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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Dom de Linguas: Uma análise Bíblica, Histórica, Linguística e Neurológica. Línguas humanas (xenoglossia) ou (glossolalia)sobre-humanas?







1- O termo glossa (língua, idioma, dialeto) elimina a linguagem estática, sempre se refere a um idioma humano?


"glossa- uma declaração que tem a forma de língua, mas que requer um intérprete inspirado para que se entenda seu conteúdo - língua extática, língua, fala em êxtase"... "quem fala em lingua não fala às pessoas, mas a Deus" (1 Co 14:2).
A maioria dos estudiosos entende que os fenômenos descritos em At 2.4 em 1 Co 14.2 são significativamente diferentes, na medida me que naquele caso as pessoas entendiam em sua própria língua ou dialeto regional, ao passo que neste caso era necessária a intervenção de um intérprete. Este é o motivo por que muitos interpretam glossa em 1 Co 14:2 no sentido de fala extática, que era também um elemento que fazia parte das religiões helenísticas e que era símbolo de inspiração divina."Léxico Grego do Novo Testamento baseado em domínios semânticos- Johannes Louw, Eugene NIda. São Paulo:SBB, 2013 p. 349

(b) Conforme a narrativa de Lucas em At cap. 2, a outorga do Espírito em Jerusalém ligava-se com o “falar em outras línguas” ; juntos, os discípulos proclamaram os grandiosos feitos de Deus (At 2:4, 11), e, ao mesmo tempo, o Espírito levou muitos a entenderem no seu próprio idioma esta proclamação. Ainda que a tradição não nos tenha transmitido qualquer quadro totalmente claro dos eventos no Pentecoste, pelo menos deixa claro que o Espírito de Deus levou a efeito um ato excepcional de falar e ouvir o evangelho, o que teve como resultado a formação da comunidade original. Quando, mais tarde em Cesaréia, os primeiros pagãos receberam o Espírito Santo e se tornaram membros da igreja, também compartilharam da graça de adorar e louvar a Deus “em outras línguas” , assim como também ocorreu entre os discípulos de João Batista que vieram a ser crentes em Êfeso (At 10:46; 19:6). (Ver mais -► Pentecoste; Espírito; Outro» art. allos, heteros NT 2).

(c) Estas manifestações eram, sem dúvida, de tipos diferentes, visto que, para Jerusalém, Lucas descreve o falar em línguas como uma pregação do evangelho (apophthmgesthai* “declarar abertamente” , “dirigir-se a alguém com entusiasmo”, At 2:4, 14) dirigida às pessoas em idiomas estrangeiros, ou pelo menos dialetos; em Cesaréia, Êfeso e Corinto, no entanto, tratava-se provavelmente de louvor e adoração que se dirigiam a Deus em tons inarticulados. O que há em comum é a convicção de que estes fenômenos estão arraigados, não na excitabilidade da piedade humana, mas, sim, na obra do Espírito Santo, e que contribuem à glorificação e à adoração a Deus. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 1509-1510.



No mínimo, Paulo certamente considera as línguas como sendo primariamente um assunto particular entre o homem e Deus (14:2-6, 16, 19, 23, 28), mas, como concessão, ele permite um máximo de duas ou três expressões em público, na condição de haver alguém presente para interpretá-las (14:27, 28). O princípio básico que se expressa nestas passagens é a importância da racionalidade e da inteligibilidade no culto público. Somente aquilo que é inteligível pode edificar a igreja (14:1-6, 19, et passim; c f mais em J. P. M. Sweet, “A Sign for Unbelievers: PauFs Attitude to Glossolalia”, NTS 13, 1966-7, 240-57; e comentários sobre 1 Co, ad loc.).Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p. 780




