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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Erros de Tradução- morcego é uma ave, lepra em roupa e nas paredes. Rodrigo Silva está certo e a bíblia errada?

A Bíblia diz que o morcego é uma ave?

A Bíblia está errada como ensina o Rodrigo Silva?




Ambas respostas tem um NÃO como resposta, pois:

1- A categoria (classificação) ave, mamífero, peixes, anfíbios, insetos é do século XVIII, portanto a bíblia não usa essas categorias no seu texto original em hebraico

2- A bíblia usa a categoria da época, logo não distingue por exemplo um golfinho ou baleia (mamíferos) de um tubarão (peixe). Ela a usa  a categoria de criaturas aquaticas. Da mesma forma utiliza termos genéricos para englobar aves, insetos e mamíferos, o termo hebraico Pwe ‘owph (criaturas voadorasprocedente de  Pwe ‘uwph  (voar).

3- Logo, o termo hebraico pode ser traduzido (de acordo com o contexto)como inseto , ave ou o seu significado literal, "criatura que voa".

4- Portanto de maneira alguma pode se dizer que a Bíblia ensina que o morcego é uma ave, pois a categoria (classificação taxonômica não existia)


Vejamos na tradução NVT onde as palavras em negrito (animais voadores e insetos alados) são provenientes do termo acima citado:

13 "Estes são os animais voadores que vocês considerarão detestáveis e não comerão: o abutre-fouveiro, o abutre-barbudo, o abutre-fusco,
14 o milhafre e todas as espécies de falcão,
15 todas as espécies de corvos,
16 a coruja-de-chifres, a coruja-do-campo, a gaivota, todas as espécies de gaviões,
17 o mocho-galego, o cormorão, o corujão,
18 a coruja-das-torres, a coruja-do-deserto, o abutre-do-egito,
19 a cegonha, todas as espécies de garças, a poupa e o morcego.
20 "Não comerão insetos alados que rastejam pelo chão, pois são detestáveis para vocês  

As diversas versões de Almeida (AR- Almeida Revisada), (AC- Almeida Contemporânea), (ARC- Almeida Revista e Corrigida), (ACR- Almeida Corrigida e Revisada -FIEL), (NAA- Nova Almeida Atualizada) e Almeida Séc. 21 usam o termo ave e engloba o morcego na categoria:


Lv 11:13 Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, o quebrantosso e a águia marinha;
14 o milhano e o falcão, segundo a sua espécie,
15 todo corvo, segundo a sua espécie,
16 o avestruz, a coruja, a gaivota, o gavião, segundo a sua espécie,
17 o mocho, o corvo marinho, a íbis,
18 a gralha, o pelicano, o abutre,
19 a cegonha, a garça, segundo a sua espécie, a poupa e o morcego.
20 ¶ Todo inseto que voa, que anda sobre quatro pés será para vós outros abominação.

Essas traduções tem levado os ateus, e teólogos desinformados a criticarem não a tradução, mas o texto da Bíblia Original, justamente por causa de não examinarem o texto em hebraico. O leitor associa o termo ave ao termo morcego e daí vem a confusão.

Em Deuteronômio a mesma lei é repetida,  temos duas palavras hebraicas para as criaturas voadoras, nos versos v. 11 e 20, e se referem a pássaros e mamíferos . Lembrando que os hebreus ou qualquer outro povo  não distinguia (dentre as criaturas voadoras) mamíferos, de aves, ou de insetos
v. 11     06833 rwpu tsippowr ou  rpu tsippor

 v. 20     05775  Pwe ‘owph (criaturas voadoras) procedente de  Pwe ‘uwph  (voar)

procedente de 06852; DITAT-1959a; n. f.

