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domingo, 10 de maio de 2020

Monte do templo, Domo da rocha e o antigo Templo Judaico



Este post tem duas partes:

PARTE I-  ONDE ESTAVA LOCALIZADO O TEMPLO JUDAICO?

PARTE II -   ONDE ESTA LOCALIZADO O SANTO DOS SANTOS?

Hà uma extensa citação de:
  •  textos antigos, atuais 
  •  provas arqueológicas
  • citação de teorias modernas sobre localização do templo e do Santo dos santos
  • refutação de teorias


Jerusalém- Cidade velha
Lado direito é possível ver o Monte do Templo , na área retangular abaixo do Bairro Muçulmano (Muslim quarter)
https://www.nationalgeographic.com/history/2019/11/see-centuries-of-architecture-in-jerusalem-feature/








O templo de Salomão, e o templo reconstruído por Zorobabel ( e reformado por Herodes) estavam no mesmo lugar original, no monte Moriá, na eira de Ornã:
2 Cr 3:1 Começou Salomão a edificar a Casa do SENHOR em Jerusalém, no monte Moriá, onde o SENHOR aparecera a Davi, seu pai, lugar que Davi tinha designado na eira de Ornã, o jebuseu.
Esdras 5: 15  e lhe disse: Toma estes vasos, vai e põe-nos no templo que está em Jerusalém, e reedifique-se a casa de Deus no seu lugar.

PARTE I
ONDE ESTAVA LOCALIZADO O TEMPLO DE HERODES?

Dr. Ernest Martins defende uma teoria sem evidências que o templo ficava na cidade de Davi, como pode se ver neste diagrama


Sua tese se resume  assim:

  •  a localização do templo está sobre a fonte de Gihon.
  •  Ele iguala Sião ao local do templo e começa afirmando que Sião estava limitado ao extremo sul da cordilheira sudeste de Jerusalém. 
  •  ele alega que Davi colocou a Arca da Aliança sobre a fonte de Gihon, citando Sl 87 "Todas as minhas fontes estão em ti" e Sl 116, Pagarei meus votos ao Senhor agora na presença de todo o seu povo, nas cortes da casa do Senhor [dentro do Templo], no meio [centro] de ti, ó Jerusalém
  • Martin usa Apocalipse, onde nos dizem que aqueles que estavam com sede podiam beber da “fonte (nascente) de água que saía da Nova Jerusalém que descia do céu à terra” ( Ap 21: 6, KJV) 
  • ele alega que “nenhuma pedra do templo e seus prédios de apoio 'ficaria em cima da outra”. Ele teoriza que todas as paredes do templo e do monte do templo foram derrubadas até suas fundações, exatamente como Jesus profetizou. Somente a Antonia, que ele iguala ao Monte do Templo Herodiano, escapou da destruição do ano 70 dC.
  • Martin afirma que as paredes do Monte do Templo de Herodes não pertencem ao Monte do Templo, mas à Fortaleza de Antonia
  •  O canto sudeste das muralhas exteriores do templo estava, segundo Martin, "localizado diretamente no fundo do vale de Kidron [Cedron] (o centro rochoso) e se estendia por mais de 300 côvados ou 450 pés". 
  • "Não me refiro a nenhum resultado arqueológico porque Jesus disse que nem restariam pedras fundamentais de Jerusalém e do Templo. Todos foram levados de carro e, no final do século IV, Eusébio nos disse que algumas pedras do início de Jerusalém e até do templo estavam sendo usadas para construir a cidade romana de Aelia, que então ocupava a cordilheira do noroeste. Simplesmente não restam restos arqueológicos em nosso período mais de 1900 anos após a guerra de destruição." A Critique by Dr. Leen Ritmeyer and a Rebuttal to Ritmeyer by Dr. Ernest L. Martin Concerning the New Research of Ernest L. Martin regarding the true site of the Temple in Jerusalem
  • "De fato, cito referências em meu livro de Josefo que afirmam claramente que NENHUMA PAREDE de nenhum tipo foi deixada na Jerusalém judaica. Tudo foi destruído, incluindo os próprios fundamentos dos edifícios da cidade, o templo e suas muralhas." A Critique by Dr. Leen Ritmeyer and a Rebuttal to Ritmeyer by Dr. Ernest L. Martin Concerning the New Research of Ernest L. Martin regarding the true site of the Temple in Jerusalem
Refutação da teoria que o templo não estava no monte do Templo:

1- A bíblia diz que o templo ficava fora da cidade de Davi
2 Cr 8:11 Salomão fez subir a filha de Faraó da Cidade de Davi para a casa que a ela lhe edificara; porque disse: Minha esposa não morará na casa de Davi, rei de Israel, porque santos são os lugares nos quais entrou a arca do SENHOR.

2 Cr 5:2  Congregou Salomão os anciãos de Israel e todos os cabeças das tribos, os príncipes das famílias dos israelitas, em Jerusalém, para fazerem subir a arca da Aliança do SENHOR, da Cidade de Davi, que é Sião, para o templo.


2- Os remanescentes dos muros do monte do templo são o muro de arrimo que Herodes usou para ampliar o monte do templo Jesus disse que o Templo seria totalmente destruído, os muros não faziam parte do Templo propriamente dito.
Mt 24:1  Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.
2  Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.

Havia um outeiro pedregoso muito áspero e inclinado, mas que pendia em
descida, mais suave, em direção a cidade, do lado do oriente, e Salomão foi o
primeiro, por ordem de Deus, a rodear o seu vértice com muralhas. Herodes fez
rodear com outro muro todo o sopé desse montículo, abaixo do qual, do lado
sul, há um profundo vale. Esse muro, construído com grandes pedras ligadas
com chumbo, ia até a extremidade embaixo do montículo e o rodeava por
inteiro.
Era de forma quadrangular e tão alto e forte que não se podia
contemplá-lo sem admiração. As pedras, de tamanho extraordinário, faziam
frente para fora e estavam ligadas entre si com ferro, por dentro, para que
pudessem resistir a todas as injúrias do tempo. Depois que esse muro foi
erguido, tão alto quanto o vértice do montículo, encheu-se todo o vazio que
havia dentro dele
. Formou-se assim uma plataforma, cujo perímetro era de
quatro estádios, pois cada uma das frentes tinha um estádio de comprimento, e
havia um grande pórtico, colocado no meio dos dois ângulos. 
Antiguidades Judaicas Livro 15 cap. 14 Flávio Josepho


501. Depois que o exército romano, que jamais se cansaria de matar e desaquear, nada mais achou em que saciar o seu furor, Tito ordenou que adestruíssem, até os alicerces, com exceção de um pedaço do muro, que está dolado do ocidente, onde ele tinha determinado construir uma fortaleza e as torresde Hípicos, de Fazael e de Mariana, porque, sobrepujando a todas as outras emaltura e em magnificência, ele as queria conservar para mostrar à posteridade,quão grandes foram o valor e a ciência dos romanos na guerra, para seapoderarem daquela poderosa cidade, que se tinha elevado a tal nível de glória.Essa ordem foi tão exatamente cumprida que não ficou sinal algum, quemostrasse haver ali existido um centro tão populoso. Tal o fim de Jerusalém,cuja triste sorte só se pode atribuir à raiva daqueles revoltosos que atearam ofogo na guerra. Guerra dos Judeus. Livro Sétimo. Cap. 11
 Embora, Tito tenha ordenado a destruição dos alicerces do templo, a arqueologia mostra que os alicerces dos muros de arrimo que sustentavam a base do monte do templo não foram destruídos, até porque existem pedras muito grandes, uma pedra foi estimada com peso de 500 a 600 toneladas. Além disso percebe-se que o muro sul ainda em restos do muro de Herodes. O monturo de pedras provavelmente deve ter encoberto parte destes muros. (vide abaixo- Portóes de Hulda)

3- A fortaleza de Antônia foi destruída 
 443. Tito mandou destruir os alicerces da fortaleza Antônia, para dar
uma entrada fácil a todo seu exército e tendo sabido, a dezessete de julho, que
o povo estava muito aflito por não ter podido celebrar a festa que tem o nome de
Endelechisma, isto é, quebramento das mesas, ordenou a Josefo que dissesse
uma segunda vez a João que se a louca paixão de resistir ainda subsistia, ele
podia sair com o número de soldados que quisesse, para um combate, sem se
obstinar mais em querer a ruína da cidade e do Templo; que ele devia estar
cansado de profanar um lugar tão santo, de ofender a Deus com tantos
sacrilégios e que lhe permitia escolher os de sua nação que ele quisesse, para
recomeçar a oferecer-lhe os sacrifícios, que tinham sido interrompidos. 
Guerra dos Judeus. Livro 6 cap. 8
448. Tito mandou destruir em sete dias toda a fortaleza Antônia até os
alicerces e tendo assim aberto um grande espaço até o Templo, mandou
aproximarem-se as legiões para atacarem sua primeira defesa.
Guerra dos Judeus. Livro 6 cap. 13
4- No monte do templo havia capacidade para muita água