O resultado de serem cheios do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi darem testemunho de Jesus — através das línguas e da pregação de Pedro. Interessante detalhe é que nos outros acontecimentos narrados em Atos nos quais há “glossolalia” , o fenômeno parece ser diferente do de Pentecostes. “Não há sugestão no resto do livro que o dom de línguas foi repetido como uma ajuda lingüística para os esforços missionários da Igreja. Em outras palavras, o dom de línguas não facilitou a subseqüente pregação do evangelho, providenciando um meio de comunicação da mensagem” (D. Guthrie, op. cit, pág. 538). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p.727-728


 (a) A citação em 1 Co 14:21, de Is 28:11-12 (en heteroglõssois, “por homens de outras línguas”), que originalmente se referia a um idioma humano estrangeiro, é aplicada por Paulo à “glossolalia”, que os descrentes não entendem. Em Corinto, membros da congregação se sentiam impulsionados pelo Espírito Santo para vociferar orações, louvores e ações de graça no Espírito, de modo desarticulado e entusiástico (1 Co 14; 14 e segs.). Este falar em línguas era o transbordar de uma possessão elemental do indivíduo e uma forma distinta da adoração individual (1 Co 14:2, 28b). Visto que este louvor e estas orações em línguas não eram entendidos por outros, o falar em línguas não contribuía à edificação e ao fortalecimento da congregação (1 Co 14:5). ([Ed.] Paulo pode até dizer que as línguas são um sinal para os descrentes [1 Co 14;22]. A citação de ls 28:11-12 considera a presença de pessoas que falam em línguas estrangeiras como sinal de julgamento, o que poderia subentender julgamento contra a igreja, se todos falassem em línguas sem ninguém para interpretar. De qualquer maneira, os de fora tirariam a conclusão de que se tratava de loucura [v. 23]. A profecia, no entanto, pode operar graciosamente, ao convencer do pecado e ao levar ao arrependimento e à verdadeira adoração [w. 24-25].).1509


No caso da interpretação de línguas, parece que Paulo não está pensando em termos de traduzir um idioma para o outro, o que pressuporia que as “línguas” tinham um esquema coerente de gramática, de sintaxe e de vocabulário. Pelo contrário, parece que a interpretação aqui é mais semelhante ao discernimento daquilo que o Espírito está dizendo através de quem fala em línguas. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento,1509


 A glossolalia se identifica explicitamente como as línguas que falavam estes judeus estrangeiros (2:4, 6, 8, 11; cf. 1 Co 13:1; contrastar, porém, 1 Co 14:2; Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento,1641



"A Pítia era chamada prophètis, mas tinha o título adicional de promantis (Eur., Ton 681; Hdt., 6, 66). Este cargo pertencia originalmente a uma, duas ou três moças tiradas da população local, mas, pelo menos em tempos posteriores, a Pítia era de idade avançada. A Pítia sentava-se num tripé em cima de uma cavidade na terra, de onde emergia um “espírito oracular” (pneuma mantikon) na forma de fumaça, dandolhe a inspiração. Esta aumentava quando ela mastigava folhas de louro (a planta de Apolo). Como resultado, irrompia em sons inarticulados enigmáticos, semelhantes à glossolalia (-* Palavra, art. glóssa).Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 1877


2- Uma língua extática, pode conter uma mensagem, um conteúdo cognitivo?

Sim, a língua extática pode conter uma linguagem codificada. Veja a explicação de D.A Carson

"Pesando tudo isso, então, a evidência favorece a posição de que Paulo considerava o dom de línguas um dom de idiomas existentes, ou seja, de línguas que eram cognitivas, fossem elas de homens ou de anjos. Além disso, se ele sabia dos detalhes de Pentecostes (atualmente, uma opinião impopular no mundo acadêmico, mas totalmente defensável em minha opinião), seu entendimento sobre línguas deve ter sido moldado, até certo ponto, por esse evento.27 28 Certamente as línguas em Atos exerceram algumas funções diferentes das que eram exercidas em ICoríntios; mas não há evidência substancial que sugira que Paulo pensasse as duas como essencialmente diferentes.

