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domingo, 12 de julho de 2020

Canon Sagrado Apócrifos e Pseudoepígrafos- Norman Geisler



Apócrifos. O termo apócrifo geralmente se refere a livros polêmicos do AT que os protestantes rejeitam e os católicos romanos e as igrejas ortodoxas aceitam. A palavra apócrifo significa “escondido” ou “duvidoso”. Os que aceitam esses documentos preferem chamá-los “deuterocanônicos”, isto é:  livros do “segundo cânon”.

A posição católica romana. 
Católicos e protestantes concordam quanto à inspiração dos 27 livros do NT . Diferem em 11 obras de literatura do AT (7 livros e 4 partes de livros). Essas obras polêmicas causaram discórdia na Reforma e, em reação à sua rejeição pelos protestantes, foram “infalivelmente” declaradas parte do cânon inspirado das Escrituras em 1546 pelo Concilio de Trento .
O Concilio afirmou:
0 Sínodo [...] recebe e venera [...] todos os livros [incluindo os apócrifos] tanto do ,Antigo quanto do Novo Testamento— visto que um só Deus é o Autor de ambos [...] que foram ditados, ou pela própria palavra de Jesus ou pelo Espírito Santo [...] se alguém não aceitar como sagrados e canônicos os livros mencionados integralmente com todas as suas partes, como costumavam ser lidos na Igreja Católica (...] será anátema”(Schaff2.81).
Outro documento de Trento diz:
Mas se alguém não aceitar o que está nos livros como sagrados e canônicos, inteiros com todas as suas partes da Bíblia [...] e se consciente e deliberadamente condenar a tradição mencionada anteriormente, que seja anátema (Denzinger,Sources,n.° 784).
A mesma linguagem afirmando os apócrifos é repetida pelo Concüio Vaticano II.Os apócrifos que Roma aceita incluem 11 ou 12 livros, dependendo de Baruque 1 até 6 ser dividido em duas par-
tes. Baruque 1 até 5 e a carta de Jeremias (Baruque 6). O deuterocânonico inclui todos os 14 (ou 15) livros considerados apócrifos pelos protestantes exceto a Oração de Manasses e 1 e 2 Esdras (chamados 3 e 4 Esdras pelos católicos romanos; Esdras e Neemias eram chamados 1 e 2 Esdras pelos católicos).
Apesar do cânon católico romano ter 11 obras de literatura a mais que a versão protestante, apenas 7
livros a mais, ou um total de 46, aparecem no índice. (O AT judeu e o protestante têm 39). Como se vê na tabela seguinte, outras 4 peças de literatura estão incorporadas a Ester e Daniel.

Livros   apócrifos                                       Livros  deuterocanônicos ( Local onde está na B.Catolica)
Sabedoria de Salomão (c. 30 a.C.)                     Livro da Sabedoria
Eclesiástico (Siraque)    (132 a.C.)                     Siraque
Tobias (c. 200 a.C.)                                           Tobias
Judite (c. 1 50 a.C)                                            Judite
1 Macabeus (c. 110 a.C.)                                  1 Macabeus
2 Macabeus (c. 110-70 a.C)                              2 Macabeus
Baruque (c. 150-50 a.C)                                   Baruque capítulos 1-5
Carta de Jeremias                                              Baruque 6 (c.300 - 100 a.C)

Adições a Ester                                                  Ester 10.4-16.24 (140-130 a.C)
Oração de Azarias   (c. 200-1 a.C)                    Daniel 3.24-90  (A canção dos três rapazes"
Susana (c.200 a.C)                                            Daniel 13
Bel e o dragão                                                   Daniel 14 (c.1 00 a.C)
Oração de Manassés
(ou segunda Oração de
Manassés, c. 1 00 a.C)


Argumentos católicos
O cânon maior às vezes é denominado “cânon alexandrino” , em contraposição ao “cânon palestinense”, que não contém os apócrifos, porque supostamente eram parte da tradução grega do AT (a Septuaginta, ou lLXX ) preparada em Alexandria, Egito. As razões geralmente dadas a favor dessa lista alexandrina mais extensa são:

1. O NT reflete o pensamento dos apócrifos, e até faz referência a eventos neles descritos (cf. Hb
1.35 com 2 Macabeus 7.12).
2. O NT cita mais o AT grego com base no AT , que continha os apócrifos. Isso dá aprovação tácita ao texto inteiro.
3. Alguns pais da igreja primitiva citaram e usaram os apócrifos como Escritura na adoração pública.
4. Esses pais da igreja, como Ireneu, Tertuliano e Clemente de Alexandria aceitavam todos os
apócrifos como canônicos.
5. Cenários de catacumbas cristãs primitivas retratam episódios dos apócrifos, mostrando-os
como parte da vida religiosa cristã primitiva, o que, no mínimo, revela um grande apreço pelos apócrifos.
6. Manuscritos primitivos importantes (Álef, a e b ) intercalam os apócrifos entre os livros do AT
como parte do AT greco-judaico.
7. Concílios da igreja primitiva aceitaram os apócrifos: Roma (382), Hipona (393) e Cartago (397).
8. A Igreja Ortodoxa aceita os apócrifos. Sua aceitação demonstra que se trata de uma crença
cristã comum, não restrita aos católicos romanos.
9. A Igreja Católica Romana considerou os apócrifos canônicos no Concilio de Trento (1546), de acordo com os concílios anteriores já mencionados e com o Concilio de Florença, pouco antes da Reforma (1442).
10. Os livros apócrifos continuaram sendo incluídos em versões bíblicas protestantes até o século xix. Isso indica que mesmo os protestantes aceitavam os apócrifos até recentemente.
11. Livros apócrifos com texto em hebraico foram encontrados entre os livros canônicos do AT na
comunidade do mar Morto em Qumran, logo faziam parte do cânon hebraico

Respostas aos argumentos católicos. 

1- O NT e os apócrifos.
Pode haver no NT alusões aos apócrifos, mas não há nenhuma citação definitiva de qualquer livro  apócrifo aceito pela Igreja Católica Romana. Há alusões aos livros pseudepigráficos (falsas escrituras) que são rejeitadas por católicos romanos e protestantes, tais como Ascensão de Moisés (Jd 9) e do Livro d e Enoque (Jd 14,15). Também há citações de poetas e filósofos pagãos (At 17.28; 1C0.15.33; Tt 1.12). Nenhuma dessas fontes é citada como Escritura, nem possui autoridade.
O NT simplesmente faz referência a verdades contidas nesses livros que, por outro lado, podem conter (e realmente contêm) erros. Teólogos católicos romanos concordam com essa avaliação. O NT jamais se refere a qualquer documento fora do cânon como autorizado.

2- A LXX e os apócrifos. 
0 fato do NT citar várias vezes outros livros do AT grego não prova de forma alguma que os livros deuterocanônicos que ele contém sejam inspirados. Não é sequer um fato comprovado que a LXX do século 1 contivesse os apócrifos. Os primeiros manuscritos gregos que os incluem datam do século
iv d.C. Mesmo que esses escritos estivessem na LXX nos tempos apostólicos, Jesus e os apóstolos jamais os citaram , apesar de supostamente estarem incluídos na mesma versão do AT geralmente citada. Até as notas da New American Bible [Nova Bíblia Americana, nab] admitem de form a reveladora que os apócrifos são “livros religiosos usados por judeu s e cristãos que não foram incluídos na coleção de escritos inspirados”. Pelo contrário ,“... foram introduzidos bem mais tarde na coleção da Bíblia. Os católico s os chama m livros‘deuterocanônicos’ (segundo cânon )” (nab, p. 413).

3- Usados pelos pais da igreja
Citações dos pais da igreja usadas para apoiar a canonicidade dos apócrifos são seletivas e enganadoras. A alguns pais pareciam aceitar sua inspiração; outros os usavam p ara propósitos devocionais e homiléticos (pregação), mas não os aceitavam com o canônicos. Um especialista nos apócrifos, Roger Beckwith, observa:
Quando examinamos as passagens nos primeiros pais que supostamente deveriam estabelecer a canonicidade dos apócrifos, descobrimos que algumas delas são tiradas
do texto grego alternativo de Esdras (lEsdras) ou de adições ou apêndices de Daniel, Jeremias ou algum outro livro canônico, e que [...] não são muito relevantes; desco
brim os ainda que outras não são citações dos apócrifos; e que, dentre as que são, muitas não dão qualquer indício de que o livro seja considerado Escritu ra (The Old
Testament, cânon 387).
Epístola de Barnabé 6.7 e Tertuliano , Contra Marcião 3.22.5, não citam Sabedoria 2.12, e sim Isaías 3.10 ( a t ) , e Tertuliano, De anima [Da alma] 15, não cita Sabedoria 1.6, e sim Salmos 139.23, como a comparação entre as passagens demonstra .
Da mesma forma , Justino Mártir, Diálogo com Trifão 129, claramente não cita Sabedoria , e sim 
Provérbios 8.21-25 ( a t ) . Chamar Provérbios de “Sabedoria ” está de acordo com a nomenclatura comum dos pais [ibid., p. 427].

Geralmente, nas referências, os pais não estavam afirmando a autoridade divina de nenhum dos onze
livros canonizados infalivelmente pelo Concílio de Trento. Citavam , apenas, uma obra bem conhecida da
literatura hebraica ou um escrito devocional in formativo ao qual não davam n enh um a probabilidade de inspiração do Espírito Santo.

4- Os pais da igreja e os apócrifos
Alguns indivíduos na igreja primitiva valorizavam muito os apócrifos; outros se opunham com veemência a eles. O comentário de J. D.N. Kelly de que “para a grande maioria [dos pais] [...] as escrituras deuterocanônicas se classificavam com o Escritura no sentido completo” está fora de sintonia com
os fatos.
Atanásio, Cirilo de Jerusalém , Orígenes e o grande teólogo católico romano e tradutor da Vulgata, Jerônimo, todos se opu ham à inclusão dos apócrifos. No século ii d.C. a versão siríaca (Peshita) não continha os apócrifos (Introdução bíblica, cap. 7 a 9).

5-Temas apócrifos na arte das catacumbas.
Muitos teólogos católicos também ad m item que as cenas das catacumbas não provam a canonicidade dos livros cujos eventos retratam . Tais cenas indicam o significado religioso que os eventos retratados tinham para os cristãos primitivos. No máximo, demonstram respeito pelos livros que continham esses eventos, não o reconhecimento de que fossem inspirados.

6- Livros nos manuscritos gregos. 
Nenhum dos grandes manuscritos gregos (Álef, e b) contém todos os livros apócrifos. Tobias, Judite, Sabedoria e Siraque (Eclesiástico) são encontrados em todos eles,e os manuscritos mais antigos (b o u Vaticano) excluem totalmente Macabeus. Mas os católicos apelam a esse manuscrito p ara apoiar sua posição. Além disso ,nenhum manuscrito grego contém a mesma lista de livros apócrifos aceita pelo Concílio de Trento (1545-1563; Beckw ith, p. 194,382-3).

7-Aceitação pelos primeiros concílios
Esses foram apenas concílios locais e não eram impostos à igreja toda. Concílios locais geralmente erravam nas suas decisões e mais tarde eram anulados pela igreja universal. Alguns apologistas católicos argumentam que, mesmo que um concílio não seja ecumênico, seus resultados podem ser impostos se forem confirmados.

Mas reconhecem que não há ma eira infalível de saber quais afirmações dos papas são infalíveis. Na verdade, admitem que outras afirm ações dos papas são até heréticas, tais com o a heresia monotelita do papa Honório i (m . 638).Também é importante lembrar que esses livros não são parte das Escrituras cristãs (período do NT ) . Encontram-se, assim , sob a jurisdição da comunidade judaica que os compusera e que, séculos antes, os rejeitara com o parte do cânon.

Os livros aceitos por esses concílios cristãos podem até não ser os mesmos em cada caso. Portanto,
não podem ser usados com o prova do cânon exato mais tarde proclamado “infalível” pela Igreja Católica
Romana em 1546.

