Para uma verdadeira compreensão deste versículo veja 10. Pois até mesmo alguns Trinitarianos de maneira IRRACIONAL dão esta explicação herética

 

5.6 O Filho conhece o Pai, e o Pai ao Filho
Mateus 11:27  Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

 

 

·                     Jesus conhece o Pai em virtude de sua vida com o Pai antes de sua encarnação e esvaziamento por ter a mesma natureza dele  ver 7.11

·                     Se o termo Filho se refere a natureza humana (como pressupõe o Unicismo) seria impossível ele conhecer ao Pai, pois o criado e finito não pode alcançar o incriado e infinito!! 

·                     Portanto o termo Filho se refere a divindade de Jesus, pois antes de encarnar existia como o Pai e tinha a mesma natureza dele (ver 7.11)

·                      

 

5.7 O Pai fala ao Filho e o Filho ao Pai. 

Cada um chama o outro de "Deus", o que implica em duas pessoas na divindade.

Hb 1:1 ¶ Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,

2  nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

5  Pois a qual dos anjos[Deus] disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?

6  E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, [Deus] diz: E todos os anjos de Deus o adorem.

7  Ainda, quanto aos anjos, [Deus] diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;

8  mas acerca do FilhoO teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino.

9  Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.

10  Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos;

11  eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste;

12  também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.

13  Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?

 

Ap 3:12  Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deuse o meu novo nome.

 

 

5.8-Filho agiu  no AT como CRIADOR e como INTERCESSOR, ao contrário do que diz o unicismo (ver 4.2)

Hb 1:2  nestes últimos dias, [Deus] nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

 

 

 

Cl 1:12 ¶ dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.

 

13  Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,

 

14  no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

 

15  Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

 

16  pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

 

 

Zc 12:1 ¶ Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.

2  Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?

3  Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo.

4  Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes.

5  E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do SENHOR estava ali,

Davi MOSTRA QUE o Filho já existia no seu tempo!! e o Pai conversou com ele:
Mt 12:36  O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.

37  O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer.

 

 

5.9- O Espírito Santo que não tem natureza humana como Jesus, intercede ao Pai, logo é uma pessoa distinta do Pai. 

Se o Espírito Santo é o Pai ou natureza divina, como dizem os Unicistas, como ele intercederia junto a si mesmo? Que contradição é essa?

 

Rm 8:26 ¶ Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.

 

 

 

5.10- O termo Filho implica divindade, por isso Jesus foi acusado de blasfêmia
JO 5:18  Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

Jo 10:33  Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34  Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35  Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar,

36  então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?

 

Obs.* Não confunda o termo filho que é aplicado aos cristãos, pois somos filhos por adoção!!
Jesus é o Deus unigênito (único do gene, único do tipo), pois é Deus.
Jesus é o Filho Unigênito pois tem a natureza divina

Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito*, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

 

16  Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

 

 

* apenas manuscritos medievais trazem o termo Filho unigênito, cópias tardias e menos confiáveis



5.11- Desde a eternidade Jesus é distinto do Pai e ele tem a natureza do Pai
Jo1:1 ¶ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com (o) Deus, e o Verbo era Deus.

·                     Jesus estava com Deus pai desde a eternidade

·                     Jesus desde a eternidade tinha a natureza ou essência divina


ausência de artigo definido no termo  Deus, como acontece na segunda palavra Deus ( "era Deus") implica em um qualificativo do termo Logos. Assim o termo Deus qualifica (dá qualidade) ao Logos, significando que ele tem a natureza divina. Veja:

(Nova Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Edições Targumim, 2009, p. 567

Jesus)

 

·                     Outros textos falam de Jesus tendo esta natureza divina:

Fp 2:6  Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. NTLH

Fp 2:6  pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;

 

"1. morphe  denota “a forma ou traço especial ou característico" de uma pessoa ou coisa. É usado com significado particular no Novo Testamento, somente acerca de Cristo, em Fp 2.6.7. nas frases: “sendo em forma de Deus" "tomando a forma de servo". Definição excelente da palavra é a que Gifford oferece: “O termo morphe é. portanto, a natureza ou a essência, não no abstrato, mas como subsistindo na verdade no indivíduo, e retido, contanto que o indivíduo exista. \ ...] Assim, na passagem diante de nos morphe theou é, de fato. a natureza divina e inseparavelmente subsistente na Pessoa de Cristo. (...) Quanto à interpretação da expressão ‘forma de Deus', é suficiente dizer que: 

(1) inclui toda a natureza e essência da deidade, e é inseparável delas, visto que não podem ter existência real sem ela: e 

(2 ) que não inclui em si mesma qualquer coisa acidental ou separável, como determinadas maneiras de manifestação ou condições de glória e majestade, as quais podem, numa ocasião, estar presas à ‘forma’: e em outra, separadas dela. [...] “O verdadeiro significado de morphe na expressão 'forma de D e u s’ é confirmada por seu reaparecimento na expressão correspondente, 'forma de servo’. É universalmente aceito que as duas frases são diretamente antitéticas. e que. portanto a palavra ‘forma* tem de ter o mesmo sentido em ambas" (extraído dc On The incarnaríon, de Gifford. pp. 16. 19, 39). (Dicionário Vine- CPAD, 2002, p.664)

·                     O Pai tem logicamente esta natureza divina 

Romanos 1:20  Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

 

 

 

V- A DISTINÇÃO DE PESSOAS NA TRINDADE

 

1-  A palavra trindade não se encontra nas Escrituras [ como também Onisciente, Onipresente, livre arbítrio, etc.], foi utilizada pela primeira vez no século II Tertuliano (160-220 d.C.) para se referir à unidade composta de Deus, isto é, à união de três Pessoas numa só divindade, Tertuliano utilizou esta palavra para combater a heresia de sua época o Patripassionismo[que ensinava que o Pai tinha se encarnado e morrido na cruz].

Existem vários outros escritos cristãos que comprovam que a igreja primitiva cria e ensinava a doutrina da trindade, entre eles Justino, o Mártir (100-167 d.C.) e Irineu (130-200 d.C.). Portanto a doutrina da trindade não foi inventada no Concílio de Nicéia (325 d.C.). (Ver Testemunhas de Jeová – Trindade).

 

2- Deus ( a Divindade) na sua essência (qualidade, substância divina) é um, mas quanto à sua personalidade, Deus é três. Não devemos confundir as Pessoas, nem dividir a substância. Deus é eternamente existente em três Pessoas diferentes, porém de mesmo poder, autoridade, glória e co-eternas. Cada uma dessas Pessoas Divinas apresentam suas características pessoais distinguindo-se claramente das outras Pessoas. Cada Pessoa Divina  (Pai, Filho e Espírito Santo), tem todos os atributos divinos (onisciência, onipresença, onipotência, imutabilidade, amor, etc.), recebe honras divinas e realiza obras divinas, entretanto nenhuma das três age independentemente das outras Pessoas.

                A trindade não pode ser completamente definida, por se tratar do Ser infinito, mas devemos apegarmo-nos aos fatos da Revelação Divina da Bíblia. Deus na  essência é um e na personalidade são três, isto é, três Pessoas Divinas distintas que nunca devem ser confundidas.

 

A)- Dt 6:4 diz que Yahweh é único. A palavra único nesta passagem é echad e significa  unidade composta, como acontece em Gn 2:24; 11:6. Se a Divindade fosse uma unidade absoluta a palavra usada seria yachid que é usada em Gn 22:2. Em Mc 12:29, Jesus citou Dt 6:4.

B)- A Bíblia refere-se a Deus (a divindade),com pronomes  e  verbos no plural “Façamos”, “nós”, ”desçamos”, “confundamos ” Gn 1:26; 3:22; 11:7; Is 6:8.

                Não se trata de diálogo com os anjos, pois os anjos não fizeram parte na criação do homem, e o homem não é imagem dos anjos e sim de Deus.

C)- A Bíblia usa pronomes e verbos no plural para se referir ao Pai e ao Filho, indicando haver mais de uma Pessoa na Divindade. “somos”; “nós”; “faremos”. Jo 10:30; 14:23; 17:21,22.

D)- No hebraico Gn 35:7 o verbo está no plural.

E)- No hebraico Js 24:19 o adjetivo está no plural.

F)- A palavra Deus no Hebraico é Elohim (Gn 1:1,3,5,6,26,etc.) e é o plural de Eloah e significa “aqueles que são” segundo a Bíblia Alfalit com ajudas adicionais. Isto à luz do conceito bíblico revela a unidade composta de Deus.

G)- O NT revela de maneira mais explicita a pluralidade de Pessoas e a unidade de essência na Divindade - Batismo de Jesus (Mt 3:16,17); Grande Comissão (Mt 28:19); Distribuição dos Dons (ICo 12-6); Bênção Apostólica (II Co 13:3); Unidade da Fé (Ef 4:4-6); Eleição (IPe 1:2); Exortação de Judas (Jd 20,21); Saudação de Apocalipse (Ap1:4,5).

H)- “No princípio ...” Jo 1:1(desde a eternidade) “...o Verbo estava com Deus ...” (“com” significa estar ao lado, no seio, face-a-face, mostrando distinção pessoal entre o Verbo-Jesus e o Pai). Então  aquele que estava com (ao lado) do Pai se fez carne Jo 1:14, isto é, não foi o Pai, mas Jesus Cristo. Mas após Jesus ressuscitar voltou a estar “ao lado do Pai” AC ou no “seio do Pai” ARA Jo 1:18. Portanto desde a eternidade “No princípio ”já havia distinção de Pessoas na Divindade.

I)- “... e o Verbo era Deus”  Jo 1:1 a ausência de artigo no grego indica igualdade de essência , portanto o Verbo (Jesus) estava com Deus Pai, mas o verbo era e é na essência igual ao Pai. Portanto Jo 1:1 mostra que Deus Pai e Jesus são  pessoas distintas, mas que têm a mesma Natureza Divina. Pode-se traduzir “a Palavra era Divina[ou divina- pois esta palavra por si só se refere ao Ser Supremo]” ou “a palavra era Deidade”, ambas traduções expressam o significado da frase, e não uma tradução literal como fazem quase todas as versões.

J)- Quando o Verbo se fez carne recebeu o título de “Filho” e o nome de “Jesus”. A Pessoa Divina que estava no céu recebeu o título de Pai, pois Jesus espontaneamente sujeitou-se ao Pai fazendo-se semelhante aos homens (Hb 1:5b; II Sm 7:12-14; Fl 2:5-11).  O Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade, assumiu o papel de capacitador de Cristo (At 10:38; Hb 9:14; Lc 4:14,18), para realização da obra da redenção. Após sua encarnação Cristo assumiu o papel de Mediador, Sumo Sacerdote e Advogado (I Tm 2:5; I Jo 2:2) e o Espírito Santo assumiu o papel de Consolador (Jo 14:16), Mestre, Guia, etc.(Jo 16:13) para preparar a Igreja para o arrebatamento (I Ts 4:17).

Nisto vimos a cooperação das três Pessoas da Trindade no plano da redenção.(Ver Testemunhas de Jeová-Trindade)

 

 

VI- DESFAZENDO AS ARGUMENTAÇÕES DOS UNICISTAS:

 

A) Cl 2:9 não ensina que Jesus é a união de Deus Pai que se fez carne (natureza humana ou Filho) com Deus Pai que morava dentro desse corpo ou se uniu a esse corpo (natureza divina). Cl 2:9 está no presente e diz que Jesus hoje (como eternamente) é 100% Divino. Paulo estava falando aos Colossenses que Cristo não era uma criatura e sim um Ser Divino, Cl 1:19. Quando o Filho se fez carne Ele se esvaziou da manifestação dos poderes da divindade, mas isso não significa que Ele perdeu a Essência Divina Fl 2:6-10. Jesus neste sentido tinha a natureza Divina e humana, mas não no sentido dos Unicistas. Jesus ao assumir a forma humana decidiu ser dependente do Espírito Santo (Is 11:2; Lc 3:22; 4:1,18; At 10:38; Mt 12:28).

B) Is 9:6 não diz que Jesus é Deus Pai, mas sim que Ele é eterno “Pai eterno” BJ ou “Pai da eternidade”. Jesus é chamado de pai por seus filhos, assim como o Espírito Santo pode ser chamado de pai por todos. Veja os outros títulos de Jesus em Is 9:6, todos refletem os atributos de  Deus: conselheiro, maravilhoso, forte, poderoso, Príncipe da paz, um Pai eterno ..

                Leia Jo 21:5, Jesus chama seus discípulos de filhos, portanto Ele é nosso pai, contudo Ele é Filho do Pai (Deus Pai).

 Significa possuidor da eternidade

  • O Léxico de Strong diz: 


"ab=pai
1) pai de um indivíduo
2) referindo-se a Deus como pai de seu povo
3) cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
4) antepassado
4a) avô, antepassados—de uma pessoa
4b) referindo-se ao povo
5) originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
6) referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
7) referindo-se \a benevolência e proteção (fig.)
8) termo de respeito e honra
9) governante ou chefe (espec."

 

  • O Targum [paráfrase aramaicas do A.T] traduziu o termo por: 'Seu nome tem sido chamado desde a antiguidade, Maravilhoso Conselheiro,, Deus Forte, aquele que vive para sempre' (Targum of Isaiah. Londom:Oxford, 1942, p. 32)

 

 

 

C)- Jo 10:30 diz “Eu e o Pai somos um”. O verbo está no plural indicando haver duas Pessoas e o numeral “um” no grego é numeral neutro, indicando mais uma vez unidade de Essência  ou Natureza Divina. Jesus não disse: “Eu sou o Pai”.

                Se ser um significa ser a mesma pessoa, logo a igreja é Deus. Isso é irracional e satânico (Jo 17:21-23).Logo, a expressão “somos um” ou derivadas devem ser analisadas de acordo com o contexto. Todos os crentes são um em Cristo. ICo l2:12,14,20 mas nem por isso deixamos de ter a nossa individualidade, o mesmo ocorre com os casados Mt 19:5-6. Leia também Gn 11:6.

D)-  Em Jo 3:13 a expressão: ”que está no céu”, não se encontra nos manuscritos gregos mais antigos, foi colocada por um copista, para enfatizar que Jesus hoje está nos céus ao lado do Pai (Jo 1:18). As versões mais modernas da Bíblia omitem este acréscimo ou o colocam entre colchetes. Quem estava nos céus, durante o ministério terreno de Jesus era seu Pai (Mt 10:33).

E)- Atos l0.28 não diz que Deus Pai tem sangue, sendo portanto Jesus Cristo. Essa passagem refere-se a Deus Filho (Jesus Cristo) que é chamado de Deus em: Jo 1:1,18; 20:28; Hb 1;8-12; Tt 2:13 e em  I Jo 5;20.

F)- II Co 5:19 diz que Deus (Pai), através de seu Filho reconciliou o mundo com Ele. O Filho é chamado de Cristo e não o Deus Pai (Mc 14:61).

G)- Jo 14:19 mostra que devido as obras de Jesus serem iguais às de Deus Pai (Jo 5:19, 20,36,43; 10:38; 14:9-12), quem o via, via ao Pai, pois tinha a mesma Essência Divina (Jo 1:1; 10:30; Cl 2:9), Jesus disse que ninguém tinha visto o Pai (Jo 6:46; 5:37).

H)- Jo 8:16; 16:32 não ensinam que o Pai se tornou uma Pessoa com o Filho na encarnação como já foi discutido, Jesus está sempre conosco, porém não somos Deus.

I)- Jo 14:10 não sustenta a doutrina herética que o Pai é a natureza divina e o Filho a natureza humana como já foi comentado, antes mostra que  o propósito do Pai estava em Jesus e que Ele através do Espírito Santo capacitava Cristo a fazer obras iguais às Suas (Jo 5:19,20; 14:10,11; At 10:38; Lc 4:14,18).

                Não é a presença do Espírito Santo que tornou Cristo divino, pois Ele sempre foi Deus(Divino),(Jo l:l).

Os cristãos tem o Espírito Santo, mas contudo não são Deus (Jo 14:17; I Co 3:16).

J)- I Co 15:45 ensina que Jesus após ressuscitar recebeu um corpo espiritual [Seu corpo carnal foi transformado].(I Co 15:44). Contrasta o primeiro Adão que trouxe a morte, com o último Adão(Jesus) que trouxe vida eterna a todo o que crê (Jo3:16; I Jo 1:1,2;3:14;5:11,20).Então Jesus glorificado é “espírito vivificante”(Rm 5;15,18,20) e não apenas uma alma vivente (ser vivente) como foi Adão. Jesus não se transformou no Espírito Santo pois Este já existia como uma Pessoa distinta. Ver IV.4-

K)- Jo 7:38,39 e 14:16-19 distingue a Pessoa do Espírito Santo da Pessoa de Jesus, pois em Jo 14:17 Jesus disse que o Espírito Santo era invisível e habitava com eles, portanto era “outro consolador”(Jo 14:16); no grego allos eqüivale a outro do mesmo tipo. Em II Jo 1:3, a palavra órfãos não significa que Jesus é Deus Pai, significa apenas que Jesus é nosso pai, assim como as outras Pessoas da Trindade (Jo 21:5). A expressão do versículo 18 “(...)virei para vós” refere-se a ressurreição de Cristo e seu aparecimento aos discípulos (Jo14:19,20; 20:19-31; 21:1-25) e não a Jesus transformado no Espírito Santo.

L)- Jo 20:22 mostra que Jesus soprou o Espírito Santo e não a si mesmo em Pessoa.

M)- II Co 3 refere-se ao ministério do Espírito Santo II Co 3:3,6,8,16,17,18 AC (Espírito). Portanto II Co 3: 16,17,18  diz apenas que o Espírito Santo é o Senhor assim como o Pai (Mt 4:7) e o Filho (Fl 2:11). O título Senhor refere-se a Deus como supremo soberano (no grego Kyrios e no hebraico Adonay) e corresponde à Yahweh (Dt 6:16). Assim este trecho diz que o Espírito Santo é o soberano do universo (que nos transforma segundo sua imagem) e identifica o Espírito Santo como o Senhor com quem Moisés falara refletindo sua glória ( II Co 3:7,13,17,18) “Ora, o Senhor é o Espírito”v.17. Dizer que Cristo é o Espírito Santo é forçar o contexto e contradizer todo o restante da Bíblia.

 Leia Jo 14:17,23;I Co 3:16;6:19 e veja que as três Pessoas Divinas habitam em nós.

 

VII- BATISMO

 

 

Razões para Crer. Rio de Janeiro:CPAD, 2013, p. 368.

 

                Os Unicistas  afirmam que o batismo deve ser feito em nome de Jesus Cristo e não “no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ”como ordena a Bíblia em Mt 28:19.

 

1- Testemunhos da Igreja Antiga.

 

A) Justino, o Mártir (100-167 d.C.), em 165 d.C.

            “São levados a um lugar onde haja água, recebendo o batismo em água em nome do Pai, Senhor de todo o universo, e do nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo.”

B) Orígenes (185- 254 d.C.)

                “Talvez alguém esteja pensando assim: Tendo o próprio Senhor dito aos seus discípulos que batizassem as nações em nome do Pai...,porque o apóstolo em At 2:38 usa somente o nome de Jesus ao batizar, de vez que um batismo não pode ser considerado legítimo sem que mencionado o nome da Trindade?”

C) Inácio (67-ll0dC)

“Portanto o Senhor, enviando os apóstolos a fazer discípulos de todas as nações , ordenou-lhes que batizassem no nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, não em três nomes , nem em três encarnações, mas em nome dos três de igual honra.”

D) Tertuliano (l60-220dC)

“Ordenando que batizassem em o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo, e não em um só”

E) Clemente (l50-213dC)

“E aos apóstolos ordenou : Ide pregar, e aqueles que crêem, batizai-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”

F)- Em 1873 foi descoberto em Constantinopla m manuscrito em pergaminho

intitulado “Os ensinos dos doze apóstolos” ou “Didaquê”, o qual é reconhecido como o mais antigo documento excetuando o NT

“Agora, concernente ao batismo, o bispo ou presbítero, como já temos

instruído, deve batizar conforme o Senhor nos ordenou ao dizer: Ide por todo o mundo e ensinai todas as nações batizando-as em nome do Pai, do Filho e  do Espírito Santo. ”Este documento não mencionou nada sobre o “fórmula” em nome de Jesus.

 

2- As passagens de Atos que mencionam o batismo em água, não apresentam uma “fórmula uniforme”: At 2:38 “em nome de  Jesus Cristo”; At 8:16 “em o nome do Senhor Jesus”; At 10:48 “em nome de Jesus Cristo ou “em nome do SenhorAC, ARC, ACR; At 19:5 “em o nome do Senhor Jesus.

 

3- Essas quatro passagens se referem a atos ou eventos de batismo, que deveriam ser feitos “em o nome do Senhor Jesus ”como qualquer outra ordenação cristã (Cl 3:17).Portanto o escritor Lucas registra somente que o batismo foi realizado por ordem de Cristo como Ele mesmo disse: “Ide, portanto (...), batizando-os” e não pela vontade de qualquer homem (Mt 28:19).

 

4- A fórmula bíblica é batizar em nome da trindade (Mt 28:19), pois a expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ”indica a participação das três Pessoas Divinas na obra da salvação (da qual o batismo é símbolo, assim como a ceia é símbolo do corpo e do sangue de Cristo). Portanto Jesus quer que ao fazermos o batismo em seu nome (por sua ordem), mencionemos as Pessoas envolvidas na obra da salvação e não que mencionemos o nome comum ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo (que seria Senhor, Deus ou Yahweh) e não Jesus Cristo, pois este nome refere-se somente ao Filho.

 

5- A expressão Senhor Jesus Cristo usada pela Igreja Tabernáculo da Fé corresponde somente ao Filho:

A) Senhor (no grego Kyrios e no hebraico Adonay),termo que se refere à Divindade, corresponde a Yahweh (Jeová). Senhor pode se referir ao Pai (Mt4:10), ao Filho (Fl 2:1) ou ao Espírito Santo II Co3:16-18.

B) Jesus (nome grego) que corresponde ao hebraico Josué que significa Javé (Yahweh) é Salvador. Este nome era muito comum na época de Cristo (Mt 27:17,22; 1:16). Jesus é o nome que o Verbo recebeu ao assumir a natureza humana (Lc 1:31;Mt 1:25), portanto refere-se somente ao Filho.

C) Cristo (no grego Kristos e no hebraico Mashiah ou messias) significa “ungido”, aquele que recebeu a unção. Jesus é o Cristo (Jo 20:31; Mt 2:4; 16:16,20; Jo 1:41; etc.), Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (At 4:27; 10:38; Lc 4:18; Is 11:2). Portanto o Espírito Santo é o doador da unção e não o que recebeu a unção. Assim a expressão Cristo refere-se somente ao Filho e mostra sua missão de redenção da humanidade.

D) Portanto essa expressão “Senhor Jesus Cristo” refere-se somente a Jesus e indica a divindade, a humanidade e a obra redentora de Cristo respectivamente. Aparece relacionada contrastando o Pai com o Filho (I Ts 1:1; Fm 3; I Pe 1:3; II Pe 1:16,17; Rm1:7; I Co 1:3; Ef 1:3; etc.).

 

6- Conclusão sobre o batismo:

                O batismo deve ser feito sob a autoridade de Jesus Cristo mencionando a expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18,19).

 

VIII- BIBLIOGRAFIA

 

1-O Batismo Bíblico e a Trindade, N. Lawrence Olson, Ed. CPAD, 1985.

2-Revista Defesa da Fé, Edição Especial, No 1-7, 1998.

3-Heresiologia, Raimundo F. de Oliveira, EETAD, 2a edição, 1994.

4- Diversos livros da Igreja Tabernáculo da fé

5- Razões para Crer. Rio de Jeneiro:CPAD, 2013.

6- Dicionário Vine- CPAD, 2002.

7- Léxico de Strong.

8- A expressão prática da igreja. 3ª edição.

9- A economia divina. p.46.3ª edição

 


TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

 

 

I- INTRODUÇÃO

               

“Não é forma de perseguição religiosa alguém dizer e mostrar que a religião de outrém é falsa. Não é perseguição religiosa uma pessoa informada expor publicamente uma religião falsa” (Revista A Sentinela, 15/05/1964, p. 304)

                “O mero fato de a Bíblia ser usada por uma religião não prova, em si mesmo, que todos os ensinos e práticas dela se baseiam na Bíblia. É importante que nós mesmos examinemos se se baseiam ou não.”(Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 31)

“Precisamos examinar não só o que nós mesmos cremos, mas também o que é ensinado pela organização com que talvez nos associemos. Estão os seus ensinos em plena harmonia com a Palavra de Deus ou baseiam-se em tradições de homens? Se amarmos a verdade não devemos temer tal exame.”   (A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, p. 13, 1968) 

 

A-     HISTÓRICO

                Charles Taze Russell (l852-1916), nasceu em Allegheny, agora parte de Pittsburgh, Pensilvânia - EUA, foi criado na Igreja Presbiteriana, aderiu depois à Igreja Congregacional, porém após um debate com um descrente passou a não crer no inferno (A Sentinela, março de 1951, p. 39), por fim abandonou sua denominação, tornado-se cético. Desde o fim da década de 1860 em diante, Russell entrou cada vez mais em contato com alguns dos grupos do Segundo Adventismo  ( isto é, grupos de Adventistas  formados após o desapontamento da profecia de Guilherme Miller em 1844, sendo que alguns desses grupos passaram a rejeitar a doutrina da Trindade)  adotando muitos de seus ensinos centrais; dentre esses grupos alguns homens se destacaram na influência sobre Russel : Jonas Wendell através de uma pregação em Pittsburgh em 1869 a qual restaurou sua fé na Bíblia e  George Storrs através de sua pregação e de  seu jornal “Bible Examiner” (A revista “Ä Sentinela” de 15/10/2000, p. 29-30 mostrou a influência dele sobre as crenças de Russel). Então “Em 1872 na América do Norte, em Allegheny perto de Pittsburgh, Pensilvânia, Charles Taze Russel iniciou uma classe bíblica que se reunia regularmente a fim de estudar as Escrituras...” (Seja Deus Verdadeiro, 1949, p. 104-116), e elegeu-se seu “pastor”. Em 1876, Russell após receber um jornal editado por N. H Barbour, que também era Adventista,  (Qualificados para ser ministros, STVBT,p. 276) uniu-se a ele, adotando a cronologia que apontava a presença invisível de Cristo em 1874 e o armagedom em 1914 e tornou-se co-autor da revista mensal, ‘O Arauto da Aurora’. Depois de 3 anos rompeu com esse grupo por divergência quanto à expiação de Cristo e passou a publicar em 1879 a revista “A torre de vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo”, que depois recebeu o nome de “A Sentinela”. Portanto, em todos os aspectos essenciais, o movimento dos Estudantes da Bíblia de Russell pode ser descrito como mais um ramo dissidente do movimento Adventista. Contrariando suas próprias publicações ,  o livro Raciocínios à base das Escrituras, 1989, na p. 387 mente “As Testemunhas de Jeová não são uma ramificação de alguma igreja,...”