Que peso tem a linguística nas avaliações do falar em línguas atual? No meu entendimento, há concordância universal entre os linguistas que gravaram e analisaram milhares de exemplos atuais de pessoas falando em línguas de que o fenômeno contemporâneo não é nenhum idioma humano.29 * Os padrões e as estruturas exigidos por todo idioma humano conhecido simplesmente não estão presentes nesses exemplos. Ocasionalmente, uma palavra reconhecível escapa; mas isso é estatisticamente provável, dado o grande volume de verbalização. A conclusão de Jaquette é inevitável: “Não estamos lidando aqui com idioma, mas sim com verbalizações que superficialmente lembram um idioma em certos aspectos estruturais”.30" 

26Gundry, ‘“Ecstatic Utterance’”, 304.

27Alguns autores, entre eles Jimmy A. Millikin, “The Nature of the Corinthian Glossolalia”, Mid-America TheologicalJournal 8 (1984): 81-107, argumentaram que as línguas em Corinto eram formas degenerativas das línguas em Atos, uma mistura estranha de palavras reais e sons inarticu- lados. Contudo, Paulo, em nenhum lugar de ICoríntios 12—14, trata o dom como se fosse em si degenerativo. Não é o dom, mas o peso dado a ele pelos coríntios que é o foco do ataque de Paulo.

28Ou, mais precisamente, que as línguas carregam conteúdo cognitivo, independentemente de esse conteúdo ser entendido pelo falante ou pelo ouvinte. Veja Abraham Kuyper, The Work 0/ the Holy Spirit, trad. Henri de Vries (edição reimpressa, Grand Rapids: Eerdmans, 1975), 132-38.

29 Veja especialmente os trabalhos muito citados de W J. Samarin, Tongues of Men and Aigels: The Religious Language of Pentecostalism (Nova York: Macmillan, 1972); idem, Variation and Variables in Religious Glossolalia: Language in Society (Londres: Cambridge University Press, 1972).

30 J. R. jaquette, “Toward a Typology of Formal Communicative Behaviors: Glossolalia”,

Anthropological Linguistics 9 (1967): 6.


Quando se realizaram estudos sobre falar em línguas em diferentes culturas e ambientes linguísticos, diversas conclusões surpreendentes apareceram.31 O fenômeno do falar em línguas relaciona-se com o idioma natural do falante (e.g., um alemão ou um francês que fale em línguas não usará um dos dois sons de “th” do inglês; e um falante de língua inglesa jamais incluirá o som de “u” do francês “cru”). Além disso, o discurso estereotipado de qualquer cultura “reflete o discurso da pessoa que guiou o glossolalista para tal comportamento. Há pouca variação de padrões de som dentro do grupo que se levanta em volta de um guia específico”,32 mesmo quando outros estudos mostram que padrões de línguas de cada falante geralmente são identificáveis em outros oradores e algumas poucas pessoas usam um ou dois padrões mais distintos.33 Seja como for, as línguas atuais, em.termos lexicais, são não comunicativas, e os poucos exemplos de casos de xenoglossia atuais são tão mal atestados que nenhum peso pode ser colocado neles.

O que procede dessa informação? Para alguns, a evidência é tão forte a ponto de concluírem que a única posição bíblica é que nenhum dom de línguas contemporâneo conhecido é biblicamente válido, e o ideal é que toda essa prática deveria parar imediatamente.34 35 Para outros, como Packer, o falar em línguas atual não é como o falar descrito na Bíblia, portanto seus praticantes contemporâneos não deveríam dizer que seu dom está de acordo com o Pentecostes ou com Corinto; contudo, o atual fenômeno parece fazer mais bem do que mal, tem ajudado muitos crentes no que diz respeito a adoração, oração e compromisso, e, por isso, deve- ria talvez ser avaliado como um bom dom de Deus, apesar de não ter nenhuma garantia bíblica explícita.33 Não consigo imaginar uma forma mais adequada para desagradar ambos os lados do atual debate.