 

1) pássaro, ave

1a) pássaro (singular)

1b) pássaros (coletivo)


Dt 14:11 "Vocês podem comer qualquer criatura voadora que seja cerimonialmente pura.
12 Estas são as criaturas voadoras que vocês não podem comer: o abutre-fouveiro, o abutre-barbudo, o abutre-fusco,
13 o milhafre, o falcão e todas as espécies de condores,
14 todas as espécies de corvos,
15 a coruja-de-chifres, a coruja-do-campo, a gaivota, todas as espécies de gaviões,
16 o mocho-galego, o corujão, a coruja-das-torres,
17 a coruja-do-deserto, o abutre-do-egito, o cormorão,
18 a cegonha, todas as espécies de garças, a poupa e o morcego.
19 "Todos os insetos alados que rastejam pelo chão são impuros para vocês, de modo que não podem comê-los.
20 Contudo, podem comer qualquer criatura voadora que seja cerimonialmente pura NVT

As versões de Almeida mantém a confusão:
Dt 14:11 Toda ave limpa comereis.
12 Estas, porém, são as que não comereis: a águia, o quebrantosso, a águia marinha,
13 o açor, o falcão e o milhano, segundo a sua espécie;
14 e todo corvo, segundo a sua espécie;
15 o avestruz, a coruja, a gaivota e o gavião, segundo a sua espécie;
16 o mocho, a íbis, a gralha,
17 o pelicano, o abutre, o corvo marinho,
18 a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
19 Também todo inseto que voa vos será imundo; não se comerá.
20 Toda ave limpa comereis.


Lepra dá em roupas ou em paredes?

Não, se refere a fungos. O termo hebraico pode se referir a qualquer doença de pele, ou fungos em roupas e paredes

 Infelizmente algumas traduções cometem o erro, NVT e NVI e NTLH não:

Levítico 13:47  Quando também em alguma veste houver praga de lepra, veste de lã ou de linho,

Levítico 13:49  se a praga for esverdinhada ou avermelhada na veste, ou na pele, ou na urdidura, ou na trama, em qualquer coisa feita de pele, é a praga de lepra, e mostrar-se-á ao sacerdote.

Levítico 13:51  Então, examinará a praga ao sétimo dia; se ela se houver estendido na veste, na urdidura ou na trama, seja na pele, seja qual for a obra em que se empregue, é lepra maligna; isso é imundo.

Levítico 13:52  Pelo que se queimará aquela veste, seja a urdidura, seja a trama, de lã, ou de linho, ou qualquer coisa feita de pele, em que se acha a praga, pois é lepra maligna; tudo se queimará.

Levítico 13:55  o sacerdote, examinando a coisa em que havia praga, depois de lavada aquela, se a praga não mudou a sua cor, nem se espalhou, está imunda; com fogo a queimarás; é lepra roedora, seja no avesso ou no direito.

Levítico 13:57  Se a praga ainda aparecer na veste, quer na urdidura, quer na trama, ou em qualquer coisa feita de pele, é lepra que se espalha; com fogo queimarás aquilo em que está a praga.

Levítico 14:34  Quando entrardes na terra de Canaã, que vos darei por possessão, e eu enviar a praga da lepra a alguma casa da terra da vossa possessão,
35  o dono da casa fará saber ao sacerdote, dizendo: Parece-me que há como que praga em minha casa.
36  O sacerdote ordenará que despejem a casa, antes que venha para examinar a praga, para que não seja contaminado tudo o que está na casa; depois, virá o sacerdote, para examinar a casa,
37  e examinará a praga. Se, nas paredes da casa, há manchas esverdinhadas ou avermelhadas e parecem mais fundas que a parede,
38  então, o sacerdote sairá da casa e a cerrará por sete dias.
39  Ao sétimo dia, voltará o sacerdote e examinará; se vir que a praga se estendeu nas paredes da casa,
40  ele ordenará que arranquem as pedras em que estiver a praga e que as lancem fora da cidade num lugar imundo;
41  e fará raspar a casa por dentro, ao redor, e o pó que houverem raspado lançarão, fora da cidade, num lugar imundo.
42  Depois, tomarão outras pedras e as porão no lugar das primeiras; tomar-se-á outra argamassa e se rebocará a casa.
43  Se a praga tornar a brotar na casa, depois de arrancadas as pedras, raspada a casa e de novo rebocada,
44  então, o sacerdote entrará e examinará. Se a praga se tiver estendido na casa, há nela lepra maligna; está imunda.
45  Derribar-se-á, portanto, a casa, as pedras e a sua madeira, como também todo o reboco da casa; e se levará tudo para fora da cidade, a um lugar imundo.