                Em 1881 formou-se a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, estatuída em 1884, com Russel por presidente. Depois mudou seu nome para Sociedade Torre de Vigia de Bíblias  e Tratados – STVBT, a sede fica em Brooklyn, NY. Russel envolveu em vários embaraços, anunciou em jornal que vendia um trigo milagroso, com capacidade de crescer 5 vezes mais rápido que os outros, o Jornal The Brooklyn Daily Eagle publicou um artigo criticando a atitude de Russel, que então processou o Jornal por calúnia, por fim o julgamento foi desfavorável a Russel pois foi comprovado que seu trigo era de qualidade inferior. Processou também o pastor batista J. J Ross por calúnia, pois este havia divulgado um folheto que expunha verdades sobre Russel, as quais ele negava: sob juramento no tribunal de Hamilton, Ontário em 1913,  afirmou conhecer a língua grega, sendo-lhe dado um texto grego, foi forçado a admitir que não conhecia sequer o novo testamento grego, depois disse que não sabia hebraico ou latim. As outras acusações foram também confirmadas, expondo o mau caráter dele. [Para conhecer a transcrição do julgamento, ver livro evangélico “O império das seitas vol..1, Ed. Betânia, 1992, p.42-44.”  Em 1931 adotaram o nome “Testemunhas de Jeová” sob a direção do segundo presidente da organização, Rutherford [que assumiu em 1917], seus sucessores foram N. H. Knorr [1942], Frederick W. Franz [1977] e o atual é Milton G. Henschel.[desde 1992]. Interessante é que no governo de cada um deles foram impressas falsas profecias como veremos.

                Russel escreveu várias obras sendo que a mais importante é ‘Studies in the Scriptures’ que originalmente era composto de 6 volumes,  o 7o volume foi publicado por Rutherford e chama-se ‘The Finished Mystery’ e foi lançado em 1917, o qual contém falsas profecias, assim como outros volumes.  O volume 3 [The Kingdon Come] contém o cálculo das pirâmides de Gizé para justificar o armagedom para 1914. Segundo os livros “Preste Atenção à profecia de Daniel, p. 303-304, 2000” e “O Reino de Deus- Nosso Iminente Governo Mundial, p. 145, 1977” o Estudo das Escrituras foram utilizados até 1926. A Watchtower (Sentinela) de 15 de Agosto de 1981 (p. 28, 29) diz: “Eles dizem que é suficiente ler exclusivamente a Bíblia, só ou em pequenos grupos no lar. Mas, estranhamente, através de tal ‘leitura da Bíblia’ eles regressaram precisamente para as doutrinas apóstatas que os comentários dos clérigos da Cristandade estavam ensinando há 100 anos atrás.”(inglês)

"Os seis tomos de Estudos das Escrituras constituem praticamente a Bíblia. Não são meramente um comentário acerca da Bíblia, mas praticamente a própria Bíblia... Não se pode descobrir o plano divino estudando a Bíblia. Se Alguém coloca de lado os Estudos, mesmo depois de familiarizar-se com eles e se dirige apenas à. Bíblia, dentro de dois anos volta às trevas. Ao contrário, se lê os Estudos das Escrituras com as suas citações, ainda que não tenha lido sequer uma página da Bíblia, ao cabo de dois anos estará na luz" (Watchtower, 15 de setembro de 1910, p. 298-inglês)

                Russel era conhecido como Mensageiro de Laodicéia [‘The Laodicean Messinger’], título que se encontra até hoje na pedra de seu túmulo na propriedade da STVBT, onde foi feito também uma pirâmide com  outros símbolos maçônicos como cruz dentro da coroa, lírios, e ramos de acácia. A Cruz dentro da coroa aparecia como símbolo na literatura antiga da sociedade.

                Esta religião deveria ser chamada de Russelismo, pois segue as doutrinas hereges básicas de Russell: negação da Trindade, da divindade de Jesus, da ressurreição corpórea, a presença invisível de Cristo, a inexistência do inferno como lugar de tormento e a morte da alma com o corpo “Em essência, mostramos que a sociedade é uma organização inteiramente religiosa; que os membros aceitam como seus princípios de crença a santa Bíblia, conforme explicada por Charles Taze Russel”(Anuário das Testemunhas de Jeová 1976, p.106) . Os fatos mostram que os líderes das TJ são falsos profetas pois sua literatura está cheia de falsas profecias e mentiras Mt 7:15-16 e Dt 18:20-22. Ver XIV 14.2-14.6

 

B-      ORGANIZAÇÃO

A sede desta seita fica em Brooklyn, EUA, de onde o Corpo Governante preside as atividades mundiais das TJ. Filiais são estabelecidas em vários países, cada uma é dirigida por uma Comissão de Filial de três ou mais anciãos. O país ou região servida pela filial é dividido em distritos, e os distritos em circuitos, que se compõe de diversas congregações. São designados Superintendentes de distrito, de circuito e de cidade. Cada congregação, reuni-se em um Salão do Reino e é dirigida por um corpo de anciãos, tendo um superintendente (ancião) presidente. Há  cerca de 5 reuniões semanais: Reunião Pública (discurso), Estudo da Revista A Sentinela (algumas vezes ligado à Reunião Pública), Escola do Ministério Teocrático (instrução sobre doutrinas), Reunião de Serviço (métodos de evangelização) e Estudo de livro da Congregação. São designados também servos ministeriais (diáconos) que prestam diversos serviços. 

Todo membro passa por um método de ensino com material de ensino exclusivo da Sociedade Torre de Vigia (STVBT), tendo como destaque o estudo da revista A Sentinela. Hoje em dia a STVBT no Brasil, isto é, sua filial mudou seu nome para Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, por exigência do Novo Código Civil.

 

 “visto que A Sentinela auxilia a entender a Bíblia, seu estudo é também imperativo(Qualificados para ser ministros, p. 143). “Todos nós  precisamos de ajuda para entender a Bíblia, e não podemos encontrar a orientação bíblica de que precisamos fora da organização do escravo fiel e discreto’” (Revista A Sentinela, 15/08/1981, p. 19.). Outra revista de destaque é a Despertai, que foi lançada em 1919 com o nome de Idade de Ouro.

“Todo cristão deve ouvir cuidadosamente Jeová falar por meio das páginas da Bíblia e das publicações bíblicas fornecidas pelo ‘escravo fiel e discreto’ ” (Profecia de Isaías- Uma Luz para Toda Humanidade, p. 310, 2000).

"nenhum estudante individual da Palavra de Deus revela a vontade de Deus tão pouco INTERPRETA a Sua Palavra (2 Ped. 1:20,21). DEUS INTERPRETA E ENSINA, MEDIANTE Cristo O SERVO PRINCIPAL, que por sua vez USA O O ESCRAVO DISCRETO como canal visível, a organização teocrática visível"

..."devemos comer digerir e assimilar O QUE SE COLOCA DIANTE DE NÓS, SEM REJEITAR CERTAS PARTES DO ALI,MENTO porque talvez não convenha AO CAPRICHO DO NOSSO GOSTO MENTAL. AS VERDADES QUE HAVEMOS DE Publicar SÃO AQUELAS QUE A ORGANIZAÇÃO DO ESCRAVO FIEL E DISCRETO FORNECE, NÃO ALGUMAS OPINIÕES PESSOAIS CONTRÁRIAS AO QUE O ESCRAVO PROVIDENCIOU COMO SENDO O SUSTENTO CONVENIENTE"

(sentinela, novembro de 1952, p. 164)

"Assim a bíblia é um livro de organização, e pertence á congregação cristã como organização, NÃO A INDIVIDUOS, NÃO IMPORTAM QUÃO sinceramente CREIAM PODER INTERPRETAR A Bíblia. Por esta razão A BÍBLIA NÃO PODE SER DEVIDAMENTE ENTENDIDA SEM SE TER PRESENTE A ORGANIZAÇÃO VISÍVEL DE JEOVÁ' (SENTINELA,01/06/1968, P. 327)

 

 

II- BÍBLIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

 

                As Testemunhas de Jeová já utilizaram de versões tradicionais em inglês e as publicaram com suas notas explicativas, em 1961 publicaram a Bíblia Tradução Novo Mundo- TNM num único volume (em inglês, em português, 1967), lançou-se uma 2a revisão em 1970 e uma 3a com notas em 1971. Em 1984 lançou-se uma revisão da edição com referências (em inglês, em português 1986) . Seus tradutores foram cinco, mas estes são omitidos na TNM porque nenhum deles eram eruditos nas línguas grega e hebraica, sendo que três dos tradutores são os três últimos presidentes da organização (Como Responder às Testemunhas de Jeová, 1995, p.86-87).Trata-se de uma tradução distorcida e cheia de interpolações [palavras entre colchetes para impor um sentido ao texto].

                A Bíblia TNM inseriu de propósito o termo Jeová no Novo Testamento 237 vezes para não identificar o Pai com o Filho, já que o Pai, Filho e Espírito Santo são chamados de Senhor no Novo Testamento, sendo que não há nenhum manuscrito grego com o nome “Jeová”. O Espírito Santo na TNM está com letras minúsculas e a palavra estaca está no lugar de cruz, além de acréscimos (interpolações) que vem entre colchetes nos versículos para ditar o sentido do texto de acordo com as heresias das TJ.  Ver  III,  IV 4.5 e VI 6.3

                As palavras da STVBT condenam a si mesma: “Se alguém deliberadamente mudar ou omitir parte do conteúdo da Bíblia, estará adulterando a Palavra inspirada. A tal se aplica a advertência bíblica: ‘Se alguém fizer um acréscimo a essas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas, neste rolo;... Revelação 22:18,19, veja também Deuteronômio 4:2”(O Nome Divino Que Durará Para Sempre, p. 5, 1984)

  

III- O NOME JEOVÁ

                Uma das razões das Testemunhas de Jeová dizerem ser a única religião verdadeira é o uso do nome Jeová.

                “Erro de pronúncia do tetragrama, ou palavra de quatro letras do nome de Deus, composto pelas letras em hebraico YHWH, (Yod, He, Wav, He), a palavra Jehovah portanto é erroneamente lida, para esta não há garantia e não faz sentido em hebraico.”  (The Universal Jewish Encyclopédia).

                YHWH é um dos nomes de Deus em hebraico, derivado do verbo ser “hayah” e significa “ser, estar, existir, tornar-se e acontecer” e aparece ligado a este nome em Ex 3:14 “ ’ehyeh ’asher ’ehyeh ” que está no imperfeito e na forma causativa, portanto revelando continuidade, isto é, presente, passado e futuro como em  Ap 1:8 e Hb 13:8,  e pode ser traduzido como “O Eterno” ou “O auto-existente” (Bíblia na linguagem de hoje, SBB,), ou simplesmente “Ele é”. Pouquíssimos reconhecem a forma causativa deste verbo de uma maneira diferente: “Ele faz ser” ou “Ele traz a existência”, seguindo isso STVBT diz que literalmente significa: “Ele faz tornar-se” ou numa tradução simples “Ele Causa que Venha a Ser”. Contudo como todos admitem que o v. 14 tem ligação direta com o significado do nome YHWH o v. 14 na versão grega dos judeus, a Septuaginta,  traduziu a expressão hebraica “ ’ehyeh ’asher ’ehyeh ” por  Ego eimi ho ôn” que só admite a tradução: “Eu sou aquele que é”. A tradução literal do hebraico segundo a Bíblia de Jerusalém é “Eu sou aquele que sou” ou “Eu sou o que sou” , “e segundo as regras de sintaxe hebraica, isso corresponde a ‘Eu sou aquele que é’, ‘Eu sou o existente’ . Foi assim que compreenderam os tradutores da Setenta [Septuaginta]”. Por isso que Jesus ao dizer  “antes que Abraão existisse, eu sou [ego eimi] os judeus tentaram apedrejá-lo Jo 7:57-59; Lv 24:16. Assim para tirar a ligação de Ex 3:14 com Jo 8:57-59, a STVBT traduziu Ex 3:14 por “MOSTRAREI SER O QUE EU MOSTRAREI SER” e “MOSTRAREI SER” . A STVBT diz : “É aqui, pela primeira vez, que Jeová revela o real significado de seu nome, associando-o com o seu propósito específico e estabelecendo-o como memorial.” (Toda Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa, p. 21).Contudo, no passado a STVBT reconhecia que a tradução de Ex 3:14 como sendo “Eu Sou” .  “As Escrituras declaram que êle é o grande ‘EU SOU’, o que significa não meramente o que era, que veio a existência, e agora é, mas ‘EU SOU’ quer dizer que êle existe eternamente”  (Riquezas, p. 135, 1936). Ver IV 4.5 c)

                Devido ao excessivo zelo dos judeus pelo mal entendimento de Ex 20:7, depois do cativeiro babilônico, eles passaram a adotar na leitura em voz alta a palavra Adonay (meu Senhor), em lugar do tetragrama YHWH. O hebraico antigo era composto somente  de consoantes, o leitor tinha de suprir os sons vocálicos com base no seu próprio conhecimento do idioma. Mas como a própria sociedade admite a pronúncia perdeu-se com o tempo (Raciocínios à base das Escrituras, 1989, p. 206). Assim muitas versões de Bíblias preferiram usar o nome Adonay em sua própria língua do que uma tradução do tetragrama. Só em tempos modernos é que se divulgou amplamente que a provável pronúncia do tetragrama em hebraico é Yahweh (Iavé).

                Com a criação dos Sinais Massoréticos na Idade Média no século IX estes passaram a ser usados como vogais nas palavras hebraicas para facilitar a pronúncia. O tetragrama que era constituído  só de consoantes recebeu as vogais de Adonay de acordo com o costume exposto acima, em vez de suas próprias vogais, isto foi realizado para lembrar o leitor judeu de que ele não deveria pronunciar o nome inefável de Deus e sim Adonay. Então da junção das vogais de  Adonay com as consoantes de YHWH criou-se o nome  Yehowah  ou Jehowah.

                A pronúncia correta do tetragrama segundo a maioria dos estudiosos é Yahweh (Iavé),como diz a  Enciclopédia Judaica p.680 vol.7 “Isto é confirmado ao menos pelas vogais das primeiras sílabas do nome, a forma curta YAH, que é algumas vezes citada em poesias”(Sl 68:4; Ex 15:2) [inclusive na TNM]. A palavra aleluia (Haleluyah) significa “louvai a Yah” ou seja louvai a Yahweh.. “A  pronúncia Yahweh é indicada pela transliteração do nome para o grego, na literatura cristã primitiva, na forma iaoue (Clemente de Alexandria) ou iabe (Teodoreto; nesse tempo o b tinha a pronúncia de v, como até hoje)” ( O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova, 1998,p. 409). A STVBT admite no livro Haverá Algum Dia um Mundo sem Guerra? p. 19, 1992 que “...O SENHOR [hebraico:YHVH = Yahveh, ou desde o séc. 13 EC, Jeová]...” sendo que os colchetes são da STVBT.

                Portanto é melhor utilizar o nome Adonay*  “meu Senhor” ou “Senhor” ( Idem, p. 409) do que utilizar o nome artificial criado pelos judeus (Jeová) apenas para adverti-los de não pronunciar o nome Yahweh,** . Diz o livro da STVBT ‘Podeis sobreviver ao Armagedom para o Novo Mundo de Deus’, 1959, p. 96: “No texto hebraico tradicional, Adonai ocorre mais de 300 vezes, e em todos êstes casos se aplica a Jeová Deus”

As TJ dizem não seguir tradições humanas mas sua literatura diz o contrário: “Embora muitos tradutores prefiram a pronúncia Iavé, a Tradução do Novo Mundo, e também várias outras traduções, continuam o uso da forma Jeová (Jehovah) por causa da familiaridade do povo com ela, por séculos.” (O nome divino que durará para sempre, p. 8, 1984). O livro ‘Raciocínios à base das Escrituras’,1985, especialmente nas p. 203-207 contém 7 declarações que indicam ser o nome Javé ou Iavé como o correto; na p. 207 diz que o nome Jeová é  mais usado por tradição “este nome agora se tornou mais comum”  “forma literária convencional” . Dizem ainda que é melhor “usarmos a pronúncia e a grafia que são comuns no nosso idioma” do que “nunca dizermos ou escrevermos o seu nome por não saber como era pronunciado originalmente” p. 207. Contudo o nome “Senhor” = Adonay era usado pelos judeus quando se lia o tetragrama, portanto além de ser corretamente pronunciado é também mais antigo do que o nome “Jeová” que é uma criação humana, um nome artificial. Logo a acusação das Testemunhas de Jeová em relação à maioria das versões da Bíblia cai por  terra. Além do mais muitas versões de Almeida trazem a palavra SENHOR  referindo-se ao tetragrama, e Senhor referindo-se a Adonay, um nome bíblico. Um outro ponto é que o uso do nome Jeová está entrando em desuso, pegando como exemplo o livro da STVBT (Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa, p.322, 1990) que exibe uma tabela de traduções da Bíblia em vários idiomas. Nesta tabela exibe-se 7 traduções do tetragrama exclusivamente  por Jeová sendo que nenhuma outra tradução exibida na tabela mostra uma tradução exclusiva por Jeová a partir de 1904. Porém das 14 traduções que usaram exclusivamente  Iavé ou Javé, 12 foram publicadas originalmente após esta data.

*Adonay  nunca é usada como pronome de tratamento, nesse caso usa-se adhon .   

**Yahweh  pode ser pronunciado em português-Jahweh [Javé] e sua abreviatura é Jah. A Bíblia de Jerusalém traz o nome Yahweh e Bíblia Ecumênica e a Edição Pastoral usam o nome Javé. Das edições evangélicas somente as versões ARC e AR atualmente usam o nome artificial Jeová, as outras versões de Almeida usam o termo SENHOR, e a versão Alfalit usa o termo Javé em alguns locais e no setor de ajudas adicionais diz “Se quisermos manter a coerência de transliterar o nome de Deus registrado... na Bíblia Hebraica, devemos escrever JAVÉ, como transliteramos Josué, Jericó, Jerusalém.”

A)- As Testemunhas de Jeová não fazem orações sem dizer o nome Jeová, porque dizem que o nome de Deus deve ser santificado (Mt 6:9) e que “De fato, conhecer tal nome é necessário para a salvação conforme diz a Bíblia: ‘Pois todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.’...”(Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, 1989, p. 185)

                Jesus ensinou a orar “Pai nosso (...)” quando foi interrogado por seus discípulos (Lc 11:1-4; Rm 8:15).O nome representa o próprio Deus 2 Cr 2:1,4; 6:7-10. Portanto violar a Palavra de Deus é profanar o Seu nome (Ml 1:6-8,12; Lv 22) e também agir erradamente provocando escárnios ou escândalos (Ez 36:20-25). O inverso é santificar o Nome.

B)-  As Testemunhas de Jeová introduziram o nome Jeová no NT 237 vezes, sendo que em nenhum dos 5.309  manuscritos gregos aparece tal nome. Dizem  que o tetragrama foi tirado dos primeiros manuscritos. Par justificar argumentam que o Evangelho segundo Mateus, foi escrito originalmente em hebraico, porém mesmo que fosse, isso não faria que o tetragrama estive-se nos outros 26 livros do N.T; também usam Romanos 10:13 e perguntam “O nome de quem devemos invocar para sermos salvos? ”e respondem que não pode ser o nome de Jesus pois a citação é de Joel 2:32. Mas todas as citações do Antigo Testamento registradas no NT substituem YHWH por (Kyrios) que quer dizer Senhor. Leia Romanos 10:9-13 e veja que o Senhor a que se refere esses versículos é Jesus, a TNM inseriu Jeová no v. 13, dando a entender que se deve invocar o nome do Pai e não do Filho At 4:12; 10:43; 9:14; I Co 1:2 compare At 3:14 com At 22:14-16, porém não sabem que o termo Jeová se refere também ao Filho. Com isso vê-se que a inserção do nome Jeová no NT é para anular a doutrina da Trindade.

                O nome de Jesus é: o nome sobre todo nome Fl 2:9-10 compare com Is 45:23; é o único nome pelo qual somos salvos At 4:12; At 10:43; no Seu nome os enfermos são curados At 3:6,16; At 4:10,30;  os demônios são expulsos At 16:18; 19:13;  somos santificados no Seu nome I Co 1:10; somos justificados no Seu nome I Co 6:11;  somos perdoados no Seu nome I Jo 2:1,12; temos a vida eterna I Jo 5:13 . Devemos levar o Seu nome às nações At 9:5,15; fazer tudo no seu nome Cl 3:17; devemos estar prontos a morrer pelo Seu nome At 21:13; tudo para que o Seu nome seja engrandecido At 19:17. O centro da pregação dos apóstolos era Cristo At 5:42; 8:5; 8:12; At 17; At 18; At 20:21; At 26; At 28:31; I Co 1:23; 2:2; etc.

 Ao contrário do que ensinam as TJ, Jesus sempre convidou as pessoas a irem à ele Mt 11:27-28; Jo 6:35,45; 7:37; Ap 22:17 ele nunca falou para alguém se entregar primeiro ao Pai, pois “ninguém vem ao Pai se não por mim” Jo 14:6. As TJ não tem um relacionamento pessoal com Cristo, não podem orar à Ele, em todas suas orações, usam o nome de Jesus apenas como ‘senha’; desconhecem At 7:59,60; e se esquecem que mesmo na sua forma humana carnal, as pessoas faziam pedidos diretamente à Ele, basta ler os 4 Evangelhos, ele mesmo disse que tudo que pedisse a Ele, Ele mesmo faria Jo 14:13. Mas também ensinou orar ao Pai em nome de Jesus Jo 15:16. Se admitissem que Jesus atende à orações hoje, admitiriam que Jesus é onisciente.

 

 

 

Obeservação: As testemunhas de Jeová dizem que Deus Pai não é Onipresente, porque a Bíblia mostra ele restrito ao trono. E dizem que ele não sabia que Adão iria pecar, pois isso tornaria adão predestinado ativamente a  pecar:

http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2011006

 

“...A Bíblia revela as qualidades de Jeová para nós. Essas qualidades tornam impossível que ele tenha qualquer coisa a ver com o pecado. Jeová “ama a justiça e o juízo”, diz o Salmo 33:5. Assim, Tiago 1:13 observa: “Por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém.” Por justiça e consideração, Deus disse a Adão: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gênesis 2:16, 17) O primeiro casal podia escolher entre a vida eterna e a morte. Será que não seria hipocrisia da parte de Deus alertá-los contra um pecado específico já sabendo que eles fracassariam? Sendo alguém que “ama a justiça e o juízo”, Jeová não teria dado a eles a oportunidade de escolher algo que na verdade já estava definido.” ..Será que esse bondoso Soberano seria tão cruel a ponto de providenciar um belo lar para os humanos sabendo que este lhes seria tirado? Não. Nosso Criador justo e bom não é o culpado pela rebelião do homem...

...Assim, não faria sentido que um Deus sábio, depois de criar um impressionante Universo e uma infinidade de obras maravilhosas na Terra, trouxesse à existência, sob os olhares de seus filhos angélicos, duas criaturas ímpares sabendo que elas fracassariam. Com certeza, planejar algo trágico assim não teria lógica....

....A capacidade de escolher usar ou não a presciência pode ser ilustrada por um recurso da tecnologia moderna. Alguém que gravou um evento esportivo tem a opção de assistir os momentos finais da partida a fim de saber o resultado. Mas ele não precisa fazer isso. Quem poderia criticá-lo se ele escolhesse assistir a partida inteira, desde o começo? De maneira similar, o Criador pelo visto preferiu não ver como as coisas terminariam. Ele preferiu esperar e ver como seus filhos na Terra se comportariam à medida que os eventos ocorressem"

Resposta:

1-  Pois na verdade pela onisciência de Deus ele  previu o uso errado do livre arbítrio. A onisciência de Deus não define os acontecimentos, caso contrário os habitantes de Sodoma e de Tiro e Sidon teriam se arrependido, fato que não aconteceu!! Sendo assim esta argumentação do Corpo governante das Testemunhas de Jeová é uma falácia!!

Mateus 11:23  Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.

Lucas 10:13  Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza.


2- Deus ao mesmo tempo que sabia que eles iriam pecar providenciou a salvação a eles, por meio da morte de Cristo, antes mesmo da criação do mundo, da mesma forma sabe quem será salvo ou não desde então:

Apocalipse 13:8  e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Efésios 1:4  assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

Apocalipse 17:8  a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.

1 Pedro 1:20  conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós

João 17:24  Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.

 

3-Providenciar um lar  não é crueldade e sim amor. Deus ao mesmo tempo que sabia que eles iriam pecar providenciou a salvação a eles, por meio da morte de Cristo, antes mesmo da criação do mundo, da mesma forma sabe quem será salvo ou não desde então:

Apocalipse 13:8  e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Efésios 1:4  assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

Apocalipse 17:8  a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.

1 Pedro 1:20  conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós

João 17:24  Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.

 

4-Deus não planejou fatalisticamente a queda de Adão e Eva.

Adão e Eva escolheram pecar. Deus não poderia impedir Adão e Eva de pecar a não ser que Ele retirasse dele o livre arbítrio. 

Seria ilógico um Deus todo sábio não fazer nada em relação ao pecado. Por isso antes da existência do homem fez um plano redentor!!

Apocalipse 13:8  e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Efésios 1:4  assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

Apocalipse 17:8  a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.

 

Para uma respsota exaustiva ver:

http://testemunhasdejeovarefutadas.blogspot.com/2015/03/deus-e-onisciente-ou-usa-seletivamente.html

 

IV- JESUS CRISTO

                Dizem que Jesus Cristo é o arcanjo Miguel, o primeiro ser criado diretamente por Jeová (primogênito), um deus poderoso, o qual foi obreiro de Jeová para criar o mundo e que não deve ser adorado. A crença em vários deuses e adoração de apenas um chama-se Monolatria ou Henoteísmo.

 

4.1-  Jesus é eterno, não foi criado.

                João 1:1; Is 9:6; Hb 13:8; Mq 5:2; Jo 8:58; Cl 1:17; compare Is 44:12,13 com Ap 1:17-18;  2:8; 22:13. Se Jesus foi a primeira criatura de Deus Pai, por meio do qual Jesus fez o mundo, então como explicar Is 44:24? Esse versículo só pode ser explicado coerentemente admitindo-se que SENHOR (Jeová) se refere neste versículo à Deus [isto é, o Deus triuno – Pai , Filho e Espírito Santo, pois os três recebem esse nome, como veremos].

A)- Primogênito (prototokos) pode significar ‘preeminente’ ou ‘primeiro filho’.  Sl 89:27; Ex 4:22 e Jr 31:9 mostram que primogênito significa ‘aquele que tem a preeminência’, até os salvos são chamados de primogênitos Hb 12:23. O primogênito era autoridade sobre seus irmãos Gn 29:32; 37:19-22; tinha também porção dobrada da herança Dt 21:17.  Cl 1:15 apresenta Jesus como O Criador, Cl 1:17 como antes de todas as coisas e Cl 1:18 como o preeminente, assim Jesus tem a preeminência sobre toda a sua criação. No caso de Jesus, como em outros acima citado, não significa ‘primeiro filho’.

B)- Unigênito (monogenes), mono = único(genes) vem de genos = raça, tipo. Portanto único do tipo, singular. Por isso Jesus é chamado de Deus unigênito (Jo 1:18). Filho unigênito significa único filho daquele tipo (Jo 3:16,18; I Jo 4:9). Isso é reforçado pelo fato de Deus ter outros filhos Jó 1:6 (“anjos”),Os 1:10; Jr 31:9,20; Ex 4:22 (homens), portanto unigênito com respeito a Jesus não significa único  no sentido simples da palavra, mas sim singular, pois Ele é divino como o Pai. Leia Hb 11:17, onde diz que Isaac era o unigênito de Abraão, embora ele não fosse o único filho Hb 16: 15, Ismael foi o primeiro filho de Abraão. Isso é mais uma prova que o termo unigênito não significa sempre ‘único filho’.