Usar o Sl 87 e Apocalipse para dizer que a fonte de água so existia em Sião, na Cidade de Davi é um erro de interpretação e contradiz as evidências:

Sl 87:7  Os que moram ali vão dançar e cantar, dizendo: “A fonte da nossa felicidade, ó Jerusalém, está em você.”NTLH
Sl 87:7  Todos os cantores, saltando de júbilo, entoarão: Todas as minhas fontes são em ti. ARA




4- A história atesta que Adriano construiu uma estátua e queria construir um  templo no monte do templo onde estava o Templo de Herodes.
O povo da Judeia horrorizou-se com o projeto. Um templo dedicado a Júpiter se ergueria no local do Templo sagrado de YHWH. Santuários para outras divindades também surgiriam por toda a cidade... Muito mais tristes para os judeus eram os símbolos religiosos que apareceram triunfalmente na Cidade Santa de YHWH. Aelia foi dedicada aos três deuses capitolinos — Júpiter, Juno e Minerva —, mas, depois da Guerra Judaica, parece que Adriano desistiu de erguer o santuário de Júpiter no velho monte do Templo. Nenhum visitante conta ter visto um santuário pagão na esplanada de Herodes, porém todos registram que ali havia duas estátuas: uma de Adriano e a outra de seu sucessor, Antonino Pio....
Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap. 8

5- Juliano prometeu reconstruir o templo
Em 5 de março de 363, Juliano partiu com seu exército para a Pérsia, onde esperavaque o sucesso de sua campanha demonstrasse a verdade de sua convicção pagã. Prometeu que, ao retornar,  dedicar-se-ia ao templo pessoalmente, para celebrar a vitória. Depois de sua partida os operários judeus  começaram a retirar os montes de escombros que cobriam os alicerces do velho santuário e nisso  trabalharam durante os meses de abril e maio. Contudo, os patriarcas e os rabinos da Galileia estavam  apreensivos, pois agora acreditavam que só o Messias poderia reerguer o Templo. 4 ... No dia em que tiveram início os trabalhos no monte do templo, os cristãos de Jerusalém se reuniram no Martyrium e imploraram a Deus que evitasse o desastre. Depois foram em procissão até o monte das Oliveiras, cantando os salmos judaicos dos quais seapropriaram. No mesmo local onde gerações de seus correligionários meditaram sobre a derrota do judaísmo, contemplaram, horrorizados, as atividades que se desenrolavam na esplanada do templo: parecia que elas destruíam o próprio tecido de sua fé, tão habituados estavam a associar o declínio do judaísmo com a ascensão de sua Igreja. O bispo Cirilo, no entanto, pediu-lhes que não perdessem a esperança, pois tinha certeza de que as obras do novo templo jamais se concluiriam.No dia 27 de maio, sua certeza aparentemente se confirmou. Um terremoto sacudiu a cidade inteira, o que os cristãos interpretaram como uma demonstração da ira divina. A subestrutura da esplanada incendiou-se, e os gases retidos nas câmaras subterrâneas explodiram, destruindo o material de construção ali armazenado. De acordo com o relatório oficial de Alípio, imensas “bolas de fogo” [globi flammarum] ergueram-se do solo, atingindo vários trabalhadores.5. Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap, 10
XINo entanto, que tipo de homens eram eles que colocaram as mãos na tarefa? Eles eram homens que constantemente resistiam ao Espírito Santo, revolucionários empenhados em provocar sedição. Após a destruição que ocorreu sob Vespasiano e Tito, esses judeus se rebelaram durante o reinado de Adriano e tentaram voltar à antiga comunidade e modo de vida. O que eles não perceberam foi que estavam lutando contra o decreto de Deus, que ordenara que Jerusalém permanecesse para sempre em ruínas.(2) Mas é impossível para um homem fazer guerra contra Deus e vencer. Foi assim que, quando esses judeus atacaram o imperador, eles o forçaram novamente a destruir Jerusalém completamente. Pois Adriano veio e os subjugou completamente; ele destruiu todos os remanescentes da cidade. Para impedir que os judeus fizessem uma tentativa tão insolente no futuro, ele montou uma estátua de si mesmo. Mas ele percebeu que, com o passar do tempo, sua estátua cairia um dia. Assim, ele deu seu próprio nome à cidade em ruínas e, assim, queimou sobre os judeus uma marca permanente que marcaria sua derrota e testemunharia a insolência de sua revolta. Desde que ele foi chamado Aelius Hadrianus, ele ordenou que, a partir desse nome, a cidade fosse chamada Aelia e até hoje é chamada pelo nome do imperador que a conquistou e a destruiu.(3) Você vê a primeira tentativa dos judeus insolentes? Agora veja o próximo. Eles tentaram a mesma coisa no tempo de Constantino. Mas o imperador viu o que eles tentaram fazer, cortou suas orelhas e deixou em seus corpos essa marca de sua desobediência. Ele então os levou a todos os lugares, como escravos fugitivos e patifes, para que todos pudessem ver seus corpos mutilados e sempre pensar duas vezes antes de tentar uma revolta. "No entanto, essas coisas aconteceram há muito tempo", dirão os judeus. Mas eu lhe digo que o incidente é bem conhecido por aqueles que estão há alguns anos e já são homens idosos.(4) Mas o que vou lhe dizer é claro e óbvio, mesmo para os mais jovens. Pois isso não aconteceu no tempo de Adriano ou Constantino, mas durante a nossa própria vida, no reinado do Imperador de vinte anos atrás. Juliáno, que superou todos os imperadores na irreligião, convidou os judeus a se sacrificarem aos ídolos, na tentativa de arrastá-los para o próprio nível de impiedade de Íris. Ele usou seu antigo modo de sacrifício como desculpa e disse: "Nos dias de seus antepassados, Deus era adorado dessa maneira".(5) Eles recusaram o convite dele, mas, naquela época, eles admitiram exatamente as coisas que eu recentemente lhe provei, a saber, que eles não tinham permissão para oferecer seus sacrifícios fora de Jerusalém. A resposta deles foi que aqueles que ofereceram qualquer sacrifício em uma terra estrangeira estavam violando a lei. Então eles disseram ao imperador: "Se você deseja nos ver oferecer sacrifícios, devolva-nos Jerusalém, reconstrua o templo, mostre-nos o santo dos santos, restaure o altar, e ofereceremos sacrifícios novamente como antes."(6) Esses homens abomináveis ​​e sem vergonha tiveram a insolência de pedir essas demissões a um pagão ímpio e convidá-lo a reconstruir seu santuário com as mãos poluídas. Eles não conseguiram ver que estavam tentando o impossível. Eles não perceberam que, se as mãos humanas tivessem acabado com essas coisas, então as mãos humanas poderiam recuperá-las. Mas foi Deus quem destruiu sua cidade, e nenhum poder humano jamais poderia mudar o que Deus havia decretado. "Pois que Deus, o Santo, planejou quem se dissipará? Sua mão está estendida; quem a voltará?" O que Deus criou e deseja permanecer, nenhum homem pode derrubar. Da mesma maneira, o que ele destruiu e deseja permanecer destruído, ninguém pode reconstruir.(7) Concordo que o Imperador devolveu a você os judeus do seu templo e construiu um altar para você, exatamente como você tolamente suspeitou que ele faria. Mas ele não podia enviar para você o fogo celestial do alto, poderia? No entanto, se você não pudesse ter esse fogo, seu sacrifício teria que ser uma abominação e imundo. É por isso que os filhos de Arão pereceram; eles causaram um incêndio estrangeiro.(8) No entanto, esses judeus, cegos a todas as coisas, pediram ajuda ao imperador e imploraram que ele os ajudasse a empreender a reconstrução do templo. O imperador, por sua vez, não poupou despesas, enviou engenheiros de todo o império para supervisionar o trabalho, convocou artesãos de todas as terras; ele não deixou nada por fazer, nada por experimentar. Ele não negligenciou nada, mas trabalhou em silêncio e um pouco de cada vez para levar os judeus a oferecer sacrifícios; dessa maneira, ele esperava que fosse fácil para eles passarem do sacrifício à adoração de ídolos. Ao mesmo tempo, em sua loucura louca, ele esperava cancelar a sentença proferida por Cristo que proibia a reconstrução do templo. Mas amarre quem, de imediato, deixa transparecer o sábio em sua astúcia, deixando claro que os decretos de Deus são mais poderosos do que qualquer homem.(9) Eles começaram a trabalhar seriamente nessa tarefa proibida, removeram um grande monte de terra e começaram a desnudar as fundaçõesEles estavam prestes a começar a construir quando de repente o fogo saltou das fundações e consumiu completamente não apenas um grande número de operários, mas também as pedras empilhadas lá em cima para apoiar a estrutura. Isso acabou com a obstinação prematura daqueles que haviam empreendido o projetoMuitos judeus também, que viram o que havia acontecido, ficaram surpresos e envergonhados. O imperador Juliano estava loucamente ansioso para terminar o trabalho. Mas, quando soube o que havia acontecido, ficou com medo de que, se continuasse, poderia acender o fogo com sua própria cabeça. Então ele e todo o povo judeu se retiraram em derrota.(10) Ainda hoje, se você for a Jerusalém, verá o fundamento vazio, se perguntar por que é assim, não ouvirá outra explicação além da que eu dei. Somos todos testemunhas disso, pois aconteceu não muito tempo atrás, mas em nosso próprio tempo. Considere o quão visível é a nossa vitória. Isso não aconteceu nos tempos dos bons imperadores; ninguém pode dizer que os cristãos vieram e impediram o trabalho de terminar. Isso aconteceu no momento em que nossa religião estava sujeita a perseguição. quando todas as nossas vidas estavam em perigo, quando todo mundo tinha medo de falar, quando o paganismo florescia. Alguns dos fiéis se esconderam em suas casas, outros fugiram dos mercados e se mudaram para os desertos. Foi quando esses eventos ocorreram. Portanto, os judeus não têm desculpa para eles por sua imprudência. 1. João Crisóstomo, Contra os judeus 5: 11.   http://www.tertullian.org/fathers/chrysostom_adversus_judaeos_05_homily5.htm