Os Concílios locais de Hipona e Cartago no Norte da África foram influenciados por Agostinho, a voz mais importante da antigüidade, que aceitava os livros apócrifos canonizados mais tarde pelo Concílio de Trento. Mas a posição de Agostinho é infundada:
 1) O próprio Agostinho reconheceu que os judeus não aceitaram esses livros como parte do cânon (A cidade de Deus, 19.36-38).
2) Sobre os livros dos Macabeus.Agostinho disse: “... tidos por canônicos pela igreja e por apócrifos pelos judeus. A igreja assim pensa por causa dos terríveis e admiráveis sofrimentos desses mártires...” (Agostinho, 18.36). Nesse caso, O livro dos mártires, de Foxe, deveria estar no cânon.
3) Agostinho era incoerente, já que rejeitou livros que não foramescritos por profetas, mas aceitou um livro que parece negar ser profético (IMacabeus 9.27).
4) A aceitação errada dos apócrifos por Agostinho parece estar ligada a sua crença na inspiração da LXX, cujos manuscrtos gregos mais recentes os continham. Mais tarde Agostinho reconheceu a superioridade do textohebraico de Jerônimo comparado ao texto grego da LXX . Isso deveria tê-lo levado a aceitar a superioridade do cânon hebraico de Jerônimo também. Jerônimo rejeitava completamente os apócrifos.

O Concilio de Roma (382) que aceitou os livros apócrifos não incluiu os mesmos livros aceitos por
Hipona e Cartago. Ele não inclui Baruque, apenas seis, não sete, dos livros apócrifos declarados canônicos mais tarde. Até Trento o descreve como livro separado (Denzinger, n.° 84).

8- Aceitação pela Igreja Ortodoxa. 
A igreja grega nem sempre aceitou os apócrifos e sua posição atual não é inequívoca. Nos Sínodos de Constantinopla (1638), Jafa (1642) e Jerusalém (1672)   [após a Igreja Romana] esses livros foram declarados canônicos. Mesmo até 1839, no entanto, seu Catecismo maior omitia expressamente os apócrifos porque não existiam na Bíblia hebraica.
Aceitação nos Concílios de Florença e Trento. No Concilio de Trento (1546) a proclamação infalível foi
feita aceitando os apócrifos como parte da Palavra inspirada de Deus. Alguns teólogos católicos afirmam que o Concilio de Florença, anterior a Trento (1442) fez a mesma declaração. Mas esse concilio não afirmou nenhuma infalibilidade, e a decisão do concilio também não tem nenhuma base real na história judaica, no NT ou na história cristã primitiva. Infelizmente, a decisão de Trento veio um milênio e meio depois de os livros serem escritos e foi uma polêmica óbvia contra o protestantismo. O Concilio de Florença proclamou que os apócrifos era inspirados para apoiar a doutrina do purgatório que havia surgido. Mas as manifestações dessa crença na venda de indulgências chegaram ao ponto máximo na época de Martinho Lutero, e a proclamação de Trento sobre os apócrifos era uma contradição clara ao ensino de Lutero. A adição infalível oficial dos livros que apoiam orações pelos mortos é muito suspeita, chegando apenas alguns anos depois de Lutero protestar contra essa doutrina. Ela tem toda a aparência de uma tentativa de dar apoio “infalível” para doutrinas que não têm verdadeira base bíblica.

9-Livros apócrifos nas versões bíblicas protestantes.
Os livros apócrifos apareceram em versões bíblicas protestantes antes do Concilio de Trento e geralmente 
eram colocados numa seção separada porque não eram considerados de igual autoridade. Apesar de anglicanos e alguns outros grupos não-católicos terem sempre dado muita importância ao valor inspirativo e histórico dos apócrifos, nunca os consideraram de origem divina e de autoridade igual a das Escrituras. Até teólogos católicos durante o período da Reforma distinguiam entre o deuterocânon e o cânon.
O cardeal Ximenes fez essa distinção na sua imponente Bíblia, a Poliglota complutense (1514-1517) às vésperas da Reforma. O cardeal Cajetano, que depois se opôs a Lutero em Augsburgo, em 1518, publicou, depois da Reforma ter começado, o Comentário sobre todos os livros históricos autênticos do Antigo Testamento(1532), que não continha os apócrifos. Lutero falou contra os apócrifos em 1543, incluindo tais livros no fim da sua Bíblia (Metzger, p,181ss.).

10- Livros apócrifos em Qumran.
A descoberta dos rolos do mar Morto em Qumran não incluía apenas a Bíblia da comunidade (0 a t ) mas também sua biblioteca, com fragmentos de centenas de livros. Entre eles se achavam alguns livros apócrifos do a t . 0 fato de nenhum comentário ser encontrado para qualquer dos livros apócrifos e apenas livros canônicos serem encontrados em pergaminhos e escritos especiais indica que os livros apócrifos não eram considerados canônicos pela comunidade de Qumran. Menahem Mansur alista os seguintes fragmentos dos apócrifose dos livros p seu d ep íg rafos: Tobias, em hebraico e aramaico; Enoque, em aramaico; Jubileus, em hebraico; Testamento de Levi e Naftali, em aramaico; literatura apócrifa de Daniel, em hebraico e aramaico, e Salmos de Josu é (Mansur, p. 203). 0 especialista em manuscritos do mar Morto, Millar Burroughs, concluiu: “Não há motivo para acreditar que alguma dessas
obras fosse venerada como Escritura Sagrada” (Morelight on the D ead Sea Scrolls p. 178).


Resumo dos argumentos católicos.
No máximo, tudo o que os argumentos usados a favor da canonicidade dos livros apócrifos provam é que vários livros apócrifos receberam níveis variados de aceitação por pessoas diferentes na igreja cristã, geralmente não atingindo a confirmação de sua canonicidade. Só depois de Agostinho e dos concílios locais que ele dominou declararem-nos inspirados é que começaram a ser mais usados e, por fim, receberam aceitação infalível da Igreja Católica Romana em Trento. Isso ainda não atinge o tipo de reconhecimento inicial, contínuo e total entre as igrejas cristãs dos livros canônicos do AT protestante e da Torá judaica (que exclui os apócrifos). Os verdadeiros livros canônicos foram recebidos imediatamente pelo povo de Deus no cânon crescente das Escrituras (Introdução bíblica, cap. 8). Qualquer debate subseqüente foi travado pelos que não estavam numa posição, assim como sua audiência imediata, de saber se eram de um apóstolo ou profeta autorizado. Assim, esse debate subseqüente sobre os chamados antilegomena era devido a
sua autenticidade, não canonicidade. Eles já estavam no cânon; algumas pessoas em gerações posteriores questionaram se deviam estar ali. Eventualmente, todos os antilegomena (livros questionados mais tarde por algumas pessoas) foram retidos no cânon. Isso não aconteceu com os apócrifos, pois os protestantes rejeitaram todos eles e até os católicos rejeitaram 3 Esdras, 4 Esdras e a oração de Manassés.



Argumentos a favor do cânon protestante. 
A evidência indica que o cânon protestante, que consiste em 39 livros da Bíblia hebraica e exclui os apócrifos, é o verdadeiro cânon. A única diferença entre o cânon protestante e o palestino antigo está na sua ordem. A Bíblia antiga tem 24 livros. Combinados em um só estão 1 e 2 Samuel, bem como 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias (o que reduz o número em quatro). Os 12 profetas menores são contados como um único livro (reduzindo o número em 11). Os judeus palestinos representavam a ortodoxia judaica. Portanto, seu cânon era reconhecido por ortodoxo. Foi o cânon de Jesus (Introdução bíblica, cap. 4), Josefo e Jerônimo.
Foi o cânon de muitos pais da igreja primitiva, entre eles Orígenes, Cirilo de Jerusalém e Atanásio.
Os argumentos que apóiam 0 cânon protestante podem ser divididos em dois grupos: históricos
e doutrinários.

Argumentos históricos

1- O teste da canonicidade.
 Ao contrário do argumento católico com base no uso cristão, o verdadeiro teste da canonicidade é a caracteristíca profética. Deus determinou quais livros estariam  na Bíblia ao dar sua mensagem a um profeta. Então apenas livros escritos por um profeta ou porta-voz credenciado por Deus são inspirados ou pertencem ao cânon das Escrituras.

É claro que, apesar de Deus ter determinado a canonicidade desta maneira, o povo de Deus teve de descobrir quais desses livros eram proféticos. 0 povo de

Deus a quem o profeta escreveu sabia que os profetas satisfaziam os testes bíblicos para serem representantes de Deus, e eles os autenticaram ao aceitar os livros como vindos de Deus. Os livros de Moisés foram aceitos imediatamente e guardados num lugar sagrado (Dt 31.26). O livro de Josué foi aceito imediatamente e preservado com a Lei de Moisés (Js 24.26). Samuel foi acrescentado à coleção (ISm 10.25). Daniel já tinha uma cópia do seu contemporâneo profético Jeremias (Dn 9.2) e da Lei (Dn 9.11,13). Apesar da mensagem de Jeremias ter sido rejeitada por grande parte da sua geração, o remanescente deve ter aceitado e espalhado rapidamente sua obra.

Paulo encorajou as igrejas a fazer circular suas epístolas inspiradas (Cl 4.16). Pedro 
possuía uma coleção das obras de Paulo, igualandoas ao a t como “Escritura” (2Pe 3.15,16).

Havia várias maneiras de contemporâneos confirmarem se alguém era profeta de Deus. 

Alguns foram confirmados de forma sobrenatural (Êx 3,4; At 2.22; 2C0 12.12; Hb 2.3,4). Às vezes isso acontecia por meio da confirmação imediata da autoridade sobre a natureza ou da precisão da profecia preditiva. Na verdade, os falsos profetas eram eliminados se suas previsões não se realizassem (Dt 18.20-22). Supostas revelações que contradiziam verdades reveladas anteriormente também eram rejeitadas (Dt 13.1-3).

Evidências de que os contemporâneos de cada profeta autenticaram e acrescentaram seus livros ao cânon
crescente vêm das citações de obras posteriores. As obras de Moisés são citadas em todo o AT, começando com seu sucessor imediato Josué (Js 1.7; lRs 2.3; 2Rs 14.6; 2Cr 17.9; Ed 6.18; Ne 13.3; Jr 8.8; Ml 4.4).

Profetas posteriores citam os anteriores (e.g., Jr 26.18; Ez 14.14,20; Dn 9.2; Jn 2.2-9; Mq 4.1 -3). No n t , Paulo cita Lucas (Um 5.18); Pedro reconhece as epístolas de Paulo (2Pe 3.15,16), e Judas (4-12) cita 2 Pedro.

O Apocalipse está cheio de imagens e idéias de Escrituras anteriores, especialmente Daniel (v., e.g., Ap 13).
Todo o AT judaico/protestante foi considerado profético. Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros,
foi um profeta (Dt 18.15). O restante dos livros do AT foi conhecido durante séculos pela designação “Profetas” (Mt 5.17; Lc 24.27).
Posteriormente esses livros foram divididos em “Profetas” e “Escritos” . Alguns acreditam que essa divisão foi baseada no fato do autor ser um profeta por ofício ou por dom. Outros acreditam que a separação foi estabelecida para uso tópico em festivais judaicos, ou que os livros foram colocados em seqüência cronológica, por ordem de tamanho decrescente (Introdução bíblica, cap. 7). Seja qual for a razão, é evidente que a maneira original (cf. 7.12) e contínua de referir-se ao AT como um todo até a época de Cristo era a divisão dupla: “a Lei e os Profetas”.

Os “apóstolos e profetas” (Ef 3.5) compunham o NT .
Então, toda a Bíblia é um livro profético, incluindo o último livro (e.g., Ap 20); isso não se aplica aos livros
apócrifos.


2- Profecia não-autenticada. 
Há forte evidência de que os livros apócrifos não são proféticos, e já que a profecia é o teste da canonicidade, só esse fato os elimina do cânon.
Nenhum livro apócrifo afirma ser escrito por um profeta. Na verdade, o livro de Macabeus afirma não ser profético (IMacabeus 9.27). E não há confirmação sobrenatural de qualquer um dos escritores dos livros apócrifos, como há para os profetas que escreveram livros canônicos. Não há profecia que preveja o futuro nos apócrifos, como há em alguns livros canônicos (e.g., Is 53; Dn 9; Mq 5.2). Não há nova verdade messiânica nos apócrifos. Até a comunidade judaica, a quem os livros pertenciam, reconheceu que os dons proféticos haviam cessado em Israel antes de os apócrifos 
serem escritos (v. citações anteriores).

Os livros apócrifos jamais foram alistados na Bíblia judaica
com os profetas ou qualquer outra seção. Os livros apócrifos não são citados nenhuma vez com autoridade por nenhum livro profético escrito depois deles. Levando em conta tudo isso, temos evidências mais que suficientes de que os apócrifos não eram proféticos e, portanto, não deveriam ser parte do cânon das Escrituras.

3- Rejeição judaica.
Além das evidências da característica profética apontarem apenas para os livros do AT judaico e protestante, há uma rejeição contínua dos apócrifos como cânon por mestres judeus e cristãos.