Será que conseguimos ir além desse impasse? Acredito que sim, se os argumentos de Poythress forem considerados. Como, pergunta ele, as línguas podem ser percebidas? 

31Veja Felicitas D. Goodman, Speaking in Tongues: A Cross-Cultural Study of Glossolalia (Chicago: University of Chicago Press, 1972).

31Ibid., 123.

33Virginia H. Hine, “Pentecostal Glossolalia: Toward a Functional Interpretation”, Journal for the Scientific Study of Religion 8 (1969): 212.

34E.g., John F. Mac Arthur, Jr., The Charismatics: A Doctrinal Perspective (Grand Rapids: Zondervan, 1978), especialmente 156ss. [Publicado no Brasil por Editora Fiel sob o título Os carismáticos: urn panorama doutrinário.].

35J. I. Packer, Keep in Step with the Spirit (Leicester: Inter-Varsity; Old Tappan, N.J.: Revell, 1984), 207ss, [Publicado no Brasil por Edições Vida Nova sob o título Na dinâmica do Espírito.].


Há três possibilidades: 1-sons desconexos, reprodução exacerbada de palavras e coisas parecidas que não se confundem com idiomas humanos; 2- sequências relacionadas de sons que parecem ser idiomas existentes e desconhecidos ao ouvinte não treinado em linguística, embora não sejam; e 3 - idiomas existentes conhecidos por um ou mais dos ouvintes em potencial, mesmo que sejam desconhecidos do falante.36 Acrescentaria uma quarta possibilidade, que foi tratada posteriormente por Poythress, ainda que não tenha sido classificada por ele até aqui: padrões de fala suficientemente complexos a ponto de poderem carregar todos os tipos de informação cognitiva em algum tipo de ordem codificada, ainda que linguisticamente esses padrões não sejam identificáveis como idioma humano.

O nosso problema até aqui é que as descrições bíblicas de línguas parecem exigir a terceira possibilidade, mas o fenômeno contemporâneo parece se enquadrar melhor na segunda possibilidade; e esse par nunca convergirá. Todavia, a quarta possibilidade é também logicamente possível, ainda que comumente seja ignorada; e ela satisfaz as restrições tanto daquilo que é apresentado nos documentos bíblicos do primeiro século quanto de alguns dos fenômenos atuais. Não entendo como isso possa ser ignorado.

Considere, então, a descrição linguística de Poythress sobre glossolalia:

Vocalização livre (glossolalia) ocorre quando: (1) um ser humano produz uma sequência relacionada de sons pronunciados; (2) não consegue identificar a sequência de som como pertencente a nenhuma língua natural que ele já saiba falar; (3) não consegue identificar e dar o significado das palavras ou morfemas (unidades lexicais mínimas); (4) no caso de falas com mais do que poucas sílabas, ele tipicamente não conseguiría repetir a mesma sequência de sons se lhe pedissem isso; (5) um ouvinte ingênuo pode supor que seja um idioma desconhecido.37 38

36Vern S. Poythress, “The Nature of Corinthian Glossolalia: Possible Options”, Westminster Theological Journal 40 (1977): 131. Veja também o cuidadoso trabalho de Francis A. Sullivan, “Speaking in Tongues”, Lumen Vitae 31 (1976): 145-70.

37Vern S. Poythress, “Linguistic and Sociological Analyses of Modern Tongues-Speaking: Their Contributions and Limitations”, Westminster Theological Journal 42 (1979): 369.

38Ibid., 375.

O passo seguinte é crucial. Poythress nos relembra que tais vocalizações livres ainda podem carregar conteúdo além de uma imagem vaga do estado emocional do falante. Ele oferece sua própria ilustração criativa;3* inventarei outra. Imaginem que a mensagem é:

Louvai ao Senhor, pois seu amor dura para sempre”.