6-O testemunho judaico uniforme ao longo da história atesta o monte do templo como local de oração, por ser o local do templo de Salomão e de Herodes



Até agora eles oravam no monte das Oliveiras e nas portas do H. aram. Quando foram banidos da cidade, no período dos cruzados, eventualmente rezavam junto ao muro oriental do monte do Templo. 4 Contudo, nos últimos anos dos mamelucos adotaram nova prática. Provavelmente em função das constantes incursões dos beduínos deixaram de reunir-se no monte das Oliveiras, onde se sentiam inseguros, e voltaram se para a parte vaga do muro ocidental do H. aram, venerando-a como seu último vínculo com o passado.  Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap. 14
O povo da Judeia horrorizou-se com o projeto. Um templo dedicado a Júpiter se ergueria no local do Templo sagrado de YHWH. Santuários para outras divindades também surgiriam por toda a cidade... Os jerosolimitas sabiam muito bem o que era guerra e destruição: em duas ocasiões viram um exército vencedor arrasar sua cidade e várias vezes presenciaram a profanação do Templo e a demolição de seus muros. Agora, porém, defrontavam-se com um projeto de construção que consideravam um ato hostil. Para eles, construir sempre fora uma atividade religiosa, capaz de afastar a ameaça de caos e aniquilação. Agora se tornara uma arma nas mãos do império vitorioso. Aelia Capitolina destruiria a
Jerusalém judaica, cujo santuário simbolizara a realidade e a alma de seu povo. Tudo isso desapareceria sob a cidade romana. O programa de edificações imperial constituiria um ato de descriação: o retorno do caos. Não seria a última vez na história de Jerusalém que um povo derrotado veria sua cidade santa e seus marcos amados se esvaecerem sob as ruas, monumentos e símbolos de um poder hostil e sentiria que sua própria essência fora obliterada.
Provavelmente Adriano não previra tal reação. . Em 131, ele expediu uma série de editos concebidos para fazer os judeus abandonarem seus costumes peculiares e adaptarem-se ao mundo greco-romano. Assim, proscreveu a circuncisão — uma prática bárbara, em sua
opinião —, a ordenação dos rabinos, o ensino da Torá e as reuniões públicas. Foi mais um golpe para a sobrevivência do judaísmo. Promulgados os editos, até os rabinos mais moderados perceberam que outra guerra com Roma era inevitável.
Dessa vez os judeus não se deixaram pegar de surpresa. Planejaram sua nova campanha minuciosamente e não travaram combate nenhum até finalizar os preparativos. O comando da revolta coube a Simon Bar Koseba, um soldado realista e prático que conduziu suas tropas numa luta de guerrilhas, evitando cuidadosamente a batalha campal, e ocupou Jerusalém depois que a Décima Legião se viu obrigada a deixar a cidade para enfrentar os judeus no campo. Com a ajuda de seu tio, o sacerdote Eleazar, Bar Koseba forçou todos os gentios remanescentes a partir e provavelmente tentou restaurar o culto sacrifical no monte
do Templo. O grande rabino Akiva, um dos maiores estudiosos e místicos de sua época, saudou-o como o Messias e gostava de chamá-lo Bar Kokhba, “Filho da Estrela”. Não sabemos se Bar Koseba tinha tal conceito de si mesmo: devia estar ocupado demais no planejamento de sua campanha para se dedicar à
escatologia. No entanto, moedas cunhadas em Jerusalém portavam as inscrições SIMÃO, O PRÍNCIPE e ELEAZAR, O SACERDOTE, indicando, talvez, que ambos se consideravam os messias monárquico e sacerdotal que desde os tempos de Zorobabel eram vistos como os redentores da cidade. Outras moedas traziam as palavras PELA LIBERTAÇÃO DE JERUSALÉM. 
Mas foi uma luta inglória. Bar Koseba e seus homens conseguiram manter a rebelião por três anos, até Adriano enviar para a Judeia um de seus melhores generais, Sexto Júlio. O exército judeu era pequeno demais para resistir indefinidamente ao poderio de Roma, e Jerusalém — ainda sem muralhas e fortificações — era indefensável. Os romanos sistematicamente aniquilaram todos os fortes da Judeia e da Galileia....
Muito mais tristes para os judeus eram os símbolos religiosos que apareceram triunfalmente na Cidade Santa de YHWH. Aelia foi dedicada aos três deuses capitolinos — Júpiter, Juno e Minerva —, mas, depois da Guerra Judaica, parece que Adriano desistiu de erguer o santuário de Júpiter no velho monte do Templo. Nenhum visitante conta ter visto um santuário pagão na esplanada de Herodes, porém todos registram que ali havia duas estátuas: uma de Adriano e a outra de seu sucessor, Antonino Pio....  Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap,. 8

 Existem dez graus de santidade: a terra de Israel é mais santa que as outras. [...] As cidades muradas da terra de Israel são ainda mais santas [...] o interior das muralhas de Jerusalém é ainda mais santo. [...] O monte do Templo é ainda mais santo [...] o Pátio das Mulheres é ainda mais santo [...] o Pátio dos Israelitas é ainda mais santo [...] o Pátio dos Sacerdotes é ainda mais santo [...] o espaço que circunda o Altar é ainda mais santo [...] o Hekhal é ainda mais santo [...] o Devir é ainda mais santo, pois ali ninguém pode entrar, salvo o sumo sacerdote no Yom Kippur.43
O tropeiro Simão de Kamtra explicou aos rabinos que muitas vezes seu trabalho o levava
a passar pelo monte do Templo: tinha mesmo de rasgar as roupas sempre que avistava as ruínas? 45 Depois o rabino Meir recebeu permissão para viver em Aelia com cinco ou seis de seus alunos, embora essa pequena comunidade fosse efêmera.46 Certamente após a morte do patriarca Judá I, em 220, não houve em Jerusalém uma população fixa de judeus. Contudo, em meados do século III os judeus foram autorizados a chorar pelo Templo no monte das Oliveiras. Mais tarde — não sabemos exatamente quando — consentiu-se que visitassem o monte do Templo no nono dia do mês de Av, o aniversário da destruição de seu santuário. Segundo um documento encontrado na Guenizá do Cairo, os peregrinos primeiramente se postavam, descalços, no monte das Oliveiras e contemplavam as ruínas, enquanto rasgavam as roupas e lamentavam: “O santuário está destruído!”. Depois entravam em Aelia, dirigiam-se à esplanada herodiana e choravam “pelo Templo e pelo povo e pela Casa de Israel”....
Olhando para a desolada esplanada do Templo, com as estátuas dos imperadores vitoriosos, contemplavam a derrota do judaísmo e a sobrevivência de sua própria fé, que nessa época talvez não estivesse ganhando muitos adeptos na Palestina, mas certamente fazia grandes progressos no resto do Império....