C)- Princípio (arche), significa fonte, origem (Ap 22:13; 3:14). Jesus é a fonte e a origem de todas as coisas.

D)- Filho de Deus

Jesus é chamado de Filho de Deus em dois sentidos:

1- Filho de Deus=Deus, que tem a natureza Divina.

2- Filho de Deus= aquele que está em obediência a Deus. Assim se aplica a anjos Jó 1:6; homens Jo 1:12 e Jesus Hb 1:5

 

                Termo funcional que indica a posição voluntária assumida pelo Verbo eterno quando na sua forma humana (Fl 2:7,8). É também um título messiânico (Mc 14:61). O Verbo eterno que estava e está ao lado de Deus Pai assumiu a posição de Filho ao encarnar-se, e a Pessoa divina que estava no céu assumiu o papel de Pai, pois Jesus se tornou obediente e dependente do Pai até a morte de cruz, voluntariamente (Fl 2:6-8).  “Eu lhe serei por Pai e ele me será por Filho”(Hb 1:5).Vemos neste versículo a decisão da Trindade em que uma das Pessoas assumisse a forma humana, esvaziando-se da manifestação dos poderes da Divindade (Jesus Cristo). Assim a Pessoa Divina que ficou no céu assumiu o papel de Pai dando ordens e orientações (Jo12:49; 7:16; 17:8), Jesus Cristo assumiu o papel de Filho seguindo as orientações do Pai (Lc 22:42) e o Espírito Santo assumiu o papel de capacitador de Cristo (At 10:38; Hb 9:14; Lc 4:14-18;etc.) para realização da obra da redenção.

                Portanto o termo Filho é temporal, ligado à concretização da Restauração de todas as coisas (At 3:21; Ef 1:10). Pois Jesus assentado à direita de Deus Pai exerce o papel de mediador e Sumo-sacerdote (I Jo 2:1; I Tm 2:5) hoje. Jesus entregará o reino ao Pai após restaurar todas as coisas terminando sua missão. Assim Deus (a Trindade) será tudo em todos (I Co 15:24-28). Pois o trono  eterno é de “Deus e do Cordeiro”(Ap 22:1,3). Com isso Jesus não exercerá mais a função de sumo-sarcedote ou mediador, pois tudo estará restaurado, não terá o Pai como cabeça, pois o plano da redenção universal estará consumido (Ap 21:1-4; 22:1-5). A expressão sacerdote para sempre de Hebreus 5:6 significará título adquirido (mesmo que um advogado pare de exercer sua função, será sempre um advogado).

                Obs.* Por outro lado o termo ‘filho de’ denota a relação e participação como por exemplo filhos do reino Mt 8:22; filhos da ressurreição Lc 20:36; filho de paz Lc 10:6; filho da perdição Jo 17:12; filho do homem Mc 2:10 [que significa ter a natureza humana ]. Cristo algumas vezes  se intitulou Filho de Deus no sentido de ter a natureza divina como em Jo 5:17-18 e Jo 10:30-39, declarando ser igual a Deus Pai em natureza, portanto declarando ser Deus.  A prova é o fato dos judeus pegarem pedras para apedrejá-lo por blasfêmia Lv 24:10-13.

As posições de Cristo:

 

I.      Ao lado de Deus Pai no princípio, em igualdade de posição (Jo 1:1,2).

II.    Na forma humana mortal, limitando-se a si mesmo voluntariamente (Fl 2:5-8), por isso disse: “o Pai é maior do que eu”(Jo 14:28), dependendo do Espírito Santo.  Jesus enquanto homem mortal foi menor que os anjos Hb 2:7.

III. No momento presente vivendo na totalidade do seu Ser, isto é, exercendo sua onipotência, onipresença e onisciência. Mas por ocupar a função de mediador tem como cabeça o Pai. Evidentemente isto não significa ser menos poderoso ou inferior, pois voluntariamente em favor do homem assumiu esta posição.

IV. No futuro, quando tudo estiver restaurado, após se sujeitar ao Pai entregando o Reino a Ele. Então Cristo estará na posição em que estava no princípio, isto é, não tendo como cabeça o Pai (I Co 11:3).O homem é o cabeça da mulher, mas isso não significa que ele seja mais humano que ela. Assim Jesus não é menos Deus  que o Pai..

 

Observações:

                Provérbios 8:22 na TNM diz “Jeová me criou” referindo-se à sabedoria, a qual afirma ser Jesus Cristo.

                Os mais conceituados em hebraico reconhecem que o sentido primordial de qanah  é “possuir, adquirir, comprar”. Se Deus tivesse criado a sabedoria, então antes desse momento não teria sabedoria, então como criaria? Isso é irracional. Antes Deus possuiu, utilizou, usou a sabedoria para criar todas as coisas, pois a sabedoria é um dos atributos de Deus. I Co 1:24 não prova que a sabedoria de Pv 8:22 é Cristo. Antes diz que a sabedoria que Paulo pregava não era a de belas palavras, sabedoria grega, mas sim Cristo crucificado ( I Co 1:22,23,30; 2:1-8). A sabedoria em Provérbios foi utilizada como figura de retórica, a personificação para esclarecer a importância da sabedoria na vida de qualquer pessoa (Pv 1:5; 2:1-7; 4:5-8; 7:1-4).

                Leia Provérbios 1:20-30; 8:1-36; 9:1-12 e veja que se refere à personificação da sabedoria e Pv 9:13-18 à personificação da loucura.

                O Salmo 2:7 em conexão com Hb 1:5,6 mostra que Jesus foi gerado na encarnação recebendo o título de “Filho”(Mt 1:20) ,e em conexão com At 13:31-33 evidencia que Jesus foi gerado na ressurreição com corpo espiritual glorioso (I Co 15:43-45). Isso não quer dizer que Jesus Cristo foi criado.

 

4.2- Jesus é onipotente.

                Mateus 28:18; Fl 3:21; Ap 1:8; Ef 1:20-22; Hb 1:3; Is 9:6; etc.

                O termo Deus poderoso ou Deus forte de Is 9:6 é o mesmo aplicado em Jr 32:18 e Is 10:20,21.É o mesmo título de Jeová. É o mesmo que todo poderoso.

                Observação: “é me dado”, Mateus 28:18 fala da retomada da manifestação dos poderes aos quais Jesus abriu mão na encarnação (Fl 2:7; Jo 17:5). Ver 4.5 letra G.

 

4.3- Jesus é onisciente.

                Ap  2:23 compare com Sl 7:9 e 139:1-3[Ele sonda as mentes e os corações];  Cl 2:2,3; Jo 21:17; Hb 1:3; etc.

                Em Mc 13:32 Jesus disse que não sabia o dia de sua volta, pois não estava utilizando seu atributo (onisciência), por estar na forma humana. Ver 4.5 item G.

                Se “ninguém”, exclui o Espírito Santo neste versículo como afirma as Testemunhas de Jeová, então Ap 19:12 privaria o Pai de conhecer o novo nome de Jesus. Jesus em Mc 13:32 não fez nenhuma referencia ao Espírito Santo. Ver Trindade.

                Apocalipse 1:1”Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos (...)”. Esse versículo apenas mostra que o Pai pediu ao Mediador (Jesus Cristo) para passar a revelação acerca das coisas que vão acontecer. Leia 4.1 item D.

 

4.4- Jesus é onipresente.

Mateus 18:20; 28:20; Ef 1:23; Hb 1:3; etc.

 

4.5- Jesus é Divino.

                Isto se evidencia pelo fato de ser Onipotente, Onisciente, Onipresente, Eterno, por outros atributos, direitos e títulos divinos. Ap 1:13 identifica Jesus com o ancião de dias de Dn 7:9 [Deus]

A)- O próprio Pai chama Jesus de Deus (Hb 1:8).

B)- João 1:1 diz que o Verbo (a Palavra) estava com Deus, isto é, era uma Pessoa Divina distinta (“de frente” ou “olhando para” no grego). Diz também que Jesus é Deus . A ausência de artigo entre o substantivo e o verbo no grego significa igualdade de essência. Portanto Jesus e o Pai têm a mesma Essência Divina. Nos versículos 6, 12 e 18 Deus no grego está também sem o artigo, mas as Testemunhas de Jeová só traduziram Jo 1:1 por “(um) deus”. Isso mostra a parcialidade das Testemunhas de Jeová.

Os TJ no livrete “Deve-se crer na trindade ?” exibem 9 traduções para afirmar que nossas Bíblias estão traduzidas incorretamente, mas 7 delas aparecem expressões como “a Palavra era divina” ou similares, que nada comprometem a Divindade ou Deidade Absoluta de Jesus [Ver letra E)]; só 2 estão traduzidas erradas:  a TNM e a The Emphatic Diaglott [traduzida por um membro de uma seita que nega a divindade de Jesus]. Sendo que ambas versões são publicadas pela STVBT. Também no livro ‘Raciocínios à base das escrituras’  cita vários eruditos que dizem a respeito de Jesus na p. 409  “um ser divino” “o Verbo era divino” “o Verbo tinha a mesma natureza de Deus”, isto está de acordo com a tradução “o verbo era Deus”. Além de tudo Is 43:10; 44:6; 45:5,14, 21-22; Dt 4:35-39; 32:39; etc., enfatizam que não existem outros deuses, portanto chamar Jesus de deus contradiz a Bíblia. I Co 8:4 afirma que aqueles que são apenas chamados de deuses, assim como Satanás 2 Co 4:4. Pois são deuses falsos, só há um Deus verdadeiro. Crer na existência de vários deuses e adorar somente um é monolatria (Veja Mormonismo III 9).  

Obs.* A Sociedade Torre de Vigia usou por muitos anos uma tradução de um ex-padre que aderiu ao espiritismo por traduzir “a Palavra era um deus”, que dizia receber orientação de espíritos para tradução do N.T “Sob esta impressão, Greber esforça-se para fazer que sua tradução do Novo Testamento soe bem espírita... É bem claro que os espíritos nos quais o ex-padre Greber crê lhe ajudaram na sua tradução.” (A Sentinela, 01/10/1956, p. 187). Mas depois de ser criticada por citar tal tradução em seu favor várias vezes em sua literatura, a STVBT alegou ter descoberto a conecção com os espíritos somente em 1983 na revista A Sentinela 01/10/1983, p. 31: “Esta tradução foi usada ocasionalmente em apoio à interpretação de Mt 27:52-53 e Jo 1:1, como apresentada na TNM e outras versões bem fundamentadas da Bíblia. Mas como indicado em um prefácio da edição de 1980 de O Novo Testamento por Johanes Greber, este tradutor recorria ao “Mundo Espiritual de Deus”para o esclarecer sobre como deveria traduzir as passagens difíceis. É anunciado que: ‘Sua esposa, uma médium do mundo Espiritual de Deus, era freqüentemente o instrumento usado para trazer as respostas corretas dos mensageiros de Deus ao pastor Greber’. A Sentinela considerou impróprio fazer uso de uma tradução que tenha uma descrição tão similar ao espiritismo ( Dt 18:10-22). ..Nada se perde portanto, ao parar de usar seu Novo Testamento”. Isto mostra duas coisas, a tradução “era um deus” tem apoio dos demônios, e que a STVBT recorre a mentiras para justificar suas ações    

C)- Jesus disse “Eu sou”(ego eimi) em João 8:24,28,58; 18:5,6 identificando-se com Yahweh Ex 3:14. Pois a versão grega do Antigo Testamento feita pelos judeus (Septuaginta) traz ego eimi em Ex 3:14. Interessante é que a TNM exceto em Jo 8:58 não traduziu ego eimi por  “eu tenho sido”  mas por “Sou eu”; só neste versículo deturpou a tradução. A STVBT reconhece que Ex 3:14 pode ser traduzido por “Eu Sou”: ´Até mesmo dirigindo-se ao seu povo a fim de explicar a sua volta a ele no Egipto, Moysés falou o nome de Deus para identificar Aquele que o estava devolvendo ao Egipto. Lemos: ‘Disse Deus a Moysés: EU SOU O QUE SOU; e acrescentou: Assim dirás aos folhos de Israel: EU SOU [hebraico Ehyeh] enviou a vós..” (Seja Deus Verdadeiro, 1949, p. 22) Isto também ocorre em ‘A Verdade vos tornará livres’, 1946, p.31; Está Próximo o Reino, p.95, 1953 e Riquezas p. 135, 1936.

D)-Por ter Jesus a mesma Essência Divina do Pai, portanto o mesmo princípio de ação (Jo 10:30; 14:10,11; 17:21) Jesus dizia ser Divino e por acusação de blasfêmia os judeus tentaram apedrejá-lo (Jo 5:18 e Jo 10:33). “igual”(ison), igual em qualidade e quantidade. Ver 4.1 D) Obs.*

E)-Cl 2:9 diz que em Jesus “habita”(presente) toda a plenitude da Divindade ou Deidade (Essência Divina) que no grego é theotetos. As Testemunhas de Jeová traduzem esta palavra por “qualidade divina”(theiotes), mas a TNM com referências traz uma nota de rodapé reconhecendo ser “divindade”, apesar de não inserir esta palavra no texto sagrado. “theiotes” aparece em Rm 1:20 e não em Cl 2:9. Assim Cl 2:9 mostra que Jesus é 100% Divino. O livro ‘Raciocínios à base das Escrituras, p. 413 diz: “Segundo o Greek-English Lexicon, de Liddel e Scott, the-ó-tes...significa ‘divindade, natureza divina’” Depois argumentam que também os seres humanos tem a mesma natureza, porém não têm a mesma idade ou são coiguais; logicamente porém, os humanos não têm natureza angelical, nem os anjos natureza divina; ou seja cada ser têm uma natureza, e Jesus tem toda a natureza de Deus, assim como todo homem tem a natureza humana e todo anjo tem a natureza angelical.  Quem tem 100o/o de natureza humana é homem, quem tem 100o/o de natureza angelical é anjo, e quem tem 100o/o de natureza divina é Deus. Plenitude significa 100o/o. O livro da STVBT ‘A verdade vos tornará livres’,1946, p. 35 reconhece que Jeová é divino: “Sendo Deus (Elohim), Jeová é divino. Ele é a Divindade ou O Divino.”

F)- A tradução literal de Cl 1:19 é “Porque Nele agradou-se em habitar toda a plenitude” NVI, a palavra Deus (theos) não aparece neste versículo no original grego, como em outras traduções em português.

                Este versículo ensina que em Jesus residiu toda a plenitude da Essência Divina na sua forma humana Cl 1:20, por isso Jesus era a imagem (expressão visível) do Deus invisível Cl 1:15. 

G)- Filipenses 2:6 traz a palavra subsistindo ou sendo (hyparchon) que está no particípio presente, significando portanto “permanecendo” ou “não deixando de ser”. A palavra “forma”(morphe) designa atributos essenciais e não simplesmente o exterior. A palavra traduzida por “usurpação” pode ser traduzida como “apegar-se com força”. Assim traduz a NVI “o qual embora sendo Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia apegar-se”  a AR “o qual subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus, coisa a que se devia apegar” e a NTLH “Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus”. Essas traduções deixam o sentido do texto mais evidente pois o v.7 diz: “antes a si mesmo se esvaziou(...)” ou “abriu mão de tudo..”, deixando o exemplo de humildade para nós Fl 2:5. Contudo como diz a maioria das versões “não julgou como usurpação o ser igual a Deus”, evidencia que Jesus enquanto na forma humana não usou de seus atributos divinos “antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens;” Fl 2:7. 

                A palavra esvaziou-se (kenosis) em Fl 2:7 envolve três aspectos:

I.     Encobrimento da glória pré-encarnada Jo 17:5

II.    Aceitação das limitações humanas Fl 2:7

III. O não uso voluntário de alguns de seus atributos durante sua vida terrena (onisciência, onipresença e onipotência) ficando dependente dos Dons do Espírito Santo Lc 3:22; 4:1,14,18,19; Mt 12:28; At 10:38; Hb 9:14; etc.

 

H)- O evento da transfiguração Mt 17:1,2 mostra a Deidade de Jesus pois Ele foi “transfigurado”(metamorphoõ); ‘manifestação exterior da natureza interior’.

I)- Leia Is 42:8 e compare com Jo 17:5 [este texto mostra que o Pai não dá sua glória a ninguém, contudo Jesus aí reivindica a sua [de Jesus]glória divina que possuía com o Pai; que foi cumprido em Mt 28:18]. Compare também Is 6:3,10 e com Jo 12:40,41 veja que há uma unidade de Substância entre o Pai e o Filho, porque Jesus em Jo 12:40 citou Is 6:10 e logo em seguida disse que Isaías viu a sua glória Jo 12:41, certamente se referindo a Is 6:3.

J)- O AT faz menção do Anjo (que significa, Mensageiro) distinguindo-o de outros. Esse mensageiro é identificado como Yahweh Gn 31:11-13; Ex 3:2-6; Gn 16:10; 22:16; Jz 6:11-24; etc. Ele pode ser identificado como Jesus Cristo antes de sua encarnação manifestando-se visivelmente aos homens (teofania).Ver Ml 3:1b e compare Jz 13:18 com Is 9:6. No NT não há mais referência ao “Anjo do Senhor”, Mt 1:24 é referente a Mt 1:20.

K)-Jesus é ressuscitador de si mesmo Jo 2:19; Jo 10:18 este último diz claramente que o poder de retomar a vida estava em Jesus. Ao contrário disso quando Jesus disse a mulher que foi curada “a tua fé te curou” evidentemente o poder estava em Jesus e não nela, portanto ela não curou a si própria, diferentemente do que Jesus fez, ressuscitou a si mesmo. Com isso vemos  que o raciocínio das TJ é enganoso “Da mesma forma, Jesus, pela sua perfeita obediência como homem, proveu a base moral para que o Pai o ressuscitasse dentre os mortos, reconhecendo assim a Jesus como Filho de Deus. Por causa de seu proceder fiel na vida, podia-se dizer corretamente que Jesus foi ele próprio responsável pela sua ressurreição.”(Raciocínios à base das Escrituras, p.416).  Evidentemente o Pai e o Espírito Santo tiveram participação na ressurreição, pois eles sempre agem em conjunto I Co 6:14; I Pe 3:18. Ver Trindade.  Jesus é preservador de tudo que existe (Hb 1:3; Cl 1:17), logo ele é Deus.

L)- Jesus recebeu adoração mesmo quando estava na forma humana mortal (Mt 2:11; 8:2; 9:18; 15:25; 21:15,16; Lc 19:38-40; Jo 9:38; etc.) e após ressuscitado (Mt 28:9 ). Pois deve ser adorado de igual modo como o Pai (Jo 5:23; 16:14; Hb 1:6; II Pe 3:18; Fl 2:10,11; Ap 5:11-14).

                A palavra adorar (proskyneo) se refere à adoração a Deus Pai (Mt 4:24; Jo 4:24), ao diabo (Lc 4:7; Mt 4:9), aos anjos (Ap 22:9), aos homens (Ap 14:9; At 10:25), aos ídolos (At 7:43; Ap 16:2) e à Jesus Cristo. A TNM quando se refere a Cristo traduziu esta palavra por “prestar homenagem” e nos outros casos por “adorar”, isto ocorreu porque até 1954 as Testemunhas de Jeová ensinavam a adoração a Jesus Cristo. Na época  do NT não se usava mais prostrar diante de um homem como no AT Se prostrar diante de um homem no NT é adoração (At 10:25,26). Só Deus pode ser adorado. Veja o que diz a revista Sentinela em inglês[ The Watchtower, julho de 1898, p. 4]: “Sim, cremos que Nosso Senhor Jesus enquanto esteve na terra foi realmente adorado e corretamente assim procedido”  

Se você tem a TNM de capa verde, poderá ler em Hebreus 1:6 que é a citação de Dt 32:43 no final diz "e todos os anjos de Deus o adorem" preservada nos MANUSCRITOS DO MAR MORTO e pode ser vista no comentário da Nova versão Internacional . Também consta na Septuaginta como pode ser verificado na TNM com referências, de Hb 1:6 e Dt 32:43

M)-Deus se revelou a Israel como (gô’el) “redentor do parente”, isto é, Redentor de seu povo em aliança [Ex 6:6; 15:13; Is 43:1; Sl 19:14 (15 na Bíblia Hebraica)]. Como podia Deus vir a tornar o gô’el dos judeus? Deus era o Pai de Israel por criação, é certo, mas o gô’el implicava num relacionamento, ou parentesco de sangue, em sentido físico. Assim foi que o verbo se tornou um de nós a fim de poder redimir-nos da culpa e da penalidade de nosso pecado.” Leia 25:48,49.    (Enciclopédia de Dificuldade Bíblicas. Editora Vida p. 345)

N)- Leia o quadro de títulos e direitos do Pai e do Filho. Ver Trindade.

 

 

         TÍTULOS

               PAI

           FILHO
   Senhor

  Ap 11:15

I  ICo 8.6;  Rm 10:9,13;  Jd 4;  Fl 2:11

     Iavé

I Sm 2:2

Zc12:10; 14:5; Is 40:3; Ml 3:1; Mt 3:3. Compare Jo 8.58 c/ Ex 3:13-15

       Deus

   Is 43:10

Hb 1:8; Is 9:6; Fl 2:6; Jo 1:1,18; 20:28;  I Jo 5:20 ;    Rm 9:5; Tt 2:13.

Verdadeiro

    Deus

   Jo 17:13

I Jo 5:20

    Rocha      

Is 44:8

I Co 10:4

    Pastor

Sl 23:1

  Hb13:20; Jo 10:11.

Senhor dos

  Senhores

  Dt 10:17

I Tm 6:15; Ap 19:16.

Salvador

Is 43:11

At 4:12; Tt 2:13; Jo 3:8

 Santo

Lv 19:2

At 4:27; 3:14

Justo

Sl 7:9

At 3:14; I Jo 2:1

­Primeiro e

Último

Is 44:6

Ap 1:17; 2:8; 22:13

Perdoador

Sl 103:3

Mt 9:5-6

Criador

Is 45:18

Jo 1:2-3; Cl  1:16-18

Senhor da

  Glória

Sl 24:l0

I Co 2:8

Bom

Mt 19:17

Jo 10:11; II Co 10:1; At 10:38

Mestre

Is 48:17

Mt 23:8

 

O)- Jesus por ser Deus não é o arcanjo [significa, anjo chefe] Miguel , uma criatura da mesma hierarquia de Satanás (Jd 1:9), Miguel disse: “O Senhor te repreenda”. Miguel é um “dos primeiros príncipes”(Dn 10:13). Satanás era um querubim (uma classe específica de anjos, assim como os serafins), hoje é o líder dos demônios Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2; Ap 12:3,4, pois era um anjo chefe no céu [arcanjo] que provavelmente conduzia os anjos em louvor a Deus (principal atividade celestial). Portanto Miguel não é Jesus Cristo, pois Jesus é o Senhor (Fl 2:11) e não “um dos primeiros príncipes”(Dn 10:13). Miguel é um dos arcanjos.

P)- A STVBT afirma que Jeová criou Jesus e estes criou todas as outras coisas, se isto é verdade como então Jeová afirma ter feito tudo sozinho Is 44:24? A resposta é que SENHOR ou Jeová neste versículo se refere a trindade, pois tanto o Pai, como Jesus, como o Espírito Santo são chamados de Jeová. 

 

3.6- Jesus ressuscitou no corpo. Citam I Pe 3:18 e I Co 15:45-50 para negar a ressurreição corpórea de Cristo. Dizem que Jesus se materializava e aparecia cada vez com uma forma física aos discípulos impedindo-os de o reconhecer (Mc 16:12).

Jesus ressuscitou no corpo, pois O TERMO envolve o corpo físico:

A)- Ressurreição (egeiro ou anastasys) envolve o corpo físico. Significa “levantar”, portanto ressuscitar refere-se ao levantar do corpo que estava morto,  e nosso corpo será igual ao dele
Jo 2:19  Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.
20  Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?
21  Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.
João 10:17  Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir
João 10:18  Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.

 

Dn 12:2  Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.
52  abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram;

53  e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.

Atos 2:31  prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.

 

Romanos 8:11  Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita.

1 Coríntios 15:42  Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.

1 Coríntios 15:44  Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

1 Coríntios 15:53  Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

 

Filipenses 3:21  o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

 

 

B)- O termo 'corpo espiritual', então não significa um corpo não físico, assim como 'homem espiritual 'não significa um homem que não tem corpo físico. O termo ''natural" ´psychikos= o que é governado pela alma, por suas paixões. Assim o termo'natural' em contraste a'espiritual' não se refere a contraste de natureza física e sim de ordem moral

Léxico de Strong:

1) de ou que faz parte da respiração

1a) que tem a natureza e características daquilo que respira

1a1) o principal da vida animal, o que os seres humanos têm em comum com os animais

1b) governado pela respiração

1b1) a natureza sensual com sua dependência dos desejos e das paixões

 

 

1 Co 2:14  Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

15  Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.

 

 

1 Co 15:35 ¶ Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?

 

42  Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.

43  Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.

44  Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

45  Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.

46  Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual.

47  O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.

48  Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.

49  E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.

50  Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

51 ¶ Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,

52  num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

 

53  Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

 

 

 

C)-Mc 16:12 diz que Jesus apareceu de "outra forma" o que poderia ser uma referência que ele apareceu com roupa típica de um viajante, como sugerem os eruditos e não que ele mudou a forma de seu rosto

Mc 16:9 ¶ Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.
10  E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam.
11  Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram.
12  Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo.

13  E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito.
 Maria Madalena não reconheceu a Jesus pois era de madrugada, ainda escuro (Jo 20:1,15) e os discípulos de Emaús (os dois a que se refere o texto de Mc 16:12) porque “seu olhos estavam como que impedidos de o reconhecer” Lc 24:16,3.
13 ¶ Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14  E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas.
15  Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.

16  Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.

30  E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu;

31  então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles.
Se Jesus estivesse alterando a forma de seu corpo toda vez que aparecia a alguém,o texto não diria que os olhos deles seriam abertos!  e sim que o rosto de Jesus teria mudado de forma, afinal o problema estava nos discípulos ou na face de Jesus

 

Obs.*Alguns teólogos sugerem que Jesus ressuscitou com um corpo mais jovem, pois será que uma pessoa que morreu por exemplo com 95 anos ressuscitará com essa aparência?? e um bebê de 6 meses? Ver Teologia sistemática de Grudem. Editora Vida Nova

 

.  João 20:27 e Lc 24:39-44 mostra a evidência física da ressurreição corporal

.

D)- Jesus entrou na casa de portas fechadas Jo 20:26-27, pois é Deus absoluto. Certa vez Filipe foi transportado fisicamente de um lugar para outro At 8:39-40. Contudo as escrituras ensinam que a ressurreição dos salvos tem como padrão a ressurreição de Cristo, onde ensina que seus corpos serão transformados, assim como foi o de Cristo ICo 15:35-53; Fl 3:21; I Jo 3:2. Assim Cristo no seu corpo transformado[incorruptível, imortal] poderia entrar num lugar de portas fechadas.

E)- I Co 15:45,50 não nega a ressurreição corpórea de Jesus antes afirma pois o v. 44 afirma que o corpo de Jesus foi transformado, agora é um corpo espiritual, (I Co 15:51,52) por isso Jesus é chamado de “espírito vivificante”. O mesmo ocorrerá com os Cristãos na vinda de Cristo 1 Co15:51-54 tanto os mortos quanto os vivos terão seus corpos transformados em corpos incorruptíveis, imortais, corpos espirituais.