Ao retirarmos as vogais, obtemos:

LV SNHR PS S MR DR PR SMPR.

Isso pode parecer um pouco estranho; contudo, quando nos lembramos que o hebraico moderno é escrito quase sem vogais, podemos imaginar que, com certa prática, isso podería ser lido com bastante tranquilidade. Agora, remova os espaços e, começando pela primeira letra, reescreva a sequência usando cada terceira letra repetidamente por toda a sequência até que todas as letras sejam usadas. O resultado é:

LNPMRSRSRSDRPVHSRPM.

Agora adicione um som de “a” depois de cada consoante e divida arbitraria- mente a unidade em pedaços:

LANAPA MARA SARASARA SADARA PAVA HASARA PAMA.

Acredito que isso não é diferente das transcrições de certas línguas atuais. Certamente é muito parecido com algumas que já ouvi. Mas a questão importante é que isso transmite informação, desde que você conheça o código. Qualquer um que conheça os passos que dei podería revertê-los a fim de voltar à mensagem original. Como Poythress afirma, portanto é sempre possível para a pessoa carismática reivindicar que o falar L [em línguas] é uma linguagem codificada e que somente ao intérprete de línguas é dada a ‘chave’ sobrenatural para decifrá-la. É impossível para um linguista, não somente na prática, mas ainda mais na teoria, encontrar um meio de testar essa reivindicação”.39

39Ibid., 375-76.

Parece, então, que as línguas podem carregar informação cognitiva mesmo sem ser um idioma humano conhecido — assim como a “linguagem” de um programa de computador possui uma grande quantidade de informação, ainda que não seja uma “língua” realmente falada por alguém. Tal padrão de verbalização não podería ser desprezado de forma legítima como se fosse uma linguagem sem nexo. Ele é tão capaz de possuir conteúdo proposicional e cognitivo, assim como qualquer outro idioma humano conhecido. “Língua” e “idioma” ainda parecem ser palavras eminentemente razoáveis para descrever o fenômeno. Isso não significa que todo fenômeno atual do falar em línguas é, portanto, biblicamente autêntico. Significa que há uma categoria de fenômeno linguístico que possui conteúdo cognitivo, que pode ser interpretada e que parece se adequar às características das descrições bíblicas, ainda que não seja um idioma humano conhecido. Claro que isso não se aplica às línguas de Atos 2, em que o dom consistiu de idiomas humanos conhecídos; todavia, em outros lugares, a opção não parece ser tão simples quanto “idioma humano” ou “linguagem sem nexo”, como muitos escritores não carismáticos afirmam. Na verdade, o fato de Paulo poder falar de variedade de línguas (12.10,28) pode sugerir que, em algumas ocasiões, idiomas humanos foram falados (como em Atos 2) e, em outros casos, não — apesar de, no último caso, as línguas ainda serem vistas como carregando conteúdo cognitivo. A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013,p. 85-89


3- O uso privado (em particular) contradiz a edificação coletiva dos dons?

 1-Paulo diz que o que fala pelo Espírito uma língua é edificado mesmo não conhecendo  o significado da sua fala ou oração:

1 Co 14:2  Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

:3  Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.

4  O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja.

5  Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.

6 ¶ Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?

7  É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara?

8  Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?

9  Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.

10  Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido.

11  Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim.

12  Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja.

13  Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar.

14  Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera.

15 ¶ Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente.

16  E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? Visto que não entende o que dizes;

17  porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado.

2- Paulo fazia o uso PRIVADO da língua mais que todos

18  Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.

19  Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua.

“Todavia”, continua ele, “prefiro falar na igreja cinco palavras que se podem compreender, a fim de também instruir os outros, a falar dez mil palavras em uma língua” (v. 19).
Não há defesa mais firme para o uso privado do falar em línguas do que essa, e tentativas de evitar essa conclusão se tornam marcantemente insignificantes sob exame.9s Se Paulo fala em línguas mais do que todos os coríntios e, mesmo assim, ainda prefere falar na igreja cinco palavras inteligíveis a dez mil palavras em uma língua (um modo de dizer que Ele não falará em línguas na igreja, praticamente em qualquer situação, mesmo sem eliminar totalmente a possibilidade), então onde é que ele as fala?
 A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013,p. 107.