Culta e inteligente, filha de um ilustre filósofo ateniense, Eudóxia se convertera ao
cristianismo, mas parece que não partilhava a aversão dos cristãos ao judaísmo. Assim, concedera permissão aos judeus para orarem no monte do Templo em todos os seus dias santos, e não só no nono dia do mês de Av. Com isso deve ter escandalizado muitos cristãos, porém sua elevada posição impossibilitava os protestos. O surpreendente edito deu a alguns judeus a esperança de redenção iminente: dizia-se que uma carta circulara pelas comunidades da Diáspora instando seus membros a irem celebrar a festa de Sucot em Jerusalém, para que o Reino pudesse estabelecer-se ali.25 A festa coincidiu com a visita da imperatriz à
Palestina. No primeiro dia das celebrações, enquanto Eudóxia estava em Belém, os judeus começaram a reunir-se em grande número no monte do Templo.
Não eram os únicos. O monge sírio Bar Sauma, famoso por sua violência contra as comunidades judaicas, também se encontrava em Jerusalém. Tivera o cuidado de alojar-se inocentemente num mosteiro, mas outros monges espreitavam a esplanada do Templo, onde os judeus em procissão percorriam os pátios arruinados,acenando com suas palmas pela primeira vez em séculos. De repente, conta-nos o biógrafo de Bar Sauma, o céu despejou sobre eles uma chuva de pedras. Muitos morreram ali mesmo; outros tombaram ao tentar escapar, e seus cadáveres juncaram ruas e pátios. 
Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap 10
7- Os árabes reconheceram o Monte do Templo como local do Templo
A esplanada das mesquitas (monte do templo) é chamada de Bait al-Maqdis or Bayt al-Maqdis' que singinifica "Templo em Jerusalem" 
Ao partir para dar prosseguimento a sua campanha, os persas confiaram Jerusalém aos judeus, seus aliados na Palestina. As esperanças messiânicas se intensificaram: os visionários aguardavam com ansiedade a purificação iminente do país pelo Messias e a reconstrução do Templo. Alguns contemporâneos até indicam que nessa época se voltou a realizar sacrifícios no monte, a armar barracas na festa de Sucot e a rezar nas portas destruídas.36 Todavia em 616 os persas retornaram à Palestina e reassumiram o controle da cidade. Haviam compreendido que, para pacificar o país, tinham de fazer algumas concessões à maioria cristã. A retirada de seu apoio acabou com qualquer esperança realística de a nação judaica recuperar Jerusalém....
Os maometanos precisavam, no entanto, de um lugar para construir uma mesquita sem confiscar propriedades dos cristãos. Também estavam ansiosos para conhecer o famoso Templo de Salomão. De acordo com o tradicionalista al-Wal īd Ibn Mūslim, Sofrônio tentou apresentar o Martyrium e a basílica da Santa Sião como a “mesquita de Davi”, porém acabou levando Omar e seu séquito ao monte do Templo.
Desde a ocupação persa, quando os judeus retomaram o culto na esplanada, os cristãos utilizavam o local como a grande lixeira da cidade. Conta o historiador muçulmano Mujīr al-Din que, ali chegando, Omar se horrorizou com a sujeira, “que se espalhava então por todo o santuário, acumulara-se nos degraus das portas de tal modo que ganhava as ruas e quase alcançava o teto do umbral”.11 Somente engatinhando podia-se alcançar a esplanada. Sofrônio tomou a iniciativa, e os muçulmanos o seguiram com muita dificuldade. Deve ter sido um choque para eles ver aquela desolada vastidão coberta de entulho e de lixo. Nunca superaram o impacto desse triste encontro com o lugar santo cuja fama chegara à remota Arábia: dizem que chamaram a Anástasis de al-quma-mah, “Monturo”, em retaliação contra o comportamento impio dos cristãos no monte do Templo....
Agora o Islã podia enxertar-se fisicamente nessas tradições antigas de um modo que simbolizava a continuidade e a unidade da visão do Alcorão. Sua missão de sacralizar o mundo incluía o dever de reconsagrar um lugar que havia sido tão horrivelmente profanado.
Tendo limpado a esplanada, Omar chamou Ka‘b IbnAh . bar, um judeu que se convertera ao islamismo e era especialista em isra-’īliya-t, ou, como diríamos, “estudos judaicos”. A ideia de consultar os judeus sobre a disposição do lugar sagrado de seus ancestrais ocorreu naturalmente aos maometanos. Fontes das duas crenças deixam claro que os judeus participaram dessa restauração do monte. Dizem também que Omar viajara a
Jerusalém com um grupo de rabinos de Tiberíades. De acordo com Abu Jafar at-T. abarī, ilustre historiador do século X, ao encontrar-se com Ka‘b, Omar recitou os suras 17 e 18 do Alcorão, que contam a história de Davi, de Salomão e do Templo. Depois lhe perguntou qual era a parte do monte mais adequada à oração. Ka‘b recomendou um local ao norte da rocha, onde acreditava que no passado se situava o Devir [Santo dos santos] —e quanto a isso é quase certo que se equivocou. Rezando ali, os muçulmanos podiam voltar-se ao mesmo tempo para Meca e para o Santo dos Santos.13 Provavelmente essa história não passa de lenda, pois só cinquenta anos depois os islamitas se interessariam pela rocha, porém mostra que eles se mantinham fiéis ao princípio da independência de sua crença em relação às religiões mais antigas. Omar recusou a sugestão de Ka‘b e decidiu construir sua mesquita na extremidade meridional da esplanada, onde outrora se erguia o Pórtico Real de Herodes e hoje se encontra a mesquita de al-Aqsā. Ali os muçulmanos podiam orar voltados unicamente para Meca. Os trabalhos resultaram numa singela construção de madeira, compatível com o austero ideal do islamismo primitivo. A primeira pessoa que a descreveu foi Arculf, peregrino cristão que visitou Jerusalém em torno de 670 e se impressionou com o contraste entre o novo santuário e o magnífico Templo que o precedera: “Agora os sarracenos frequentam uma casa de oração quadrangular e tosca, que edificaram erguendo tábuas e grandes vigas sobre parte das ruínas”.14 A “casa de oração”, no entanto, era bem ampla, capaz de abrigar 3 mil devotos. Nessa época as tribos árabes da região haviam se convertido ao maometismo e às sextas-feiras iam rezar na mesquita de Omar.....
Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap. 11

Imediatamente após a conquista, Omar concordou com Sofrônio: os judeus não deviam ter permissão para residir em Jerusalém. Ao tomar uma cidade, o califa geralmente reforçava a situação que ali encontrava, e fazia muito tempo que os judeus haviam sido banidos de Jerusalém e seus arredores. Mais tarde, porém, não encontrando bons motivos para negar-lhes o direito de viver na Cidade de Davi, Omar revogou o acordo e convidou setenta famílias judias de Tiberíades a se instalarem no bairro localizado a sudoeste do H. aram, a
breve distância da piscina de Siloé. Devastado na época da conquista persa, em 614, o bairro ainda se resumia a um monte de ruínas. Os judeus removeram o entulho e com as velhas pedras   ergueram suas novas casas. Também tiveram licença de construir uma sinagoga — conhecida como “a Caverna” — perto do muro de sustentação ocidental, possivelmente nos subterrâneos da esplanada.21
...Um poema hebraico de fins do século VII enaltece os árabes como precursores do Messias e expressa a esperança na futura reunião dos judeus exilados e na restauração do Templo. 23 O Messias não chegou, porém os judeus continuaram aprovando a dominação islâmica. Numa carta escrita no século XI os rabinos de Jerusalém lembram a “misericórdia” que Deus tivera com seu povo quando permitiu que o “Reino de Ismael” conquistasse a Palestina. Com alegria recordam que, quando os maometanos chegaram a Jerusalém, “havia em seu meio filhos de Israel; mostraram-lhes o local do Templo e conviveram com eles até esta data”.24 
Jersualem uma cidade, três religiões. Karen Armstrong cap. 11

8- A cidade de Davi é inadequada como plataforma para o templo de Salomão e para o templo de Herodes

No tratado da Mishná chamado Middot, somos informados
de que o monte do Templo tinha 500 côvados quadrados. Essa área foi dobrada por Herodes

9- Na cidade de Davi havia um depósito de lixo
mas o antigo depósito de lixo de 2000 anos descoberto em 2013-2014 na encosta leste da cidade de David refuta sugestões recentes sobre uma localização diferente do templo em Jerusalém.


