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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Evangelização no Brasil - a negligência da igreja brasileira -8 segmentos menos evangelizados

 



A- Terminologia Missionária

Povo Não Alcançado (PNA)

Explicação: Um povo sem comunidade cristã autóctone, com insuficiente número,recursos e visão para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo sem apoio externo,em geral com menos de 2% de evangélicos. Correlação em Inglês: Unreached People Group (UPG)


Povo Menos Alcançado (PMA)

Explicação: Um povo com reduzida presença cristã local, frequentemente comnecessidade de cooperação externa para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo,em geral entre 2% a 5% de evangélicos.Correlação em Inglês: Least Evangelized People.

Povo Não Engajado (PNE)

Explicação: Um povo não alcançado sem a presença de cristãos, igrejas, missionários ou Bíblia na língua materna e sobre o qual não há nenhuma iniciativa ou intenção deevangelização, interna ou externa.Correlação em Inglês: Unengaged Unreached People Group (UUPG


B- Evangelho no mundo
Há ainda mais de 6.000 povos no mundo sem o conhecimento do Evangelho, cerca de 3.000 línguas sem um verso bíblico em seu idioma e 2 bilhões de pessoas que não conhecem o Senhor Jesus.



C- Evangelho no Brasil

No Brasil há oito segmentos reconhecidamente menos evangelizados, sendo sete socioculturais e um socioeconômico.

1- Indígenas

TEmos  temos 164 povos  não alcançados, e dentre estes, temos 99 povos sem presença missionária conhecida, localizados principalmente na Região Norte do país, e 65 com engajamento missionário . Estas etnias, com pouco ou nenhum conhecimento de Cristo, espalham-se por todo o Brasil com forte concentração no Norte e Nordeste. 

Segundo dados da Aliança Evangélica Pró-Indígenas do Nordeste há 58 etnias na Região Nordeste (Relatório, 2012), das quais 29 são consideradas não alcançadas. Em 19 etnias há crentes, porém não há nenhuma igreja e somente em 10 há crentes e igrejas entre elas. O grande desafio é o plantio de igrejas nas etnias do Nordeste e a formação de lideranças indígenas. 


2- Ribeirinhos
 Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas  ao longo de centenas de rios e igarapés. 

As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades e 1 milhão o número de ribeirinhos não alcançados na região amazônica. 

Os ribeirinhos são povos que vivem tradicionalmente nas margens dos rios, cujas vidas estão profundamente integradas aos ciclos de enchente e seca desses rios. 

Embora, também sejam localizados em várias partes do país, é no vasto território da Amazônia que encontramos a maior parte desses povos espalhados pelos inúmeros rios da região. Muitas vezes vivendo em localidades marcadas pelo distanciamento das cidades e pelo isolamento geográfico. 

Em relação ao Evangelho, a maioria das comunidades tradicionais num raio de 100 Km das principais cidades já foram alcançadas. 


3-Ciganos

Há cerca de 800 mil a 1 milhão o número de ciganos vivendo no Brasil  e destes 700.000 Ciganos são Calon  e destes apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. Os Ciganos espalham-se por todo o território nacional nas grandes e pequenas cidades, vivendo em comunidades nômades, seminômades ou sedentárias.


No Brasil temos a presença de três grupos: Rom, Calon e Sinti. Cada um desses grupos possui sua própria língua, costume e cultura, diferenciando assim, um grupo do outro. Para entendermos bem isso, basta-nos olharmos para os indígenas brasileiros, embora chamemos todos os grupos originários do país de indígenas, na verdade trata-se de vários povos com língua e cultura própria. Os Calon formam o maior grupo presente no Brasil e são conhecidos por historicamente serem os primeiros a chegarem ao nosso país, falam o idioma chibi. O segundo grupo mais representativo numericamente são os Rom, cujo idioma é o romanês. Os Sinti é o grupo menos expressivo em termos populacionais, são falantes do sinto. 

Os ciganos são um dos grupos menos alcançados do Brasil. Levantamentos iniciais estimam a existência de apenas 10 mil ciganos evangélicos no país, porém estes dados precisam ser confirmados. Há uma grande demanda por pesquisas para dimensionarmos melhor o desafio cigano. Também há uma grande carência de mais missionários para servirem entre esses povos. Atualmente há apenas 19 obreiros trabalhando em tempo integral entre eles, e 24 em tempo parcial, segundo levantamentos da Missão Amigos dos Ciganos apresentado no CBM 2017.

4- Sertanejos

O Censo IBGE 2010 sinalizou que dos 1.794 municípios nordestinos 195 possuem até 5% de crentes e 910 até 10%, a maioria no Sertão. Note que 76,45% dos crentes sertanejos estão no sertão urbano e 23,55% na zona rural. Da população total do sertão urbano 13,67% são crentes e do sertão rural apenas 7,11% confessam a fé cristã evangélica. Tais percentuais mostram claramente que a zona rural sertaneja exige nossa maior atenção e estimamos que existam aproximadamente 6 mil povoados rurais sertanejos sem presença evangélica fixa e muitas delas sem nenhuma assistência espiritual. 
 

5- Quilombolas
Atualmente há 3.271 (02/2019) comunidades quilombolas certificadas no país (FCP, 2019). Contudo, o número total de comunidades pode chegar a 5 mil ou mais, dependendo da fonte. O IBGE incluirá pela primeira vez as comunidades quilombolas no próximo Censo 2022, o que permitirá termos dados mais precisos sobre a população quilombola. Estima-se que 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica 


Os quilombolas são afro descendentes que se organizam em comunidades próprias e mantém sua identidade (Relatório, 2013). A grande maioria dessas comunidades são rurais, mas há um número significativo de comunidades urbanas, inclusive em grandes cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

As comunidades quilombolas são encontradas em todas as Regiões do Brasil, e estão presentes em quase todos os Estados, somente Roraima e Acre não possuem comunidades certificadas. 
A certificação é um documento emitido pelo Governo que comprova que a comunidade é remanescente de quilombo. É emitida com base no direito à auto definição preconizado pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 



6- Imigrantes.
 Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.



7- Surdos com limitações de comunicação
Surdo com limitações de comunicação. Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus X. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional.


8- Grupos socioeconômicos
 Divide-se em dois extremos: 
Os mais ricos dos ricos 
 Os mais pobres dos pobres.

 As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos 

A Igreja de Cristo foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo onde estiver e por onde passar (Mt 28:19). Foi-lhe entregue também um critério de prioridade nas ações evangelizadoras: onde Cristo não foi anunciado (Rm 15:20). É, portanto, momento de orar pelo mundo sem Cristo, por a mão no arado e não olhar para trás.




Bibliografia:

https://portal.povoselinguas.com.br/editoriais/aqueles-que-pouco-ou-nada-ouviram-bem-proximo-a-nos/

http://comoouvirao.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Relat%C3%B3rio_Como_Ouvir%C3%A3o_2018.pdf

 https://portal.povoselinguas.com.br/pesquisa/amtb-lanca-padronizacao-de-terminologias-missionarias/