3- Temos exemplos de outros dons (além dos 9 de 1 Co 12:2-10) como o dom de celibato e as próprias revelações pessoais de Paulo:

 Como veremos, alguns querem desconsiderar a legitimidade de qualquer uso privado do falar em línguas com base nesse texto e em outros similares: “Qual seria o benefício para toda a comunidade”, perguntam eles, “do uso privado do falar em línguas”? Obviamente, não existe nenhum benefício direto: ninguém, a não ser Deus, ouve o que é dito. Todavia, a Paulo foram concedidas visões e revelações extraordinárias que objetivavam somente seu benefício imediato (2Co 12.1-10); contudo, certamente a igreja recebeu ganhos indiretos, pois essas visões e revelações, para não mencionar a questão do espinho na carne, o capacitaram mais para seu ministério e proclamação. Do mesmo modo, é difícil ver como o versículo 7 do capítulo em estudo torna ilegítimo o uso privado do falar em línguas se o resultado é uma pessoa melhor, um cristão com mais consciência espiritual: a igreja pode sim receber benefícios indiretos. O versículo elimina a possibilidade de algum χάρισμα (charisma) para engrandecimento pessoal ou meramente para satisfação pessoal; ele não elimina a possibilidade de benefício individual (assim como o casamento, um dos χαρίσματα [charismata] de acordo com ICo 7.7, pode beneficiar o indivíduo), desde que o resultado final seja o benefício comum. O contexto não demanda nada mais que isso. A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013,p. 37.


4- O dom de línguas no livro de Atos- evangelização?

Os textos que mencionam claramente e não implicitamente (como At 8) São Atos 2, 10 e 19, e em nenhum deles a pregação foi com dom de línguas:


Em Atos 2  vemos:

  •  os discípulos falando em idioma materno dos peregrinos,
  •  som como de um vento
  • visão de línguas como que de fogo
  • falando das grandezas de Deus.
  • Pedro evangelizando os judeus não por meio do dom de línguas, mas por meio da pregação no vernáculo (língua comum aos ouvintes- aramaico ou grego)

At 2:1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2  de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.

3  E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.

4  Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

5 ¶ Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.

6  Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7  Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?

8  E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

9  Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,

10  da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,

11  tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?

12  Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?

13  Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!

14 ¶ Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
15  Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
16  Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:
17  E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
18  até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

Em Atos 10 temos:

  • pregação de Pedro
  • dom de línguas engrandecendo a Deus

At 10:44 ¶ Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.

45  E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo;

46  pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro:

At 11:13  E ele nos contou como vira o anjo em pé em sua casa e que lhe dissera: Envia a Jope e manda chamar Simão, por sobrenome Pedro,

14  o qual te dirá palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua casa.

15  Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, como também sobre nós, no princípio.

16  Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.


Em Atos 19 temos:

Pregação

Dom de línguas e profecia

At 19:3  Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João.
4  Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus.
5  Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.
6  E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.
7  Eram, ao todo, uns doze homens.

Ainda que essas línguas tenham sido idiomas humanos reais e mensagens cognitivas comunicadas, não é nada claro que tais mensagens fossem essencialmente evangelísticas. Somos informados de que a multidão ouviu aqueles que falavam em línguas declarando as “grandezas de Deus” (2.11; τά μεγαλεία του θεού, ta mega I ela ton theou). A forma verbal da mesma expressão ocorre em 10.46 (καί μεγαλυνόντων τον θεόν, kai megalynontõn ton theon) e 19.17 (καί έμεγαλύνετο το όνομα του κυρίου ’Ιησού, kai emegalyneto to onoma ton kuriou Iêsou), em que se trata da adoração, e não do evangelismo per sc. De forma semelhante, no capítulo 2, as pessoas ouvem adoração em seu próprio idioma, contudo isso gera questionamentos (simpatizantes e contrários), e não conversões. E a pregação de Pedro, presumivelmente em aramaico, que leva a milhares de conversões;14 as línguas em si, creio, constituem o que o jargão moderno chamaria de pré-evangelismo A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013, p. 144