F)- I Pe 3:18 ensina que Jesus recebeu vida “pelo Espírito” ARC, AC e NVI não diz que Ele não ressuscitou no corpo (Rm 8:11). Ver Mormonismo III 3

G)- Diz um livro da STVBT: Pelo poder de Deus, deu-se cabo do corpo de carne que  Jesus Cristo depôs para sempre como sacrifício de resgate, mas não por fogo do altar do templo em Jerusalém. Sempre se dá cabo da carne dum sacrifício e ela deixa de existir, não se corrompendo assim.”.  (Coisas em que é impossível que Deus minta. 1965. p. 354)

                Dizem que se Jesus tivesse ressuscitado no corpo não teria pago o sacrifício, por isso Deus despojou o corpo. Mas foi o sangue de Cristo  que pagou a redenção e não o corpo (Lv 17:11; At 20:28; Ef 1:7; Rm 3:25; Cl 1:14; I Pe 1:2,18,19 e Hb 9:22).

                Redimir quer dizer comprar de volta, readquirir uma pessoa ou coisa, mediante pagamento do preço exigido. Assim mediante a oferta do corpo de Jesus, o sangue remidor foi derramado (Hb 10:10), quando padeceu fora das portas de Jerusalém (Hb 13:11,12; Jo 19:17-20,34). por isso Jesus ressuscitou no corpo (Jo 2:19-21).

                Por outro lado os sacrifícios queimados no AT pode também representar a transformação do corpo de Cristo, pois pela lei da química, “tudo se transforma.”

H)- Até mesmo a ciência relata a ressurreição corpórea de Jesus, através do exame do Sudário de Turim: “6- o tratamento da imagem por computador produziu uma imagem tridimensional proporcionada e sem distorções, o que jamais ocorre em casos de pintura ou fotografia...Alguns cientistas sugerem que uma imagem como essa só poderia ser produzida se, numa fração de segundo, o corpo tivesse emitido um clarão equivalente ao da luz solar ou de uma explosão nuclear, como a da bomba de Hirochima. Pela análise da figura, conclui-se que essa luz não foi refletida pelo corpo, como ocorre numa fotografia, mas emanou dele mesmo, chamuscando o pano.” “2- apesar do linho ser fino, a imagem é superficial e não aparece do outro lado do pano, ao contrário do que aconteceria com uma pintura, compressão ou frotagem; 3- não há vestígio de pigmentos, tintas ou vernizes, nem da difusão de líquidos através da tramo do tecido (exceto nas marcas de sangue e nas manchas de água); 4- a imagem não apresenta as deformações que seriam inevitáveis se o lençol tivesse sido comprimido sobre um cadáver(nesse caso devido à tridimensionalidade do corpo, partes como o nariz, por exemplo, produziriam uma impressão bem mais larga que o normal); 5- a imagem dorsal não é mais profunda do que a frontal, o que seria de se esperar numa impressão por contato; ambas tem características idênticas, como se, no instante da formação da figura, o corpo apresentasse peso zero”(Revista Galileu, outubro de 1999, p. 70-71.)  

                “A ciência revela: o lençol de Turim não é uma fraude...A idéia da falsificação está agora descartada”(Idem. p.67):

·         “O pano, produzido em tear manual, é muito rústico. E as técnicas de fiação e tecelagem nele utilizadas eram amplamente difundidas no Oriente Médio, na época de Jesus... Além do linho a Sínode [Sudário] contém vestígios de fibras de um tipo de algodão do Oriente Médio, ... Isso leva a crer que o pano tenha sido utilizado num tear previamente utilizado na confecção de peças de algodão...O que é mais um argumento a favor da origem oriental do Sudário, pois, como lembra John Tyrer; pesquisador do Instituto Têxtil de Manchester; o algodão não era cultivado na Europa, durante a Idade Média.”(Idem. p.69)

·         “O botânico israelense Uri Baruch analisou o pólen achado no Sudário e concluiu que ele provém de plantas que só podem ser encontradas numa única localidade do mundo: a região de Jerusalém. Em uma única época do ano: os meses de março e abril [os meses em que se dá a Páscoa, época em que Jesus morreu]”... “Max Frei... constatou a existência de pólens de nada menos que 58 variedades diferentes de plantas. Algumas dessas plantas são comuns na França e Itália- o que não causa surpresa já que durante muito tempo o lençol ficou abrigado nessas regiões. Mas há também pólens de plantas características da Turquia oriental, confirmando a tradição de que, antes de chegar à Europa, o Sudário permaneceu durante séculos em terras bizantinas.” (Idem. p. 74)    “... o lençol mortuário de Jesus- abriga pólens de plantas que só existem na região de Jerusalém e cuja data é anterior ao séc. 8 d.C.- podendo provir de épocas bem mais antigas. A informação foi divulgada, em agosto último, pelo botânico Avinoam Danin, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ela derruba definitivamente a tese de que o Sudário seria uma falsificação produzida na Europa durante a Idade Média” ( Idem. p.66)

·         “A imagem tridimensional, produzida por um computador... trouxe... dois objetos arredondados, não visíveis à olho nu, nem no negativo fotográfico. O pesquisador americano Francis Filas... identificou um dos artefatos: trata-se de uma moeda, o dilepton lituus, produzida na Palestina sob o governo de Pôncio Pilatos, entre os anos de 29 e 32 d.C. O segundo objeto foi identificado pouco tempo depois: uma outra moeda, cunhada por Pilatos em homenagem a Júlia, mãe do Imperador romano Tibério, em 29 d.C.  colocar moedas sobre os olhos do morto, para manter as pálpebras fechadas fazia parte dos ritos funerários judaicos da época de Jesus.” (Idem. p. 71)

·         “O lençol apresenta uma imagem dupla, de um homem nu, em tamanho natural. Os pesquisadores americanos Kenneth Stevenson e Gary Hábermas calculam que ele tinha entre 30 e 35 anos, aproximadamente 1,80 m de altura e 79Kg de peso ‘Era um homem musculoso, habituado ao trabalho manual’, afirmam.” (Idem. p. 69) . Jesus era carpinteiro Mc 6:3.

·         “O historiador inglês Ian Wilson foi o primeiro a chamar a atenção para o formato da longa mecha de cabelo que cai sobre o meio das costas... Trançar os cabelos atrás do pescoço era uma moda comum entre homens judeus do tempo de Jesus” (Idem. p. 69) .Isso não contradiz I Co 11:14, pois aquela comunidade em questão era de origem grega, na qual os homens somente mulheres usavam cabelos compridos.

·         “O estudo dos rastros de sangue mostra que o homem foi pregado à barra sobre o chão, sendo depois alçado até o topo do mastro. Seus pés -  o direito sobre o esquerdo- foram fixados ao poste por um único prego, de cerca de 18cm. (Idem. p. 65). Isso prova que Jesus morreu numa cruz e não numa estaca, como ensinam as Testemunhas de Jeová.

·         Quanto à estoca da lança no seu lado direito diz: “O Sudário mostra que ela produziu um forte jato de hemácias ( a parte vermelha do sangue), seguido de um fluxo de plasma (a parte clara) – prova de que grande quantidade de sangue se acumulou e decantou no pericárdio. Isso converge com o texto bíblico, que fala num jorro de ‘sangue e água’.”(Idem. p. 72)

·         “O químico americano Alan Adler provou que o tecido contém moléculas que o organismo despeja quando passa várias horas em estresse extremo. Como em uma sessão de tortura ou, mais exatamente, em uma crucificação... Encontra-se ainda no sudário resquícios do líquido pleural, que  enche os pulmões enquanto eles agonizam. Para os médicos legistas, a ‘água’ era líquido pleural.” (Revista Superinteressante, junho de 1998, p. 70)

·         Quanto ao exame de carbono 14 que sugeriu ser o Sudário uma falsificação produzida na Europa na Idade Média: “Essa idéia, divulgada de maneira sensacionalista em 1988, baseava-se numa única prova: a datação da relíquia, realizada pelo método do carbono 14, que fixou como o período de sua fabricação os anos compreendidos entre 1260 e 1390 d.C. A opinião pública embarcou nisso sem atentar apara os seguintes fatos: 1- O Sudário já passou por milhares de testes 2-... só o do carbono 14 contestou a autenticidade da peça. 3- Os especialistas se opuseram à utilização dessa técnica, devido à grande contaminação que o pano sofreu ao longo dos séculos. 4- Harry Gove, o principal responsável pela datação, admitiu que a contaminação podia ter falseado os resultados do teste. A idéia da falsificação está agora descartada.”    (Revista Galileu, outubro de 1999, p. 67)  “Há uma enorme probabilidade de que a fumaça produzida durante o  incêndio em Chambéry tenha contaminado o Sudário,... Pois o cientista russo Dmitri Kuznetsov, ... resolveu reproduzir as mesmas condições em laboratório. ‘Apareceu com clareza uma grande troca entre o gás carbônico do ambiente e o tecido, a qual modificou o conteúdo de carbono 14 do último’ disse. ‘A troca foi elevada: cerca de 25% do total. Isso falseou os resultados do exame, e, realizado o teste do radiocarbono, o linho pareceu muito mais recente do que era na realidade’. Esse experimento por si só, desqualifica completamente a datação do Sudário feita pelo método do carbono 14” (Idem. p. 72). Também a Revista Veja de 25 de março de 1988, p. 76-77 diz: “Uma pesquisa comandada por dois professores da Universidade de San Antônio, no Texas, revelou que a peça estava infestada de fungos e bactérias ricos em carbono 14. Quando tomaram conhecimento dessa novidade, os professores responsáveis pela pesquisa de datação na Universidade do Arizona apressaram-se em admitir que o tecido pode ser mais antigo do que se supunha porque a alta taxa de concentração de carbono 14 nas bactérias pode ter inflacionado a contagem dos átomos, levando à  conclusão, eventualmente equivocada, de que o Sudário seria mais recente do que o tempo em que Jesus viveu. ”

Para saber se Jesus subiu ao céu, no dia de sua morte Ver 8.6

4.7-Observação:

                As Testemunhas de Jeová dizem que Jesus Cristo representa um papel secundário na criação do universo, porque é dito que por intermédio de Cristo passou ela a existir”(Jo 1:3). Mas também referente ao Pai a Bíblia usa a mesma palavra grega em Romanos 11:36 e Hebreus 2:10. Portanto esta palavra não significa apenas mediação, mas causa primeira de algo.

 

 

V- O ESPIRITO SANTO

                As Testemunhas de Jeová ensinam que o Espírito Santo é a invisível força ativa de Deus por meio da qual Ele realiza sua vontade. Por isso a Bíblia TNM deles trás escrito com iniciais minúsculas. Perguntam: “Como pode uma pessoa habitar em outra, ou ser cheio de outra ou ser batizado ou ungido com outra pessoa?” Dizem que a Bíblia personaliza o Espírito Santo como a sabedoria é personalizada em Provérbios 1:20-23. Interessante é que as TJ reconhecem que Deus é espírito Jo 4:24; que os anjos são espíritos Hb 1:14; que os demônios são espíritos Lc 4:35-36; reconhecendo que todos eles são seres pessoais, porém dizem que o Espírito Santo é uma ‘força’, isso é coerente?

 

5.1- O Espírito Santo é uma Pessoa (Divina).

A)- Componentes essenciais de uma personalidade: intelecto (Rm 8:26,27; I Co 2:10,11,16; etc.), sensibilidade (Rm 8:26,27; Ef 4:30; Rm 15:30; Is 63:10; etc.) e vontade (Hb 2:4; I Co 12:11; Rm 8:27; etc.). A palavra hebraica “ruach” pode ser traduzida por “espírito, fôlego, vento” dependendo do contexto, mas nunca por “força ativa” como faz a TNM em Gn 1:2.

B)- Associações pessoais

                Mateus 28:19; Apocalipse 1:4,5 e II Coríntios 13:13.

C)- Atos pessoais:

13.       Revela, motiva, capacita (II Pe 1:21)

14.       Sonda (I Co 2:10)

15.       Fala (At 13:2; 11:12; Ap 2:7; II Cr 18:23,24; At 8:29)

16.       Testifica (Jo 15:26; Rm 8:16)

17.       Impede (At 16;6,7)

18.       Convence (Jo 16:8-11)

19.       Glorifica a Cristo (Jo 16:14)

20.       Regenera ( Jo 3:5; Tt 3;5)

21.       Julga (At 15:28)

22.       Advoga (Jo 14:16)

23.       Convida (Ap 22:17)

24.       Contende (Gn 6:3)

25.       Ensina (Jo 14:26)Ne 9:20)

26.       Guia (Jo 16:13)

D)-Pronomes pessoais:

Ele, Aquele, etc. João 16:8,13,14 (ekeinos).

E)- Tratamento pessoal, Ele pode ser:

27.       Submetido a teste (At 5:9)

28.       Entristecido (Is 63:9,10; Ef 4:30)

29.       Blasfemado (Mt 12:31,32)

30.       Resistido (At 7:51)

31.       Insultado ( Hb 10:29)

32.       Podemos mentir à Ele ( At 5:3)

F)- Nomes pessoais e títulos:

1.     Advogado, Consolador ou Ajudador (Jo 14:16,26)

2.     Espírito da verdade (Jo 14:17)

3.     Espírito de vida (Rm 8:2)

4.     Espírito de graça (Hb 10:29)

5.     Espírito de adoção (Rm 8:15; Gl 4;5,7)

6.     Espírito Santo (Ef 4:30)

7.     Espírito de Jesus (At 16:7)

8.     Espírito de Jesus Cristo (Fl 1:19)

9.     Espírito de Cristo( Rm 8:9)

10. Espírito de Deus (I Jo 4:2; Rm 8:9)

11. Espírito Eterno (Hb 9:14)

12. Espírito do Senhor (Lc 4:18)

13. Espírito da Santidade (Rm 1:4)

                Todo nome tem significado Yhwh (aquele que existe por si mesmo), Jesus (Yhwh é salvação), etc. Assim também cada um desses nomes revelam a própria Pessoa, sua obra, seu caráter, etc. Assim também os nomes do Espírito Santo identificam sua natureza (2,4,6,11), sua obra (1,3,13), sua Divindade (10,12), sua relação com Jesus Cristo (7,8,9), pois foi Jesus Cristo quem enviou o Espírito Santo após sua ascensão (At 16:7) e foi o Espírito Santo que inspirou as profecias messiânicas (I Pe 1:11).

G)- O termo “7 espíritos de Deus” se refere a plenitude da manifestação do Espírito Santo que estava sobre Jesus Cristo e foi por Ele enviado por toda a terra (Ap 1:4; 4:5;5:6; Is 11:12; Lc 4:18; Jo 16:7)

Alguns símbolos são empregados para descrever a obra do Espírito Santo:

Azeite = capacitação (At 10:38; I Sm 16:13).

Fogo = transformação e fervor (Lc 3:16; I Ts 5;19).

Água = purificação Tt 3:5

Chuva = batismo com o Espírito Santo (At 10:44; 2:17)

Pomba = paz, pureza (Lc3:22)

Rio = fonte de paz, poder, etc.(Jo 7:38,39)

Selo = segurança da salvação (Ef 1:3)

è  Jesus e o Pai são também simbolizados por: rocha, água, sombra, fogo, vento, etc.

H)- Ficar cheio do Espírito Santo é ficar cheio do poder ou “revestido de poder” (Mq 3:8; Lc 24:49; At 1:4,5,8; 2:4), é ser batizado(envolvido) com o poder do Espírito Santo. Até mesmo demônios (seres pessoais) habitam em seres humanos (Jo 13:27; Lc 22:4; Mc 1:23-25), assim também a Pessoa do Espírito Santo habita nos salvos (Jo 14:17; I Co 6:19). Gl 3:27 e Rm 6:3 falam do  batismo em Cristo [do qual o batismo em água é símbolo] que acontece quando a pessoa através da habitação do Espírito Santo passa a pertencer a  Cristo.

I)- Diante de todas estas evidências vimos que a Bíblia não “personifica o espírito santo” pois nem a morte (Rm 5:14) e a sabedoria (Pv 1:20,21) possuem todas as evidências aqui apresentadas e acima disso tudo a Pessoa do Espírito Santo é Divina.

 

5.2- O Espírito Santo é Divino.

O Espírito Santo é o “outro Consolador” (Jo 14:16) outro (allos) significa outro da mesma natureza ou do mesmo tipo. Se o Espírito Santo fosse uma força o termo usado seria heteron. Sabendo que Jesus é Deus, o outro Consolador (parákleto = advogado), teria que ser uma outra Pessoa Divina (do mesmo tipo). Por isso o Espírito Santo é chamado de Deus em Atos 5:3,4 e de Senhor em II Co 3:16-18, pois Senhor no grego (kyrios) eqüivale ao hebraico Yahweh. Este trecho fala do ministério do Espírito (II Co 3:6,8) e fala que o Espírito é o Senhor, assim como o Pai e o Filho (Mt 4:7; Fl 2:11), ou seja o Soberano do Universo, que nos transforma segundo Sua imagem; e identifica o Espírito Santo como sendo o Senhor com quem Moisés falava e refletia glória (II Co 3:7,13), pois o versículo 17 diz; “O Senhor é o Espírito”.

A)-Títulos Divinos:

Deus (At 5:3,4); Senhor (II Co 3:16-18); Yahweh (At 7:51 com II Rs 17:14; Jz 15:14 com 16:20; Ex 17:7 com Hb 3:7,9; At 28:25,26 com Is 6:8,9).

B)- Relacionamento com as outras Pessoas da Trindade:

Fórmula batismal (Mt 28:19); bênção apostólica (II Co 13:13); distribuição dos dons (I Co 12); criação (Gn 1:1,26); confusão das línguas (Gn 11:7); saudação de Apocalipse (Ap 1:4,5).

C)- Atributos Divinos:

                Onisciência (I Co 2;10,11; Rm 8:26,27); Onipresença (SL139:7;I Co 3:16; Jo 14:17); Onipotência (Lc 1:35; At 1:8; Rm 15:13,19); Eterno (Hb 9:14); Criador (Jó 33:4*; Gn 1:1,26; Sl 104:30); Santo (Is 63:10; Sl 51:11; Rm 15:16); Bom (Sl 143;10; Ne 9;20); A verdade  (Jo 14:17; 15:26); Dá vida eterna (Gl 6:8); Guia (Sl 143:10; Is 63;14; Rm 8:14; Gl 5:18); Santificador (Rm 15:16; I Pe 1:2); Autor do novo nascimento (Jo 3:5,6; Tt 3:5); Distribuidor dos dons (I Co 12:7-11); Salvador (Tt 3:4,5; Jo 3:8) e Mestre (Jo 14:26).* A palavra espírito ou Espírito no hebraico é ruach e pode significar também vento, sopro, compare Jó 33:4 com Salmo 33:6 e João 20:22. O grego antigo não tinha letras maiúsculas, portanto a tradução Espírito ou espírito depende do contexto, se for referente ao Espírito Santo traduz-se com iniciais maiúsculas. Devido a isto há pequenas variações nas diversas versões.

VI- TRINDADE

6.1- Histórico:

                Expressão teológica que surgiu no século II, foi usada pela primeira vez por Tertuliano (160-220 d.C.), para descrever a pluralidade das Pessoas na Divindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Não aparece na Bíblia, assim como outras usadas até mesmo pelas Testemunhas de Jeová e Unicistas, como: Onisciente, Onipresente, livre-arbítrio, etc.


As Testemunhas de Jeová fazem citações de ensinadores cristãos (anteriores ao Concílio de Nicéia 325  a.C.) usando fragmentos alternados de seus escritos para distorcer a evidência da crença deles na Divindade de Cristo e na Trindade. Citam Justino Mártir, Irineu, Clemente de Alexandria, Hipólito e Orígenes. (fonte: Deve-se crer na Trindade? STVBT) 

 

IV. Refutação:

 

- JUSTINO MÁRTIR  (100-167 d.C.) escreveu por volta do ano 155d.C:

                “O Pai do Universo tem um Filho, sendo o Primogênito Verbo de Deus e também Deus. Ele já havia aparecido na forma de fogo e na semelhança de um anjo a Moisés e aos outros profetas ...”   (Primeira Apologia, LXIII)

 

 "Nós porém do Deus verdadeiríssimo, pai da justiça, do bom senso e das outras virtudes, no qual não há mistura da maldade. A ele a o Filho, ...e ao Espírito profético, nós cultuamos e adoramos..."   Justino de Roma1ª apologia 6, Editora Paulus, p. 23

 

 IRINEU (130-200 d.C.)escreveu por volta de 180 d.C:

“... o Senhor dos que são salvos, o Senhor dos que se lhe submetem, o Deus das coisas criadas, o Filho unigênito do pai, o Cristo que foi anunciado, o Verbo encarnado quando o filho de Deus devia tornar-se filho do Homem.”    (Contra Heresias, Livro III, 16.7)

“Cristo é chamado ambos Deus e Senhor dos Exércitos”. ( Diálogo com Trifo. XXXVI)

“Cristo Jesus, nosso Senhor, e Deus, e Salvador” (Contra Heresias, 1.10.1, em ANF, 1:164)

 "E este Deus é verdadeiramente Espírito de Deus..." (Contra as Heresias 2º livro 30,8, Editora Paulus, p.228)

Desde sempre, de fato, ele tem junto de si o verbo e a sabedoria, o Filho  e o Espírito. É por meio deles e neles que fez todas as coisas, soberanamente e com toda liberdade, e é a eles que se dirige, quando diz "Façamos o homem á nossa imagem e semelhança" ( Contra as Heresias, livro IV, 20,1, p. 427)

 

Evidentemente que o fato de que alguns ensinadores cristãos pré-Nicenos não usarem o termo Trindade, não significa que eles não acreditassem na doutrina da Trindade, como foi citado alguns trechos aqui. 

 

 

 

INÁCIO DE ANTIOQUIA em 112

“há um só médico, da carne e do espírito, gerado e ingênito (não gerado), DEUS em homem, vida autêntica na morte, ao mesmo tempo de Deus e de Maria, um tempo passível e agora impassível, Jesus Cristo nosso Senhor."

 

 

 CLEMENTE DE ALEXANDRIA

'realmente a Deidade plenamente manifesta, sendo Ele feito igual ao Senhor do universo; porque Ele era seu Filho" (Exortação aos pagãos,10, The ante-Nicene Fahers (ANF) down to A.D 325, ed. Alexander toberts e James Donaldson, edição revisada. Publishing Co. 1969 reimpressão [orig. 1885] , 1:184.[green]

 "o mesmíssimo Deus que o Pai" (O instrutor, 1.8, 1.11 em ANF, 2.227, 234.

 "FILHO ETERNO" (Exortação aos pagãos,12, (ANF) , 2:206.

 Clemente também negou que o Pai tenha existido nalgum tempo sem o Filho (Miscelâneas [Stromata] 5.1

 "com os mais singelos HINOS, CANTEMOS SEM DISFARCE DO CRISTO a realeza: juntemos nossas vozes, pagando-lhe o tributo pelas lições da vida.

do FILHO ONIPOTENTE formemos o cortejo: um coro de pacíficos. HINOS AO DEUS DA PAZ cantemos, povo sábio, em Cristo transformados." (Antologia dos Santos Padres, Edições paulinas, 4ª edição, p. 140.)

 

ATENÁGORAS  escreveu por volta do ano 177 d.C: "Com efeito, dizemos que o mesmo Espírito Santo, que opera nos que falam profeticamente  é uma Emanação de Deus, emanando e voltando como um raio de sol. Portanto, quem não se surpreenderá ao ouvir chamar de ateus indivíduos que admitem um Deus Pai, um Deus Filho e um Espírito Santo, que mostram seu poder na unidade e sua distinção na ordem? Padres Apologistas Petição em favor dos cristãos 10,p.131

 

 

ORÍGENES 

"Nenhum deles demonstrou sua DIVINDADE de modo tão ABSoluto como João que lhe fez dizer: "eu sou a luz do mundo", eu sou o caminho, a verdade e a vida, eu sou a ressurreição , eu sou a porta, eu sou o bom pastor e no apocalipse, EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O COMEÇO E O FIM, O PRIMEIRO E O ÚLTIMO"  ( Antologia dos Santos Padres, Edições paulinas, 4ª edição, p. 153.)

 "que  o Cristo Deus ou Filho de Deus descerá, conforme expliquei anteriormente"(idem, p. 157)

convém destacar que orígenes tinha um conceito errôneo de uma hierarquia na trindade e assim dizia que o Pai era superior ao Filho e este ao Espírito Santo, porém ele cria na DIVINDADE de Cristo.!

 

 

TERTULIANO morreu em 220 d.C

apesar da brochura "Deve-se crer na trindade?- é Jesus Cristo o 
Deus todo-poderoso?
distorcer algumas frases de tertuliano veja o que ele REALMENTE DISSE:

"QUE seja guardado o mistério da economia [administração] que dispõe UNIDADE NA TRINDADE, manifestando os três: o Pai, o filho e o espírito Santo! Três digo eu , não PELA NATUREZA, mas pela condição; não pela substância, mas por seu caráter próprio; não pelo poder mas por sua manifestação. Eles são, pois DE UMA ÚNICA SUBSTÂNCIA, DE UMA ÚNICA NATUREZA, DE UM ÚNICO PODER, PORQUE Existe UM ÚNICO DEUS, e é em virtude dele que essas condições, esses caracteres e essas manifestações são atribuídas ao nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"
(Contra Práxeas, II, 3. Citado em os Padres da Igreja, Edições Loyola, 2ª edição, 2004,p. 75)

Tertuliano  "que dispõe a unidade na Trindade, e estabelece o Pai, o Filho e o Espírito Santo como três: não pela qualidade e sim pela seqüência, não pela substância e sim pelo aspecto, não pelo poder mas pela manifestação, sendo pois de uma substância, de uma qualidade e de um poder,..."  ...porque Cristo é o Deus que reina sobre tudo, que ordenou a purificação do pecado, e renovou o velho homem"  (Tertuliano, Contra Práxeas Antologia dos santos padres,  p.166)
O Que O CORPO Governante FEZ FOI USAR FRASES DE TERTULIANO FORA DE CONTEXTO:

"houve um tempo em que o Filho não existia.." 
esta frase na verdade não foi dita por tertuliano mas por um estudioso moderno para resumir uma declaração de tertuliano de que Deus sempre era Deus , mas nem sempre Pai do Filho. o que ele estava dizendo ERA QUE OS DOIS SE TORNARAM PAI E FILHO NO TEMPO, MAS NÃO NA ETERNIDADE!
veja o que ELE REALMENTE DISSE:

"POIS ELE NÃO PODERIA TER SIDO O PAI ANTERIORMENTE AO FILHO, NEM JUÍZ ANTERIORMENTE AO PECADO" 
a outra deturpação é: 
"antes de todas as coisas vierem a existir, Deus estava sozinho" 

veja o que ELE REALMENTE DISSE: 
"antes de todas as coisas vierem a existir, Deus estava sozinho... MAS mesmo então, não estava sozinho; pois ele tinha consigo aquilo que possuía em si mesmo, ou seja: sua própria RAZÃO, SEU VERBO (LOGOS)..." (Contra Práxeas, V. Citado em por QUE DEVO CRER NA TRINDADE- UMA RESPOSTA AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, P.31)

 

 

TEÓFILO DE ANTIOQUIA escreveu por volta de 180 d.C."...são tipos da Trindade: de Deus, de seu Verbo, e de sua Sabedoria."  Nota de Rodapé: "Em são Teófilo, como em Santo Irineu (cf. Contra E., 4:20), o Espírito Santo é dito a Sabedoria"  (Teófilo de Antioquia, Antologia dos santos padres, Edições Paulinas,  p. 106)

 

 

 

Conclusão: O corpo governante acha que as pessoas hoje são idiotas a ponto de não consultar os livros!!!!