Filo, um mestre judeu alexandrino (20 a.C.-40d.C.), citava o AT prolificamente, utilizando quase todos os livros canônicos, mas nunca citou os apócrifos como inspiràdos.

Josefo (30-100 d.C.), um historiador judeu, exclui explicitamente os apócrifos, numerando os livros
do AT em 22 ( - 39 livros no a t protestante). Ele também nunca citou um livro apócrifo como Escritura,
apesar de conhecê-los bem. Em Contra Ápion (1.8),ele escreveu:
Pois não temos uma multidão incontável de livros entre nós, discordando dos outros e contradizendo uns aos outros [como os gregos têm], mas apenas 22 livros, que são justamente considerados divinos; e deles, cinco pertencem a Moisés, con-
têm sua lei e as tradições da origem da humanidade até a morte dele. Esse intervalo de tempo foi pouco menor que três mil anos; mas quanto ao tempo da morte de Moisés até 0 reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, que reinou em Xerxes, os profetas,
que vieram depois de Moisés, escreveram o que foi feito nas suas respectivas épocas em treze livros. Os outros quatro livros contêm hinos a Deus e preceitos para a conduta da vida humana (Jos
efo, 1.8,grifo do autor).

Esses correspondem exatamente ao AT judaico e protestante, que exclui os apócrifos.
Os mestres judeus reconheceram que sua linhagem profética terminou no século vi a.C. Mas, como até os
católicos reconhecem, todos os livros apócrifos foram escritos depois dessa época. Josefo escreveu:
“De Artaxerxes até nossa época tudo foi registrado, mas não foi considerado digno do mesmo reconhecimento do que o que  precedeu, porque a sucessão exata dos pro-fetas cessou” (Josefo). 

Outras afirmações rabínicas sobre 0 término da profecia apóiam esse argumento (v.Beckwith, p. 370). O Seder olam rabbah 30 declara:
“Até então [a vinda de Alexandre, 0 Grande] os profetas profetizavam por meio do Espírito Santo. Daí em diante:‘Incline seu ouvido e ouça as palavras dos sábios’”.

 Baba batra 12b declara:
“Desde a época em que o templo foi destruído, a profecia foi tirada dos profetas e dada aos sábios” . 
O rabino Samuel bar Inia disse:
 “O segundo Templo não tinha cinco coisas que o primeiro Templo possuía: a saber, 0 fogo, a arca, 0 Urirn e o Tumim, o óleo da unção e o Espírito Santo [da profecia]”
Então, os mestres judeus (rabinos) reconheceram que o período de tempo durante o qual os apócrifos foram escritos não foi um período em que Deus estava transmitindo escrituras inspiradas.

4- Os autores do NT
Jesus e os autores do NT nunca citaram os apócrifos como Escritura, apesar de estarem cientes dessas obras e fazerem alusão a elas ocasionalmente (e.g., Hb 11.35 pode fazer alusão a 2 Macabeus 7,12, ou pode ser uma referência a lRs 17.22). Mas centenas de citações no NT mencionam o cânon do AT . A autoridade com que foram citadas indica que os autores do NT as consideravam parte da “Lei e dos Profetas” [i.e., 0 a t inteiro], que era considerada Palavra de Deus inspirada e infalível (Mt 5.17,18; cf. Jo 10.35). Jesus citou partes de todas as divisões da “Lei” e do “Profetas” do AT , que ele denominava “todas as Escrituras” (Lc 24.27).

Os eruditos judeus em Jâmnia (c. 90 d.C.) não aceitaram os apócrifos como parte do cânon judaico
divinamente inspirado (v. Beckwith, p. 276-7). Já que o NT afirma explicitamente que a Israel foram confiadas as palavras de Deus” e que a nação fora destinatária das alianças e da Lei (Rm 3.2), os judeus foram considerados guardiões dos limites do próprio cânon. Como tal, sempre rejeitaram os apócrifos.

5-A rejeição dos concílios da igreja primitiva.
Nenhuma lista canônica ou concilio da igreja cristã considerou os apócrifos inspirados durante os quase quatro primeiros séculos. Isso é importante, já que todas as listas disponíveis e a maioria dos mestres desse período omitem os apócrifos.
Os primeiros concílios a aceitar os apócrifos eram apenas locais, sem força ecumênica.A alegação católica de que o Concílio de Roma (382), a pesar de não ser um concílio ecumênico , t i ­
nha força ecumênica porque  o papa Dâmaso (304-384) o ratifico u é sem fu n d a m en to . É u m a alegação forçada, que supõe que Dâmaso era um papa com autoridade infalível. E até mesmo os católicos re­conhecem que esse concílio não era um grupo ecum ên ico.

 Nem todo s os teólogos católicos concordam que tais afirmações dos papas são infalíveis.Não h á listas infalíveis de afirmações infalíveis dos P apas. Nem há um critério universalmente aprovado para desenvolver tais listas. No máximo , apelar ao papa para tornar infalível a afirmação de um concílio local é uma faca de dois gum es. Mesmo teólogos católicos adm item que alguns papas ensinaram erros e foram até heréticos.

6- Rejeição por parte dos primeiros pais da igreja. Alguns dos prim eiros pais da igreja declararam -se contrário s aos apócrifos. Entre esses figuravam Orígenes,Cirilo de Jerusalém , Atanásio e o grande tradutor católico das Escrituras, Jerônimo.

Rejeição por jerônimo. Jerônimo (340-420), o  grande teólogo bíblico do início do período medieval e tradutor da Vulgata latina, rejeito u explicitamente os apócrifos com o parte do cânon. Ele disse que a igreja os lê:
para exemplo e instrução de costumes”, m as não “os aplica para estabelecer nenhum a doutrina” (Prefácio do Livro de Salomão da Vulgata, citado em Beckwith, p.343). 

Na verdade, ele criticou a aceitação injustificada desses livros por Agostinho. A princípio, Jerônimo até
recusou-se a traduzir os apócrifos para o latim , mas depois fez um a tradução rápida de alguns livros. Depois de descrever os livros exatos do a t judaico [e p rotestante] , Jerônim o conclui:

E então no total há 22 livros da Lei antiga [conforme as letras do alfabeto judaico], isto é, 5 de Moisés, 8 dos Profetas e 9 dos hagiógrafos. Apesar de alguns incluírem [...] Rute e Lamentações no hagiógrafo, e acharem que esses livros devem ser contados (separadamente) e que há então 24 livros da antiga Lei, aos quais o Apocalipse de João representa adorando ao Cordeiro por meio do número de 24 anciãos [...]

Esse prólogo pode servir perfeitamente como elmo (i.e., equipado com elmo, contra atacantes) de introdução a todos os livros bíblicos que traduzimos do hebraico para o latim, para
que saibamos que os que não estão incluídos nesses devem ser incluídos nos apócrifos (ibid.,grifo do autor).

No prefácio de Daniel, Jerônimo rejeitou claramente as adições apócrifas a Daniel (Bel e o Dragão e
Susana) e defendeu apenas a canonicidade dos livros encontrados n a Bíblia hebraica, escrevendo:
As histórias de Susana e de Bei e o Dragão não estão contidas no hebraico [...] Por isso, quando traduzia Daniel muitos anos atrás, anotei essas visões com um símbolo crítico,
demonstrando que não estavam incluídas no hebraico [...] Afinal, Orígenes, Eusébio e Apolinário e outros clérigos e mestres distintos da Grécia reconhecem que, como eu disse, essas visões não se encontram no hebraico, e portanto não são obrigados a refutar Porfírio quanto a essas porções que não exibem autoridade de Escrituras Sagradas (ibid., grifo do autor).
A sugestão de que Jerônimo realm ente favorecia os livros apócrifos, mas só estava argumentando que
os judeus os rejeitavam , é infundada. Ele disse claramente na citação acima que: “não exibem autoridadede Escrituras S agradas”, e jamais retirou sua rejeição dos apócrifos. Ele afirmou na obra Contra Rufino, 33, que havia “seguido o julgamento das igrejas” nesse assunto. E sua afirmação: “Não estava seguindo minhas convicções” parece referir-se às “afirmações que eles [os inimigos do cristianismo] estão acostumados a fazer contra nós” . De qualquer forma, ele não retirou em lugar algum  suas afirmações contra os apócrifos. Finalmente, o fato de que Jerônimo tenha citado os livros apócrifos não é prova de que os aceitava. Essa era uma prática comum de muitos pais da igreja. Ele afirmou que a igreja os lê “para exemplo e instrução de costumes” mas não “os aplica para estabelecer qualquer doutrina” .

7- A rejeição dos teólogos.
Até teólogos católicos notáveis d u ran te o período da Reform a rejeitaram os apócrifos, tal com o o cardeal Cajetano, que se opôs a Lutero.
Como já foi citado, ele escreveu o livro Comentário sobre todos os livros históricos autênticos do Antigo Testamento (1532), que excluía os apócrifos. Se ele acreditasse que fossem autênticos, certam ente os teria incluído num livro sobre “todos os autênticos” livros do a t .
 Lutero, João Calvino e outros reform adores rejeitavam a canonicidade dos apócrifos. Luterano  e anglicanos usam-nos apenas para assuntos éticos e devocionais, mas não os consideram oficiais em q u estões da fé. Igrejas reform adas seguiram A confissão de fé de Westminster (1647), afirma:
Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do Cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos {Da Sagrada Escritura, l.m).

Em resumo, a igreja cristã (incluindo anglicanos, luteranos e reform ados) rejeitou os livros deuterocanônicos com o parte do cânon. Eles fazem isso porque lhes falta o fator determinante primário da canonicidade:
os livros apócrifos não têm evidência de que foram escritos por profetas credenciados por Deus. Outra evidência é encontrada no fato de que os livros apócrifos jamais foram citados como autoridade nas Escrituras do n t , nem fizeram parte do cânon judaico, e a igreja primitiva nunca os aceitou como inspirados.

8-O  erro de Trento.
O pronunciamento infalível do Concilio de Trento de que os livros apócrifos são parte
da Palavra inspirada de Deus revela quão falível uma afirmação supostamente infalível pode ser. Esse artigo demonstrou que a afirmação é historicamente infundada. Foi um exagero polêmico e uma decisão arbitrária envolvendo uma exclusão dogmática.

O pronunciamento de Trento sobre os apócrifos foi parte de uma ação polêmica contra Lutero. Seus defensores consideravam que a aceitação dos apócrifos como inspirados era necessária para justificar
ensinamentos que Lutero havia atacado, principalmente as orações pelos mortos. O texto de 2 Macabeus
12.46 diz: “... mandou fazer o sacrifício expiatório pelos falecidos, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” ( c n b b ) .

Já que havia uma obrigação de aceitar certos livros, as decisões foram um tanto arbitrárias.
Trento aceitou 2 Macabeus, que apoiava as orações pelos mortos e rejeitou 2 Esdras (4 Esdras pela avaliação católica), que tinha uma afirmação que não apoiava a prática (cf. 7.105).
A própria história dessa seção de 2(4)Esdras revela a arbitrariedade da decisão de Trento. Ele foi escrito em aramaico por um autor judeu desconhecido (c. 100 d.C.) e circulou nas antigas versões latinas (c. 200). A Vulgata o incluiu como apêndice do n t ( c . 400). Desapareceu da Bíblia até que protestantes, começando com Johann Haug (1726-1742), começaram a imprimi-lo nos apócrifos com base nos textos aramaicos, já que não constava nos manuscritos em latim da época. Mas, em 1874 uma longa seção em latim (70 versículos do capítulo 7) foi encontrada por Robert Bently numa biblioteca em Amiens, França. Bruce Metzger comentou:

É provável que a seção perdida tenha sido deliberadamente arrancada de um ancestral da maioria dos manuscritos latinos sobreviventes, por razões dogmáticas, pois a passagem contém uma negação enfática do valor das orações pelos mortos.
Alguns católicos argumentam que essa exclusão não é arbitrária porque essa obra não fazia parte das listas
deuterocanônicas antigas, foi escrita depois da época de Cristo, foi relegada a uma posição inferior na Vulgata e só foi incluída nos apócrifos por protestantes no século x v iii.
Por outro lado, 2[4]Esdras fez parte de listas antigas de livros não considerados completamente canônicos. Segundo o critério católico, a data da obra não diz respeito à possibilidade de ter ela constado dos apócrifos judaicos, mas com o fato de ter sido usada por cristãos primitivos; ela foi usada, juntamente com outros livros apócrifos. Não deveria ter sido rejeitada porque tinha posição inferior na Vulgata. Jerônimo relegou todas essas obras a uma posição inferior. Ela não reapareceu no latim até o século xviii porque aparentemente algum monge católico arrancou a seção de orações pelos mortos. Orações pelos mortos eram preocupação constante dos clérigos de Trento, que convocaram seu concilio  apenas 29 anos depois de Lutero ter publicado suas teses contra a venda de indulgências. As doutrinas de indulgências, purgatório e orações pelos mortos permanecem ou caem juntas.