 Todavia, as línguas em Atos 2 estão em desigualdade com as de ICoríntios 12—14, pelo fato de os descrentes as entenderem, mesmo que sem nenhuma demonstração do dom de interpretação. Contudo, esse é o único lugar no Novo Testamento em que elas desempenham essa função. O que acredito que fica claro é que não carismáticos que buscam fazer do uso evangelístico das línguas seu propósito normativo e exclusivo estão duplamente enganados: as línguas não são primariamente evangelísticas, mesmo em Atos 2, e, mesmo assim, essa é a única passagem em que línguas não interpretadas são entendidas até pelos que não creemA manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013, p. 145


5- O dom de línguas em Corinto era para pregação do evangelho?

Não,. o dom de línguas era:

  •  dirigido a Deus (em contraste ao dom de profecia v. 3)-  em oração para edificação pessoal v.2,14, 15
  • dirigido a Deus- em  louvor v.2,15, 17
  • em espírito (a inspiração não brota do entendimento /mente) v. 2,14-16
  • edificação coletiva- quando acompanhado de interpretação mediante o dom. Neste caso a mensagem da língua (conteúdo) pode ser a interpretação da oração, louvor, ou mesmo como uma profecia v.5


1 Co 12:1 ¶ Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.

2  Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

3  Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.

4  O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja.

5  Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.

6 ¶ Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?

7  É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara?

8  Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?

9  Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.

10  Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido.

11  Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim.

12  Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja.

13  Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar.

14  Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera.

15 ¶ Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente.

16  E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? Visto que não entende o que dizes;

17  porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado.

18  Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.

19  Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua.

20  Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.

21 ¶ Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor.

22  De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que crêem.

23  Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?

24  Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou indouto, é ele por todos convencido e por todos julgado;

25  tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós.

26 ¶ Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.

27  No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete.

28  Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.


A pessoa que fala em línguas, em um primeiro momento, não fala aos homens, mas com Deus. Ninguém a entende (14.2). Alguns não carismáticos tentam reduzir o escopo desse “ninguém” para “ninguém que não conheça o idioma (humano) que está sendo falado”.“ Isso dificilmente é uma possibilidade; uma vez que a linha anterior [14.2-3] estabelece um contraste entre discursos direcionados a pessoas e discursos direcionados a Deus, parece mais natural entender o “ninguém” de uma forma mais ampla. O conteúdo desse falar em línguas é “mistérios”. A palavra pode ter sido usada aqui de uma maneira não técnica, para sugerir que “o falante e Deus com- partilham verdades escondidas que outros não têm permissão de compartilhar”.86 87 88 Em contraste, quem profetiza edifica, exorta e consola outros. Isso não significa que a profecia é o único dom que possua essas virtudes: o ensino e o falar em línguas que é interpretado também as têm. Em outras palavras, essas funções da profecia não a definem.™ O contexto especifica que a questão é a inteligibilidade: entre os dons espirituais em que o ato de falar está presente (outros como o de contribuição ou de administração não estão sendo considerados), somente aqueles que são inteligíveis levam à edificação imediata da igreja. De fato, aquele que fala em línguas edifica a si mesmo (14.4);89 contudo, essa é uma perspectiva muito estreita para os que meditaram em ICoríntios 13. A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013,p. 103-104