Deixa a entender que Hipólito não era trinitário, ao contrário: "o Verbo de Deus é o único ser saído de Deus; por isso é Deus, sendo substância de Deus. Quanto ao mundo, foi tirado do nada; por isso não é de Deus e é capaz de ser destruído conforme a vontade do Criador ( Hipólito,Philosophumena,Antologia dos santos padres, Edições Paulinas,  p.177)

 

C)- Concílio de Nicéia

               

Por volta de 320 d.C um presbítero de Alexandria, chamado Ário, começou a ensinar que Cristo era uma criatura, isto levou a uma reação do Bispo Alexandre, o qual começou um sínodo em Alexandria, por ocasião deste foi lançada a condenação de Ário e de outros simpatizantes desta heresia. Ário porém, continuou a propagar estas idéias apoiado pelo seu amigo, Bispo Eusébio, de Nicomédia.

Para resolver o problema, Constantino enviou a Alexandria o Bispo Hósio que não conseguiu dar um fim a essa questão; devido a essa grande discussão Constantino estabeleceu em 325 a.C. um concilio na cidade de Nicéia, onde se reuniram Bispos do ocidente e do oriente, decidiu-se a excomunhão de Ário por suas heresias e estabeleceu-se o Credo Niceno:

“Cremos em um senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus, gerado, não feito, sendo da mesma substância que o Pai; pelo qual são feitas todas as coisas que estão no céu e na terra, e o qual por nós os homens e por nossa salvação desceu, encarnou-se e foi feito homem, sofreu, e ressuscitou ao 3° dia e, ascendeu ao céu, donde virá outra vez para julgar os vivos e os mortos”.

Vale ressaltar que a reunião apesar de presidida por Constantino, teve suas decisões tomadas pelos Bispos, Constantino apenas decretou a decisão final dos bispos. Na época do Concílio de Nicéia, Atanásio, o qual exerceu o papel de secretário, era diácono, porém após a morte do bispo Alexandre em 328 d.C. assumiu o papel de Bispo de Alexandria formulando posteriormente o Credo de Atanásio ( 381 d.C. ):

“Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não confundamos as pessoas, nem separamos as substâncias, pois a pessoa do Pai é uma e, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo, outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são o Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito Santo é incriado. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável e o Espírito Santo é  imensurável. O Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno. E não obstante, não há três eternos, más um eterno. Da mesma forma não há três incriáveis, nem três imensuráveis, más um incriado e imensurável. Da mesma maneira o Pai é onipotente, no entanto não há três seres onipotentes, más sim um onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, no entanto não há três Deuses, más sim um único Deus. Assim o Pai é o Senhor, o Filho é o Senhor e o Espírito Santo é o Senhor . Todavia não há três Senhores, porém um Senhor. Assim como a veracidade Cristã nos obriga a confessar cada pessoa individualmente, como sendo Deus e Senhor, assim também ficamos privados de dizer que há três Deuses ou Senhores. O Pai não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito nem criado, más gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito nem criado, nem gerado, mas procedente. Há portanto um Pai, não três Pais; um Filho, não três Filhos; um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. Nessa trindade não existe nem primeiro, nem último; nem maior, nem menor; más as três pessoas são co-eternas, são iguais entre si mesmas;  de sorte que por meio de todas, como acima dito, tanto a unidade na trindade, como a trindade na unidade devem ser adoradas.”

( Conhecendo as doutrinas da Bíblia - Myer Perlman, p.52. Ed.Vida )

 

 

6.2- A doutrina da Trindade

 

                A trindade é o termo teológico que expressa a Unidade Composta de Deus, isto é, Deus eternamente existente em três pessoas distintas : A pessoa do Pai, do Filho e a do Espírito Santo. Não são três pessoas em uma só, nem três deuses em um só, más um Deus em três pessoas coexistentes e distintas, tendo cada uma delas a mesma substância ( essência Divina ), poder, majestade e eternidade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo cooperam sempre unidos, sempre num mesmo propósito, em plena comunhão, porém cada pessoa divina assume diferentes aspectos em cada propósito divino: Exemplo- Redenção.

                No propósito da salvação a Trindade divina decidiu a manifestação de uma Pessoa na forma humana, assim a Pessoa divina que ficou no céu, assumiu o papel de Pai, enviando o Verbo eterno que estava ao seu lado Jo 1:1,2,18 ; 3:16,17, instituindo-o Jo 7:16; 12:49; 17:8; o verbo assumiu o papel de Filho ( Hb 1:5b; II Sm 7:12-14 ) se tornando homem e se submetendo às ordens do Pai voluntariamente Jo 5:19,20; o Espírito Santo assumiu o papel de Capacitador de Cristo ( Dt 10:38; Hb 9:14; Lc 4:14-18; etc. ) para realização da obra da redenção ( Ler Jesus Cristo - O Espírito Santo e - Unicismo ).

    

A) Dt 6:4 diz que Yahweh é único. Esta palavra único no hebraico é echad e significa unidade composta, como acontece em Gn 2:24; 11:6. Se Deus possuísse uma unidade absoluta, como ensinam as Testemunhas de Jeová, a palavra usada seria  yachid , presente em Gn 22:2; Mc 12:29 é citação de Dt 6:4.

 

 B) A Bíblia se refere a Deus com  pronomes e verbos no plural, indicando pluralidade de Pessoas na divindade:

33.       “Façamos, nós, desçamos, confundamos”.( Gn 1:26; 3:22; 11:7; Is 6:8 )

34.       Em Js 24:19 no hebraico, o adjetivo está no plural.

35.       Em Gn 35:7 no hebraico, o verbo está no plural.

 

C) Is 6: 1-10 é uma referência à Trindade, pois Is 6:8 está no plural “...quem há de ir por nós”? e Jo 12:40-41 é a citação de Is 6:3-10 , onde João diz que Isaías viu a glória de Jesus, identificando Jesus com Yahweh dos exércitos. O mesmo ocorreu com relação ao Espírito Santo At 28:25-26 “Santo, Santo, Santo...” é uma referência a Yahweh, o Deus Triuno. Is 44:24 se refere também a trindade pois diz que Yahweh fez os céus sozinho, e ao mesmo tempo que outras partes da Bíblia diz que sem Jesus nada do que foi feito se fez Jo 1:3, e ainda há outros textos que falam do Espírito Santo como Criador Sl 104:30. Portanto Is 44:24 se refere a trindade, pois as três pessoas são chamadas de Yahweh

 

D) O novo testamento traz de maneira explícita a Unidade da Essência e a Pluralidade de Pessoas na divindade:

36.       Batismo de Jesus Mt 3:16-17;

37.       Grande Comissão Mt 28:19;

38.       Distribuição dos dons espirituais I Co 12:4-6;

39.       Bênção Apostólica IICo 13:13;

40.       Unidade da fé Ef 4:4-6;

41.       Eleição IPe 1:2;

42.       Exortação de Judas Jd 20:21

43.       Saudação de Apocalipse Ap 1:4-5.

 

E) A palavra Deus (elohim)em Gn 1 é o plural de eloahO próprio verbo [ser] reunido com o pronome (el)  fornece (ELOAH), aquele que é, cujo plural (ELOHIM) significa: aqueles que são..” (Bíblia Alfalit com ajudas adicionais), por si só não revela a trindade, mas à Luz do contexto bíblico entende-se seu uso em Gn l se referindo a participação da Trindade na criação. Portanto Deus, quanto a sua essência é um e quanto a personalidade são três . ( Para diferenciar as Pessoas ver o estudo - Unicismo; Para compreender a unidade de essência divina ver - IV Jesus Cristo e o V Espírito Santo )

 

 

6.3- Observações

A) As Testemunhas de Jeová dizem que a crença na Trindade é pagã, sendo citadas várias tríades de religiões antigas ( Tríades são três deuses diferentes, como por exemplo a tríade egípcia: Amon-rá, Ramsés II e Mut; ou Ísis, Osiris e Hórus), porém nenhum povo antigo adorou a trindade, mas sim tríades - três deuses completamente diferentes.

 

B) O versículo “No céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um. E três são os que testificam na terra” (I Jo 5:7-8) não aparece em manuscritos gregos anteriores ao século XIV. O “Textus Receptus” (que contém esta citação) serviu de base para inúmeras versões King James, João Ferreira de Almeida, e a espanhola Casiodoro de Reina, pois até 1750 o “Textus Receptus” não teve concorrente. A partir desta data, ocorreu a comparação com manuscritos, constatando-se o acréscimo destas palavras. Tal descoberta não foi feita pelas Testemunhas de Jeová e sim por estudiosos de manuscritos antigos. Apesar de não constar nos manuscritos mais antigos sua autenticidade é atestada pelos escritores espanhóis do séc. IV como Prisciliano, Idrascius Clarus (data dos manuscritos mais antigos conhecidos) escritores africanos do séc. V e por escritores latinos como Cipriano, que morreu no ano 258 a.C (anterior aos manuscritos mais antigos) por Ps-Cipriano (IV), Speculum (V), Varimadum (445/480), Ps- Vigilus (IV/V), Fulgencio (533). Desta forma eles não podem acusar os evangélicos de “fazer acréscimos à palavra de Deus”. Em conseqüência disto, este versículo foi omitido na versão Revisada de Almeida; ou entre colchetes; ou com esclarecimentos na ARA, BJ, NVI e Bíblias com comentários. Vê-se claramente que as TJ fazem acréscimos, os quais colocam entre colchetes para mudar o sentido do texto original, portanto seus colchetes não são devido ao problema dos manuscritos, como ocorre em algumas Bíblias de edição evangélica e católicas. Como exemplos de distorção das TJ:

Jo 1:1 “a Palavra era [um deus]”;  Cl 1:17  “ele é antes de todas as [outras] coisas”; Cl 2:13  “do grande Deus e [do] Salvador de nós, Cristo Jesus”

 

VII- O CONJUNTO ESPIRITO-ALMA E A MORTE

 

                A STVBT  ensina que o homem não tem alma, mas é uma alma, ou ainda que a alma é o sangue. Ensina que o Espírito é “a força da vida”, ou respiração que mantém o corpo vivo.

                A alma é mortal, sua existência termina ao sair sua força de vida, como acontece com os animais. A origem desta crença remonta dos filósofos Epicureus, dos quais os Saduceus herdaram (Josefo, Antigüidades, Livro XVIII, Cap. II, Sec. 4). As TJ dizem que a crença na imortalidade da alma é de origem pagã, contudo a Bíblia mostra que mesmo as pessoas do Antigo Testamento acreditavam na vida após a morte. Por outro lado a crença na imortalidade da alma  sempre foi de maneira geral universal. 

 

7.1- O ser humano é tricotômico, isto é, constituído de três partes: Corpo, alma e espírito.

                O corpo é a parte material, e o conjunto espírito-alma são a parte material; espírito e alma são distintos, mas não separados ITs 5:23; Hb 4:12. Por ocasião da morte, o corpo volta ao pó e o conjunto espírito-alma a Deus, no caso dos salvos Ec 12:7; At 7:59; Gn 35:18, IRs 17:21. Contudo antes da ressurreição de Cristo os salvos iam para o hades ou sheol, mas por fim chegaram até Deus no 3océu. Ver 8.6

 

7.2- A palavra Alma ( no grego psyche e no hebraico nephesh ) apresenta vários significados:

44.       Ser vivente ( homem ou animal ) - Gn 2:7; 1:20,24; 9:10  - ARC e ACR.

45.       Vida ( pois como o homem sem sangue está morto, pois também sem a alma está morto. I Rs 17:21; Gn 35:18 )  - Lv 17:14, Gn 9:4-5 - ARC e ACR.

46.       Pessoa em si mesma - Gn 12:5; 46:26; At 7:14; Lv 22:3 - ARC e ACR.

47.       Constituição humana que se distingue do espírito e sobrevivem após a morte carnal, juntamente com o espírito em estado consciente.

É a parte psicológica, o centro da personalidade o verdadeiro EU, pois apresenta três partes:

1.     Intelecto     -   Lm 3:20; Sl 139:14; Pv 2:10; 24:14, etc.

2.     Emoções    -   I Sm 18:1; Ct1:7; Lc 1:46; II Sm 1:8; Sl 107:18, etc.

3.     Vontade     -   Jo 6:7; 7:15; I Cr 22:19

A alma se relaciona com o mundo físico através do corpo, assim o corpo através dos órgãos dos sentidos é o veículo de contato entre a alma e o mundo físico.

Na alma está o poder de decisão (vontade), portanto o livre arbítrio está na alma e não no espírito. A alma assim pode se envolver com coisas naturais ou espirituais, ao contrário do espírito. Com isso o homem pode ser dominado pelos desejos do corpo (apetites), da alma ou do espírito. A Bíblia algumas vezes se refere a  “carne” como sendo alma + corpo (Gl 5:19-21).

A alma por ocasião da morte, sai do corpo (I Rs 17:21; Gn 35:18), sobrevive sem o corpo, mas ligada ao espírito (Hb 4:12; Mt10:28; Lc 12:4,5; Fl 1:23; II Co 5:6,8; Mt 22:31,32; Lc 23:43,46) e permanece consciente (Ap 6:9-11; Lc 16:22-31). A expressão “reunido ao seu povo” se refere à vida pós túmulo (Gn 35:29;49:33; Dt 32:50; 34:5,6; Nm 20:24) e eqüivale a “seio de Abraão”(Lc 16:22). Ver: 8.6 Para onde vão os mortos?

 

8.3- A palavra espírito (grego: pneuma e hebraico: ruach) tem os seguintes significados:

A)-Fôlego da vida ou respiração ou fôlego. Em Eclesiastes 3:19-21 Ruach pode significar vento, fôlego ou espírito. Tanto os humanos como os animais têm o mesmo fôlego, a ambos sucede o mesmo, a morte, mas o espírito do homem salvo vai para “cima” onde está Deus (Ec 3:21; 12:7; At 7:59;  o mesmo ocorre em Gêneses 7:15,22 onde fala se da respiração. É bom esclarecer que o espírito do salvo antes da ressurreição de Cristo ia para o hades, mas após esta, finalmente foi para Deus Ec 12:7. Ver 8.6

 

B)- O espírito como parte da natureza humana, distinto da alma (I Ts 5:23; Hb :12).

Sua função principal é a comunhão com Deus (Lc 1:47; Jo 4:23; Rm 1:9; 7:6;  8:16; I Co14:14-16) pois Deus é na sua essência espírito (Jo 4:24).É o elemento de distinção entre o homem e os animais. Pois o homem como representante de Deus tem elemento vindo diretamente Dele (o espírito) e tem elemento natural como os animais (o corpo )Gn 2:7; 1:26, como elo entre o corpo e o espírito Deus criou a alma. Assim o homem poderia receber ordens diretas de Deus através de seu espírito, codificá-las através de sua alma e expressá-las através de seu corpo.

Portanto devido a esta função o espírito humano comunica se com Deus através da intuição (Rm 8:16), e através dele podemos ter comunhão irrestrita com  Deus (I Co 14:14-16; Jd 20; Ef 6:18; Jo 4:24) e não somente pó meio da alma.

O espírito mantém o corpo vivo (Tg 2:26; Lc 8:55; Ez 37:5), mas não é uma força de vida como ensina as Testemunhas de Jeová.

Deus por ser espírito é imortal, assim como os anjos (“espíritos ministradores” - Rm 1:14) e os demônios.

Jesus entregou seu espírito ao morrer (Lc 23:46) [embora não tenha ido para o 3océu imediatamente e sim para o hades- Ver 8.6], assim como Estevão (At 7:59), e não o fôlego.

As expressões “eterno” e “pelos séculos dos séculos” com respeito ao estado de ruína dos seres espirituais (homens e demônios) em contraste com o termo “vida eterna” evidencia a existência sem fim dos seres espirituais (Dn 12:2; Mt 25:46; 25:41; Ap 14:9-11; 19:20; Mt 8:29).

C)- O espírito como o íntimo, o interior (coração, alma) o mais profundo de seu ser, os sentimentos (Dt 2:30; Ex 35;21; Is 57:15; Jo 13;21; 11:33), pois estes versículos descrevem somente funções da alma e não do espírito.

D) ]o âmago, o íntimo, a essência 2Co 4:13 (o espírito da fé); Gl 6:1 (espírito de brandura); Ef 4:23 (espírito do vosso entendimento)

 

8.4- Observações:

A)- A palavra ‘imortalidade’ nos textos bíblicos,  significa, ‘não estar sujeito à morte física’, refere-se à glorificação do corpo ( II Co 5:4; I Co 15:53,54). Todo homem está sujeito à morte do corpo (I Tm 6:16). Portanto o homem receberá a imortalidade referente ao seu corpo, pois o espírito não tem fim de existência.

B)- Morte significa separação entre o corpo e o conjunto alma-espírito (Gn 3:19; Ec 12:7; Lc 23:46; At 7:59; Gn 35:18; I Rs 17:21). Ou separação entre Deus e o homem (Is 59:1,2; Jo 5:24; Ef 2:1-5; etc.).Ou ainda separação entre Deus e o homem no estado imortal Mt 10:28 (no lago de fogo-geena); Ap 20:14

 

C)- Em Ez 18:4 “A alma que pecar essa morrerá” fala da pessoa, pois a alma representa a própria pessoa (Ver 8.2 e leia Ez 18:17,18,20,32,etc.). A primeira parte do versículo 4 refere-se à alma como entidade diferente do espírito e que não tem fim de existência.

D)- Ec 9:5 retrata a morte do ponto de vista humano, “debaixo do sol”9:3, ensina que após a morte todos os pensamentos, projetos e obras com relação a este mundo acabam, não podem expressar ódio, amor ou inveja, pois “não tem parte alguma do que se faz debaixo do sol” Ec 9:6.“sua memória jaz no esquecimento” é a lembrança que os vivos tem dos mortos, não significa inconsciência após a morte (Ec 1:11; 2:16; Jó 18:17; Jr 11:19; Ex 17:14; Dt 32:26). Por isso estimula a gozarmos as boas coisas desta vida (Ec 8:15; 9:7-9). Se Salomão estivesse falando da morte do ponto de vista celestial entraria em contradição pois disse: “nem tampouco terão recompensa”(Ec 9:5), enquanto que o NT ensina o contrário (Ap 22:12; I Co 3:14). A Bíblia ensina a consciência após a morte (Lc 16:22-31e Ap 6:9-11). [Ver Hades-Sheol; Para onde vão os mortos?].

E)- A STVBT  afirma que alma em Ap 6:9 é o sangue que clama como em Gn 4:10. As almas (pessoas),diziam: “Até quando(...) não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Portanto as almas pediam vingança do sangue derramado e essas pessoas receberam vestes brancas. Ap 6:ll diz que elas receberam vestes brancas. Em Gn 4:10 Deus usa o sangue derramado como testemunha do assassinato através de uma figura de linguagem.

F)- A Bíblia fala que a morte física não nos separa de Cristo como ensina as Testemunhas de Jeová, mas nos leva imediatamente a Ele (At 7:59; Fl 1:23; Ap 6:9-11; II Co 5:6-8; Rm 8:38)

a-Jesus traz consigo as almas dos salvos na sua vinda:

 

1 Ts 4:14  Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.

15  Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.

16  Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;

17  depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

 

1Co 15:51 ¶ Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,

52  num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

53  Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

 

Analisemos 2 Co 5:2-9 que fala da expectativa de morte ou arrebatamento 

2Co 5:2  E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;

3  se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.(isto é se não morrermos)

4  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos,[morrer] mas revestidos,[na vinda de Cristo] para que o mortal seja absorvido pela vida.

5  Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito.

6  Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor;

7  visto que andamos por fé e não pelo que vemos.

8  Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo[morrer] e habitar com o Senhor.

9  É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.

 

 

 

 

VIII- O INFERNO E O LAGO DE FOGO

 

                As Testemunhas de Jeová ensinam que o inferno é a sepultura comum da humanidade, não é lugar de tormento, pois seria contrário ao amor de Deus.

                Inferno (infernus em latim) significa lugar inferior (de tormento) e aparece em nossas Bíblias como tradução de três termos (SHEOL; HADES; GEENA E TARTAROO).

 

8.1- Sheol (Bíblia de Jerusalém [alguns versículos estão numerados diferentes], AR e Alfalit)

                Palavra hebraica que expressa “o lugar invisível dos mortos”. Corresponde exatamente à palavra grega hades, logo não significa sepultura.

A)   Sheol só aparece no singular (65 vezes), ao contrário da palavra Qever, que é sepultura no hebraico.

B)   A Septuaginta (tradução grega do AT feita pelos judeus), não traduziu Qever por Hades em  nenhuma das 67 vezes que ocorre no AT

C)   Não há relação de Sheol com o corpo e sim com a alma (Sl 16:10; 30:3; 86:13; 89:48; Pv 23:14).

D)   Os homens tinham sepulcros, mas não Sheol (Gn 50:5; I Rs 13:30).

E)   Jonas quando estava no ventre do grande peixe gritou, representando ser o Sheol um lugar de vida consciente (Jn 2:3).

F)    Às vezes num mesmo versículo aparece Sheol e Qever pois ambos falam da morte, porém Sheol fala da alma e Qever do corpo.

G)   Os justos iam na morte para o Sheol (Sl 49:15; 88:3; 89:48; Ec 9:10; Jó 14:13; Gn 37:35). Mas, Sheol é usado como lugar de punição para os ímpios (Sl 9:17; 49:14; 55:15).

H)   Devido a isto os judeus acreditaram que Sheol possuía dois compartimentos, um para os justos e outro para os ímpios, esta crença é também encontrada no livro apócrifo de Enoque 22;1-4 e no NT

I)     Os justos iam ser congregados ao seu povo (Gn 25:8; 49:29, 33; Dt 34:5,6 e 32:50; Nm 20:24), isto é , no Sheol, “seio de Abraão”(Lc 16:22), na parte dos justos onde eram consolados, e os ímpios para um local de tormento (Lc 16:23,25,28; Sl 9:17; 49;14; 55:15). O Sheol é local de vida consciente (Ez 32:21; Jn 2:2; Lc 16:19-31; Dt 32:50; Gn 25:8; 49:33).

J)     A tradução de Sheol por sepultura tira o sentido pleno do termo, pois Sheol descreve a alma após a morte, enquanto sepultura descreve somente a morte  e o corpo em decomposição, o ideal é fazer como a Bíblia  de Jerusalém e a versão AR (Almeida Revisada) fez, não traduzir a palavra Sheol.

K)   Textos como Is 38:18,19 e Sl 6:5 retratam o louvor perante os homens (Is 38:20).  Compare o Salmo 6:5 com o Salmo 30:9. O Salmo 115:17 diz: “os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio” ARC, este é um dos casos de paralelismo sinônimo, onde descer ao silêncio é morrer, a palavra “região” ARA não aparece no original. O salmista diz que os mortos não podem louvar ao Senhor perante os vivos, pois no versículo 18 ele mesmo diz que louvaria o Senhor para sempre, e não só nesta vida.

L)   Eclesiastes 9:10 diz que no Sheol não há projetos nem sabedoria quanto a esta vida, não significa que no Sheol é lugar de inconsciência.[ Ver O conjunto espírito-alma e a morte.]

M)  O versículo “(...) com choro hei de descer para meu filho até o Sheol” AR de maneira alguma poderia se referir à sepultura pois ele supunha que José tinha sido devorado por uma fera          Gn 37:33,35.

 

8.2- Hades –(AR –Almeida Revisada)

                Esta palavra tem origem no nome do deus do além, da mitologia grega. Posteriormente foi usada pelos gregos para descrever o lugar onde os mortos habitavam conscientemente. A Odisséia trata da visita de Ulysses ao hades (o mundo dos mortos), não era usada na literatura grega para descrever a sepultura.

 

Apologia de Sócrates (Coleção Os Pensadores)

Se, em chegando ao Hades, livre dessas pessoas que se intitulam juízes, a gente

vai encontrar os verdadeiros juízes que, segundo consta, lá distribuem a justiça,

Minos12, Radamanto, Éaco, Triptólemo e outros semideuses que foram justiceiros em ida, não valeria a pena a viagem? Quanto não daria qualquer de vós para estar na

companhia de Orfeu13, Museu, Hesíodo e Homero? Por mim, estou pronto a morrer

muitas vezes, se isso é verdade; eu de modo especial acharia lá um entretenimento

maravilhoso, quando encontrasse Palamedes14, Ájax de Telamão e outros dos antigos,

que tenham morrido por uma sentença iníqua; não me seria desagradável comparar

com os deles os meus sofrimentos e, o que é mais, passar o tempo examinando e

interrogando os de lá como aos de cá, a ver quem deles é sábio e quem, não o sendo,

cuida que é. Quanto não se daria, senhores juízes, para sujeitar a exame aquele que

comandou a imensa expedição contra Tróia, ou Ulisses, ou Sísifo —milhares de outros

se poderiam nomear, homens e mulheres, com quem seria uma felicidade indizível

estar junto, conversando com eles, sujeitando-os a exame! Os de lá absolutamente não...

*13 Orfeu e Museu são autores lendários dos hinos e cânticos dos ritos dos Mistérios. (N. do T.)

 

A)   Hades significa “não ver” ou “invisível”.

B)   Corresponde a palavra Sheol (At 2:27,31; Sl 49:15).

C)   A Septuaginta (versão grega do AT feita pelos judeus), traduziu Sheol por Hades.

D)   Aparece dez vezes no NT(Mt 11:23; 16:18; Lc 10:15; 16:23; At 2:27,31; Ap 1:18; 6:8 e 20:13,14).

E)   Hades e sheol aparecem ligados à palavra morte, pois a morte leva ao Hades (II Sm 22:6; Os 13:14 e I Co 15:55; Ap 6:8; 20:13,15), por causa disso algumas vezes pode se traduzir Hades por morte (At 2:27,31; ARA).

F)    O Hades tinha dois compartimentos (ver Sheol), um para os justos e outro para os ímpios (lugar de tormento), Lc 16:22-25.

G)   Atos 2:7,31 não ensina que Jesus foi atormentado no Hades, mas antes, que a morte não pode detê-lo (At 2:24,27,31), isto é, não ficaria com seu corpo separado de seu espírito. No dia em que Jesus morreu não foi para o local de tormento e sim para o paraíso Lc 23:43; que hoje está no terceiro céu II Co 12: 2,4.

H)   Mateus 16:18 usa a palavra Hades com seu significado literal “não ver” ou “o invisível”, isto é, o mundo espiritual (demônios). “porta” refere-se a organização dos demônios, pois nas portas das cidades antigas ficavam as autoridades locais, e “prevalecer” (significa ser mais forte ou dominar).Portanto o mundo organizado dos demônios não prevaleceu contra a Igreja. Outra hipótese é que o Hades (lugar das almas dos falecidos), não deteria os justos, pois Cristo os levariam até o 3° céu após sua morte (II Co 12:2,4; Ef 4;8-10; Ez 31:17,18); pois após a morte de Cristo a Bíblia não descreve mais os justos “descendo” ao Sheol /Hades, mas indo até o paraíso (II Co 12:2,4; Ap 6:9-11; Fl 1:23; At 7:59; II Co 5:6,8). Ver: 8.6 Para onde vão os mortos?