Argumentos doutrinários.
 Canonicidade. As posições falsas e verdadeiras que determinam a canonicidade podem ser comparadas da seguinte forma (Introdução bíblica, p. 62).

Posição correta sobre o cânon:
A igreja descobre o cânon.
A igreja é filha do cânon.
A igreja é ministra do cânon.
A igreja reconhece o cânon.
A igreja é testemunha do cânon.
A igreja é serva do cânon.

Posição incorreta sobre o cânon
A igreja determina o cânon.
A igreja é mãe do cânon.
A igreja é magistrada do cânon.
A igreja regula o cânon.
A igreja é juíza do cânon.
A igreja é mestra do cânon.

Fontes católicas podem ser citadas para apoiar uma doutrina de canonicidade que se parece muito
com a“posição correta” . O problema é que apologistas católicos geralmente se equivocam nesse assunto. Peter Kreeft, por exemplo, argumentou que a igreja deve ser infalível se a Bíblia é, já que o efeito não pode ser maior que a causa e a igreja causou o cânon. Mas se a igreja é regulada pelo cânon, em vez de governá-lo, então a igreja não é a causa do cânon. Outros defensores do catolicismo cometem o mesmo erro, afirmando da boca para fora o fato de que a igreja apenas descobre o cânon, mas por outro lado insistindo no argumento que faz a igreja a definidora do cânon. Eles negligenciam o fato de que foi Deus (por inspiração) quem causou as Escrituras canônicas, não a igreja.
Essa má interpretação às vezes é evidente no uso equivocado da palavra testemunha. Quando falamos
sobre a igreja como “testemunha” do cânon depois da época em que foi escrito não querem os dizer no sentido de ser um a testemunha ocular (i.e., relatando evidência de primeira mão). O papel adequado da igreja cristã no descobrimento de quais livros pertencem ao cânon pode ser reduzido a vários preceitos.

1-Somente o povo de Deus contemporâneo à autoria dos livros bíblicos foi verdadeira testemunha da evidência. 

Só eles foram testemunhas do cânon durante seu desenvolvimento. Só eles poderiam atestar a evidência da característica profética dos livros bíblicos, que é o fator determinante da canonicidade.

2-A igreja posterior não é testemunha da evidência do cânon.
Ela não cria nem constitui evidência para ocânon. É apenas descobridora e observadora da evidência que resta para a confirmação original da qualidade profética dos livros canônicos. A suposição da igreja de que a evidência subsiste em si m esma é o erro por trás da posição católica.

3-Nem a igreja primitiva nem a recente é juíza do cânon.
 A igreja não é o árbitro final quanto aos critérios do que será admitido com o evidência. Somente Deus pode determinar os critérios para nosso descobrimento do que seja sua Palavra. O que é de Deus terá suas “impressões digitais”; só Deus o determina com o são suas “impressões digitais”.

4-Tanto a igreja primitiva quanto a recente são mais juradas que juízas.
Os jurados ouvem as evidências, avaliam as evidências e apresentam um veredicto de acordo com as evidências. A igreja contemporânea (século i) testemunhou evidências de primeira mão da atividade profética (tais com o milagres), e a igreja posterior examinou as evidências da autenticidade desses livros proféticos, que foram confirmados diretamente por Deus quando foram escritos

De certa form a, a igreja “julga” o cânon. Ela é chamada, com o todos os jurados são, a realizar a seleção
e avaliação das evidências para chegar ao veredicto.Mas não é isso que a igreja romana praticou no seu
papel magisterial de determinação do cânon. Afinal, é isso que se quer dizer com o “magistério” da igreja. A
hierarquia católica não é apenas ministerial; tem papel judicial, não apenas administrativo. Não é apenas
o júri observando a evidência; é o juiz determinando o que se classifica com o evidência.
Aí está o problem a. Ao exercer o papel magisterial, a Igreja Católica escolheu o curso errado para apresentar sua decisão sobre os apócrifos. Inicialmente, decidiu seguir o critério errado, uso cristão em vez de qualidade profética.

Em segundo lugar, usou evidência de segunda mão de escritores posteriores em vez de apenas evidência de primeira mão para a canonicidade (confirm ação divina da atuação profética do autor).

Em terceiro lugar, não usou confirm ação imediata dos contemporâneos, mas afirmações posteriores de pessoas nascidas séculos depois dos eventos.
Todos esses erros surgiram da interpretação incorreta do próprio papel da igreja com o juíza em vez de jurada, com o magistrada em vez de ministra, soberana em vez de serva do cânon. Por outro lado, a rejeição protestante dos apócrifos foi baseada na compreensão do papel das p rim eiras testemunhas  ara as características proféticas e da igreja com o guardiã dessa evidência da autenticidade.


Os apócrifos do NT.

O s apócrifos do NT formam um a coleção de livros contestados que foram aceitos por algum as pessoas no cânon das E scrituras. Ao contrário dos apócrifos do AT , o s apócrifos do NT não causaram controvérsia perm anen te ou séria, já que a igreja universal concorda que apenas 27 livros do NT são inspirados . Os livros apócrifos foram usados pelo valor devocional, ao contrário dos livros mais espúrios (m u ita s vezes h e ré tic o s ) da pseudepigrafia do NT . Obras pseudepigráficas às vezes são chamadas “apócrifas”, mas foram rejeitadas universalmente por todas as tradições da igreja.

Os apócrifos do NT incluem A epístola de pseudo-Barnabé{c. 70-90 d.C.), A epístola aos coríntios (c. 96),O evangelho segundo os hebreus (c. 65-100), A epístola de Policarpo aos filipenses (c. 108), Didaquê ou O ensino dos doze apóstolos(c. 100-120), Aí sete epístolas de Inácio (c. 110), Homilia antiga ou A segunda epístola de Clemente (c. 120-140), O pastor de Hermas (c. 115-40), O apocalipse de Pedro (c. 150), e A epístola aos laodicenses (século iv [?]).

Razões para a rejeição .
N e n h u m d o s livro s apócrifos do NT teve mais que uma aceitação local ou temporária. A maioria teve, no máximo, status quase canónico, meros apêndices de manuscritos diversos ou incluídos em índices. Nenhum cânon importante ou concílio eclesiástico os aceitou com o p a rte da Palavra inspirada de Deus. Onde foram aceitos no cânon por grupos de cristãos, isso se deve ao fato de terem sido atribuídos equivocadamente a um apóstolo ou mencionados por um livro inspirado (por exemplo, Cl 4.16). Quando descobriam que isso era falso, sua canonicidade era rejeitada.

Conclusão.
As disputas sobre os apócrifos do AT  tem um papel importante nas disputas católicas e protestantes sobre ensinamentos com o o purgatório e orações pelos m ortos. Não há evidências de que os livros apócrifos sejam inspirados e, portanto, devam ser pa rte do cânon das Escrituras inspiradas. Eles não afirm am ser inspirados, e a inspiração não lhes é atribuída pela comunidade judaica que os produziu. Não são citados n en h u m a vez com o E scritu ra no x t . Muitos pais da igreja primitiva, incluindo Jerônimo, os rejeitavam categoricamente. Acrescentá-los à Bíblia pelo decreto infalível no Concilio de Trento evidencia um
pronunciamento dogmático e polêmico criado para sustentar doutrinas que não são apoiadas claramente
em nenhum dos livros canônicos.
À luz dessa evidência poderosa contra os apócrifos, a decisão da Igreja Católica Romana e Ortodoxa de declará-los canônicos é infundada e rejeitada pelos protestantes. É um erro sério admitir materiais não inspirados para corromper a revelação escrita de Deus e minar a autoridade divina das Escrituras (Ramm,p. 65).    Enciclopedia de Apologética. São Paulo:Vida, 2002p. 47-56

Fontes
H. Andrew s, An introduction to the apocryphal books o f the Old and New Testaments.
A gostinho, A cidade de Deus.
R. Beckwith , The Old Testament canon o f the New Testament church and its background in early
judaism.
M. Burroughs, More light on the Dead Sea scrolls.
H. Denzinger, Documents o f Vatican 11, cap. 3.
___ , The sources of catholic dogma.
N . L. Geisler, “ The extent of the Old Testament canon ” , em G . F. Hawthorn e, org., Current issues in biblical and patristic interpretation.
_____ e W . E . Nix, Introdução bíblica, ed. rev.
Josefo, Antigüidades dos judeus, 1.8.
B. Metzger, A « introduction to the apocrypha.
B. Ramm, The pattern o f religious authority.
P. Schaff, The creeds o f Christendom.
A . Souter, The text and canon o f the New Testament.
B. Westcott, Λ general survey o f the canon of the New Testament.

sábado, 4 de julho de 2020

Livro conspiratório sobre comunismo "O comunismo exposto" volta a ser divulgado- Veja a resposta

Livro de 1958 que trata dos supostos planos da URSS 


1- Sobre o autor- W. Cleon Skousen


O livro Comunismo exposto [nu] (The Naked Communist,) foi escrito em 1958 pelo ex agente do FBI, um mórmon, que se tornou um escritor de teorias da conspiração, especialmente sobre a ameça comunista e a Nova Ordem mundial. 

Ao contrário do que alega o escritor ele nunca teve contato com informações do FBI sobre comunismo, e tinha apenas um cargo administrativo.

O FBI disse que ele promovia um anticomunismo para fins financeiros pessoais, e os Mórmons disseram que ele inventava idéias fantasiosas:


W. Cleon Skousen, ex-agente do FBI, chefe de polícia e professor de Salt Lake, mais conhecido por seus escritos e palestras anticomunistas e conservadores, morreu em sua casa em Salt Lake City, Estados Unidos....Skousen, 92 anos, escreveu 46 livros, incluindo "The Naked Communist", um dos trabalhos mais populares da década de 1960 sobre conspiração comunista. https://www.ksl.com/article/148564/author-and-scholar-w-cleon-skousen-dies


Skousen foi o autor de mais de uma dezena de livros e panfletos sobre a Ameaça Vermelha, a conspiração da Nova Ordem Mundial, a criação cristã de crianças e a profecia dos mórmons para o fim dos tempos... Depois de se aposentar do FBI em 1951, Skousen ingressou na faculdade da Universidade Brigham Young, a universidade dos Santos dos Últimos Dias em Utah. Ele passou quatro anos tumultuado como chefe de polícia em Salt Lake City. Durante seu mandato, ele ganhou a reputação de reduzir o crime e impor impiedosamente a moral mórmon. Mas Skousen era muito sério pela metade. O prefeito ultraconservador da cidade, J. Bracken Lee, o demitiu em 1960 por excesso de zelo em invadir clubes privados, onde a elite mórmon desfrutava de suas cartas. "Skousen conduziu seu escritório como chefe de polícia da mesma maneira que os comunistas operam seu governo", escreveu Lee a um amigo explicando a demissão de Skousen. "O homem é um mestre das meias-verdades. Em pelo menos três instâncias, eu provei que ele era um mentiroso....
Como Skousen se tornou um especialista em comunismo? Ele alegou, como ainda fazem seus apologistas, que seus anos no FBI o expuseram a informações privilegiadas. Ele também se gabou de ter trabalhado em estreita colaboração com J. Edgar Hoover. Mas ambas as reivindicações são questionáveis. O trabalho de Skousen no Escritorio [do FBI] era em grande parte administrativo, segundo Ernie Lazar, pesquisador independente da extrema direita que examinou o arquivo do FBI de quase 2.000 páginas de Skousen . "Skousen nunca trabalhou na [divisão de inteligência doméstica] e nunca teve uma exposição significativa a dados relativos a assuntos comunistas", diz Lazar.