A conclusão interessante que se pode tirar desse lixo é que, se o Templo realmente se situava na encosta ocidental do vale de Kedron, acima da fonte Gihon, então ele deveria ter sido construído nesse aterro instável, o que é improvável ou, como todo grande Os edifícios de Jerusalém são fundados sobre a rocha, especialmente um complexo tão grande como o Monte do Templo e seus edifícios, não deveria haver aterros sanitários lá. Se o Templo realmente estivesse acima da fonte, deveria haver um grande buraco neste aterro, mas não existe.
É interessante ler fontes históricas, incluindo a Bíblia, mas se a interpretação do texto entra em conflito com evidências arqueológicas, positivas ou negativas, a própria teoria se torna lixo.  https://www.ritmeyer.com/2017/12/29/jerusalems-garbage/





7- A arqueologia mostra que o monte do templo era o local onde estava o templo de Herodes

 a-Pedra da Trombeta

Pedra da Trombeta - observe a inscrição em hebraico

356. João, ao contrário, perdia as esperanças de salvação, porque se via encerrado no Templo e Simão tinha acabado de saquear tudo o que restava na cidade. Este, confortado com o auxílio do povo, atacou o Templo; mas os sitiados, que se defendiam de cima dos pórticos e de outros lugares que haviam fortificado, repeliram-no, mataram e feriram a muitos dos dele, porque tinham a vantagem de combater de um lugar mais elevado e particularmente de quatrograndes torres que tinham construído; a primeira entre o oriente e o norte; a segunda na galeria; a terceira no ângulo oposto à cidade baixa e a quarta no vértice de uma espécie de tabemaculo, chamado Pastoforio, onde segundo o costume de nossos antepassados um dos sacerdotes de pé, diante do sol posto, dizia, a som de trombeta, que o dia do sábado começava e na tarde seguinte terminava, e também declarava ao povo os dias que ele devia festejar e os em que devia trabalhar. Hstória dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, Guerra dos Judeus Livro V cap. 34, 2009)




Balasutrada onde ficava o sacerdote que tocava a trombeta  (ilustração)
 em 1969. Depois de cavar os níveis de destruição omíada, bizantina e romana, um parapeito de esquina grande pedra foi encontrada caída de lado nas pedras da rua Herodian, a cerca de 1,5 metro (5 pés) do canto sudoeste. Um nicho foi cortado da encosta interna da pedra, no lado sul. Acima desse nicho, havia uma inscrição escrita em hebraico, que dizia (da direita para a esquerda) “l'bet hatqia l'hakh. "... As duas primeiras palavras "l'bet hatqia" significam "o lugar da trombeta", mas a última palavra hebraica está incompleta.    https://www.ritmeyer.com/2018/01/24/trumpeting-on-the-temple-mount/

O local original onde a Pedra da Trombeta foi encontrada. O arqueólogo Ron Gardiner fica ao lado da pedra.
Na figura acima vemos uma parte do muto ocidental e do muro sul- em detalhe no muro vemos o remanescente do arco de Robson  e no chão tem também os tanques usados para purificação -MIKVA
Veja em detalhe o desenho em branco do arco de Robson
Embaixo das escadas do arco de Robson   existiam lojas que serviam as pessoas que iam ao templo




b-Monte do Templo - esplanada das mesquitas
Em 19 a.C, o rei Herodes empreendeu um projeto para dobrar a área do monte do templo em Jerusalém, incorporando parte da colina no noroeste. Para fazer isso, quatro muros de contenção foram construídos e o Monte do Templo foi expandido em cima deles. Estes muros de arrimo permaneceram em pé, juntamente com a própria plataforma, depois que o templo foi destruído pelos romanos em 70 EC.

A plataforma do templo de Herodes em relação ao templo de Salomão


Linha Correspondente ao antigo Muro Ocidental que circundava
o templo da época de Jesus

Linha Correspondente ao antigo Muro Oriental  que circundava
o templo da época de Jesus


c- Muro das Lamentações
O muro das Lamentações é uma parte do muro ocidental, e fica entre o arco de Wilson e o de Robson



Arco de Robson e Wilson , e o Muro das Lamentações(entre os dois) - Maquete [muro ocidental}

Muro das Lamentações






Monte do templo- 2 Mesquitas, Domo da Rocha e o Muro das Lamentações -foto de satélite



d-Portões do Oriente

Portão Dourado- Golden Gate- Portão da misericórdia- ou dos lirios



O Golden Gate  é o único portão oriental do Monte do Templo e um dos dois únicos que costumavam oferecer acesso à cidade daquele lado.O portão em sua forma atual foi selado pelo sultão otomano Suleiman em 1541.

O Portão dos Lírios ( nome pelo qual também era conhecido) também é aquele pelo qual o bode expiatório seguia o caminho para o deserto de Yom Kipur, bem como a vaca vermelha a caminho de ser abatida no Monte das Oliveiras.

A imagem que se pode ver atualmente é dos tempos do Imperio Bizantino
Pesquisas mostraram que sob (abaixo do Portão Oriental (Portão Dourado) nas muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, existe um portão antigo que data de:
  • Dias de Herodes no primeiro século, ou
  • Dias de Neemias por volta de 500 aC, ou
  • até o dias de Salomão, por volta de 950 aC, desde o primeiro período do templo.
 O atual Golden Gate, também conhecido como Eastern Gate, está localizado na parede leste do Monte do Templo.



Portão Dourado- Uma das partes remanescentes do Muro Oriental






Portão Dourado- ao fundo o Domo da rocha com a cúpula dourada

portão dourado do lado de fora

portão dourado de dentro do monte do templo © Leen Ritmeyer

Golden Gate -portão dourado


"No ano de 1969, o arqueólogo de Jerusalém James Fleming estava investigando a parede oriental do templo, onde há muito tempo se encontrava um cemitério muçulmano. Choveu muito na noite anterior e o chão permaneceu encharcado no dia seguinte. Enquanto ele investigava a área imediatamente em frente ao Golden Gate, o chão sob seus pés cedeu e ele caiu em um buraco com cerca de dois metros de profundidade. Fleming se viu "com os joelhos nos ossos" e percebeu subitamente que havia caído em um local de sepultamento em massa. Para ele, o aspecto mais surpreendente desse incidente era sua visão clara de cinco grandes pedras em forma de cunha inseridas em um arco maciço. Parecia que ele havia descoberto um portão antigo sob o atual Golden Gate:

"Então eu notei com espanto que na face leste da parede da torre, diretamente abaixo do próprio Golden Gate, havia cinco pedras em forma de cunha, dispostas ordenadamente em um arco maciço que atravessava a parede da torre. Aqui estavam os restos de um portão anterior para Jerusalém. , abaixo do Golden Gate, que aparentemente nunca havia sido totalmente documentado ". (BAR, janeiro / fevereiro 1983, p30)
Logo após essa descoberta, os muçulmanos cobriram a câmara, cimentaram por cima e cercaram a vala comum com uma cerca protetora de ferro. Infelizmente, isso significa que é improvável que os arqueólogos israelenses possam escavar o portão sob o Portão Dourado em um futuro próximo."
 http://www.templemount.org/visittemp.html



Foto de James Fleming, de 1969, de dentro de uma cova do lado de fora do portão oriental, olhando para o arco de um antigo portão oriental
Representação do muro visível em cinza e a parte subterrânea vista em 1969 (marrom)
O famoso estudioso Ritmeyer defende que o arco visível da tumba evidencia na verdade umarco que fazia parte da escada herodiana para a porta oriental, conforme ele narra e fez uma representação gráfica:

O Golden Gate, em torno do qual circulam várias tradições, é o mais intrigante de todos os portões do Monte do Templo. Na tradição judaica, é através deste portão (Sha'ar ha Rachamim - Portão da Misericórdia), bloqueado desde o século IX, que o Messias entrará no fim dos dias, liderado pelo profeta Elias. Isso é baseado na profecia de Ezequiel 44.1–3 . Os cristãos acreditam que Cristo fez sua entrada triunfal em Jerusalém (registrada nos quatro evangelhos) por esse portão no domingo antes de sua crucificação (domingo de ramos). Montando em um burro, ele cumpriu a profecia messiânica registrada em Zacarias 9.9. Os muçulmanos se referem a ele como o Portal da Eternidade (Bab-al-Dahariyeh) e acreditam que será uma parte importante do último julgamento da humanidade. Pensa-se que o cemitério muçulmano ao longo do Muro Oriental tenha sido colocado ali na crença de que o precursor do Messias, Elias, sendo de uma família sacerdotal, não poderia passar pelo Portão Dourado, impedindo assim a vinda do Messias.
Na verdade, existem quatro fases históricas distintas representadas na arquitetura desse portão: período turco, omíada, herodiano e primeiro templo....
como as pedras do arco parecem ser herodianas, é mais razoável sugerir que esse arco fazia parte de uma escada herodiana que levava ao portão original. É fascinante contemplar que a escada ainda esteja intacta sob esse portão, embora oculta à vista pelo cemitério muçulmano .https://www.ritmeyer.com/
representação feita por Ritmeyer- legendas traduzidas em português © Leen Ritmeyer
De pé no meio do interior do Golden Gate. Dois postes maciços monolíticos são visíveis nos cantos distantes.  © Leen Ritmeyer
Na figura acima dois postes maciços monolíticos são visíveis dentro deste portão.