I)     Lucas 16;19-31 mostra a realidade do sofrimento no Hades e o gozo e consolo dos justos na parte do Hades correspondente ao seio de Abraão. Seria estranho Jesus utilizar esta palavra (Sheol / Hades), o mundo dos falecidos, para não descrever a vida além do túmulo, como querem as Testemunhas de Jeová e os Adventistas do 7° dia. Este trecho parece ser  mais uma parábola de uma seqüência iniciada no capítulo 15.

                Parábola é um recurso de linguagem que utiliza aspectos do cotidiano para expressar uma Verdade Maior.

                Este trecho fala de um rico, símbolo dos fariseus (Lc 16:14), e de um pobre que foi “ajudado por Deus”(este é o significado do nome Lázaro que no hebraico é “Eleazar”), símbolo dos pobres de espírito e que tem fome e sede de justiça (Mt 5:3,6; Lc 4:18; 7:22). Jesus descreve o destino após a morte no Hades  / Sheol mostrando ter dois compartimentos (exatamente como a literatura grega fazia referência), um local de tormento e outro de consolo (chamado pelos gregos de Elísio).

                A palavra tormento aparece três vezes (v. 23-25), mostrando remorso do rico, mas Jesus também utiliza do sofrimento físico para simbolizar a punição espiritual naquele lugar (pois no Hades as pessoas estão sem o corpo, diferentemente do que ocorrerá na Geena) Lc 16;22-24, exatamente como se referia a vida após a morte dos ímpios (Sl 9:17; 49:14; 55:15). A palavra consolo aparece no v. 25 descrevendo um comportamento no Hades / Sheol onde estava Abraão, exatamente como no AT “ser congregado ao seu povo” (Gn 25:8; 49:29,33; Dt 32:50). Jesus mostra ser o Hades local de vida consciente e a impossibilidade de sair de lá (Lc 16:26-29).

 

8.3-Geena.

                Palavra grega correspondente à Hinon (V.T.). Descreve o vale de Hinon (Js 18:16; II Cr 33:6; Jr 32:35); depois foi usado como local de queimar lixo (II Rs 23:10), para que ninguém queimar filhos à Moloque.

A)   Desde o período inter-testamentário esta palavra tornou-se símbolo do local de castigo dos ímpios. Isso pode ser verificado no Talmude (livro de tradições judaicas); manuscritos de Qunran; historiadores Filo e Flávio Josefo; e livros apócrifos: Enoque 90:26; IV Esdras 7:36; Oráculos Sibilinos 1:103; 2:291; 4:186.

B)   Jesus utilizou da geena como símbolo de punição dos ímpios, o lago de fogo, um local de punição eterna segundo a literatura acima citada e a Bíblia.

C)   Esta palavra aparece 12 vezes no N.T: Mc 9:42-47; Mt 5:22 ; 5:29,30; 10:28; 18:9; 23:15; 23:33; Lc 12:4,5; Tg 3:6. Somente em Tg 3:6 inferno se refere não ao local, mas aos demônios, no mesmo sentido que às vezes é usado atualmente.

D)   A palavra “perecer na geena” Mt 10:28, não significa destruir e é a mesma utilizada em Mt 9:17, não significa fim de existência ou destruição, mas causar estrago, ruína. Pois o odre não é destruído, mas sofre estrago quando se rompe.

E)   Na geena tanto o corpo quanto a alma sofrerão ruína Mt 10:28, serão atormentados de dia e de noite (Ap 14:10,11; 19:20), sem descanso.

F)    O lago de fogo está sem habitantes, seus primeiros habitantes permaneceram lá mil anos antes de Satanás, sem serem destruídos (Ap 19:20; 20:2,7,9,10) e lá permanecerão pelos séculos dos séculos. Assim também será feito com os ímpios que estão no  Hades (Ap 20:14,15).

G)   A geena é descrita como fogo eterno (Mt 18:8,9), um local de punição eterna feito para o Diabo e seus demônios (Mt 25:41), é um contraste com a vida eterna.

H)   A expressão “para todo o sempre” e  “pelos séculos dos séculos”(tous aionas ton aionon), aparece 13 vezes no Apocalipse. Nove vezes se refere a Deus (Ap 1:6,18; 4:9; 5:13; 7:12; 10:6; 11:15; 15:7).Uma vez é utilizada para descrever a existência dos santos na Nova Jerusalém (Ap 22:14). Uma vez é utilizada para descrever a duração do tormento e castigo eterno do Diabo no inferno (Ap 20:10). Duas vezes é utilizada com relação ao sofrimento dos perdidos (Ap 14:11; Ap 20:10). portanto o sofrimento no lago de fogo é eterno, sem fim. Olhe o livro de Mateus 25:41 e veja “vida eterna” em contraste com “castigo eterno” e  Ap 14:10,11 “nem de dia nem de noite”, isto é, o tormento é durante todo o tempo da eternidade.

I)     Os moradores do  Hades (Sheol), estão em tormento (Lc 16:23-25), sofrendo na alma e no espírito, pois foram condenados ainda em vida (Jo 3:18), ressuscitarão no corpo para a condenação (II Pe 2:9; Jo 5:29) e para vergonha eterna (Dn 12:2), segundo suas obras (que não salva ninguém, Ef 2:8,9; Rm 4:2-6), Ap 20:12,13 e de acordo com o conhecimento da palavra de Deus (Lc 12:48; Mt 11:21-29), recebendo diferentes graus de castigos no lago de fogo (Lc 12:48; II Pe 2:9), sofrendo também no corpo (Mt 10:28), “de dia e de noite” “pelos séculos dos séculos”(Ap 14:11). Se o lago de fogo fosse aniquilamento, não seria possível estes graus de castigos e não existiria tormento pelos séculos dos séculos, pois as pessoas não mais existiriam.

J)     Portanto lago de fogo (geena) é local de: castigo (Mt 25:46; 24:51), trevas (Mt 22:13), vergonha e desprezo eterno (Dn 12:2), tormento sem fim (Mt 25:46; Ap 14:11; 20:10), choro e ranger de dentes (Mt 13:42,50), fogo eterno (Mt 25:41; Mt 18:8,9; Lc 3:17), remorso (Lc 13:24-28). Isto é uma eterna destruição, ruína (II Ts 1:9), estrago, aniquilamento de poderes (olethros), pois sofrerão eternamente banidos da face do Senhor, logo, não significa fim de existência.

K)   O lago de fogo não é contrário ao amor de Deus, pois Deus não criou este lugar para o homem, mas para o Diabo e seus anjos (Mt 25:41; 8:29; Tt 2:11; At 17:30; Ez 18:23).

L)   Rm 6:7 refere-se a morte para o mundo e não à morte física. Portanto a morte física não isenta o homem do lago de fogo (Rm 6:3-11).

M)  A pena do fogo eterno não se refere à cidade, mas às pessoas da cidade (Jd 7), que se entregaram à prostituição, pois estas cidades estão submersas nas águas.

N)   Para tentar anular o tormento do lago de fogo e do Hades, as Testemunhas de Jeová citam (Ap 11:10) dizendo que a exposição da verdade traz tormento. Isto é verdade, e até outras coisas neste mundo pode trazer tormento. Mas os textos falam de tormentos que a geena e o Hades produzem em seus habitantes, e não em tormentos de pessoas que estão vivendo aqui na terra. Até os demônios sentiam-se atormentados pela presença de Cristo, porém reconheciam que no futuro seriam atormentados no lago de fogo (Mt 8:29; 25:41; Lc 8:28), a mesma raiz grega do termo é encontrada  em Mateus 8:6. Outro texto que citam é Is 34:9-11para dizer que aquela cidade não teve cumprimento literal, e portanto não existirá tormento eterno. Porém esse trecho citado refere-se a destruição de Edom, uma cidade que para sempre ficaria destruída; enquanto que em Ap 14:10:11 o texto fala de um tormento que não cessa de dia nem de noite, eternamente, e isto não é “no sentido de que o julgamento deles por Deus servirá de pedra de toque, se a legítima soberania de Jeová for alguma vez de novo desafiada.” (Revelação- Seu Grandioso Clímax Está Próximo, p.210, 1989), pois os textos falam de fogo eterno Mt 25:46; Lc 3:19, e não somente de fumaça de tormento eterna, portanto não se trata de uma simples lembrança que Deus pode trazer a alguém, mas de tormento eterno.

 

8.4- Tartaroo.

                Aparece em II Pe 24 e indica o lugar onde alguns anjos estão presos, estes serão jogados no lago de fogo (Jd 6; Mt 25:41). Satanás e seus demônios não estão no Hades, nem no Tartaroo, mas nas regiões celestiais.(Ef 2:2; 6:12; II Co 12:2), isto é, a partir da biosfera.

 

8.5- Conclusão.

                Jesus falou onze vezes no NT sobre a geena de fogo, o local de tormento sem fim, advertindo as pessoas deste local de maldição, como também ensinou que o Hades/Sheol tem um compartimento de tormento onde os ímpios aguardam o julgamento de suas obras para sofrerem no corpo, no lago de fogo, as seitas que negam a existência do inferno de tormento, torcem as Escrituras para justificar os seus argumentos humanos da justiça e do amor de Deus.

 

8.6- Apêndice: Para onde vão os mortos? (Ler Hades, Sheol e Geena).

 

A)    Antes da morte de Cristo:

                Tanto justos  como ímpios iam para o Sheol/ Hades, pois este tinha dois compartimentos, um de consolo, onde o falecido se reunia ao seu povo (Jó 14:13; Sl 88:3; 49:15; 89:48; Gn 37:34,35; 49:33; 25:8; Dt 32:50; Nm 20:24; Lc 16:22,25).

                O outro compartimento é de punição (Sl 9:17; 31:17; 49:14; 55:15; Pv 5:3-5; 7:27; Jó 24:19; Lc 16:23-25).

                Tanto os justos como os ímpios desciam ao Sheol (Sl 55:15; Gn 37:34,35; Pv 5:5; 7:27), descer ao Sheol/ Hades não é ir para o céu (Lc 10:15; Sl 139:8; Pv15:24). No AT só Elias e Enoque foram para o céu (Gn 5:24; Hb 11:5; II Rs 2:11), não morreram, mas foram transformados (I Co 15:50-52), são símbolos da igreja que estará viva na terra na ocasião da volta de Cristo (I Ts 4:17; I Co 15:52).

 

B) Após a morte de Cristo:

                Após a morte de Cristo a Bíblia não descreve os homens salvos como  descendo ao Hades / Sheol na parte dos justos, más indo para o Paraíso do 3° Céu.( At 7:59; II Co 12: 2-4; Ap 6: 9-11; estando com Cristo Fl 1:23;  II Co 5:1,6-8).

                Cristo após sua morte desceu ao Hades ( na parte dos Justos ) e os levou para o 3° Céu. Leia  Ef  4:8-10 e compare com Ez 31:17-18, onde as regiões inferiores da Terra se referem ao Sheol.

                Contudo o compartimento de tormento no Hades continua sendo habitado pelos ímpios ( Ap 20:13-14 ) e apesar dos justos estarem no 3° Céu eles não gozam da plenitude da presença de Cristo, o que acontecerá somente após a ressurreição.

                Obs.* As TJ traduzem Lc 23:43  por “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”, argumentam com base em Jo 20:17 que Jesus não subiu ao Pai se não 40 dias após sua ressurreição, contudo lendo Jo 16:16-22 vê-se que Jesus subiu ao Pai antes dos 40 dias, mais certamente no Domingo de sua ressurreição pois depois disso as pessoas o tocaram sem impedimento Mt 28:9, tanto que se alegraram ao vê-lo cumprindo a profecia em Jo 20:20. Portanto houve duas ascensões após a ressurreição, uma para apresentar-se ao Pai Hb 9:11-13 e outra após 40 dias At 1:1-3 . Por outro lado Cristo ao ascender  levou consigo todos os habitantes do paraíso no Hades, para o paraíso no 3o céu.  Assim a tradução correta é “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”

 

IX- Transfusão de Sangue

               

“as pessoas que vivem segundo à vontade de Deus não aceitam transfusões de sangue, mesmo que outros insistam que isso lhes salvaria a vida.” (Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, p.129, 1995). “Portanto os verdadeiros cristãos não aceitam transfusões de sangue”(O Que Deus Requer de Nós? p25, 1996)

 

Elas rejeitam todas as transfusões de sangue total ou dos quatro componentes primários do sangue- glóbulos vermelhos, plasma, glóbulos brancos  plaquetas.Tanto ás várias frações derivadas desses quatro componentes, e produtos que contenham tais frações, a Bíblia não faz nenhum comentário.”(Revista Despertai p,11.agosto de 2006)

                Atualmente as Testemunhas de Jeová permitem o uso de componentes sangüíneos como: albumina, imunoglobulinas, e preparados para hemofílicos. Proíbem a estocagem (mesmo que seja de seu próprio sangue) e uso de outros componentes sangüíneos como: plaquetas, plasma, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos (Como indicado no livro “Como pode o sangue salvar a sua vida?” pg. 27, STVBT, 1990). Contudo para  obtenção de preparados hemofílicos, imunoglobulinas e albumina, é necessário grandes quantidades de sangue armazenado; e a quantidade de glóbulos brancos (leucócitos) no leite materno é muito superior à no sangue. A STVBT proibia o uso de frações sangüíneas, The Watchtower [A Sentinela] 15/09/1963, p. 559  “Quer seja total ou em frações, o nosso próprio ou o de outra pessoa, transfundido ou injetado, é errado.” A Sentinela 01/12/61 - pág. 736  "Se no futuro, ele persiste em aceitar transfusões de sangue... ele precisa ser cortado dela [da congregação] por ser desassociado."

A Sentinela de 15/03/1962, pág. 174 diz: "É errado suster a vida mediante infusões de sangue, plasma, glóbulos vermelhos ou várias frações de sangue? Sim! ... Quer seja sangue integral quer fração de sangue, ... Quer seja administrado por transfusão quer por injeção, a lei divina se aplica".

                Não há nenhuma base bíblica para se rejeitar os quatro componentes primários do sangue.

                As Testemunhas de Jeová proíbem a prática de transfusão de sangue baseados em Gn 9:4; Lv 7:26-27; At 15:20,28-29; Lv 17:10; Dt 12:15-16. Todas estas passagens referem-se à dietas alimentares, sobre a proibição de se ingerir sangue. Quando alimentamos, tal alimento é digerido- o que não ocorre na transfusão, pois o sangue permanece com suas características no organismo, circulando e desempenhando sua função, o mesmo ocorre com transplante de órgãos. Os próprios judeus não proíbem a transfusão e não há nenhuma base bíblica que proíba a transfusão de sangue.

As TJ argumentam que:”Se um médico dissesse para nos abstermos de bebidas alcoólicas, dificilmente tomaríamos a liberdade de injetá-la na veia (Revista Despertai p. 11, agosto de 2006).

Vejam que este argumento é uma falácia, primeiro porque está inserido dentro do contexto de dieta alimentar, ingestão de alimentos, passando pelo tubo digestivo e sofrendo transformação,o que não acontece numa transfusão! Pois como a mesma revista diz citando o diretor do serviço de transfusão de sangue de Edimburgo: “se lembrem de que a transfusão é um transplante e, por isso, não é uma decisão trivial” (Idem p. 6)

                Existem casos extremos onde a única solução para se salvar uma vida humana depende da transfusão de sangue, pois pode acontecer de não haver substitutos sangüíneos, nestes casos as Testemunhas de Jeová preferem praticar o homicídio passivo, não permitindo a prática da transfusão. Ainda que fosse mandamento bíblico Jesus ensinou que em ocasiões de risco de vida deve-se fazer de tudo para salvá-la Mc 2:25-26.

                No passado a STVBT proibia transplantes, veja a seguir: A revista Sentinela [Watchtower] de 15/11/67 p. 702, disse: “ Quando existe um órgão doente ou defeituoso, a maneira normal em que a saúde é restaurada é tomando nutrientes. O corpo usa o alimento para reparar ou curar o órgão, substituindo gradualmente as células. Quando homens de ciência concluem que este processo normal já não funciona e sugerem remover o órgão e substituí-lo diretamente com um órgão de outro humano, isto é simplesmente um atalho. Aqueles que se submetem a tais operações estão assim vivendo da carne de outro humano. Isso é canibalístico. Contudo, ao permitir que o homem comesse carne animal, Jeová Deus não deu permissão aos humanos para tentarem prolongar as suas vidas por tomarem canibalisticamente nos seus corpos carne humana, seja mastigada seja na forma de órgãos inteiros ou partes do corpo tiradas de outros.”  Depois em The Watchtower [A Sentinela], 15 de Março de 1980, p. 31 declarou que embora alguns pensem ser canibalismo, de fato não é, a decisão de receber transplante ou não, é de cada TJ.

                . A STVBT proibia também a vacinação: “Usem os vossos direitos como cidadãos Americanos para abolir para sempre a prática diabólica das vacinações.” (Golden Age [A Idade de Ouro], 12/10/1921, p. 17)  “A vacinação é uma violação direta do pacto eterno que Deus fez com Noé depois do dilúvio.”  (Golden Age [A Idade de Ouro], 04/02/1931, p. 293). Posteriormente mudou de idéia.

 

X- Celebração de Aniversários e feriados

               

Alegando a origem pagã de costumes existentes em algumas festividades como dia dos namorados, dia das mães, dia dos pais, aniversários natalícios e passagem do ano, as TJ dizem que “os genuínos cristãos não celebram o Natal nem outras festividades religiosas que se baseiam em crenças da religião falsa.” (Conhecimento que conduz à vida eterna, 1995, p. 126). “Nem todas as crenças e costumes são maus. Mas Deus não os aprova quando se originam  de religião falsa ou são contrários a outros ensinos bíblicos.” (O Que Deus Requer de Nós?, p. 22, STVBT, 1996). Contudo aprovam o uso de anéis de casamento, mesmo sabendo que este costume tem origem pagã, isto está no livro ‘Revelação – Seu grandioso clímax está próximo!’ na p. 236 que cita entre vários costumes pagãos “vestimentas sacerdotais, a tonsura, o anel nos casamentos, o virar-se para o oriente,.. são todos de origem pagã...”.A justificativa apresentada para o uso de anel de casamento entre as TJ saiu na ‘Revista Sentinela’ 01/09/1992 p. 30, dizendo que tal costume hoje em dia não tem a natureza religiosa que tinha no passado.

Usando a mesma justificativa para o uso de anel de casamento, vemos que mesmo que haja origem pagã em datas como dias dos namorados, celebrações de aniversários, dia dos pais e das mães, hoje não se vê nenhum vínculo religioso destas com tais origens pagãs, pelo contrário tais comemorações hoje tem um significado comercial  e sentimental .Os evangélicos ao dar presentes nestes dias não violam nenhum mandamento bíblico, seguem apenas a cultura local, sem desobedecer à Bíblia. Porém costumes existentes em datas como dia de finados [oração pelos mortos],  estão em desarmonia com a Bíblia. Portanto o que vale é verificar se a prática de tais costumes, atualmente, representa alguma ação contrária às Escrituras ou ligação com o ocultismo [imagens, espíritos, símbolos religiosos, etc.]

                As Testemunhas de Jeová proíbem a celebração de aniversários, pois dizem que a Bíblia só menciona aniversários de ímpios ( Gn 40: 20-22; Mt 14:6-11 ), porém  Jó 1:4 diz que os filhos de Jó faziam banquetes na  “casa de cada um no seu dia”, ACR, “seu dia” é o dia do nascimento. Veja Jó 3:1-3 .

                 O Corpo Governante das TJ argumenta:

 

Quando os filhos de Jó “realizaram um banquete na casa de cada um deles no seu próprio dia”, não se deve supor que celebravam seu aniversário natalício. (Jó 1:4) “Dia”, neste versículo, traduz a palavra hebraica yohm, e refere-se a um período de tempo desde o nascer até o pôr do sol. Por outro lado, “aniversário natalício” corresponde a duas palavras hebraicas, yohm (dia) e hul ·lé·dheth. A diferença entre “dia” e o dia do natalício de uma pessoa poderá ser observada em Gênesis 40:20, onde aparecem ambas as expressões: “Ora, o terceiro dia [yohm] resultou ser aniversário natalício [literalmente, “o dia (yohm) do nascimento (hul·lé·dheth) de Faraó].” De modo que é certo que Jó 1:4 não se refere a um aniversário natalício, como é inquestionavelmente o caso de Gênesis 40:20. Parece que os sete filhos de Jó realizavam uma reunião familiar (possivelmente uma festa da primavera ou da colheita), e, ao passo que as festividades prosseguiam em rodízio por uma semana, cada filho era anfitrião do banquete em sua própria casa “no seu próprio dia”.  "Estudo Perspicaz vol-1 pp. 140-141"

 

 

a-  Jó 1:4 diz que os filhos de Jó faziam banquetes na  “casa de cada um no seu dia”, ACR, “seu dia” é o dia do nascimento, como está comprovado em Jó 3:1,3

 

TNM Jó 1:4 “E seus filhos foram e realizaram um banquete na casa de cada um [deles] no seu próprio dia”

 

Jó 3:1,3 “Foi depois disso que Jó abriu a sua boca e começou a invocar o mal sobre o seu dia....Pereça o dia que vim a nascer,...”

 

b-O fato de Jó 1:4 não usar a expressão "dia do nascimento", mas apenas a palavra "dia"(yohm), não torna certo que o texto não se refira a um aniversário natalício. Se fosse assim em Jó 3:1, seríamos obrigados a admitir que, forçosamente a palavra "dia", que está isolada em Jó 3:1, também não se refere de modo algum ao dia correspondente ao do nascimento de Jó, e sim a um dia qualquer, o que tornaria sem sentido aquela 'invocação do mal' feita por Jó.

 O contexto (Jó 3:3) revela sem dúvida que o "seu dia", sobre o qual ele 'invocou o mal', era o dia correspondente ao do nascimento dele.

Não há motivo para negar que este mesmo contexto aplica-se também ao que se diz em Jó 1:4, que usa uma fraseologia até mais definida ("seu próprio dia").

Sendo assim, está errado afirmar arbitrariamente que "é certo que Jó 1:4 não se refere a um aniversário natalício", só porque a qualificação "do nascimento" não está lá.

 

 

c-Nada no texto indica que os filhos de Jó 'realizavam uma reunião familiar em rodízio por uma semana', ou algo como "uma festa da primavera ou da colheita" A expressão que a parece em Jó 1:5 "Decorrido o turno de dias de seus banquetes,"   a expressão no hebraico é apenas Yom, ou seja, significa simplesmente dias neste contexto, conforme STRONG:

 

yom

 

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT-852; n m

 

1) dia, tempo, ano

 

1a) dia (em oposição a noite)

 

1b) dia (período de 24 horas)

 

1b1) como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1

 

1b2) como uma divisão de tempo

 

1b2a) um dia de trabalho, jornada de um dia

 

1c) dias, período de vida (pl.)

 

1d) tempo, período (geral)

 

1e) ano

 

1f) referências temporais

 

1f1) hoje

 

1f2) ontem

 

1f3) amanhã

 

 

 Uma festa de aniversário só se torna condenável quando se introduz nela práticas anti-bíblicas. Por outro lado as TJ celebram aniversário de suas publicações, e aniversário de casamento: bodas de prata, de ouro, etc.

                Outro argumento é dizer que não há ordenação para clebração de aniversario natalício, mas neste caso não há também para aniverário de casamento e este as TJ celebram.alegam que os judeus não celebravam aniversário. Na verdade tudo indica que celebravam:

 

http://www.jewishencyclopedia.com/articles/3322-birthday

"Não há dados positivos na Bíblia ou na literatura rabínica de festivais de aniversário relativos entre os antigos judeus. Este silêncio sobre o assunto, no entanto, não nos manda concluir de que os judeus de todo se absteve de seguir um costume que foi geral entre os egípcios (Gn xl. 20), persas (Heródoto i. 133), sírios e gregos. Mesmo não sendo comum entre as pessoas, no entanto, reis e príncipes, provavelmente  tenham praticado, seguindo o costume de seus contemporâneos pagãos. Festivais de aniversário não foram considerados pelos rabinos como "ḥukkot-ha goyim" (costumes das nações,. Ver Maimonides, Yad ha-Ḥazaḳh, 'nós akkum-Ḥuḳotehem, xi 12), embora Lightfoot realizou uma opinião contrária ("Horae Hebr . "em Matt. xiv. 6).

      Referências bíblicas. Um estudo minucioso do texto bíblico mostra que a Bíblia não é totalmente carente de referências ao assunto, pois, enquanto ela não tem contas positivas, contém passagens a partir do qual se pode deduzir que o costume de lembrar aniversários não era totalmente desconhecido entre os judeus. "O dia do nosso rei" (Oséias vii. 5), em que os príncipes fez o rei doente com garrafas de vinho, e o próprio rei "estendeu a sua mão com escarnecedores", alude, mais provavelmente, a um festival de aniversário do que a um ocasião solene, como o aniversário de sua instalação, o que teria sido observado com mais decoro (ver Josephus, "Ant." xv. 9 º, § 6).

Aniversários não poderiam ter sido celebrado por pessoas comuns com grande solenidade, ainda não passaram totalmente despercebidos, e foram lembrados pelos parabéns, como nos tempos modernos. Jeremias não só amaldiçoou o dia de seu nascimento, mas desejava que ele não deve ser abençoada (Jeremias xx. 14), como se tal tivesse sido o costume. Diz-se de Jó ", e ele amaldiçoou o seu dia" (Jó iii. 1). A expressão enfática e determinar "o seu dia" implica a idéia de que ele, como todo mundo, tinha um certo dia do ano escolhida para um determinado fim, o que podemos aprender ainda mais foi o aniversário de seu nascimento."

 

 

 

Xi- Celebração do Natal

 

Dizem que os cristãos apóstatas escolheram esta data 25 de Dezembro, a qual era aniversário do deus Sol (Saturno).

 

 Rutherford o 2° presidente das Testemunhas de Jeová aparece em uma foto celebrando o Natal no livro “Em busca da liberdade Cristã”- p. 149, em inglês. Esta seita é campeã em mudanças de doutrinas!

1-   Datas diversas

"A primeira menção de observância do nascimento de Cristo aparece por volta do ano 200. Durante muitos anos, comemorava-se o Natal no dia 6 de janeiro. Muitos membros da Igrejas Ortodoxas orientais ainda comemoram a natividade nesta data" "Durante muitos anos, considerou-se o Natal apenas uma festa religiosa. Mas gradualmente, foi se adotando costumes sem relação com a Igreja. a maioria deles se originou de culturas anteriores ao cristianismo"(Enciclopedia Delta Universal, vol 10, Editora Delta, Rio de janeiro, 1960).