Quando os livros de Skousen começaram a aparecer nas salas de aula do ensino médio do país, funcionários em pânico do conselho escreveram ao FBI perguntando se Skousen era confiável. A resposta da Repartição foi um exasperado e retumbante "não". Um memorando do FBI de 1962 observa: "Durante o ano passado, mais ou menos, Skousen se afiliou aos" comunistas profissionais "de extrema direita que estão promovendo seu próprio anticomunismo para fins financeiros óbvios". O "The Naked Communist", de Skousen, disse o funcionário do Bureau, é "outro exemplo de por que é urgente e urgentemente necessário um bom livro acadêmico sobre o comunismo"....Skousen ficou baixo por boa parte dos anos 60. Mas ele ressurgiu no final da década, vendendo uma conspiração nova e aprimorada que se fundia esquerda e direita: a mega-trama capitalista global dos "ricos dinásticos". Skousen agora acreditava que famílias como os Rockefellers e os Rothschilds usavam forças de esquerda - de Ho Chi Minh ao movimento dos direitos civis americanos - para servir seu próprio poder....

"The Naked Capitalist" não parece um texto que faria parte da lista de leitura obrigatória em qualquer campus universitário respeitável, mas alguns professores da BYU a ensinaram por lealdade a Skousen. Aterrorizados, os editores de Dialogue: The Journal of Mórmon Thought convidaram o autor de "Tragedy and Hope", Carroll Quigley, para comentar a interpretação de Skousen sobre seu trabalho. Eles também pediram a um professor de história da BYU, altamente respeitado, chamado Louis C. Midgley, para revisar o último panfleto de Skousen. O julgamento deles não foi gentil. Na edição de outono / inverno de 1971 da Dialogue, os dois homens acusaram Skousen de "inventar idéias fantásticas e fazer inferências que vão muito além dos limites de comentários honestos". Skousen não apenas viu coisas que não estavam no livro de Quigley, declararam, mas também perdeu o que realmente estava lá - a saber, uma crítica de conspiradores de extrema-direita como Willard Cleon Skousen. https://www.salon.com/2009/09/16/beck_skousen/

Salon: “Skousen não era tanto um historiador quanto um ator na história da extrema direita americana; menos um estudioso da república do que uma ameaça a ela ”. Em um artigo de 16 de setembro intitulado “Conheça o homem que mudou a vida de Glenn Beck”, Alexander Zaitchik, do Salon, narrou os escritos e associações controversos de Skousen, bem como o papel central que a escrita de Skousen desempenha nas atividades de Beck. Segundo Zaitchik, Skousen era "um profissional anticomunista" que, segundo os memorandos do FBI, "se afiliava aos" comunistas profissionais "de extrema direita que estão promovendo seu próprio anticomunismo para fins financeiros óbvios". https://www.mediamatters.org/glenn-beck/beck-guru-skousens-story-slavery-suggests-slave-owners-were-worst-victims-system 


Embora Skousen afirme que os Fundadores são a principal fonte de sabedoria eterna do mundo, ele reforçou seus argumentos com fontes secundárias, como as placas do conspirador Norman Dodd sobre os Illuminati. De acordo com Skousen. Dodd afirmou que 'influências poderosas que se congravam nos Estados Unidos ", como os Rockefeliers e os Rothschilds forçaram os Estados Unidos à Primeira Guerra Mundial. Skousen publicou os manifestos de Dodd em seu obscuro jornal Freemen's Digest, que ele fundou com o propósito expresso de propagar cosnpirações. A política paranóica de Skousen foi conseqüência de sua participação em grupos anticomunistas extremos durante os anos 50. Ele se gabava de uma estreita amizade com o então diretor do FBI I. Edgar Hoover e disse que ele lhe forneceu pesquisas sobre planos comunistas, alegações estas,contestadas por Historiadores do FBI ... Skousen foi demitido de seu emprego como chefe de polícia de Salt Lake City por, nas palavras do conservador principal mórmon da cidade: "conduzir seu escritório como chefe de polícia exatamente da mesma maneira. em que os comunistas operam seu governo. "A partir daí, Skousen navegou para as margens mais distantes dos folhetos de conspiração que vendiam à direita, como" O comunista esposto ", e recebeu condenação de seu amado FBI, que o acusou em um memorando interno de : " promovendo seu  
próprio anti-comunismo para fins financeiros óbvios ". https://books.google.com.br/books?id=45TwzwrvlcYC&pg=PA331&lpg=PA331&dq=max+blumenthal+naked+communist&source=bl&ots=JDIrJQtaAs&sig=ACfU3U2zcpVWKUi8BA17kIp7HCR6FD8reg&hl=en&sa=X&ved=2ahUKEwj5orPwn7TqAhWwH7kGHRNFD10Q6AEwAnoECAoQAQ#v=onepage&q=max%20blumenthal%20naked%20communist&f=false
" ... teórico da conspiração W. Cleon Skouson...
, mas foram suas visões sobre o comunismo e o temor  de uma Nova Ordem Mundial que chamaram a atenção e, às vezes, ridículos.

Skousen viveu em controvérsia desde o início na vida pública. Deixando o FBI depois de 15 anos em 1951, Skousen assumiu um cargo na Universidade Brigham Young e foi nomeado chefe do Departamento de Polícia de Salt Lake City, cheio de escândalos. Ele foi demitido após quatro anos, em 1960, afirmam as contas contemporâneas, porque era muito zeloso em erradicar jogos de cartas em clubes privados.


Depois do departamento de polícia, Skousen voltou-se para o que seria seu chamado: escrever livros e fundar organizações sem fins lucrativos. Seu primeiro livro, "O comunista nu [exposto]", foi publicado em 1958 e afirmava que havia uma trama geopolítica para transformar os EUA em um braço da União Soviética...

. Los Angeles Times https://www.latimes.com/nation/la-na-ff-oregon-standoff-constitution-20160121-story.html
2- Sobre o livro e os supostos 45 metas comunistas

1. EUA aceitação da coexistência como única alternativa à guerra atômica.
Resposta:
A guerra atômica pode por fim a humanidade, procurar a paz não é um ser comunista, na verdade é um princípio do Cristianismo.


2. A vontade dos EUA de capitular, em vez de se envolver na guerra atômica.
Resposta: 
Estados Unidos, Rússia, França, China. Reino Unido. Paquistão. Índia. Israel.Coréia do Norte


 3. Desenvolva a ilusão de que o desarmamento total dos Estados Unidos seriam uma demonstração de moral força.
Resposta:
Meta utópica, os EUA continuam sendo a maior potencia bélica do mundo.


4. Permitir o livre comércio entre todas as nações, independentemente da Filiação comunista e independentemente de nenhum item poder ser usado para a guerra. 
Resposta;
Os EUA sempre puseram sanções aos seus inimigos potenciais. 


5. Extensão de empréstimos de longo prazo à Rússia e ao satélites da União Soviética .
Resposta:
A União Soviética acabou, e os Estados Unidos não tiveram problemas em emprestar dinheiro, pelo contrário seguem firmes como potência econômica e militar. Os empréstimos pós segunda guerra mundial foram essenciais para elevar os EUA como primeira potencia mundial.


6. Oferecer ajuda americana a todas as nações, independentemente da dominação da comunidade comunista . 
Resposta: 
1-A ajuda americana sempre visa interesses próprios, a história nos demonstra exatamente isso.

2- A própria ONU prevê embargos eocnômicos e outros:
Artigo 41 O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/11/A-Carta-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas.pdf

7. Conceder o reconhecimento da China Vermelha. Admissão da China  Vermelha na ONU.
Resposta: 
A China faz parte da ONU desde 1945, desde a fundação da mesma.Ou seja, desde antes este livro conspiratório ser escrito.
Em 1945, a China, como um dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial, participou do estabelecimento das Nações Unidas. https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2018060611401524-historia-entrada-membro-china-na-onu-contra-eua/


No dia 26 de junho de 1945 – há exatos 75 anos –, 50 países se comprometiam com os 19 capítulos e 111 artigos da Carta das Nações Unidas, o documento que fundou a ONU.
Somente quatro mulheres assinaram o texto mais importante da organização: a cientista e diplomata brasileira Bertha Lutz; Minerva Bernardino, da República Dominicana; Virginia Gildersleeve, dos EUA; e
Wu Yi-fang, da China .https://nacoesunidas.org/em-1945-quatro-mulheres-assinaram-a-carta-da-onu-e-uma-e-brasileira/

8. Estabelecer a Alemanha Oriental e Ocidental como estados separados apesar da promessa de Khrushchev em 1955 de resolver a questão da Alemanha por meio de eleições livres sob supervisão da ONU.
Resposta:
A queda do muro de Berlin acabou com a separação das duas Alemanhas. O próprio Mikhail Gorbachev, a União Soviética concordou em retirar suas tropas da Alemanha após 45 anos de ocupação. O fracasso do comunismo da Alemanha Oriental foi uma das causas da União das duas Alemanhas em 1989.

9. Prolongar as conferências para proibir testes atômicos, porque os EUA concordaram em suspender os testes enquanto as negociações estão em andamento. 
Resposta:
Os Estados Unidos sempre foram os campeões de testes atômicos. 
No ranking das potências nucleares, os Estados Unidos lideram com a realização de 1.032 testes nucleares, seguidos pela antiga União Soviética e Rússia, com 715. ...Em 1996, quando foi iniciado o processo para o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares, as grandes potências estabeleceram moratórias unilaterais, que foram respeitadas até hoje. Só a Índia, Paquistão e a Coréia do Norte quebraram essa moratória. https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-01/mais-de-2-mil-testes-nucleares-ja-foram-feitos-no-mundo-desde-1945


10) Permitir que todos os satélites [países] soviéticos  representem individualmente a ONU.
Resposta:
A União Soviética se desfacelou devido ao fracasso do Socialismo Real (ver resposta 17), os países membros das ex União Soviética são membros da ONU e não tem causado problema algum.


11. Promover a ONU como a única esperança para a humanidade. Se a carta de direitos for reescrita, exija que ele configure como governo mundial com sua própria independência das  forças Armadas. (Alguns líderes comunistas acreditam que a mundo pode ser dominado tão facilmente pela ONU quanto por Moscou. Às vezes, esses dois centros competem com uns aos outros como estão agora no Congo.)
Resposta:
1-A ONU sempre foi um órgão fraco, que permite a autonomia de cada país membro, e não tem exército. 

2- A ONU no artigo 42 permite o uso da força da cada pais membro.


CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS E ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA,
Artigo 1
 1.Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal;  
  
Artigo 2

A Organização e seus membros, para a realização dos propósitos mencionados no artigo 1, agirão de acordo com os seguintes Princípios:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros.
Artigo 42 No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no artigo 41 seriam ou demonstraram que são inadequadas, poderá levar e efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas.  https://nacoesunidas.org/carta/

12. Resista a qualquer tentativa de proibir o Partido Comunista. 
Resposta:
Os Estados Unidos por exemplo tem o insignificante partido comunista Communist Party USA. A´ china abandonou o sistema economico socialista a muitos anos, e Cuba tem procurado medidas de abertura. Enfim a história dos Partidos Comunistas mostra seu fracasso, especialmente do ponto de vista economico. O que resta na China hoje por exemplo é apenas um autoritarismo, resquício do socialismo, mas que foi caracteristicas das ditaduras militares (direita) na América Latina.


13. Elimine todos os juramentos de lealdade. 
Resposta:
Isso nunca foi realizado, nem se quer cogitado. Basta ver nos próprios países que viveram o comunismo.


14. Continue dando à Rússia acesso ao Escritório de Patentes dos EUA. 
Resposta:
A Rússia nem passa perto do potencial econômico e militar dos Estados Unidos. 