 © Leen Ritmeyer

Os postes são colocados na mesma linha que a Muralha Oriental do Monte do Templo e alinhados com a maciça alvenaria que pode ser vista em ambos os lados do Golden Gate.


e-Portões Ocidentais:


678. Do lado do ocidente, havia quatro portas. Por uma delas, ia-se ao palácio real, atravessando-se um vale que estava entre eles. Pelas outras duas, ia-se aos arrabaldes e, pela quarta, à cidade. Mas era preciso, para isso, descer vários degraus até o fundo do vale e tornar a subir por outros tantos, pois a cidade, em forma de circo, está situada em frente ao Templo e termina naquele vale do lado do sul. E, desse mesmo lado, à frente do quadrado, havia no meio uma outra porta igualmente distante dos dois ângulos e uma tríplice e soberba
galeria, que se estendia desde o vale que estava do lado do oriente até o que
estava do lado do ocidente. Essa galeria não podia ser mais longa porque
compreendia todo esse espaço.
História dos Hebreus. Antiguidades Judaicas,Livro 15. cap. 14, Rio de Janeiro:CPAD, p. 732

Portão de Warren
Arco de Wilson
Portão de Barclay
Arco de Robinson

O portão de Warrem teria ligado à superfície do Monte do Templo através de um túnel com uma escada semelhante ao Portão de Warren.
O Arco de Wilson e o Arco de Robinson teriam levado os fiéis diretamente para a superfície, enquanto o Portão de Barclay e o Portão de Wilson teriam usado uma escada subterrânea para levar os fiéis ao Monte do Templo. 
http://www.generationword.com/jerusalem101/43-barclays-gate.html






e1-Arco de Robinson e porta
O arco, apoiado pelo Muro das Lamentações, tinha 12,8 m. ampla e erguia-se acima do nível do solo atual. Josephus Flavius ​​menciona uma ponte que ligava o Monte do Templo à Cidade Alta a oeste durante o período do Segundo Templo. Esta ponte já transportou água através de um conduto das Piscinas de Salomão; foi destruído durante a revolta judaica contra Roma (66-70 dC) e reconstruído durante o período islâmico inicial.
678. Do lado do ocidente, havia quatro portas. Por uma delas, ia-se ao palácio real, atravessando-se um vale que estava entre eles. Pelas outras duas, ia-se aos arrabaldes e, pela quarta, à cidade. Mas era preciso, para isso, descer vários degraus até o fundo do vale e tornar a subir por outros tantos, pois a cidade, em forma de circo, está situada em frente ao Templo e termina naquele vale do lado do sul. E, desse mesmo lado, à frente do quadrado, havia no meio uma outra porta igualmente distante dos dois ângulos e uma tríplice e soberba
galeria, que se estendia desde o vale que estava do lado do oriente até o que
estava do lado do ocidente. Essa galeria não podia ser mais longa porque
compreendia todo esse espaço. 
 História dos Hebreus. Antiguidades Judaicas,Livro 15. cap. 14, Rio de Janeiro:CPAD, p. 732

Na verdade, o arco de Robinson fazia parte de um amplo caminho que levava os peregrinos do nível da rua, por uma escada, atravessava a rua e depois para a entrada sudoeste do monte do templo. Essa foi uma das três pontes que levavam ao templo.
As escavações de Mazar revelaram muito mais. Alguns dos melhores achados
que se tem notícia são admirados por milhares de turistas todos os anos.
Um destes são as ruínas do Arco de Robinson, parte do apoio de uma grande
escadaria que ligava a seção superior e a inferior do canto sudoeste do monte do
Templo.





Arco de Robson e Wilson , e o Muro das Lamentações(entre os dois) - maquete

Remanescente atual do arco de Robson



Arco de Robson- maquete




e2- Arco de Wilson e porta


Arco de Wilson remanescente - no canto do Muro das Lamentações





Localizado abaixo da Cidade Velha da atual Jerusalém, o arco de Wilson se estendia bem acima da rua no tempo de Jesus. O arco sustentava uma ponte sobre o vale do Tirol, a partir da cidade superior, na colina ocidental.
Como o Arco de Robinson (ambos foram nomeados em homenagem aos exploradores que os descobriram no século XIX), o Arco de Wilson era um dos maiores arcos de alvenaria independentes do mundo. Estendeu-se 75 pés acima do fundo do vale abaixo, e cobriu uma extensão de 45 pés. O arco provavelmente foi restaurado.
Nesta fotografia, o chão em que as pessoas estão orando está sobre os escombros da destruição romana da cidade e das construções posteriores, e o arco agora está a apenas 6 metros acima da calçada. Seu tamanho majestoso e as enormes pedras testemunham as magníficas aspirações de Herodes. A parede ao fundo era uma adição posterior. Hoje, a área abaixo do arco funciona como uma área de oração para judeus religiosos.
https://www.thattheworldmayknow.com/wilsons-arch


O "Arco de Wilson" era uma das passagens pelas quais, na época de Jesus Cristo, há 2 mil anos, moradores de Jerusalém e visitantes podiam subir até o Monte do Templo. Originalmente, tinha 13 metros de altura.
O anfiteatro romano com 200 assentos - pequeno em comparação com outros da região, como em Cesareia - foi descoberto próximo ao Muro, confirmando os relatos de historiadores da época, como Flávio Josefo (37 d.C.-100 d.C.), de que havia uma construção como essa adjacente à muralha. Também foram desencavados vasos de cerâmica, moedas e elementos arquitetônicos.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41644177
O arco pode ter sido parte de uma ponte descrita por Josefo que ligava o Monte do Templo à Cidade Alta, na Colina Ocidental, e carregava água por aqueduto das Piscinas de Salomão para o Monte do Templo. 


e3- Portão de Warren e porta



Fonte: Arqueologia Bíblica, Rio de janeiro:CPAD, 2017, P. 117.



Portão de Warren- está lacrado com concreto.

O Portão de Warren era uma das quatro entradas do lado oeste do Monte do Templo. O Portão de Warren foi descrito pela primeira vez pelo inspetor Charles Warren do século XIX , é uma entrada antiga para a plataforma do Templo em Jerusalém, que fica a cerca de 50 metros do Túnel do Muro das Lamentações, um túnel subterrâneo, escavado ao lado do muro .

 No período do Segundo Templo , o portão levava a um túnel e uma escada para o Monte do Templo .O portão foi bloqueado por muitos anos e reaberto em agosto de 1981 pelo rabino Meir Yehuda Getz . Após uma turbulência política que cercava o Monte do Templo, foi novamente bloqueada com concreto.

Após a queda do Império Bizantino (cristãos), os conquistadores muçulmanos permitiram que os judeus rezassem neste túnel, e os judeus criaram uma sinagoga aqui na base da escada abaixo do Monte do Templo. Mas, em 1099, os cruzados (cristãos) destruíram a sinagoga, que os judeus chamavam de “a caverna”, e a transformaram em uma cisterna. Este era o portão mais próximo do Santo dos Santos. http://www.generationword.com/jerusalem101/42-warren-gate.html


Portão de Warren em uma representação

e4- Portão de Barclay

Este portão foi reconhecido pela primeira vez por James Barclay, cônsul americano em 1855. É referido como o Portão Kiponus em Mishna.

O Barclay's Gate era uma das quatro entradas do lado oeste do Monte do Templo.
Portão de Warren
Arco de Wilson
Portão de Barclay
Arco de Robinson
O portão de Warrem teria ligado à superfície do Monte do Templo através de um túnel com uma escada semelhante ao Portão de Warren.

O lintel pode ser visto do lado de dentro do edifício. Abaixo do lintel, antes da construção do prédio, o portão era fechado com pedras menores. 

O portão usado hoje para entrar no Monte do Templo fica acima do lintel do Portão de Barklay e é chamado de Marroquino, o Portão dos mouros.