'O Natal inicialmente era comemorado no dia 6 de janeiro numa festividade chamada de Epiphaneia, a qual celebrava o batismo de Jesus e o seu nascimento .A Igreja Oriental comemorou o nascimento e batismo de Cristo em 6 de janeiro até meados do século 5, quando a data de dezembro para o Natal foi aprovada lá, bem como o batismo de Jesus foi comemorado em 6 de janeiro Uma exceção à data de dezembro é a Igreja Armênia , que continua a comemorar tanto o nascimento e batismo de Cristo em 6 de janeiro." (Enciclopedia Britânica- On line acesso em 01/11/2014)

"Igrejas Ortodoxas Orientais celebram o Natal em 25 de dezembro, no entanto,  aqueles que continuam a usar o calendário juliano para seus rituais litúrgicos, esta data corresponde a 07 de janeiro no calendário gregoriano. As Igrejas da Comunhão Ortodoxa Oriental celebram o Natal de várias maneiras. Por exemplo, na Armênia, o primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial, a igreja usa seu próprio calendário; a Igreja Apostólica Armênia homenageia 06 de janeiro como o Natal. Na Etiópia, onde o Cristianismo chegou desde o século 4, a Igreja Etíope Ortodoxa Tewahido celebra o Natal em 7 de janeiro maioria das igrejas do Patriarcado Ortodoxo da Síria de Antioquia e todo o Oriente celebram o Natal em 25 de dezembro; a Igreja da Natividade, em Belém, no entanto,e a  Ortodoxa Síria comemoram o Natal em 6 de janeiro com a Igreja Apostólica Armênia. Congregações da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria seguem a data de 25 de dezembro do calendário juliano, o que corresponde a 29 Khiak no antigo calendário copta.(Enciclopedia Britânica On line  -Costumes Contemporâneos no oriente e Ortodoxia Oriental)     acesso em dez de 2014

"Embora Igrejas ortodoxas celebrem o Natal em 25 de dezembro, algumas ainda usam o calendário juliano ("velho calendário") para seu calendário religioso. O calendário juliano é o antecessor para o calendário gregoriano ("novo calendário"), que é agora o calendário civil do mundo ocidental. O calendário juliano é 13 dias diferente do gregoriano, portanto, 25 de dezembro no calendário Julian ocorre em 7 de janeiro no calendário gregoriano e da Epifania, em 19 de janeiro aqueles que usam o calendário juliano incluem as Igrejas de Jerusalém, da Rússia e da Sérvia, e o mosteiros no Monte Athos."(Enciclopédia Britânica- On line acesso em 01/11/2014)

Várias regiões até o final do séc. IV fixaram a Epifanéia somente para a celebração do batismo e adotaram o nascimento de Cristo como sendo o dia 25 de dezembro, porém outras demoraram mais: Egito em 432 d.C; e Jerusalém no séc. 6. Algumas regiões do Oriente mantiveram o dia do nascimento de Cristo no dia 6 de Janeiro passando apenas a lembrar o batismo 8 dias depois, os armênios comemoram o natal no dia 19 de janeiro. [Enciclopédia Britânica. 1963, pg. 704-705].

"25 de dezembro foi identificado pela primeira vez como a data do nascimento de Jesus por Sexto Júlio Africano, em 221 e mais tarde tornou-se a data universalmente aceita. Uma explicação generalizada da origem desta data é que 25 de dezembro foi a cristianização do dies solis invicti nati ("dia do nascimento do Sol invicto"), uma festa popular no Império Romano que celebrava o solstício de inverno como um símbolo do ressurgimento do sol, a jogar fora do inverno e da proclamação do renascimento da primavera e verão. De fato, após 25 de dezembro tornou-se amplamente aceito como a data do nascimento de Jesus, os escritores cristãos freqüentemente fizeram a conexão entre o renascimento do sol e do nascimento do Filho. Uma das dificuldades com este ponto de vista é que ele sugere uma vontade indiferente por parte da igreja cristã de apropriação de um festival pagão, quando a igreja primitiva estava tão decidido a distinguindo-se categoricamente a partir de crenças e práticas pagãs.

Um segundo ponto de vista sugere que 25 de dezembro tornou-se a data do nascimento de Jesus por um raciocínio a priori, que identificou o equinócio da primavera como a data da criação do mundo e do quarto dia da criação, quando a luz foi criada, como o dia de Jesus "concepção (ou seja, 25 de março). 25 de dezembro, nove meses depois, em seguida, tornou-se a data do nascimento de Jesus. Durante muito tempo, a celebração do nascimento de Jesus foi observada em conjunto com o seu batismo, comemorado 06 de janeiro." (Enciclopédia Britânica on line-Origem e desenvolvimento)- acesso em dez de 2014

 

2-A origem do 6 de janeiro e 25 de dezembro

"Alguns rabinos argumentaram que, em 14 de Nisan o mundo foi criado, os patriarcas nasceram, o Êxodo ocorreu, e que o Dia do Senhor também que aconteceria nesta data. Cristãos dataram a  Pascoa no dia Nisan 14, mas no calendário romano este foi estimado em 25 de março no Ocidente e no Oriente, onde havia um calendário diferente em uso, 06 de abril. Por um processo estranho da exegese da Bíblia (estranho por métodos modernos, que é) vários dos Padres calcularam que a concepção de Jesus  ocorreu no mesmo dia em que a sua paixão, 25 de março, ou 06 de abril . Ao calcular o nascimento como um perfeito nove meses (porque Deus é perfeito) chegaram a 25 de dezembro no Ocidente e 06 de janeiro no Oriente. Além disso, grande parte da "evidência" para festas pagãs foi contestada. Há evidências que sugerem que, o dia 25 de dezembro Igreja Romana foi observado como a festa da encarnação antes dessa data foi escolhida para celebrar o Sol Invictus. Também é questionável se 06 de janeiro foi a data de vários festivais orientais - o 4º ou 5º parece ser a data importante para algumas celebrações egípcias. Certamente estudos recentes sobre o calendário enfraqueceram seriamente a mais velha "adaptação" ponto de vista, e precisam ser levados a sério."  http://www.oremus.org/liturgy/etc/ktf/intro.html#xmas

 

" 25 de dezembro tornou-se a data do nascimento de Jesus por um raciocínio a priori, que identificou o equinócio da primavera como a data da criação do mundo e do quarto dia da criação, quando a luz foi criada, como o dia de Jesus "concepção (ou seja, 25 de março). 25 de dezembro, nove meses depois, em seguida, tornou-se a data do nascimento de Jesus. Durante muito tempo, a celebração do nascimento de Jesus foi observada em conjunto com o seu batismo, comemorado 06 de janeiro." (Enciclopédia Britânica on line-Origem e desenvolvimento)- acesso em dez de 2014

"Cronoligistas Cristãos do século 3 acreditavam que a criação do mundo teve lugar no equinócio da primavera, então considerado como de Março de 25. Por isso, a nova criação na Encarnação (ou seja, a concepção) e morte de Cristo, portanto, deve ter ocorrido no mesmo dia, com o seu nascimento seguinte nove meses depois no solstício de inverno, em dezembro de 25" Enciclopédia Britânica on line-   Christmas"  http://global.britannica.com/EBchecked/topic/117239/church-year/67664/Advent

 

Observações:

 

Como foi visto acima o Natalis Invict Solis foi criado em 274 a.C, porém Sexto Júlio Africano, em 221calculou a data do nascimento de Cristo como sendo 25 de dezembro. Ou seja a escolha do ida 25 de dezembro como dia do natal antecede o dia do culto solar!!!!

A Saturnália nunca ocorreu no dia 25 de dezembro, logo esta teoria de "sobrescrever" está sendo muito questionada hoje em dia.   ver acima 'Datas Diversas'.

O fato é que a data de 25 de dezembro prevaleceu sobre o 6 de janeiro, embora o 25 de dezembro como data do natal anteceda  o 25 de dezembro do Natalis Invic solis.

 

3-Origem da Árvore de Natal:

 

1-Origem Luterana- fusão da árvore do paraíso (Jardim do Éden) com a pirâmide de natal

 

Versão mais atualizada Enciclopédia Britânica On line  2014:

 

"A árvore de Natal moderna, porém, teve origem na Alemanha ocidental. O principal adereço de uma peça medieval popular sobre Adão e Eva foi uma "árvore paraíso", um abeto pendurado com maçãs, que representou o Jardim do Éden. Os alemães montaram uma árvore paradisíaca em suas casas em 24 de dezembro, o dia da festa religiosa de Adão e Eva. Eles penduraram wafers sobre ela (que simbolizam a óstia [pão da ceia do Senhor], o sinal cristão de redenção); em uma tradição mais tarde as bolachas foram substituídas por bolinhos de várias formas. Velas, simbolo de Cristo [luz do mundo], foram muitas vezes adicionadas. Na mesma sala, foi a "pirâmide de Natal", uma construção triangular de madeira que tinha prateleiras para armazenar figuras de Natal e foi decorado com árvores sempre-vivas [verdes], velas, e uma estrela. Por volta do século 16 a pirâmide de Natal e a árvore paraíso tinha fundido, tornando-se a árvore de Natal.

 

O costume era difundido entre os luteranos alemães por volta do século 18, mas foi só no século seguinte que a árvore de Natal tornou-se uma tradição alemã profundamente enraizada.

 

Introduzida na Inglaterra no início do século 19, a árvore de Natal foi popularizada em meados do século 19 pelo príncipe Albert alemão, marido da rainha Victoria. A árvore vitoriana foi decorada com brinquedos e pequenos presentes, velas, doces e bolos da fantasia pendurados nos galhos por fita e por correntes de papel.

 

Levado para a América do Norte por colonos alemães, já a partir do século 17, as árvores de Natal foram o auge da moda do século 19. Eles também eram populares na Áustria, Suíça, Polônia e Holanda. Na China e no Japão, as árvores de Natal, introduzida por missionários ocidentais, nos séculos 19 e 20, foram decorados com desenhos de papel intrincados."

 

"...A moderna tradição da árvore de Natal, provavelmente começou na Alemanha no século 18, embora alguns argumentem que Martinho Lutero começou a tradição no século 16" (Enciclopedia Britânica On line  2014-A história do Natal)

 

 

Acredita-se também que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

 

2- Teoria da substituição (teoria furada)

dizia que a árvore foi adotada como meio de SUBSCREVER a um mito pagão, mas de fato São Bonifácio não criou a árvore de Natal!  Foi apenas um protótipo do que depois se tornaria a árvore de Natal

O uso da árvore como símbolo cristão tem origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio (Winfrid) [que foi missionário na Germânia em 716 d.C]. O pinheiro foi adotado para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado do deus Odim ou segundo outros Thor. Anterior a isso, havia um costume na Europa de cortar um pinheiro mês de maio, e colocá-lo na praça como símbolo de boas colheitas para o ano seguinte.[Enc. Britânica ,1963, pg.706, vol. 5 e Grande Enc. Delta Larousse., pg. 536].

"No início do século XVIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde fora como missionário. Com um machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia aí a Árvore de Natal." (Revista Gosto N° 5 - Dez. 2009 - Editora Isabella - Pg. 102 - por J.A Dias Lopes.

 

 

3- Teoria da Origem babilônica (teoria furada)

Alguns desinformados dizem que a árvore de natal começou na Babilônia, e que tem a ver com Ninrode e sua esposa Semírames. Isso é um mito!!!  e muito popular na internet . veja http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2013/12/ninrode-semiramis-e-tamuz-uma-conexao.html

 

Conclusão:

a árvore de natal não tem origem pagã

4-A origem de Papai Noel

Vem da figura de S. Nicolau [bispo de Myra, sec.IV] o qual tinha costume de dar presentes; tornou-se o padroeiro da Rússia, especialmente das crianças, comerciantes e vendedores. Está ligada também a figura de Bonhome Nöel, da França, que desce do céu trazendo presentes e viaja num trenó puxado por renas douradas. A representação de P. N. como hoje é conhecida veio do desenho de Thomas Nast [bávaro naturalizado nos USA] feito no séc. XIX, que se espalhou por todo o mundo.[Grande Enciclopédia Delta Larousse, 1970, pg. 5085 e Enciclopédia Britânica,1963, pg. 416, vol. 16.]. Papai Noel tem sido cada vez mais o personagem principal do Natal, tomando o lugar de Cristo.

 

 

 

5- A origem do presépio

 

“O presépio foi introduzido no séc. XIII, por S. Francisco de Assis.” [Enciclopédia Barsa. 1994, vol. 11, pg. 274]. E mostra a falsa idéia de que os magos encontraram Jesus na manjedoura. Pois a Bíblia diz que quando eles chegaram em Jerusalém Jesus já havia nascido a certo tempo Mt 2:2, quando chegaram em Belém acharam Jesus numa casa Mt 2:11, Herodes mandou matar os meninos de 2 anos para baixo após cálculo Mt 2:7,16. Além de tudo isso em dezembro faz frio, o que seria época inadequada para recenseamento e para pastorear à noite, pois os animais buscariam abrigo Lc 2:1-8. A data do nascimento de Cristo é desconhecida.

                 Diante de tais fatos não há ´problemas em comemorar o natal no dia 25 ou em outra data. Muitos aproveitam o feriado para reunir a família e ou familiares para falar sobre Jesus Cristo segundo a Bíblia.                                                 

                Obs.: Não foi o diabo que conduziu os magos até Jesus para Herodes  matá-lo como dizem as TJ: 1- o termo [magos gr.] não era utilizado apenas para astrólogos e feiticeiros como é seu uso em At 13:8; o Historiador Filo, Josefo e Cícero falam de magos como sendo homens sábios em sentido oposto aos feiticeiros.[Novo Comentário Bíblico Contemporâneo de Atos. Ed. Vida 1996, pg. 183] 2- Esses sábios conheciam as Escrituras, visto haver judeus em várias regiões da época At 2:5,9-11; Mt 2:2,4.  3- Foram no intuito de adorar  a Jesus At 2:2.  3- Foram avisados por Deus para não regressarem à Jerusalém, e o obedeceram Mt 2:12.  4- Jesus era de família pobre, os presentes certamente foram de grande valia Lv 12:8; Lc 2:21-24; Mt 2:11.

               

 

XIi- A Crucificação

                As TJ dizem em uma publicação: “W. E. Vine, respeitado erudito britânico, apresenta os seguintes fatos sólidos: “No ´séc. III d.C... os pagãos foram recebidos nas igrejas e foram-lhes permitido reter, em grande parte, os sinais e símbolos pagãos. Por conseguinte, o Tau ou T, ..[com] a ponta da cruz abaixada foi adotado” dicionário Vine- O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento. Vine diz ainda que tanto o substantivo “cruz” como o verbo “crucificar” se referem a uma estaca ou poste... distinguidos da cruz de duas vigas” (Revista A Sentinela, p. 22, 1º de março de 2008).

                Argumentam ainda que a cruz era um símbolo mágico e sexual, já antes da era cristã e então foi adotado por Constantino:”Não há evidência de que aqueles que se diziam cristãos usassem cruz na adoração nos primeiros 300 anos após a morte de Cristo. No quarto séc., porém o imperador pagão,Constantino converteu-se ao cristianismo apóstata e promoveu a cruz como símbolo deste...De fato a cruz é de origem pagã.” (O que a Bíblia realmente ensina?ATVBT, P. 205, 2005)  

 

                 Interessante é que esse dicionário diz o oposto ao que as TJ dizem:

“ ‘Stauros’ denota, primariamente, cruz instrumento de suplício. Em tais peças, os malfeitores eram pregados para execução da pena capital. Embora a palavra signifique também ‘estaca’, é de suma importância saber em que região e época uma palavra pode ser associada a outra. Vejamos particularmente o caso da crucificação do Senhor Jesus. Sendo ele condenado a morte por volta do 18º ano do reinado de Tibério Cezar, conclui-se de forma clara e precisa ter sido o filho de Deus crucificado e não estacado. “ Citando Jo 20:25 continua: “significa que na crucificação do Senhor Jesus, foi usado, pelo menos, um cravo em cada mão. Logo: Jesus não foi pendurado numa estaca e sim numa cruz. Quanto ao W (chi) ou X que Constantino declarou ter visto numa visão que o levou a patrocinar a fé cristã, era a letra inicial da palavra “Cristo”  e não tinha nada a ver com ‘cruz’ “  E quanto ao verbo crucificar ‘stauroõ’  “ato de crucificação” (Dicionário Vine- O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, p. 522-523).

O Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Editora Vida Nova, 2000, p.477 diz: “As palavras stauros e (ana) stauroõ, sem maiores definições, não comunicam a forma técnica e significância exatas da execução. Para determiná-la é necessário saber em que região e debaixo de qual autoridade foi levada a execução. É necessário, além disso, saber o ponto de vista do escritor que emprega estes termos.”

Este mesmo dicionário na mesma página emprega o significado para stauros: estaca, cruz e destaca que podia ser utilizado para enforcamento, empalação, estrangulamento e “stauros podia ser além disso um instrumento de suplício, talvez no sentido do latim “patibulum”, uma viga que se colocava nos ombros. Finalmente podia ser um instrumento de execução na forma de uma estaca vertical e uma viga atravessada do mesmo comprimento, formando uma cruz no sentido mais estreito do termo. Tomava a foram de um T (crux comissa)ou de um + (crux immissa).”

Ainda na p. 475 atribui os seguintes significados a palavra xylon : “madeira, poste, forca, árvore, cruz” e comenta: “xylon originariamente significa ‘madeira’, e freqüentemente se emprega no NT para madeira como matéria.”

 

                As TJ também dizem que :  “Os escritores bíblicos usam outra palavra para se referir-se ao instrumento utilizado para executar Jesus. É a palavra xylon. (Atos 5:30; 10:39; 13:29; Gl 3:13; 1 Pe 2:24). Essa palavra significa simplesmente madeiro ou pedaço de pau, porrete ou árvore”  (O que a Bíblia realmente ensina?ATVBT,P. 204,205, 2005). Interessante é que Vine o intitulado “respeitado erudito britânico” diz: “madeira, pedaço de madeira, madeiro qualquer coisa de madeira” (b) acerca da cruz, senda a árvore o stauros, a estaca ou poste vertical no qual os romanos pregavam os que eram executados.”

                Até cerca de 1930 as Testemunhas de Jeová ensinavam que Jesus havia morrido numa cruz, depois ao descobrirem que a cruz era um símbolo pagão de diversas coisas passaram a ensinar que Jesus morreu numa “estaca de tortura” e acusam os “cristãos”  de idolatria deste instrumento. Diversos livros antigos trazem gravuras de Jesus Crucificado como: (Vida,1929, p. 230), (Criação, 1927, p.225), (Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, 1923, p.95), também  A Sentinela de 15/10/2000 p. 29 traz uma gravura da sede da STVBT em 1909 que exibe a cruz

                Os fatos históricos (cadáveres, livros, etc.) mostram que a crucificação era uma antiga prática que fora utilizada como pena capital no Império Romano sendo abolida somente no século IV d.C  [Enciclopédia Barsa. Vol. 6, 1994, pg. 111 e 113]; se era símbolo pagão, isto não importa (Gl 3:13) pois o verdadeiro cristão não atribui nenhuma qualidade miraculosa à cruz. Os TJ. trazem  ilustrações de Jesus com um prego no pulso em suas publicações  (leia Jo 20:25 ). Mt 27:37 registra que sobre a cabeça de Jesus havia uma inscrição, não disse sobre as mãos de Jesus, pois uma pessoa caso fosse estacada teria a inscrição sobre as mãos, o único dos evangelhos que registra a posição específica da inscrição é Mateus, se fosse sobre as mãos a sim teria escrito. Frederick T. Zugibe, que é professor de patologia da Universidade de médicos e cirurgiões da Columbia (EUA), escreveu um livro intitulado "The Cross and the Shroud--A Medical Examiner Investigates the Crucifixion" (A Cruz e a Mortalha--UM Examinador Médico Investiga a Crucificação), após pesquisa sobre a crucificação, chegando a conclusão que uma pessoa pendurada numa haste vertical morreria em alguns minutos, e uma crucificada poderia sobreviver por horas, assim como relata a Bíblia  Mt 27:45-46.

                A arqueologia fala mais alto: “Em junho de 1968 foi descoberto um ossuário da Colina da Munições, ao norte de Jerusalém, contendo os ossos de um jovem que claramente tinha sido crucificado, cerca do início do séc. 1 d.C. Um prego tinha sido colocado em cada um dos antebraços, atravessando-os, e um terceiro, que ainda estava in situ , atravessou ambos os calcanhares juntos. Suas pernas tinham sido quebradas como a dos dois companheiros de Jesus em João 19:32 (cf. V. Tsaferis e outros, ‘Jewish Tombs at and near Giv’at há-Mivtar, Jerusalém’, Israel Exploration Journal 20, 1970, 18 e segs.)” (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p.479)

                A palavra traduzida por cruz é Stauros e o verbo é stauroo. Stauros pode significar “enforcamento, estrangulamento, estaca ou cruz”, depende exclusivamente do contexto histórico. Na versão grega do Antigo Testamento  ( Septuaginta ) aparece o verbo  Stauroo, em Et 7:9-10 foi traduzido para o português como enforcar; sendo assim os evangélicos e católicos traduzem este termo por cruz no N.T, visto que a história e a arqueologia comprovam a ocorrência dos fatos desta maneira. O termo em grego pode ter vários significados. De qualquer forma segundo os historiadores, quando alguém era condenado à morte, após o flagelamento, a vítima era obrigada a levar uma estaca [patibulum ou antenna], isto é, a travessa horizontal da cruz, à qual geralmente era amarrado ou pregado por pregos. “Enquanto a vítima estava deitada no chão, e então vítima e patibulum eram suspensos por cordas e afixados ao poste vertical, ou então a vítima era cravada estando no chão, após o que a vítima e a cruz inteira eram levantados e deixados cair numa perfuração,...”( O novo dicionário da Bíblia, edição em um volume, 2a edição, 1998, p. 379). Três espécies de cruz eram conhecidas dos escritores antigos: a cruz em forma de T [crux comissa], a em forma de X [crux decussata] e a na forma mais conhecida [crux imissa], a qual permitia colocar a condenação da vítima sobre sua cabeça Mt 27:37 apesar  que a forma de T eles pregavam uma placa atrás ocm a condenação.Ver também IV 4.6 h)

 O tronco da cruz era chamado “stipes” (estaca, tronco) e geralmente já ficava no local de execução, e o patibulum pesava cerca de 50 kg, o conjunto (considerando a “crux humilis” ) cerca de mais de 100 kg, se considerar a cruz mais alta “crux sublimis” o peso aumentaria consideravelmente.

 

 

  As próprias TJ admitem que a palavra grega pode ser traduzida por cruz:“No grego clássico, esta palavra significava meramente uma estaca reta, ou poste. Mais tarde, veio também a ser usada para uma estaca de execução com uma peça transversal... ‘Até mesmo entre os Romanos a crux (da qual deriva nossa cruz) parece ter sido originalmente um poste reto.’ -Editado por P. Fairbairn, (Londres, 1874), Vol. I, p. 376” (Raciocínios à base das Escrituras, p. 99) Convém observar que o autor citado pelas TJ diz que o poste reto parece ter sido usado originalmente[na origem, no começo, no princípio] pelos romanos, não afirma que Jesus morreu numa estaca. Para embaraçar ainda mais as TJ, eles próprios citam Orígenes que viveu entre , provando ter Jesus morrido numa cruz: “- ‘e cultivamos a piedade, a justiça, a filantropia, a fé e a esperança, que recebemos do próprio Pai por intermédio Daquele que foi crucificado.’-Justino, o Mártir, em ‘Diálogo com o judeu Trífon’,(2o século EC)” (Raciocínio à base das Escrituras, p. 263.)

 

 

XIIi- A esperança Celestial

               

                As Testemunhas de Jeová ensinam que apenas 144.000 pessoas vão para o Céu e que o restante deles viverão na Terra para sempre, tendo filhos, vivendo como Adão e Eva no Paraíso.

                Até 1923  eles ensinavam que todos os salvos iriam morar no Céu, porém depois passou a ensinar a esperança para a “Grande Multidão” na terra paradisíaca (Revelação- Seu grandioso Clímax Está Próximo, p.120, 1989). Dizem que a classe dos 144.000 começou com os apóstolos e que em 1998, participaram da comemoração [Santa Ceia] 8756, sendo este o número desta classe vivos (Anuário das TJ de 1999, p. 31). Veja o que diz A Sentinela, 01/02/82, p.28 da edição norte americana : “ a esperança celestial foi mantida, realçada e enfatizada até perto do ano de 1935. Então, ‘uma luz brilhou’ para revelar claramente a identidade da ‘grande multidão’ de Ap7:9, a ênfase então começou a ser dada na esperança terrena.”  Veja também o que diz o livro ‘Unidos na Adoração ao único Deus Verdadeiro’, 1983, p.59  “Também, especialmente desde 1935 EC, a longanimidade de Jeová tornou possível o ajuntamento de uma ‘grande multidão’ dentre todas as nações, visando a  sua salvação” O livro ‘Riquezas’, 1936 na p. 304, diz: “O povo de Deus entendeu, por muitos anos, que a grande multidão era constituída de pessoas geradas do espírito, mas dispersas entre as igrejas nominais ou sistemas religiosos, e aí detidas como pioneiras, de onde, com grande tribulação e sofrimento teriam de sair e juntar-se com o Senhor.”

               

 

13.1- O Céu é para todos

 

A) A Bíblia sempre nos ensinou sobre a esperança celestial (Abel, Enoque, Abraão, Isaque, Jacó)  em Hb 11:13-16; a cidade preparada refere-se a Nova Jerusalém Celestial (Ap 21 e 22; Hb 12:22).

B) O  Sl 15 e 24 referem-se ao “Monte do Senhor”, “Santo Lugar”, isto é, o Céu (Ez 28:14,16; Ap 14:1; Hb 12:22 ).

C) Enoque e Elias não morreram, Deus os tomou para si (Hb 11:5; Gn 5:24), foram para o céu transformados I Co 15 . A carta escrita por Elias foi escrita antes do seu arrebatamento para Deus (II Rs 2:11; II Cr 2:1:12 ). Estes foram os dois únicos homens a irem para o Céu antes da morte de Cristo.

D) Em Jo 3:13 não nos permite considerar que Elias e Enoque não foram para o 3° Céu em  IICo 12:2,4;  são as palavras de Cristo a Nicodemos para dizer que ninguém havia subido ao céu para conhecer as coisas celestiais para delas falar (Jo 3: 11,12), somente Ele veio do céu ( Jo 3:31; Jo 1:14 ), isto é, ninguém é maior autoridade do que Ele no que diz respeito às coisas celestiais, assim Nicodemos poderia acreditar em Cristo. Desta forma percebemos que trata-se de uma declaração de Cristo para convencer a Nicodemos a crer Nele (Jo 3:4 ).

E) As “outras ovelhas” de  Jo 10:16 não se referem a multidão paradisíaca que vai morar na Terra, em oposição aos 144.000 que morarão no Céu. Refere-se aos Gentios ( Ef 2:11-13, 19; Jo 11:52; Ef 3:6 ).

F) A “Grande Multidão” de  Ap 7:9-15 está “diante do Trono” no Céu  Ap 19:1. Veja as expressões em relação ao trono de Deus no céu (Ap 4:3-5; 7:9,11,15,17; 8:2, 4 ) assim como os 144.000 em  Ap 14:1,3. Portanto não significa que “todas as coisas estão diante do trono de Deus”, como argumentam as Testemunhas de Jeová.

G) A esperança celestial é para todos os salvos (2 Co 5:1; Jo 14:2-3;  Jo 17:20,24; Fl 3:20; ITs 4:16-17; Ap 6:9-11; At 7:59 ).