"...purificação do “leproso” (ou seja, Lv 14.1-20: o termo leproso provavelmente se referia a qualquer um com sinais de doença infecciosa de pele). Milgrom argumenta que o leproso levava uma oferta pela culpa porque sua lepra talvez houvesse profanado o lugar santo de algum modo e em algum momento (Milgrom, 1991, 363-64; cf. 2Cr 26.16-19 e a literatura do OMA citada por ele). No entanto, há uma explicação melhor que leva em conta a estrutura mais ampla e a natureza da aliança estabelecida entre Javé e Israel (ver Ex 19—24) ". Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, p. 547 vol 1


3. A forma reduplicada yeraqraq (tf 3768) é o termo para uma cor secundária na cadeia do claro ou amarelo esverdeado (Brenner, 124). O termo ocorre nas regulamentações sobre o míldio na roupa e na casa (Lv 13.49; 14.37). As manchas dessa cor (esverdeado ou avermelhado, NIV) indicam a presença do míldio, uma contaminação que significava, para as vestimentas, para o couro e para a alvenaria, o mesmo que o $ãra 'at (’’lepra”) significava para os homens. Tendo em vista a dificuldade para a erradicação do míldio, eram tomados cuidados especiais, como o isolamento do material (Lv 13.47-59; 14.33-57). Não era permitida nenhuma situação de contágio ou infecção, que pudesse contaminar a purificação cerimonial da comunidade p. 544 vol 2


 q. sofre de doença de pele; pu. atacado de doença de pele (# 7665); ($ãra'at), subs. doença

AT Esse grupo de palavras forma um termo genérico para várias doenças de pele cuja maioria era benigna, sendo uma delas de caráter maligno. O subs. é usualmente vertido como “lepra”, servindo de designação abrangente para uma ampla variedade de enfermidades da pele, no mesmo sentido geral com o qual o termo “câncer” é empregado para descrever igualmente sarcomas e carcinomas.

As prescrições de higiene concernentes à lepra em Levítico 13-14 empregam terminologia obscura, causando dificuldades na tradução. Hlrtx podia acometer tanto pessoas como objetos materiais como casas (Lv 14.44), artigos de couro (14.55) e vestimentas (13.47, 59). O sacerdote, ao atuar como médico responsável pela saúde da comunidade, seguia um procedimento de diagnóstico criteriosamente definido a fim de isolar as condições benignas, nos casos de acne, psoríase e vitiligo, da forma maligna de conhecida pela medicina moderna como Mal de Hansen (lepra clínica). Quando se descobria em alguém indícios de inflamação localizada, uma área da pele com crosta ou inchação cor-de-rosa tendente a vermelho, a pessoa era trazida ao sacerdote para ser diagnosticada (13.9). Um período de isolamento dava ao sacerdote a condição necessária para considerar os diagnósticos possíveis, o que na prática era mera formalidade, uma vez que a lepra clínica já poderia estar suficientemente avançada para permitir o diagnóstico imediato. Diagnosticava-se como lepra se a área da pele considerada suspeita penetrasse a epiderme e o cabelo do local ficasse branco.

Ao ser diagnosticado, o leproso era declarado cerimonialmente impuro e expelido da comunidade para preservar a santidade dela e limitar a propagação da doença. Embora a maioria da erudição crítica negue a identificação da nsrtx maligna com a lepra clínica, sem, no entanto, propor uma alternativa convincente, uma comparação dos sinais e sintomas de Levítico com os do moderno Mal de Hansen, dissipam qualquer dúvida razoável sobre a questão. O fato é que basta minimamente qualquer um dos dois sintomas para se estabelecer a existência da lepra, antiga ou moderna. Embora os expositores da Bíblia tenham muitas vezes entendido a lepra Idem,vol 3, p. 843 


 Conclusão:

A classificação taxonômica de Lineu não é usada na bíblia, a bíblia usa termo genericos para se referir aos animais que voam, rastejam etc. Ou seja, a classificação de anfíbios, répteis, aves, mamíferos não eram usadas e se constiui erro dizer que um morcego é uma ave.

O pior de tudo é dizer que  A BÍBLIA está errada baseado em premissas falsas