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sábado, 4 de junho de 2022

Metaverso , Igrejas e o Evangelho



Experiências virtuais precedentes

Os agrupamentos religiosos (igrejas, sinagogas, mesquitas) podem ser agora vivenciados virtualmente em três dimensões e com sistemas de som surround. Na verdade, eles vêm sendo vividos virtualmente há muitos anos, primeiro via rádio e, mais recentemente, via televisão. O aspecto tridimensional da realidade virtual, combinado com o acesso desenfreado à sua “realidade” via internet, é a novidade. De qualquer forma, embora toda a experiência seja essencialmente subjetiva, há  uma possibilidade cada vez maior de combinar realidade com “desrealidade” ou combinar a realidade com a realidade imaginada, tal como já conhecemos quando ouvimos rádio ou assistimos televisão. 


O que é Metaverso?

Metaverso é um universo digital, conectado à Internet, integrando elementos de redes sociais, mesclando os elementos fisicamente presentes, por Realidade Aumentada, gamificação e criptomoedas (para realização de negócios) criando espaços de sociabilidade virtual.

 As pessoas podem reagir entre si por meio de avatares ou futuramente por meio de hologramas. Trata-se de algo distinto da Realidade Aumentada, no sentido que opera em camadas incrementais ao mundo físico.

Pretende-se que o metaverso seja um universo de universos físico-digitais onde as pessoas poderão se encontrar – independentemente de onde estejam geograficamente – de forma híbrida e tridimensional, não apenas olhando para telas planas, mas também e principalmente por meio de softwares, aplicativos e tecnologias de realidade virtual, ampliada e/ou hologramática.  Revista do Instituto Humanitas Unisinos Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021


As pessoas serão capazes de fazer várias coisas como como:
  1.  encontros com família
  2. encontro com, amigos, 
  3.  trabalhar,
  4.  participar de palestras,
  5. jogar
  6. assistir filme 
  7. participar de cultos relgiosos
  8. etc.


O metaverso descreve uma visão de um mundo virtual 3D conectado, onde os mundos real e digital são integrados usando tecnologias como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR). Este ambiente envolvente estará acessível por meio de fones de ouvido de realidade virtual, óculos de realidade aumentada e aplicativos de smartphone.

Os usuários se encontrarão e se comunicarão como avatares digitais, explorarão novas áreas e criarão conteúdo. A ideia é que o metaverso se torne um espaço virtual colaborativo onde possamos socializar, brincar, trabalhar e aprender. https://www.bbc.com/portuguese/geral-59908725


Ja existe o Metaverso?

Existe apenas de forma incipiente. Atualmente, em 2022, a área dos negócios tem prevalecido , mas já há as igrejas no metaverso como a VR Church (2019) e a LagoVerso (2022) da Igreja Batista de Lagoinha de Orlando.


  Ainda não se tem as tecnologias necessárias para torná-lo viável do modo como vem sendo anunciado, seja do ponto de vista da infraestrutura para possibilitar a interaçãode bilhões de usuários nesse ambiente, seja do ponto de vista da chamada “interoperabilidade” entre as várias plataformas digitais que darão forma a essa infraestrutura. 


A internet atual disponível (4 G) à maioria da população não é capaz de lidar com o fluxo de dados de inúmeras plataformas de realidade aumentada e realidade virtual sendo acessadas por bilhões de usuários, simultaneamente.

As empresas precisam construir plataformas intercambiáveis e compatíveis, caso contrário, o metaverso como ele é pensado atualmente nunca se concretizará. Teremos, no máximo, vários metaversos.

 Como o Facebook reconhece, o metaverso não surgirá da noite para o dia, nem será um “produto” que uma única empresa poderá construir, mas se trata de um “sucessor” da internet como a conhecemos, que envolverá parcerias entre as principais plataformas e, principalmente, a participação da sociedade em geral, em seus diversos níveis, para “habitá-lo”. Nós já estamos fazendo parte dessa evolução gradual rumo a um futuro metaverso neste exato momento. Em outras palavras, o surgimento do metaverso não ocorrerá apenas por um processo de inovação tecnológica por parte de empresas como o Facebook, mas também depende de invenções socioculturais, que são complexas, imprevisíveis e indeterminadas. 

A infraestrutura tecnológica do metaverso será oferecida por tais empresas, mas só poderá ser concebida a partir do acompanhamento de certas tendências comunicacionais da sociedade (muitas das quais já estamos vivendo neste tempo de pandemia e de distanciamento). Por sua vez, quando o metaverso estiver estabelecido, as futuras tendências – a partir das práticas comunicacionais pessoais e sociais nesse novo ambiente – desempenharão um papel significativo na evolução e na transformação do próprio metaverso ao longo do tempo, a partir dos usos e apropriações específicos e conjunturais que a sociedade promoverá sobre essa “internet reinventada”.Revista do Instituto Humanitas Unisinos Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021


 Metaverso e a religião

Pensando o metaverso como um desdobramento da comunicação digital como a conhecemos hoje, o fenômeno religioso continuará se expressando também nesse meta-ambiente digital, seja ele como for. O metaverso poderá emergir como um ambiente de relação com o sagrado, pois no fundo se tratará de um ambiente de relação entre pessoas, que portam consigo uma dimensão religiosa e espiritual, de abertura e de busca de um “algo mais”.

No metaverso, do modo como ele vem sendo anunciado, poderá haver ritos celebrados com mediações intrarrituais (gestos, palavras, objetos) que poderão ser percebidas e sentidas a distância, por meio de uma macromediação extrarritual, ou seja, todo o aparato tecnológico que permitirá a “presença metaversal” em um rito celebrado em outro espaço geográfico – uma forma de presentificação digital em um espaço ritual geolocalizável. Se assim for, teremos uma complexificação da experiência histórica e tradicional do fenômeno religioso.... .Revista do Instituto Humanitas Unisinos Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021


Ceia e Batismo

Os sacramentos demandam sinais sensíveis e materiais para sua celebração, que passam pelo corpo e pelos sentidos corporais objetivos. Isto é, a vivência da eucaristia passa por um comer e beber que devem tocar o nosso paladar de forma objetiva, sensível e material; o batismo passa pela imersão na água (ou ao menos o derramamento dela) de forma objetiva, sensível e material; e assim por diante. No metaverso, os elementos objetivos, sensíveis e materiais não poderão ser “teletransportados” nem experimentados digitalmente. Revista do Instituto Humanitas Unisinos Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021


Um avatar ou mesmo um holograma ser batizado não é o mesmo que uma pessoa real ser batizada.

Um avatar ou mesmo um holograma comer pão e beber vinho não é o mesmo que  uma pessoa participar 


Conclusão:

O metaverso é um desdobramento histórico da comunicação digital, o fenômeno religioso continuará se expressando também nesse meta-ambiente digital, especialmente por meio de cultos, estudos bíblicos e pregações. O metaverso é deve ser visto com um meio e não um fim. A igreja do Senhor não pode ser resumida ao metaverso, mas deve estar no metaverso como meio de divulgação do evangelho.

 

Bilbiografia:

https://www.techtudo.com.br/noticias/2021/11/o-que-e-metaverso-entenda-o-projeto-que-mudou-o-nome-do-facebook.ghtml

Revista do Instituto Humanitas Unisinos Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021

https://www.bbc.com/portuguese/geral-59908725