H) Esses céus e essa terra passarão ( Sl 102:25-27; Hb 1:10-12; Is 34:4; Is 51:6; Mc 13:31; II Pe 3: 10-12 ) e haverá novos céus e nova terra ( Ap 21; Is 65:17; Is 66:22; II Pe 3:13 ) e será tudo novo ( Ap 21:5 ).

I) A Nova Jerusalém Celestial ( HB 11:13-16; Hb 12:22) na qual está o trono de Deus ( Ap 22:3 ) é a eterna morada dos salvos ( Hb 11:16; Ap 21:22-27; Ap 22:1,3-5 )

J) Em  Sl 37:9,11,29 e em  Mt 5:5 encontramos referência a Nova Terra sobre a qual descerá a Nova Jerusalém Celestial ( Ap 21:1-2 ). Portanto na restauração final, o céu[como habitação de Deus] e a Terra serão o mesmo local; pois o Deus trino estará conosco sobre a Terra.(Ef 1:9-10; Ap21:3; Ap22:3-5. O Justo herdará todas as coisas ( Ap 21:7; I Co 2:9-10; Hb 1:2 ) e não somente a Nova Terra. Interessante é que Pv 2:21; Sl 37:29; Mt 5:5 diz que todos os justos, íntegros , mansos herdarão a Terra, mas não são porventura os 144.000 também assim? pergunte às TJ.

L) As Testemunhas de Jeová afirmam que os 144.000 não podem ser o judeus naturais, pois a listagem de  Ap 7:4-8 não é a costumeira “listagem tribal”. Não existe a costumeira listagem ( Gn 49:1-28; Ex 1:2-4, Dt 27:12-13; Nm 2:1-34; Nm 13:4-15 ). Dizem ainda que Levi não é tribo ( Gn 49:5,28; Dt 27:12, Nm 1:49;Nm 3:6; Nm 18:2 ), interpretam os números como sendo literais, mas não as tribos. Baseado em Lc 12:32 dizem que os que vão morar no céu é o pequeno rebanho de 144.000; porém Jesus disse isso porque o número de seus verdadeiros seguidores era pequeno naquela época Jo 6:26, 60-65.

Alguns estudiosos afirmam que os 144.00 são judeus naturais descendentes das 12 tribos citadas que se converterão na grande tribulação, pois a Igreja nunca é citada como tendo 12 tribos, somente os judeus ( Lc 22:30; At 26:7; Tg 1:1; Lc 2:36 ). Essa interpretação admite a interpretação literal dos 144.000 descendentes dos judeus, ou seja 12.000 de cada tribo para uma missão mundial de evangelismo ( Is 66:19 ). Outros admitem ser os 144.000 primícias de um grande avivamento final ( Ap 7:9 ), o verdadeiro Israel de Deus (Rm 9:6-8 ), apesar da Igreja não ser chamada de filha de Israel e não ser dividida em tribos; esta última interpretação encara os 144.000 como um n° simbólico.

M) Outra heresia é dizer que apenas os 144.000 precisam nascer de novo Jo 3:3,5. Afirmam que é possível alguém ter  o Espírito Santo sem nascer de novo, para sustentar tal ensinamento citam João Batista que foi cheio do Espírito desde o ventre, porém isto aconteceu antes do ministério de Jesus. Somente depois do ministério de Cristo é que as pessoas precisam nascer de novo para ter o Espírito, e o novo nascimento não envolve o fato de ser batizado nas águas, como afirmam as TJ, nascer da água é nascer da Palavra de Deus Jo 15:3; I Pe 1:23 e nascer do Espírito é ser transformado pela habitação do Espírito em nós Tt 3:5. Um outro ponto a destacar é que a TNM diz que “A menos que alguém nasça de novo, não pode ver o reino de Deus” e o v. 5 diz não pode entrar no reino de Deus”; como porém ensinam que os 144.000 reinarão sobre a grande multidão de salvos sobre a Terra? Estas expressões equivalem a ser salvo, compare com Gl 5:19-21; I Co 6:9; I Co 15:50; Ef 5:5. Jesus disse que quem não entrar no reino de Deus será jogado no ‘inferno’[geena]  Mc 9:47. 

 

XIv- A Segunda vinda de Cristo

 

14.1- As Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus Cristo voltou ao mundo em 1914 e acha-se presente na forma invisível.

 Para justificar traduziram a palavra Parousia que ocorre 24 vezes no NT por “Presença Invisível”, enquanto que seu significado pode ser: visita, vinda ou presença - pois a presença de alguém é  decorrente da visita ou vinda; como ocorre em (II Co 10:10 e Fl 2:12).

 

·         Jesus disse que numa hora em que não pensarmos ele virá Mt 24:44 e que é impossível calcular o tempo de sua vinda Mt 24:42.

·         Por dizer sempre que viria em breve Ap 3:11; 22:7,12,20 a igreja apostólica acreditava que Jesus viria no tempo deles,  por isso os escritores encorajavam os cristãos a preparar para a volta de Cristo I Ts5:23. O próprio Paulo se colocou como um dos que esperavam Cristo nesta vida- I Ts 4:15,17.                                    

·         Contudo também cria que o anticristo ainda não tinha manifestado. Compare II Ts 2:3-8 com Mt 24:15-30 e veja que Jesus virá destruí-lo. Então por esse fato essa vinda de Jesus não seria num tempo inesperado pois Jesus citou fatos para conhecermos o tempo de sua  vinda. Mt 24:32-33. Assim os cristãos deveriam esperar Jesus só depois da manifestação do Anticristo, o que evidentemente não fizeram.

·         A única maneira de conciliar estes dois fatos é crer que a vinda de Jesus tem duas fases, como veremos:

 

A palavra Parousia era usada para descrever a visita de um Rei ou Imperador à uma cidade. Quando um dignatário fazia uma visita oficial [Parousia] à uma cidade, nos tempos helenísticos, um grupo seleto saía para encontrá-lo na estrada , para depois voltar àquela cidade com ele. Nesta analogia vimos duas fases da segunda vinda de Cristo:

 

Grande Tribulação¨ é também chamado de “O dia da ira de Deus”, “O dia do Senhor”, “Ira vindoura”, “Ira”, etc. e abrange um período três anos e meio (Dn 9:27), pois o original diz (sete) e não “Semana”. É a 70ª semana de Daniel (II Ts 2:3) que associa o início da tribulação com a manifestação do Anticristo (A Besta); este fará um acordo de sete anos com Israel, sendo que nos 3,5 anos iniciais ele será considerado como o Messias de Israel ou um apaziguador; depois dos 3,5 anos o Anticristo quebrará o acordo e se voltará contra Israel (Dn 9:27; Dn 7:25 ) pois exigirá adoração e profanará o templo judeu que será erguido (Mt 24:15; II Ts 2:3-4; Ap 11:1-2 ), assim Israel será perseguido durante estes 3,5 anos (Ap 12:6,14; Ap 13:5). ( Mt 24:15-21 ).

 

 

Primeira Fase:  Arrebatamento  ( Aparizo )

                Significa levar repentinamente com força. Ocorrerá quando Cristo vier para os seus (a Igreja). Este encontro se dará nos ares ( I Ts 4:16,17; Jo 14:3; Mt 24:40-42 ) juntamente com os cristãos ressurretos ( I Ts 4:17 ). Isto ocorrerá em data e hora desconhecidas ( Mt 24:42-44; Mt25:13 ), virá inesperadamente como um ladrão aos incautosantes do ida da ira: ira vindoura, dia do Senhor, dia da vingança, etc.]  I Ts 1:10; I Ts 5:9; Ap 3:10; Rm 9:22  pois a Grande Tribulação começará com a manifestação do anticristo, quando ele quebra o acordo de 7 anos 2 Ts 2:2-6, após o afastamento daquele que o detém, que [no grego] no v.6 é artigo definido neutro e no v.7 é artigo definido masculino, portanto se relaciona à ação do Espírito Santo, pois a palavra e “Espírito” apresenta tal característica. Nesta fase Cristo não descerá até a Terra, só será visto pelos salvos como ocorreu na sua ressurreição ( I Co 15:4-8

 

Segunda Fase: Manifestação  ( Epfanéia )

                Significa aparição, manifestação, para todo o mundo. A segunda fase refere-se ao retorno do Rei com o seu grupo seleto, a Igreja (Ap 19:14 pois o linho finíssimo é a justiça dos santos Ap 19:8) e os Anjos (Mc 8:38). Todo Olho o verá (Ap 1:7; Lc 21:25-27; Mt 25:31,32; At 1:11). Ocorrerá após a Tribulação¨ - Manifestação do Anticristo (Mt 24:29-30; II Ts 2:3-8) .Nesta ocasião ocorrerá a Guerra do Armagedon (Ap 19:11-21 ), Jesus voltará para salvar o remanescente de Israel (Zc 12:3,9-14; Zc 14:1-5; Rm 9:27) julgamento das nações (Mt 25:31-46) e implantação do milênio (Ap 20:1-5).

 

               

14.2-Russel predisse a Batalha do Armagedom, o fim do governo humano, a queda do papado e o arrebatamento para 1914, 40 anos após a volta de Cristo em 1874; e ressurreição em 1878 .

Russel para fazer tal cálculo baseou-se na teoria dos 7 dias milenares (Aproximou-se o Reino de Deus de 1000 anos, p.206-211), no cálculo da dimensão da pirâmide de Quéops, de Gizé no Cairo (Studies in the Scriptures, Estudo X, vol. III, p. 313-376 em inglês) e na teoria dos 2520 anos exposta em 13.3; um. Fato interessante é que a sepultura dele tem a forma de uma pirâmide tendo gravado o símbolo de uma cruz dentro de uma coroa, além de outros símbolos ocultistas. Ele cria que Jesus voltou em 1874 e que estaria invisivelmente presente até 1914. Nesse intervalo de 40 anos disse que seria o período de tribulação tal qual nunca houve desde que há “nação” e o estabelecimento do Reino de Deus.  O livro Prclamadores do Reino de Deus, p. 47 e 133 respectivamente diz:

“Barbour e Russel publicaram juntos TheeTtree Worlds, and the Harvest of This World (Três mundos ee a colheita deste mundo... Apresentava o conceito de que a presnça invisível de Jesus Cristo havia começado no outono (hemisferio norte) de 1874).” “..Russell também ficou persuadido de que a presença invisível de Cristo começara em 1874”).

Veja uma de suas falsas profecias:        “Não surpreendamos, pois, se nos capítulos que seguem apresentamos evidências de que o estabelecimento do Reino de Deus já começou; que está indicado na profecia que dito domínio começaria a ser exercido em 1878, e a Batalha do grande dia do Deus Todo Poderoso (Ap 6:14), que terminaria em 1914 com o completo derrubamento dos potências atuais deste mundo, já ter começado.” (Studies in the Scriptures, Vol. II, p.101 em inglês)    Ele veio para terra em 1874 e os santos foram ressuscitados em 1878” (Idem, p.188-189,196.)    “Foi em 606 A.C que terminou o reino de Deus, foi removido o diadema e toda a terra entregue aos gentios. 2520 anos a partir de de 606 A.C. terminarão em 1914 E.C., ou quarenta anos depois de 1874; e estes quarenta anos nos quais agora entramos serão um tempo de tribulação tal qual nuca houve desde que há nação. E durante estes quarenta anos será estabelecido o reino de Deus...”( Qualificados para ser ministros, p. 277)

Não vemos razão para alterar os números -- nem os poderíamos mudar se quiséssemos. Estas são, acreditamos, as datas de Deus, não as nossas. Mas tenham em mente que o fim de 1914 não é a data do início, é a data do fim do tempo de tribulação. [54] [54] Zion's Watch Tower [Torre de Vigia de Sião], 15 de Julho, 1894 (=Reprints, p. 1677).

 

 

                Nenhuma destas profecias se cumpriram, nem mesmo os judeus foram restaurados neste intervalo de 40  anos e sim em 1947, e a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais aconteceram após 1914. A STVBT mentiu várias publicações dizendo que “Russel e seus associados compreenderam também que a presença invisível de Cristo seria invisível, em espírito. Os Tempos dos Gentios, durante os quais a soberania de Deus não estava sendo expressa por meio de algum governo na terra, terminariam em 1914. Então se estabeleceria no céu o Reino de Deus” (As Testemunhas de Jeová- Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, p. 8, 1989).Russel disse que em 1914 o reino se estabeleceria na Terra e não no céu. Em outro livro (Revelação- Seu Grandioso Clímax Está Próximo, p.130, 1989) dizem apenas que muitos criam no arrebatamento para 1914, mas não mencionam que isto foi ensinado pela STVBT “No entanto, muitos deles também acreditavam que em 1914 seriam levados para a sua herança celestial. Isso não aconteceu.”

                Com relação ao fato do cálculo exposto acima dar em 1915 e não 1914 o livro Revelação- Seu Grndioso Clímaz Está Próximo, p. 105, 1989: “*Providencialmente, esses estudantes da Bíblia não se haviam dado conta de que não existe ano zero entre “AC” e “EC”( ou “AD”). Mais tarde, quando uma pesquisa feita tornou necessário ajustar para 607 AEC, eliminou-se também o ano zero, de modo que ainda valia a predição de “AD 1914.” Aqui vemos outra mentira, pois em 1904 Russel reconheceu tal problema chegando até mesmo a colocar  o ano de 1915 como hipótese, basta ler as edições da Sentinela após esta data. The Watchtower , 01/12/1912 (=Reprints, p. 5141, 5142) e 15/10/1913, p. 307 (=Reprints, p. 5328). Quando veio a 1a Guerra Mundial a STVBT decidiu manter a data de 1914, por isso mudou 606 para 607, como mostra o livro “A Verdade Vos Tornará Livres, p.242, 1946. 

 

14.3- As Testemunhas de Jeová na tentativa de justificar os cálculos do seu 1° Presidente, fizeram algumas mudanças:

a) Passaram a ensinar, a partir de 1927, que 1914 marcara o início da “presença invisível de Cristo” e não o arrebatamento. Com isso ao traduzir Parousia por presença em Mt 24:3, sendo que aqueles sinais de Mt 24:4-14 passaram a justificar tal teoria.

b) Utilizam o sistema de calcular de Russel onde Dn 4:32 dizia que passaria sete tempos desde que Zedequias fosse destronado Ez 21:25-27 na destruição de Jerusalém [ que dizia ser 606 a.C, depois foi mudado para 607 a.C como foi declarado no livro “Revelação- Seu Grandioso Clímax Está Próximo, p.105, 1989]  até o governo do Messias. Interpretam sete tempos como sete vezes 360 dias, o que é igual a 2520 anos, tomando por base Nm 14:34; Ez 4:6. Assim calculam a data da “presença invisível de Cristo” (7x360-607=1913, 1913 +1=1914, pois no cálculo deve-se somar 1 ano ). Interessante é que dizem que o tempo dos gentios começou em 607 a.C, e terminou em 1914, contudo Jerusalém continua sob pressão das potências estrangeiras. O tempo dos gentios se completará somente na volta de Cristo estabelecendo o milênio 

·         Porém  Dn 4:32 refere-se a sete anos, compare Ap12:6 com Ap 12:14 e veja que um tempo refere-se a 360 dias. Portanto Nabucodonosor devido ao seu orgulho, ficaria no estado de humilhação, descrito em  Dn 4:33, durante sete anos, pois reconheceu que o “Altíssimo tem o domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”, no final deste período (Dn 4:32,34)  o reino foi restabelecido - compare Dn 4:31 com Dn 4:36. Portanto Nm 14:34 e Ez 4:6 não tem nenhuma ligação com Daniel 4:32, pois estes 2 trechos já dão a indicação de se contar um dia como um ano, ao contrário de Dn 4:32. Dizem que devem aplicar a regra bíblica de Nm e Ez, mas não aplicam tal regra bíblica em outros textos como Dn 7:25; 12:7,11,12 pois os interpretam literalmente.

·         A data de destruição de Jerusalém segundo os astrónomos, arqueólogos, historiadores é 586/587, não existe nenhum historiador que apoie a data de 607 a.C. A única maneira que a STVBT consegue chegar a esta data é dizendo que os 70 anos descritos em Jr 29:10; 25:11 e Dn 9:2 terminou com a volta dos Judeus após o decreto de Ciro em 539 a.C. e supondo sua chegada em Jerusalém em 537 a.C., somando as duas datas chega-se a 607 a.C. Contudo a Bíblia ensina que os 70 anos eram referentes à supremacia babilônica sobre Israel e nações vizinhas Jr 25:9,11,12; 29:10 . Isto se deu com a derrota de Babilônia por Dario em 539 a.C Dn 5:30-31, data reconhecida pela STVBT. Estes textos mostram que os 70 anos terminaram com a queda do Império babilônico em 539 e não em 537 a.C. Portanto toda a cronologia da STVBT está errada, pois para chegar a 1914 precisam de 607, e para chegar a 607 precisam de 537; e esta data não marca o fim do cativeiro segundo Jr 25:9,11,12; 29:10. Daniel em 9.2 reconhece que já tinham se cumprido os 70 anos

·          A história mostra que a supremacia babilônica sobre as nações vizinhas à Israel começou em 609 a.C quando Nabopolassar, pai de  Nabucodonosor derrotou a maior potência de então, a Assíria, especialmente sua última capital : “Harã se tornou a última capital da Assíria antes de sua captura pela Babilônia, em 609 A.C..“Neco se deslocou tarde demais para impedir que a cidade caísse frente aos babilônicos e citas, em 609 A.C. A Assíria assim deixou de existir, e seu território foi tomado pelos babilônios(O Novo Dicionário da Bíblia, Ed. Vida Nova, 1998, p. 695 e 162, respectivamente) Isso está de acordo com a Bíblia pois de 609-539 a.C. são 70 anos, veja Jr 29:10 onde as melhores traduções  dizem “logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos atentarei para vós outros e cumprirei a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar” ARA, BJ, TB,(embora a tradução “em Babilônia” ARC, AR, AC também enfatize a servidão dos Judeus aos babilônicos, porém perfazendo 66 anos, pois o cativeiro de Israel por Babilônia começou no ano 4o de Jeoaquim, o primeiro ano de Nabucodonosor Jr 25:1; Dn 1:1 [ Daniel referiu-se a este fato como sendo o ano 3o de Jeoaquim porque na Palestina o não de acesso era contado como o primeiro ano, ao contrário da Babilônia de onde Daniel escreveu] isto ocorreu em 605 a.C, nesta ocasião muitos nobres hebreus e artefatos do Templo foram levados Dn 2:3-4 e Jeoaquim foi feito servo 2 Rs 24:1)] . Desta forma a Cronologia dos sérios estudantes da Bíblia está inteiramente de acordo com outras fontes históricas, ao contrário da Cronologia da STVBT que deturpa algumas passagens bíblicas e contradiz a cronologia secular neste assunto específico.

·         Em 526 d.C. o Imperador Romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original, entregando a tarefa ao abade Dionysius Exiguus, o qual, cometeu um erro em seus cálculos ao fixar o ano 1 com um atraso de cerca de quase 5 anos [“Ele provavelmente deixou de contar um período de 4 anos durante o qual o imperador Augusto governou com seu nome de batismo, Otávio, entre 27 e 31 a.C” – Revista Super Interessante, dezembro 1999, p. 32] pois Herodes o Grande reinava na Judéia quando Jesus nasceu Mt 2:1 e Flávio Josefo diz que houve um eclipse da lua pouco antes da morte de Herodes ( Antigüidades. Livro XVII, cap. Xiii, sec. 2). Esse eclipse poderia ser qualquer um dos três ocorridos nos anos 5 e 4 a.C; a mais provável alternativa é 12 de março de 4 a.C. Pois o historiador judeu declara que o rei morreu pouco antes da Páscoa ( Livro XVII, cap. vi, sec. 4) e a Páscoa do ano 4 a.C ocorreu dia 11 de Abril. Isto dá no mínimo 4 anos de atraso do nosso calendário. O ano 29 atual corresponde ao ano 33 do calendário correto.  Portanto os cálculos das Testemunhas de Jeová e dos Adventistas do 7° Dia, que não levam em conta este erro no calendário, estão incorretos. A própria revista A Sentinela de 1 de novembro p. 4-6 reconhece que nosso calendário está errado, porém disseram que o erro é de 2 anos, dizendo que ouve 2 eclipses no ano 1 a.C. um em 8 de Janeiro e outro em 27 de dezembro Porém desconhecem que Flávio Josefo disse que Herodes morreu um pouco antes da Páscoa que ocorre por volta de abril,  portanto a data de sua morte é 4 a.C. De qualquer forma se fosse um erro de 2 anos teriam que incluí-lo nos cálculos da volta de Cristo, o que não fizeram.

·         Outro erro é que o ano nas profecias bíblicas dura 360 dias(compare Ap 12:6,14), portanto teriam que transformar os anos da profecia em anos do nosso calendário que tem 365,25 dias. Assim 2520x 360:365= 2485.4 anos, e 2485,4 – 607= 1878, como entre 1 a.C e 1 d.C existe 1 ano 1878,4 +1=1879,4 d.C. Portanto seguindo o raciocínio da STVBT presença invisível de Cristo começaria em 1879 –4= 1874 d.C e não em 1914.

 

14.4- As Testemunhas de Jeová continuam com suas falsas profecias.

 

a) Rutherford ( o 2° Presidente ) profetizou a ressurreição dos patriarcas para 1925:

“... desde que outras escrituras definitivamente estabeleceram o fato, de que Abraão, Isaque e Jacó ressuscitarão e outros fiéis antigos, e que estes seriam os primeiros favorecidos, podemos esperar em 1925 a volta desses homens fiéis de Israel, ressurgindo da morte ...” ( Milhões que agora vivem jamais morrerão; 1920 [1923 em português], pp.110,111 )

                O livro “Preste atenção à profecia de Daniel, p. 303, 2000” fala vagamente sobre a expectativa criada para 1925: “Naquela época, muitos tinham a opinião de que 1925 era o ano do começo da ressurreição e de se estabelecer o Paraíso na Terra.”

    Posteriormente, Rutherford na espectativa da vinda iminente do armagedom, , e da ressurreição dos salvos do AT, construiu uma casa para eles. No seu livro, [Salvation, 1939, p. 311] Salvação, Rutherford menciona esta casa e seu propósito de construção:

 

"Em San Diego, Califórnia, há um pedaço pequeno de terra no qual, no ano 1929, foi construída uma casa que é chamada e conhecida como Beth Sarim. As palavras hebraicas Beth Sarim significam "Casa dos Príncipes" e o propósito de adquirir esta propriedade e construir a casa era uma prova tangível que haviam pessoas na terra hoje que acreditam plenamente em Deus e Cristo Jesus e no seu reino, e que acreditam que os homens fiéis serão ressuscitados em breve pelo Senhor, e regressarão à terra, e se encarregarão dos negócios visíveis da terra " ( em inglês).

                No seu outro livro (The New World, pág. 104) diz:

"Com a expectativa a casa em San Diego, Califórnia ganhou muita publicidade pela ação maliciosa do inimigo, a qual foi construída, em 1930, e nomeada "Beth-Sarim" significando "Casa dos Príncipes" e é agora guardada a confiança da ocupação por esses príncipes no seu retorno"  (em inglês)  

O Anuário das Testemunhas de Jeová, pág. 194 (em inglês) menciona Beth-Sarim, porém com informação  distorcida:

"Naquele tempo, uma contribuição direta foi feita com a finalidade de construir uma casa em San Diego para o uso do Irmão Rutherford. Isto não foi construído às custas da STVBT. Relativo a esta propriedade, declarou o livro Salvação, de 1939: Em San Diego, Califórnia, há um pedaço pequeno de terra no qual, no ano 1929, foi construída uma casa que é chamada e conhecida como Beth-Sarim"  O mesmo ocorre no livro ‘Testemunhas de Jeová, proclamadores do Reino de Deus’

 Os jornais locais  publicaram várias reportagens acerca das razões absurdas por que a mansão foi construída:  San Diego Sun, 15/03/1930 e 09/01/1931; Time Magazine, 31/03/1930. 

 

b) Por ensinar que a geração a que se referiu Jesus em Mt 24:32-34 começar em 1914 ( Isto após 1927 ) as Testemunhas de Jeová profetizaram o Armagedom para 1975. ( Revista Despertai!, Ed. de 12/04/1969, e na revista sentinela norte americana,15/08/68, p.494 que diz “Devemos presumir com base neste estudo que a batalha do Armagedom terminaria completamente no outono de 1975, e o tão esperado reinado milenar de Cristo começaria então? Possivelmente, mas nós esperamos para ver o quanto o sétimo período de mil anos de existência do homem coincide com o milênio, que será como um sábado. Se estes dois períodos ocorrem paralelamente um ao outro quanto ao calendário, não será por mera chance ou acidente, mas segundo propósitos amorosos e cronológicos de Jeová...Pode ser que ocorra alguma diferença de semanas ou meses, mas não de anos.” (p. 499)  O livro ‘Vida eterna na liberdade dos filhos de Deus’, 1966 diz: “Aproxima-se rapidamente o tempo em que a realidade  prefigurada pelo Jubileu de liberdade será proclamada em tôda terra a tôda humanidade agora oprimida por muitas coisas escravizadoras. Em vista da situação global e das condições mundiais, parece ser de máxima urgência que a libertação igual à  do Jubileu venha em breve. Certamente, o tempo mais apropriado para ela seria o futuro próximo. A própria Palavra escrita de Deus indica que êste é o tempo designado para ela.  Já nos encontramos bem avançados no século vinte de nossa Era Comum . Quanto tempo antes do começo de nossa Era Comum foi o homem criado e colocado no seu lugar paradisíaco no que é hoje  o sudoeste da Ásia? A Bíblia sagrada, que nos fornece o relato autentico da criação do homem, fornece-nos uma tabela de tempo que remonta até à sua criação...” p.26.     Podemos assim relacionar a contagem do tempo pela Bíblia com a contagem do tempo pelo mundo até a presente data. Ao fazermos isso torna-se evidente que o homem se aproxima do fim de seis mil anos de sua existência...” p. 27.    “realizou-se um estudo independente que não acompanha cegamente certos cálculos cronológicos tradicionais da cristandade, e a tabela publicada, resultante dêste estudo independente, fornece a data da criação do homem como sendo 4026 A.E.C. Segundo esta cronologia bíblica fidedigna, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono (segundo o hemisfério setentrional) do ano de 1975.E.C...Assim dentro de poucos anos em nossa própria geração atingiremos o que Jeová Deus poderia considerar como o sétimo dia da existência do homem.... Não seria por mero acaso ou acidente, mas seria segundo o propósito amoroso de Jeová Deus que o reinado de Jesus Cristo, o ‘Senhor do Sábado’, correspondesse ao sétimo milênio da existência do homemp.29-30 .  No final do livro “A Verdade que Conduz à Vida Eterna, 1968 contém uma propaganda de dois livros: Coisas que é impossível que Deus minta e Vida eterna na liberdade dos filhos de Deus dizendo que contêm dentre outras coisas “Uma tabela de cronologia bíblica mostrando que restam poucos anos ao atual sistema iníquo de coisas.”. Portanto a STVBT alimentou a expectativa quanto a data de 1975.

 

Nosso ministério do reino, julho de 1974, p. 3:

 

"receberam-se notícias a respeito de irmãos que venderam sua casa e sua propriedade e que planejaram passar o resto dos seus dias neste velho sis