15. Capturar um ou ambos os partidos políticos da Estados Unidos.
Resposta:
Isto nunca aconteceu ou foi uma meta socialista. O Socialismo Real extinguiu os partidos rivais somente após a tomada do poder. Não faz sentido algum esta meta mentirosa.A estratégia marxista não funciona desta forma. ver resposta 42


16. Use decisões técnicas dos tribunais para enfraquecer Instituições americanas reivindicando suas atividades violar direitos civis. 
Resposta:
Quando os direitos estabelecidos na Declaração Universal do Direitos Humanos (estabelecidos pela ONU) são violados cabe a população exigir seus direitos. Essa declaração não enfraquece instituições tradicionais como Igreja, familia etc, pois cada pessoas tem inclusive seu direito a liberade, religião e familia, e outros:
Artigo XII Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XVI 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 8 9 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Artigo XVII 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo II 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo XVIII Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf

17. Controle as escolas. Use-os como transmissão centros para o socialismo e propaganda comunista atual. Suavize o currículo. Obtenha o controle das associações de professores. Coloque a linha do partido nos livros didáticos. 
Resposta:
1-Os livros didáticos mostram o fracasso do Socialismo Real:
"a implantação do chamado "socialismo real" encontrou dificuldades inúmeras e desembocou em becos sem saída. Se de início a União Soviética conseguira se transformar em uma potência industrializada, com a erradicação do analfabetismo e a resolução de inúmeros problemas sociais como moradia e saúde - o que significa uma forma de democracia substancial, já que os bens produzidos são distribuídos -, por outro lado sempre foi cerceada a liberdade individual, no que se refere ao direito de circulação, expressão e difusão da informação.
Quanto à política, muito cedo a promessa de que o poder deveria ser dado aos sovietes foi desmentida com a crescente identificação entre o Estado e o Partido Unico, que sufocou o pluralismo e a possibilidade de contestação do sistema. 
centralização do poder criou a camada dirigente dos burocratas que mantinham privilégios e não conseguiam evitar a corrupção.
O desenvolvimento da economia militar e espacial, ao sugar enormes recursos, entra em descompasso com a insuficiente produção de bens de consumo. A diminuição do crescimento leva a um período de estagnação, sem condições de evitar a queda da qualidade de vida. Na gestão de Brejnev (de 1964-1982), o gigante soviético começa a perceber nítidos sinais da crise que se avizinha.
Quando Gorbatchev sobe ao poder em 1985, inicia uma série de mudanças. A perestroika, ou "reestruturação da economia", tem por objetivo quebrar a rigidez do planejamento estatal com a introdução de elementos de regulação de mercado. A glasnost, ou "abertura", "transparência", refere-se às reformas nas instituições políticas, visando a renovaçao dos quadros da velha e autoritária elite burocrática dirigente; suas conseqUências foram a libertação dos presos políticos, a garantia da imprensa livre e da liberdade individualA glasnost, por ter sido desencadeada ao mesmo tempo que a perestroika, trouxe ao conhecimento dos soviéticos fatos que aceleraram os anseios de libertação e a impaciência de aguardar as reformas mais lentas da economia.
Em novembro de 1989, a queda do muro de Berlim, símbolo da separação de dois mundos, teve um caráter desencadeador do processo de esfacelamento do Leste Europeu.
Mantida pela força, a antiga "ordem" se desintegra e os países -satélite Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Bulgária, Romênia e Alemanha Oriental proclamam um a um a sua independência. Com exceção da Romênia, onde houve violência na deposição do ditador, nos outros países as revoluções eram chamadas "de veludo", tal a "maciez" das transformações efetuadas, resultantes dos movimentos civis que reuniam pessoas de diversas tendências políticas.

Em pouco tempo a própria URSS se desintegra, incapaz de manter unidas as Repúblicas constituídas por diferentes etnias. É introduzido o pluralismo partidário, a imprensa livre e a economia de mercado. Gorbatchev não realiza a transição gradual que tinha em mente. Quando passa o poder para Ieltsin, encerra-se o capítulo da implantação do "socialismo real" no Leste Europeu.  "Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 3ª Edição Revista. Livro do Professor.  p. 281

A excessiva centralização politico-administrativa nos países socialistas gerou problemas que ao longo prazo, contribuíram para o fim do regime soviético: ineficiência do setor público; desperdício de recursos; baixa produtividade nas atividades agropecuárias por causa da falta de investimentos; falta de inovação tecnológica e de capacidade para produzir bens e serviços uma vez que a produção bélica consumia a maior parte dos recursos estatais  História: Das cavernas ao terceiro milênio. Patrícia Ramos Braick e Myriam Becho Mota. Parte III. São Paulo: moderna, 5ª edição ,2017, p. 579

2- Muitos acham que os direitos LGBTQ são projetos marxistas, na verdade a história do socialismo é a história de perseguição/ e ou oposição aos gays, lésbicas, travestis. Só recentemente partidos de esquerda tem abraçado a tese de defesa de direitos destas minorias, inclusive o Partido Socialista dos Trabalhadores, o mesmo aconteceu no Brasil  http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/03/erros-catolicos-e-evangelicos-sobre.html

2- A maioria dos professores não são marxistas Um estudo de 2007, intitulado “The Social and Political Views of American Professors” , este é o estudo mais completo neste assunto.Este estudo é incomum entre esses esforços de pesquisa, pois incluiu membros do corpo docente de faculdades comunitárias (que são deixados de fora de muitas dessas análises) e analisou a idade e as posições em questões sociais.  O estudo foi baseado em uma pesquisa com 1.417 membros do corpo docente em período integral.
Entre as principais conclusões: 
Table 1
Political orientation
Percent


Extremely liberal
9.4
Liberal
34.7
Slightly liberal
18.1
Middle of the road
18.0
Slightly conservative
10.5
Conservative
8.01
Very conservative
1.2[1]





[1] Here and in our other tables numbers may not add to 100 due to rounding.  

Recolhendo os dados de acordo com uma escala de três pontos, descobrimos que 44,1% dos entrevistados podem ser classificados como liberais, 46,6% como moderados e 9,2% como conservadores. Tal recodificação revela, portanto, um bloco moderado que - embora consistindo em moderados mais liberais do que conservadores - é, no entanto, de tamanho igual ao bloco liberal.
"Na Tabela 2, utilizamos esse mesmo esquema de codificação para examinar como os professores de diferentes grupos disciplinares amplos pontuam em nossa questão de orientação política (aqui e em outros lugares contamos com a classificação de disciplinas do NCES, partindo do NCES apenas agrupando psicólogos e historiadores juntamente com outros cientistas sociais). As ciências físicas e biológicas parecem mais com a amostra em geral, com porcentagens aproximadamente iguais de liberais e moderados. Consistente com pesquisas anteriores, voltadas a Ladd e Lipset, descobrimos que as ciências sociais e humanas contêm a maior proporção de liberais, com 58 e 52%, respectivamente. A maior concentração de conservadores encontra-se nos negócios, com a próxima maior concentração localizada nas ciências da saúde - que em nossa amostra significa principalmente professores de enfermagem (novamente, nossa amostra não incluía professores de medicina). A ciência da saude e a engenharia da computação são notáveis ​​por suas altas porcentagens de moderados."



Field
Liberal
Moderate
Conservative




Phys/bio sciences
45.2
47,0
7.8
Social sciences
58.2
36.9
4.9
Humanities
52.2
44.3
3.6
Comp sci/engineering
10.7
78.0
11.3
Health sciences
20.5
59.0
20.5
Other
53.4
35.9
10.7
Business
21.3
54,3
24,5




Total
43.5
47,1
9.4




 O numero de moderados prevalece em relação aos liberais e conservadores, exceto em humanas e outras

A Tabela 3 examina a distribuição de liberais, moderados e conservadores entre os diferentes tipos de instituições de ensino superior representadas em nossa amostra. Para fins desta análise, desagregamos a BA por quatro anos, concedendo escolas a faculdades de artes liberais e não-liberais. Isso revela que uma proporção ligeiramente maior de liberais é encontrada nas faculdades de  artes liberais do que nas faculdades de elite, escolas que concedem PhD, enquanto faculdades de artes liberais e escolas que não concedem PhD em elite também contêm o menor número de professores conservadores. As faculdades comunitárias abrigam o maior número de conservadores, com 19%, e também o menor número de liberais. Em todo tipo de instituição, exceto faculdades de artes liberais e elite, as escolas que concedem PhD, moderam um pouco mais  para os liberais.
Table 3
Institution type
Liberal
Moderate
Conservative




Community college
37.1
43.9
19.0
BA, non liberal arts
38.8
48,5
12.7
Liberal arts
61.0
35.1
3.9
Non elite, PhD
44.3
51.9
3.8
Elite, PhD
56,6
33.1
10.2




Total
44.1
46.6
9.3




Observe o alto indice de moderados exceto nas artes liberais e  Elite PHd

Concluímos nosso exame da variável orientação política - em nossa visão do uso analítico limitado por si só - observando a distribuição por idade e sexo. A Tabela 4 mostra que a faixa etária mais jovem - os professores de 26 a 35 anos - contém a maior porcentagem de moderados e a menor porcentagem de liberais. Os liberais auto-descritos são mais comuns entre os professores de 50 a 64 anos, que eram adolescentes ou adultos jovens na década de 1960, enquanto o maior número de conservadores se encontra entre os professores de 65 anos ou mais (embora as diferenças de idade em os termos do número de conservadores são pequenos, problematizando a afirmação de Alan Wolfe [1994: 290] de que “a guerra cultural nas universidades é uma guerra geracional”.)) Essas descobertas em relação à idade fornecem mais apoio à ideia de que nos últimos anos a tendência tem sido no sentido de aumentar o moderatismo.
Table 4
Age
Liberal
Moderate
Conservative




26-35
32.5
60.0
7.5
36-49
41.5
49.9
8.6
50-64
49.4
42.7
7.9
65+
36,9
52.3
10.8




Total
44.4
47.2
8.4





Embora não contestássemos a afirmação de que os professores são um dos grupos ocupacionais mais liberais da sociedade americana ou que o professorado é uma fortaleza democrata, mostramos que existe um contingente considerável de centro / centro-esquerda, considerável e muitas vezes ignorado. a faculdade; que em vários domínios importantes de atitudes - e em termos de orientação política geral - o moderatismo parece estar em alta; que, de acordo com várias medidas, são as faculdades de artes liberais, e não as de elite, que concedem instituições que abrigam o corpo docente mais liberal; e que há muita discordância entre os professores sobre o papel que a política deve desempenhar no ensino e na pesquisa.THE SOCIAL AND POLITICAL VIEWS OF AMERICAN PROFESSORS. Neil Gross. Harvard University   https://www.researchgate.net/publication/228380360_The_Social_and_Political_Views_of_American_Professors/link/5b4fcad5aca27217ffa201b5/download


18. Obtenha controle de todos os jornais estudantis. 
Resposta:
1-A propaganda marxista sempre inclui a conscientização política, nunca foi objetivo marxista a destruição dos valores da monogamia, heterossexualidade e outros. (vide resposta anterior). Este conceito dfaz parte do mito do "marxismo cultural" http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2020/01/mitos-e-verdades-sobre-marxismo.html

2- Como visto na resposta do mito 17,os livros didádicos não fazem propaganda comunista.



19. Use distúrbios estudantis para fomentar protestos públicos contra programas ou organizações que atacam comunistas
Resposta:
Os estudantes, fazem protestos tanto contra regimes ditos de esquerda como de direita, como fizeram contra Dilma, contra o regime militar (direita) e contra Fernando Collor de Melo.


20. Infiltre-se na impressa. Controle as tarefas de resenhas de livros, redação editorial, posições de formulação de políticas.
Resposta:
A imprensa brasileira, especialmente a televisão, segue interesses econômicos próprios. Alia-se hora a um espectro político, hora a outro.Os marxistas chamam a imprensa de BURGUESA, e os da extrema direita de MARXISTA.

Este site por exemplo, diz que a imprensa é burguesa:
"Qual é a da imprensa burguesa?
O comportamento da imprensa golpista diante do governo Bolsonaro está gerando uma tremenda confusão entre muitas pessoas que pretendem entender os movimentos da política. Peguemos a Globo ou a Folha de São Paulo como exemplos. Os dois veículos atacaram Lula ferozmente, ignorando a ausência de provas e servindo de instrumento de Sérgio Moro durante a Lava-Jato...." https://www.causaoperaria.org.br/qual-e-a-da-imprensa-burguesa/ 
E aqui um exemplo de extrema direita:
“Eu não sei como vocês conseguem dormir à noite. Vocês não representam a população brasileira! Mídia comunista, comprada! Cambada de safados!”, berrou um homem. https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2020/06/09/interna_politica,1155238/bolsonaro-volta-a-ironizar-ausencia-da-imprensa-no-alvorada.shtml

21. Controle de posições importantes no rádio, TV e cinema.
Resposta:
Na rádio, tv ,e cinema imperam o capitalismo, consumismo que são valores capitalistas. Além disso os valores de liberação sexual que são pré-cristãos e que atualmente vem do movimento de liberação sexual. Veja aqui neste link sobre o movimento de liberação sexual, pois não foi ligado ao marxismo.


22. Continue desacreditando a cultura americana degradando todas as formas de expressão artística. Um comunista americano disse para "eliminar toda boa escultura de parques e edifícios, substitua disforme, desajeitadas e formas sem sentido ".
Resposta:
A opinião de um suposto comunista não expressa o movimento comunista. A arte se transforma com a História, se desdobrando em muitos movimentos, e períodos


1- Arte Pré-Histórica:
2- Arte Clássica:
3-Arte Medieval
  •  Arte Bizantina
  • Arte Românica
  • Arte Gótica

4- Arte Renascentista

5= Barroco
6- Sec. XVII - Neo-classicismo
7-  Sec. XIX 

  • Romantismo
  • Realismo
  • Impressionismo
  • Neoimpressionismo
  • Simbolismo
  • Nabis
  • Art Naif


4-Arte Moderna:

  • Art Noveau
  • Expressionismo,
  • Fauvismo,
  • Cubismo,
  • Cubofuturismo
  • Abstracionismo Informal
  • Abstracionismo Geométrico
  • Printura Metafísica
  • Bauhaus
  • Futurismo,
  • Sulrealismo,
  • Dadaísmo,
  • Concretismo.