O portão foi bloqueado com pedras no final do século 10 e a sala do portão interno foi transformada em uma mesquita dedicada a Buraq . Hoje a sala está fechada e sua entrada é proibida sem a aprovação do Waqf 

Imagem mostrando o portão de Barkley debaixo da rampa do portão de Mughrabi

Debaixo da rampa do portão de Mughrabi, há um portão que remonta ao período do Segundo Templo, conhecido como o Barclay's Gate (em homenagem ao cônsul americano que primeiro identificou o local em 1855). Agora conhecemos apenas o lintel maciço do lado de fora. A entrada original do portão ficava no nível da rua Tyropeon Valley (do período Herodiano). As dimensões do portão são 5,6 m entre os batentes das portas e 8,8 m do limiar ao lintel. O lintel é feito de uma única pedra de 2 m por 7m. Esta pedra pode ser vista na seção Feminina do Western Wall Plaza e dentro de uma sala localizada abaixo do Portão de Mughrabi. Do lado do monte do templo, há acesso ao lado interno do portão por uma escada ao norte do portão de Mughrabi. Esses passos levam a uma sala conhecida pelos muçulmanos como Mesquita El-Buraq. Aparentemente, essa sala fazia parte da passagem original ou restaurada que levava os visitantes ao Monte do Templo desde a entrada pelo portão até o nível da praça do Monte do Templo. Essa passagem era semelhante às passagens conhecidas dos Portões Hulda, na parede sul, até o nível da praça do Monte do Templo. The Mughrabi Gate Access Restoration Project 12 Feb 2007 Israel Antiquities Authority
The Mughrabi Gate - Marcos Históricos

 Em 1848, o missionário James Thomas Barclay, cônsul americano em Jerusalém, descobriu o batente da porta norte e o enorme lintel de pedra de um portão antigo, o mais antigo dos portões do complexo do Monte do Templo. Barclay descobriu a porta de entrada do lado interno do complexo do Monte do Templo. Pesquisadores identificaram o portão como datando da época do Segundo Templo, talvez o Portão de Coponius.
No final do século 10, o portão estava bloqueado com pedras e a guarita do lado de dentro dedicada a El-Buraq. (No momento, o site está fechado e acessível somente mediante aprovação do Waqf.) Em 1199, um seminário islâmico chamado Al-Afdalia Madrasa foi erguido ao lado do Barclay's Gate. As ruínas desta Madrasa hoje fazem parte da rampa de terra que leva ao Portão Mughrabi.
No século XII (ou talvez mais tarde), um novo portão foi construído acima do portão de Barclay chamado Bab al-Maghariba, o portão de Mughrabi, em homenagem aos moradores do bairro. Em 1850, o sábio judeu Abdullah de Bombaim tentou comprar o Muro das Lamentações. Em 1887, o Barão Rothschild planejava comprar toda a área do bairro Mughrabi. Na véspera da Primeira Guerra Mundial (1914), a Companhia Palestina de Desenvolvimento Terrestre tentou comprar a área ao redor do Muro das Lamentações. Após a Declaração de Balfour (1917), as Instituições Nacionais Judaicas na Palestina enfatizaram o Muro das Lamentações como um local sagrado do povo judeu. O mufti de Jerusalém declarou que o Muro Ocidental era um local sagrado para os muçulmanos e o chamou de El Buraq, o nome do maravilhoso corcel do profeta Maomé. Após os distúrbios de 1929, as autoridades obrigatórias britânicas estabeleceram uma comissão de inquérito que determinava que não havia base religiosa ou histórica para essa alegação, e que a história de El Buraq foi inventada pelos Mufti para incitar os muçulmanos contra os judeus. Após a Guerra dos Seis Dias (1967), a praça do Muro das Lamentações foi ampliada e o Portão de Barclay expostohttps://mfa.gov.il/mfa/aboutisrael/state/jerusalem/pages/the%20mughrabi%20gate%20access%20restoration%20project%20-%20feb%202007.aspx

Portão de Mugrabi em verde-  abaixo dele fica o Portão de Barkley



Potão de Barclay- do lado direito do muro das lamentações.
Lintel é uma peça  que assenta nas ombreiras ou jambas e constitui o acabamento da parte superior de portas e janelas


f- Portões do Sul

f1- Portões de Hulda


Portões de Hulda no muro Sul


São portões duplos, que agora estão bloqueados, e se localizam  na parte sul do muro do Monte do Templo , situado na Cidade Velha de Jerusalém .  Cada arco do portão duplo levado para um corredor de uma passagem que conduz desde o portão para o patio. Quando a Mesquita al-Aqsa foi construída, os antigas passagens foram bloqueadas.
Os portões Huldah já fizeram parte da infraestrutura principal do templo de Herodes e representam dois conjuntos dos portões agora bloqueados - os chamados portões duplos (ocidentais) e triplos arcos (orientais) - na parede sul do Monte do Templo, na parte antiga de Jerusalém Cidade. Ambos, os portões Duplo e Triplo, são elementos externos da parede de expansão construída por Herodes em torno do Monte do Templo original.

Uma escada monumental foi adicionada aqui por volta do final do século I aC para permitir que milhares de peregrinos entrassem e saíssem do templo. Durante os feriados e dias agitados, os portões orientais eram usados ​​para entrar, enquanto os ocidentais apenas para sair. A única exceção foi feita para os que estavam de luto, que tinham permissão para entrar em ordem inversa, para que o público (saindo do Templo) soubesse sobre a perda e os desejasse bem. O lado oriental (entrada) era mais estreito, em parte, provavelmente porque a entrada era regulada e os visitantes tinham que se purificar antes de entrar no lugar de Deus. Para esse fim, havia dezenas de banhos rituais, chamados Mikveh, instalados ao redor da entrada, depois de visitar quais pessoas receberiam um certificado. Nos dias mais calmos, com menos visitantes, a entrada era permitida apenas pelo arco do meio.
Os portões de Hulda na entrada sul do templo, que era usada pela população judaica (incluindo Jesus e seus discípulos) ao atravessar os portões de Hulda . Até hoje se ve as escadas desde  o tanque de Siloé até a entrada dos portões.

Maquete vista do muro sul do templo- em destaque o Tanque de Siloé 
Arqueólogos escavando túneis sob um bairro palestino ao sul das muralhas de Jerusalém estão descobrindo uma rua monumental que levava ao pé do Monte do Templo, a plataforma sagrada que antes abrigava o Templo Judaico e agora é o lar de alguns dos locais mais sagrados do Islã...
As moedas mais recentes descobertas sob as pedras do pavimento datam de cerca de 31 dC. As moedas mais comuns de Jerusalém do primeiro século foram cunhadas depois dos 40, “portanto, não tê-las abaixo da rua significa que a rua foi construída antes de sua aparição, ou seja, apenas no tempo de Pilatos ”, diz Donald Ariel, especialista em moedas da Autoridade de Antiguidades de Israel.  https://www.nationalgeographic.com/history/2019/10/road-built-biblical-villain-uncovered-jerusalem/ acesso em 19-05-2020


Tunel escavado mostrando as escadarias do tanque de Silloe


De acordo com o tratado Mishtha Midelat 2.2, essa Porta Dupla (a en   trada ocidental) era usada pelo povo, enquanto a entrada oriental (conhecida como a Porta Tripla) era utilizada exclusivamente pelos sacerdotes. A Porta Dupla dava acesso a uma passagem ornamentada e ricamente decorada que levava diretamente ao pórtico real e ao templo. Porções dessa decoração interior foram recuperadas durante as escavações de Benjamin Mazar e agora estão expostas no Museu de Israel. As pessoas em um estado adequado de pureza ritual entravam pelo lado direito da porta e saíam pelo esquerdo. Ali, aqueles que estavam ritualmente impuros, como os coxos, se posicionavam para pedirem esmolas àqueles que entravam no templo. Esse detalhe histórico, juntamente com a sugestão de que a decoração interior era a razão pela qual a porta foi chamada "Formosa", foi oferecido como prova de que esse foi o local mencionado em Atos 3:2,10. Manual de arqueologia bíblica Thomas Nelson


Essas portas são chamadas de Formosas
Outro achado é a escadaria monumental no muro meridional e suas portas (Portas Duplas e Triplas), que serviam como entrada principal para o povo entrar no Templo. Jesus e os discípulos usaram esses degraus para entrar e sair do Templo e discutir suas construções (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).A história registra que Gamaliel ensinou seus alunos nestes degraus. Um desses alunos foi Saulo, que depois se tomou o apóstolo Paulo (At 5.34; 22.3).

Sobre a parte restante do Portão Duplo ainda visível do lado de fora foi feito arco que data do período muçulmano Omayyad. Originalmente, no entanto, não havia decoração, ou mesmo moldagem, por fora.



visão interna  de Dentro do Portão Duplo, que dava acesso à corte do Templo
(Reconstructing Herod’s Temple Mount in Jerusalem By Kathleen Ritmeyer Leen Ritmeyer)





muralha sul 






muralha sul - maquete e os arcos de Hulda
Inscrição de Tito- de cabeça para baixo

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PARTE  II -

Localização do Santo dos santos e da arca
Domo da Rocha
Uma inscrição no Domo da Rocha estabelece sua data de conclusão como 691 a 692 - cerca de 55 anos depois que os exércitos muçulmanos capturaram Jerusalém, então uma cidade predominantemente cristã, do Império Bizantino .