 O versículo 14 não introduz um novo assunto, uma mudança do falar em línguas para o orar em línguas, pois 14.2 já estabeleceu que falar em línguas é direcionado, sobretudo, a Deus. Em outras palavras, falar em línguas é um tipo de oração. Paulo reconhece que tal oração é uma oração válida — seu espírito está orando — mas sua mente continua “infrutífera”. Isso pode significar que tal oração não oferece benefício mental, intelectual e cognitivo; todavia, pode significar que, sob tais circunstâncias, uma vez que a sua mente não está envolvida na ação, não se produzem frutos nos ouvintes — o que fica pressuposto é que a edificação dos ouvintes requer inteligibilidade de discurso, e a inteligibilidade do discurso, por sua vez, requer que a mente do falante esteja engajada. A manifestação do Espírito. D. A Carson. São Paulo:Vida Nova, 2013

 p. 106


6- Há diferença no cérebro entre orar num idioma usando a linguagem articulada e o falar em linguas?

https://www.youtube.com/watch?v=tDiPCK15P5M

Quando a pessoa fala em línguas (pelo Espírito Santo) o lobo frontal cessa a atividade.

Quando a pessoa ora, ou medita, ou inventa sons (controle intencional) ela usa o lobo frontal.

Em 2006, o Dr. Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia, usando tomografia computadorizada de emissão de fóton único (SPECT), descobriu que o lobo frontal de indivíduos que falavam em línguas era muito menos ativo. Esse perfil cerebral contrastava com as freiras franciscanas na oração contemplativa e os monges budistas na meditação, em que a atividade do lobo frontal é aumentada. Uma vez que a atividade do lobo frontal é aumentada quando estamos focados no que estamos dizendo, esse achado confirma os autorrelatos do que as pessoas que falaram em línguas experimentaram, implicando que as palavras faladas na glossolalia se originam de uma fonte diferente da mente do indivíduo falando em línguas.

Testamos várias hipóteses sobre glossolalia: (1) sabe-se que os lobos frontais estão envolvidos em controle intencional de comportamentos (Frith et al., 1991; Pardo et
al., 1991).....É interessante que os lobo frontais mostraram diminuição da perfusão durante a glossolalia, mas isso é consistente com a descrição dos sujeitos de um falta de controle intencional sobre o desempenho de glossolalia. ... Andrew B. Newberg et al., The measurement of regional cerebral blood flow during glossolalia: A preliminary SPECT study, Psychiatry Research: Neuroimaging (2006), doi:10.1016/j.pscychresns.2006.07.001.

A glossolalia produziu um padrão significativamente diferente de atividade cerebral em comparação ao canto, relata a equipe na edição de novembro da Psychiatry Research: Neuroimaging. Talvez a diferença mais importante seja a diminuição da função do lobo frontal, diz Newberg. "A parte do cérebro que normalmente os faz sentir no controle foi essencialmente desligada." Outra mudança notável foi o aumento da atividade na região parietal - a parte do cérebro que "recebe informações sensoriais e tenta criar um senso de identidade e de como você se relaciona com o resto do mundo", diz Newberg. As descobertas fazem sentido, diz Newberg, porque falar em línguas envolve abrir mão do controle enquanto obtém uma "experiência muito intensa de como o eu se relaciona com Deus". Curiosamente, ele observa, as respostas da glossolalia foram o oposto daquelas vistas em indivíduos em um estado meditativo. Quando as pessoas meditam sobre um determinado objeto sagrado, Newberg descobriu que a atividade do lobo frontal aumenta, enquanto sua atividade parietal diminui. Isso está de acordo com a noção de que na meditação a pessoa tem um foco controlado enquanto perde o senso de identidade. https://www.sciencemag.org/news/2006/11/tongues-mind acesso em 01/01/2021


7- O dom de línguas cessou? Os dons cessaram? 

Como vimos acima o dom de linguas basicamente é um dom para oração, será que as pessoas hoje precisam deste dom menos que nos dias de Cristo?

http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2014/07/batismo-no-espirito-santo-o-carater.html