5-Arte Contemporânea:


 23. Controle crítico da arte e diretores de museus de arte. “Nosso plano é promover feiura, a repulsa,  a arte sem sentido "
Resposta:
1- Não existe controle crítico da arte com prevalência do feio, repulsivo ou sem sentido. A grande maioria das obras de arte não se enquadra nesta descrição deste teórico da conspiração.

2- Do ponto de vista marxista, a arte deve ser um mecanismo de revelar  a natureza da injustiça, desmascarar a ideologia da classe dominante, e não produzir obras esteticamente feias ou repulsivas:
De acordo com Karl Marx, a arte é parte da superestrutura e é inescapavelmente determinada pelo modo de produção e pelo sistema econômico. O capitalismo produz mercadorias, cada uma delas é um “fetiche”, ou um objeto com valor abstrato. Fetichismo é a projeção da natureza humana e dos desejos humanos em um objeto externo. Se aceitarmos a proposição de que a arte é transformada em mercadoria (e a arte deve ser uma mercadoria em uma sociedade capitalista), logo, certas consequências decorrem de tal afirmação. Todos os artistas são produtores culturais que trabalham em um sistema capitalista em benefício do mercado. Todo o tipo de arte feito dentro desse sistema é uma mercadoria para ser comprada e vendida como um objeto de desejo, objetos de desejos esses sobre os quais os sentimentos humanos são projetados. A obra de arte em uma sociedade capitalista deve ser um objeto consumível e, assim sendo, também deve ser um objeto de desejo, um fetiche. ...Longe de ser um rebelde, o artista é um trabalhador cultural sem uma “auréola”. O artista que não reconhece os mecanismos da ideologia é cúmplice de um sistema opressor. A partir de uma perspectiva socialista, qual deve ser o papel de um artista informado e consciente? ...Agindo como um crítico ou uma crítica de seu próprio tempo, o ou a artista se torna um(a) profeta para a humanidade que deve condenar a sociedade presente e que pode antever um futuro melhor. De um ponto de vista socialista, o artista é um servo da sociedade que possui o dever moral de revelar os mecanismos da ideologia apontando a verdade. Se não é correto afirmar que todos os artistas e escritores realistas eram socialistas, é correto dizer que a missão dos realistas na França e na Inglaterra era mostrar a vida contemporânea. Revelações da realidade dos tempos modernos seriam comumente consideradas como manifestações políticas, justamente pelas forças que funcionam melhor quando essas “verdades” eram mantidas veladas pela ideologia. https://movimentorevista.com.br/2017/08/marxismo-arte-artista-materialismo-fetichismo/

3- Por causa de livros que trazem desinformação da realidade, como este, as pessoas pensarem que performances* de cunho envolvendo causas LGBT sejam uma causa originalmente comunista, o que é falso http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2020/01/mitos-e-verdades-sobre-marxismo.html


* Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público. A performance deve ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, que tomam a cena artística nas décadas de 1960 e 1970. A arte contemporânea, põe em cheque os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. Nesse contexto, instalações, happenings e performances são amplamente realizados, sinalizando um certo espírito das novas orientações da arte: as tentativas de dirigir a criação artística às coisas do mundo, à natureza e à realidade urbana. Cada vez mais as obras articulam diferentes modalidades de arte - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. - desafiando as classificações habituais e colocando em questão a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras entre arte e não-arte constituem preocupações centrais para a performance (e para parte considerável das vertentes contemporâneas, por exemplo arte ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, land art, etc.), o que permite flagrar sua filiação às experiências realizadas pelos surrealistas e sobretudo pelos dadaístas  http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3646/performance
As obras de artes de temas LGBT não são maioria, pelo contrário, e nem são tão pouco de raiz marxista, como já falado acima. Usar episódios , isolados, como do Queer Museu e dizer que o Comunismo controla tudo é muita mentira:
Após uma série de protestos, a exibição Queermuseu foi cancelada pelo Santander Cultural. Ela contava com mais de 270 obras que traziam a diversidade sexual e de gênero como tema transversal. Pela primeira vez, uma mostra LGBT ocupava um museu de grande porte brasileiro. Ela fechou um mês antes do previsto.... - Veja mais em https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/arte-contemporanea-o-ataque-a-exposicoes-no-brasil-e-a-liberdade-de-expressao.htm?cmpid=copiaecola


24-Elimine todas as leis que regem a obscenidade chamando de "censura" e  violação da liberdade de expressão e da liberdade da imprensa.
Resposta:
1- Os países que abraçaram o comunismo, como China, Cuba e Rússia até hoje são países muito conservadores, e mais conservadores que os países que nunca abraçaram o socialismo, o que mostra que essa meta é uma farsa.

O ex-presidente cubano Fidel Castro admitiu hoje, em entrevista concedida a um jornal mexicano, que seu governo perseguiu homossexuais nas décadas de 1960 e 1970 e declarou que "aqueles foram momentos de muita injustiça". Na época, gays e lésbicas foram exonerados de cargos públicos, presos ou enviados a campos de trabalho forçado. https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,fidel-admite-que-governo-perseguiu-gays-em-cuba,603155
As raízes da homofobia são antigas, e entre 1934 e 1993, a homossexualidade masculina era considerada crime na União Soviética, punida com até 5 anos de prisão. Hoje, a homossexualidade em si não é um crime – no entanto, há no país uma lei, adotada em 2013, que proíbe qualquer "propaganda de relações sexuais não tradicionais” direcionada a menores de idade. Os governantes dizem, porém, que a lei não é discriminatória.   https://br.rbth.com/estilo-de-vida/82312-sair-do-armario-russia
2- Hoje se usa o mito do marxismo cultural para dizer que o comunismo quer destruir a civilização ocidental
http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2020/01/mitos-e-verdades-sobre-marxismo.html


25) Derrubar os padrões de cultura e moralidade, promovendo pornografia e obscenidade em livros, revistas, filmes, radio e televisão.
Resposta:
Ver resposta anterior 



26) Apresentar homossexualidade, degeneração e promiscuidade como "normais, naturais, saudáveis."
Ver resposta 24


27) Infiltrar-se nas igrejas e substituir a religião de revelação por uma religião "social". Desacreditando a Bíblia e enfatizando a necessidade de maturidade intelectual que não necessita de uma "muleta religiosa".
Resposta:
1-Embora os paises socialistas tenham se oposto a religião, eles nunca se infiltraram nas igrejas.

2- Vê-se cada vez mais o crescimento do protestantismo no mundo especialmente na America, África e Ásia.

3- Na américa latina houve um movimento chamado de Teologia da Libertação, mas este decaiu DA LUZ NETO, João Pedro. Pai Nosso dos mártires: repensando o declínio da teologia da libertação. Revista Vernáculo, [S.l.], dec. 2010. ISSN 2317-4021. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/vernaculo/article/view/20882/20621>. Acesso em: 05 july 2020. doi:  http://dx.doi.org/10.5380/rv.v11i26.20882.

4- Sem examinar as evidências um moviment protestante chamado de Missão Integral foi tam´bem tachado de MARXISTA . Veja aqui uma refutação desta teshttp://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/04/missao-integral-perguntas-e-respostas.html



28) Eliminar orações ou qualquer forma de expressão religiosa nas escolas sobre o fundamento de que viola o princípio de "separação entre igreja e estado."
Resposta:
Os Estados Unidos por exemplo proibiram as orações nas escolas por causa da rivalidade das religiões e não por causa do  comunismo:
 Foi no dia 25 de junho de 1962, que a Suprema Corte dos Estados Unidos declarou inconstitucional a oração e que esta não mais poderia ser realizada nas escolas públicas do país, assim como a proibição de funcionários do estado realizarem manifestações religiosas em instituições públicas de ensino.medida do Estado ocorreu após protestos de famílias que alegavam que a oração era contrária as suas crenças. “Deus todo poderoso, reconhecemos a nossa dependência de Ti e pedimos tuas bênçãos sobre nós, sobre nossos pais, nossos professores e sobre nosso país.”....Um ano após ser extinta a oração nas escolas, já em 1963, as autoridades do país também proibiram a leitura da Bíblia nas escolas, pela mesma justificativa, por ser um ato inconstitucional.  https://noticias.gospelmais.com.br/estados-unidos-completa-50-anos-sem-oracao-escolas-37886.html
29) Desacreditar a Constituição Americana, rotulando-a de inadequada, antiquada/fora de moda, fora de sintonia com as necessidades modernas, obstáculo para a cooperação entre as nações a nível mundial.
Resposta:
A constituição americana permanece inabalável


30) Desacreditar os Pais Fundadores da América. Apresenta-los como aristocratas egoístas que não tinha preocupação com o "homem comum".
Resposta:
Os Pais Fundadores não foram semideuses ou demônios, mas tiveram alémd e grandes acertos , erros graves. Veremos abaixo alguns de seus erros:

:Existe uma visão extremista sobre os Pais Funadores, colocando-os como demônios ou semi-deuses:Da mesma forma que os adolescentes veem seus pais, os Fundadores são retratados como ícones heróicos ou vilões desprezíveis , semideuses ou demônios, os criadores de tudo que está certo ou errado na sociedade americana. ...
A Falha

A escravidão era incompatível com os valores da Revolução Americana , e todos os membros proeminentes da geração revolucionária reconheceram esse fato. Em três áreas importantes, eles agiram com base nessa convicção: primeiro, encerrando o comércio de escravos em 1808; segundo, aprovando legislação em todos os estados ao norte do rio Potomac , que colocam a escravidão no caminho da extinção definitiva; e terceiro, proibindo a expansão da escravidão no território noroeste. Mas em todos os estados ao sul do Potomac, onde residiam cerca de nove décimos da população escrava, eles falharam em agir. De fato, ao insistir que a escravidão era uma questão de jurisdição estadual e não federal, os Pais Fundadores removeram implicitamente a questão da escravidão da agenda nacional. Essa decisão teve conseqüências catastróficas, pois permitiu que a população escravizada crescesse oito vezes (de 500.000 em 1775 para 4.000.000 em 1860), principalmente por reprodução natural, e se espalhasse por todos os estados do sul a leste do rio Mississippi . E, pelo menos em retrospecto, o fracasso dos fundadores em agir decisivamente antes que a população escrava aumentasse drasticamente tornou a questão da escravidão insolúvel por qualquer meio que não fosse a guerra civil....
O outro trágico fracasso dos Fundadores, quase tão odioso quanto o fracasso em acabar com a escravidão, foi a incapacidade de implementar uma política justa parahabitantes indígenas do continente norte-americano.
A Falha
A escravidão era incompatível com os valores da Revolução Americana , e todos os membros proeminentes da geração revolucionária reconheceram esse fato. Em três áreas importantes, eles agiram com base nessa convicção: primeiro, encerrando o comércio de escravos em 1808; segundo, aprovando legislação em todos os estados ao norte do rio Potomac , que colocam a escravidão no caminho da extinção definitiva; e terceiro, proibindo a expansão da escravidão no território noroeste. Mas em todos os estados ao sul do Potomac, onde residiam cerca de nove décimos da população escrava, eles falharam em agir. De fato, ao insistir que a escravidão era uma questão de jurisdição estadual e não federal, os Pais Fundadores removeram implicitamente a questão da escravidão da agenda nacional. Essa decisão teve conseqüências catastróficas, pois permitiu que a população escravizada crescesse oito vezes (de 500.000 em 1775 para 4.000.000 em 1860), principalmente por reprodução natural, e se espalhasse por todos os estados do sul a leste do rio Mississippi . E, pelo menos em retrospecto, o fracasso dos fundadores em agir decisivamente antes que a população escrava aumentasse drasticamente tornou a questão da escravidão insolúvel por qualquer meio que não fosse a guerra civil....O outro trágico fracasso dos Fundadores, quase tão odioso quanto o fracasso em acabar com a escravidão, foi a incapacidade de implementar uma política justa parahabitantes indígenas do continente norte-americano. https://www.britannica.com/topic/Founding-Fathers



31) Depreciar todas as formas de cultura americana e desencorajar o ensino de história americana sobre o fundamento de que era apenas uma pequena parte da "imagem global". Dar mais ênfase à história russa desde que os comunistas assumiram.
Resposta:
A cultura americana é a maior influenciadora do mundo hodierno, enquanto que a Russia permanece com uma pequena influencia global


Na questão cultural os americanos desenvolvem a difusão de sua cultura, isso ocorre através dos veículos de comunicação em massa como canais americanos, seriados, músicas e principalmente o cinema, que vende uma imagem ou um modelo a ser seguido ditando ao mundo o que se deve vestir, comer, comprar, assistir, ouvir, um exemplo disso são as multinacionais que alteram, com os fast food, os hábitos alimentares.
O NAFTA e a ALCA são sem dúvida estratégias econômicas dos EUA, por ser a principal nação nas Américas exercem uma política externa agressiva aos demais países e favorável a seus interesses.
Os EUA se destacam como potência no seguimento militar. Desde o final da Segunda Guerra foram realizados elevados investimentos nas forças armadas, até mesmo no período da Guerra fria (entre EUA capitalista e URSS socialista) que podia eclodir uma guerra a qualquer momento. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/eua-influencia-cultural-economica-politica.htm


32) Apoiar qualquer movimento socialista para dar controle central sobre qualquer aspecto da cultura - educação, entidades sociais, programas de bem-estar, clínicas de saúde mental, etc.
Resposta:
Desde que este livro conspiratório foi escrito em 1958, o mundo viiu o fracasso do Socialismo Real, com o desfragmentação da URSS, queda do mundo de Berlim, a adoção do capitalismo na China e etc. Desde então a influencia do movimento socialista caiu muito.

Os livros didáticos mostram exatamente isso, veja o mito 17


33) Eliminar todas as leis ou procedimentos que interferem no funcionamento do aparelho Comunista.
Resposta:
Em toda democracia, os partidos marxistas são permitidos, impedir a existencia da liberdade de cosnciencia ou a existencia de partidos é uma caracteristica do Fascismo.

34) Eliminar a Comitê de Atividades Anti-Americanas.

35) Desacreditar e finalmente desmantelar o FBI.
Resposta:
Descreditar o FBI não faria sentido algum, a URSS de desfez, o socialismo real foi um fracasso e isso não se deu ao FBI, mas a problemas internos do Socialismo Real   https://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/11/socialismo-x-capitalismo.html

36) Infiltrar-se e adquirir o controle de mais sindicatos.
Resposta:
Influenciar sindicatos  sempre foi uma estratégia socialista, este sim é uma estratégia do Marxismo.

37) Infiltrar-se e adquirir o controle de grande negócios.
Resposta:
A estratégia marxista nunca foi se aliar ao grande capital, ou controlar grandes negócios. Isso na verdade se chama capitalismo.A China fez isso, e o PT vem se transformando também:
 PSOL deve defender a “responsabilidade na economia”?Acaso nosso partido deve compartilhar os mesmos princípios éticos e democráticos que Fernando Henrique, Luciano Huck, Randolfe Rodrigues e até o cantor Lobão?Nós alertamos os militantes e filiados que este é o caminho da destruição política do PSOL. Este foi o caminho feito pelos dirigentes do PT e do PCdoB que levaram estes partidos para sustentar o capitalismo e governar para os bilionários. A defesa da lei e da ordem capitalista é traição aos nossos princípios socialistas e revolucionários. É traição aos anseios e esperanças populares de um dia mudar este país no momento em que a dominação burguesa se encontra sob o impacto da imensa crise capitalista mundial com efeito particularmente acentuados na periferia do sistema, nos países atrasados e dominados. https://www.marxismo.org.br/aos-militantes-e-filiados-do-psol-sobre-um-manifesto-em-defesa-da-lei-e-da-ordem/

38) Transferir alguns poderes de prisão da polícia para entidades sociais. Tratar todos os problemas comportamentais como desordens psiquiátricas que ninguém senão psiquiatras podem compreender ou tratar.
Resposta:
Esse também é mais um mito, o marxismo não vê delitos criminais como desordens psiquiátricas. 



39) Dominar a carreira psiquiátrica e usar as leis de saúde mental como um meio de obter controle coercitivo sobre aqueles que se opõem aos objetivos comunistas.
Resposta:
Não existe diagnostico psiquiatrico para oposição política ao marxismo, essa tese é insana.



40) Desacreditar a família enquanto instituição. Encorajar a promiscuidade e o divórcio fácil.
Resposta:
1-Essa mentira antiga hoje se chama Marxismo Cultural, a qual Hitler chamada de Bolbchevisimo Cultural.Ver resposta 24

2-O marxismo defendeu a monogamia e a fidelidade no casamento:
  Para isso era necessária a monogamia da  mulher, mas não a do homem; tanto assim que a monogamia daquela não constituiu o menor empecilho á poligamia, oculta ou descarada, deste. Mas a revolução social iminente, transformando pelo menos a imensa maioria das riquezas duradouras hereditárias - os meios de produção - em propriedade social, reduzirá ao mínimo todas essas preocupações de transmissão por herança. E agora cabe a pergunta: tendo surgido de causas econômicas, a monogamia desaparecerá quando desaparecerem essas causas ?
A resposta poderia ser, e não sem fundamento: longe de desaparecer, antes há de se realizar plenamente a partir desse momentoPorque com a transformação dos meios de produção em propriedade social desaparecem o trabalho assalariado, o proletariado, e, consequentemente, a necessidade de se prostituírem algumas mulheres, em número estatisticamente calculável. Desaparece a prostituição e, em lugar de decair, a monogamia chega enfim a ser uma realidade - também para os homens...
A origem da familia, da propriedade privada e do Estado. Engels. São Paulo: La Fonte, 201,p.100
 O matrimônio, pois, só se realizará com toda a liberdade quando, suprimidas a produção capitalista e as condições, de propriedade criadas por ela, forem removidas todas as considerações econômicas acessórias que ainda exercem uma influência tão poderosa na escolha dos esposos. Então, o matrimônio já não terá outra causa determinante que não a inclinação recíproca. Idem, p. 106
E, desde que o amor sexual é, por sua própria natureza, exclusivista - embora em nossos dias esse exclusivismo só se realize plenamente sobre a mulher - o matrimônio baseado no amor sexual será, por sua própria natureza, monogâmico... 
Idem, p. 107  Para um estudo completo click  
https://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/03/erros-catolicos-e-evangelicos-sobre.html

41) Enfatizar a necessidade de criar os filhos longe da negativa influência dos pais. Atribuir: preconceitos, bloqueios mentais e retardo de crianças à influência supressiva dos pais.
Resposta:
O marxismo nunca escondeu a questão da criação dos filhos em relação ao Estado,mas não com o uso de atribuições como estas citadas

42) Criar a impressão de que a violência e a insurreição são aspectos legítimos da tradição americana; que estudantes e grupos de interesses deveriam se levantar e "unir as forças" para resolver problemas econômicos, políticos, e sociais.
Resposta:
O marxismo em todas as suas vertentes visam a consciência de classe, para que o proletariado assuma o poder. A solução dos problemas econômicos , políticos e sociais não se daria por uma reforma, mas por uma revolução da classe trabalhadora
Gramsci usa o conceito de hegemonia para explicar o processo. Etimologicamente, essa palavra significa "dirigir, guiar, conduzir". Uma classe é hegemônica quando é capaz de elaborar sua própria visão de mundo, ou seja, um sistema convincente de idéias pelas quais conquista a adesão até da classe dominada. A tarefa de elaboração cabe aos chamados intelectuais orgânicos.É dessa forma que também se impede a tomada de consciência da classe dominada. Não tendo sua própria consciência de classe, permanece desorganizada e passiva, e as eventuais rebeliões não modificam a situação de dependência. Por isso Gramsci considera a necessidade de os elementos das classes populares continuarem organicamente ligados à sua classe de forma a elaborarem, coerente e criticamente, a experiência proletária por meio dos seus próprios intelectuais orgânicos. Só assim será possível a unificação da teoria com a prática, ou seja, da ação revolucionária com a transformação intelectual. Gramsci abriu caminho para posteriores reflexões de Nicos Poulantzas e de Louis Althusser, este último o teórico do conceito de aparelhos ideológicos de Estado. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna  2ª Edição Atualizada p. 265


43) Derrubar todos os governos coloniais antes que as populações nativas estejam prontas para se auto-governar.
Resposta:
1- Todos os teóricos marxistas trabalham com a consciência da classe trabalhadora, não é apenas uma questão de força:
Sua contribuição teórica está sobretudo em ter compreendido que o Estado capitalista não se impõe apenas pela coerção e violência explícita, mas também por consenso, por persuasão. Ou seja, por meio das instituições da sociedade civil, como Igreja, escola, partidos políticos, imprensa, a ideologia da classe dominante é difundida e preservada.
Gramsci usa o conceito de hegemonia para explicar o processo. Etimologicamente, essa palavra significa "dirigir, guiar, conduzir". Uma classe é hegemônica quando é capaz de elaborar sua própria visão de mundo, ou seja, um sistema convincente de idéias pelas quais conquista a adesão até da classe dominada. A tarefa de elaboração cabe aos chamados intelectuais orgânicos.
2- Como já demonstrado nas resposas acima, o Socialismo nunca funcionou, e esse mito nunca se concretizou.

44) Internacionalizar o Canal do Panamá.
Resposta:
O canal do Panmá não ficou na mão dos comunistas, nem dos EUA:

O Canal do Panamá é uma via artificial marítima situada no Panamá, na América Central. A obra inaugurada em 1914, possui hoje 82 km de comprimento, e sua largura varia. ...O canal, construído no extremo sul do país tem grande importância para a circulação de mercadorias, já que encurta significativamente a distância e faz a ligação do Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico....
No século XIX, o Panamá era uma província colombiana, e sua configuração territorial já chamava a atenção de estudiosos e autoridades de países desenvolvidos. Em 1879, o francês Ferdinand de Lesseps negociou com a Colômbia a permissão para construir um canal marítimo em seu território e para tanto, criou a Companhia Universal do Canal Interoceânico do Panamá. Entretanto, a iniciativa não deu certo e a sua empresa faliu em 1889.

O fracasso da construção francesa do Canal do Paraná se deu em virtude dos inúmeros operários mortos, em razão do clima do local, que favoreceu a proliferação de doenças tropicais, como a febre amarela e malária. Além disso os franceses não tiveram êxito no projeto de construir uma via em único nível, resultando em significativos desabamentos nas encostas da construção, devido ao impacto das ondas do mar....

O interesse estadunidense na construção da via fez com que o país comprassem as ações da falida empresa francesa, por cerca de 40 milhões de dólares. O canal representava um novo caminho, que encurtaria as distâncias entre os oceanos que banhavam os EUA e diminuiria significativamente a quilometragem para a costa leste da América do Sul. Antes da construção da via, o trajeto entre o Pacífico e o Atlântico que cercavam as extremidades do país era de 20 mil km e durava aproximadamente dez dias.

Para conseguir a concessão da obra, os Estados Unidos apoiou o Panamá em seu processo de independência. Concedeu então, tropas marítimas para os panamenhos a fim de evitar qualquer tentativa de golpe por parte da Colômbia. Com a separação conquistada – sustentada pelo grande poderio militar americano – o governo panamenho autorizou a construção do canal em seu território, obra que envolveu mais de 75 mil trabalhadores. A obra durou 10 anos, e apesar de estar em seu território, o Canal do Panamá era gerido pelos EUA, pois era a compensação panamenha pelo apoio estadunidense no processo separatista do país.
No entanto, os panamenhos contestavam a ausência de retornos econômicos para o país. Como culminância das reivindicações, em 1977 é assinado o Tratado Carter-Torrijos, que reconhecia a soberania e a gestão do Panamá sobre o Canal, E em 1999, após 22 anos do período transitório de administração da via, a gestão passa a ser exclusivamente panamenha.
 https://www.infoescola.com/hidrografia/canal-do-panama/
45) Revogar a "reserva" Connally para que os Estados Unidos não possam impedir que o Tribunal Internacional de Justiça interfira na jurisdição do país, em seus problemas domésticos. Dar ao Tribunal Internacional de Justiça jurisdição sobre as nações e indivíduos.
Resposta:
O tribunal internacional da ONU não tem interfere na jurisdiação de nenhum país. Trata-se de mais uma teoria conspiratória da ameça comunista.  Ver resposta ao mito 11 


Conclusão:

As evidências mostram que este livro é um show de erros, distorções e teorias conspiratórias.