Cristãos e muçulmanos na Idade Média acreditavam que o Domo da Rocha era o Templo de Salomão (Templum Domini). Os Cavaleiros Templários foram alojados ali após a conquista de Jerusalém por um exército cruzado em 1099, e as igrejas Templárias na Europa imitaram seu design. O Domo foi usado como igreja até que um exército muçulmano recapturou Jerusalém em 1187.
Desde a sua construção, o Domo da Rocha foi modificado várias vezes. Uma restauração significativa, encomendada pelo sultão otomano Süleyman I no século 16, substituiu os mosaicos externos por azulejos coloridos. No século 20, os ornamentos interiores e exteriores danificados foram reparados ou substituídos, e a cúpula recebeu uma nova cobertura dourada. https://www.britannica.com/topic/Dome-of-the-Rock




No decorrer dos anos, várias teorias foram compostas.

1- No Domo dos Tabletes


Domo dos Tabletes (tábuas)


O ponto médio do Golden Gate fica a 348 pés ao norte da linha central leste-oeste do Dome of the Rock, permitindo um acesso em linha reta às cortes do templo a partir do leste, assumindo que a teoria de Kaufman esteja correta. O modelo de Kaufman para a localização dos Primeiro e Segundo Templos alinha os Templos, o Portão Dourado e o Altar da Novilha Vermelha no Monte das Oliveiras. A localização de Kaufman para o local da oferta da novilha vermelha é um pequeno jardim murado de propriedade da Igreja Armênia. Está localizado do outro lado da estrada do cume da Mesquita Muçulmana da Ascensão, que é um local tradicional para o lugar da Ascensão de Jesus Cristo no céu. Kaufman acredita que o local do altar da novilha vermelha teria sido santificado como santificado por um sistema de arcos subterrâneos sob o jardim, projetado para impedir que qualquer contaminação dos cadáveres se infiltrasse no solo santificado.
Existem cisternas trancadas no jardim que poderiam ser exploradas para testar a hipótese de Kaufman. Nossa equipe científica procurou obter a permissão necessária para explorar as cisternas de jardim do Patriarca Armênio em nosso trabalho de ciência e arqueologia em Israel em 1983 em 1983, mas não foi concedido a nós naquele momento.Escombros e terra, e o cemitério muçulmano, se estendem no alto da Muralha Oriental do Monte do TemploAssim, pouco se sabe sobre as  porções inferiores dessa parede abaixo do nível atual do solo....Os corredores internos do Golden Gate são excepcionalmente bonitos e bem construídos, de acordo com relatórios publicados. Infelizmente, os visitantes do Monte do Templo hoje não podem inspecionar o interior do Portão Dourado. Os turistas também não podem andar pelo cemitério muçulmano ao longo do Muro Oriental para inspecionar o exterior do portão http://www.templemount.org/visittemp.html  acesso em 16/05/2020


Asher Kaufman, físico da Universidade Hebraica de Jerusalém, oferece uma teoria que goza de popularidade. Baseado em sua leitura de um tratado da Mishná chamado Middot (“medidas”) e mediante computações físicas, ele posiciona o Templo no canto noroeste da plataforma atual, cerca de 100 metros  do Domo da Rocha dos muçulmanos.Sua teoria da localização do Templo está baseada no alinhamento da Porta Oriental com a entrada para o Templo propriamente dito, uma suposta porção do Muro Oriental do Templo (descoberta em 1970 por Ze’ev Yeivin) e cortes para fundação que parecem se alinhar com o local atual de uma cúpula muçulmana conhecida como “Domo dos Tabletes ou Espíritos”. 
 Problemas com esta posição são a presença de um antigo fosso seco (aterrado pelos romanos em 68 d.C.), imediatamente ao norte, e o antigo vale Beth Zetha, ao nordeste. Estas características geográficas teriam limitado a construção do Templo a este ponto do norte. Além disso, não há evidência alguma de que a Porta Oriental do Templo estivesse em alinhamento direto com a entrada do Templo,...Arqueologia Bíblica. Randall Price. Rio de JaneiroCPAD, 2017 p. 173-174

Mas e se essa suposição estiver errada? E se a Cúpula da Rocha não ocupar a localização do Templo de Salomão? Se fosse esse o caso, o Terceiro Templo poderia ser construído no local correto sem perturbar o santuário muçulmano. E é exatamente isso que acredito que a profecia nos diz. Numa visão da segunda metade da tribulação de sete anos, o apóstolo João foi instruído pelo anjo a medir o templo de Deus e o altar (Apocalipse 11: 1). Mas em uma declaração significativa, o anjo diz a ele para não medir a corte dos gentios: "Mas o atrio que está fora do templo deixa de fora e não  meça; pois é dada aos gentios; e a cidade santa será pisada quarenta e dois meses "(Apocalipse 11: 2). João viu em sua visão que haveria um período após a reconstrução do templo em que uma parte do monte do templo conhecida como pátio dos gentios ainda seria entregue aos gentios (os muçulmanos árabes) por quarenta e dois meses até que Cristo retorne para estabelecer Seu reino eterno. 
The New Temple and the Second Coming: The Prophecy That Points to Christ's  p. 21

Outra confirmação do verdadeiro local do antigo templo é a localização acima do solo de uma pequena cúpula árabe conhecida como Qubbat al-Arwah, ou a Cúpula dos Espíritos. Essa estrutura está localizada a mais de 150 pés ao norte do Domo da Rocha e fica precisamente em uma linha imaginária traçada na direção oeste do portão oriental selado em direção ao muro ocidental oposto ao monte do templo. É uma estrutura aberta com colunas e uma pequena cúpula construída sobre uma pedra fundamental composta pelas rochas do monte Moriah. A Cúpula dos Espíritos (também conhecida como Cúpula das Tabuletas) fica isolada no local ao redor da pedra da fundação. Os dois nomes da estrutura podem muito bem revelar um conhecimento antigo de que esta pedra é, de fato, a pedra fundamental que sustentava a arca da aliança. A arca continha as tábuas da Lei e foi mantida no Santo dos Santos no Templo de Salomão. A Mishneh Torá (comentário oficial de Moses Maimonides sobre o Templo) registra que havia uma pedra fundamental no templo de Salomão conhecida como ha-shetiyah e que a arca da aliança repousava sobre essa pedra.   The New Temple and the Second Coming: The Prophecy That Points to Christ's  p. 26
http://www.templemount.org/tuviatemple.pdf
Resposta:

  • Moses Maimondes não diz onde fica a pedra Ha-shetiyah
  • O termo Domo dos espíritos se relaciona ao Poço das Almas, ou seja, a caverna que se localiza abaixo do Domo da Rocha, onde a crença Islamica Medieval era que ali ficavam as almas para o dia do julgamento


Desde o tempo de Adriano até o reinado de Constantino - um período de cerca de cento e oitenta anos - o local que testemunhou a ressurreição foi ocupado por uma figura de Júpiter; enquanto na rocha onde estava a cruz, uma estátua de mármore de Vênus foi erguida pelos pagãos e se tornou um objeto de adoração. Os perseguidores originais, de fato, supunham que, poluindo nossos lugares sagrados, eles nos privariam de nossa na paixão e na ressurreição. Até minha própria Belém , como é agora, o local mais venerável em todo o mundo do qual o salmista canta: a verdade brotou da terra, foi ofuscada por um bosque de Tamuz, Ezequiel 8:14 isso é de Adonis; e na mesma caverna onde o infante Cristo proferira Seu primeiro lamento foi feito para o amante de Vênus. Jeronimo carta 58

Muito mais tristes para os judeus eram os símbolos religiosos que apareceram triunfalmente na Cidade Santa de YHWH. Aelia foi dedicada aos três deuses capitolinos — Júpiter, Juno e Minerva —, mas, depois da Guerra Judaica, parece que Adriano desistiu de erguer o santuário de Júpiter no velho monte do Templo. Nenhum visitante conta ter visto um santuário pagão na esplanada de Herodes, porém todos registram que ali havia duas estátuas: uma de Adriano e a outra de seu sucessor, Antonino Pio. O templo de Júpiter possivelmente se localizava perto do fórum principal, na Colina Ocidental. Um santuário de Vênus erguia-se no Gólgota, e mais tarde os cristãos acusariam Adriano de profanar deliberadamente esse local sagrado, entretanto é muito improvável que o imperador tenha notado a existência de sua obscura Igreja. São Jerônimo (c. 342-420) acreditava que esse templo era dedicado a Júpiter e que o cume do Gólgota se projetava sobre a esplanada do santuário encimado por uma estátua de Vênus, mas não explicou como uma escultura tão proeminente da deusa teria ido parar ali. Nessa parte da cidade o terreno era tão irregular que os arquitetos precisaram fazer aterros e construir muros de sustentação, mais ou menos como Herodes fizera no monte do Templo, embora numa escala menor. Aelia era agora uma cidade totalmente pagã, gentia, idêntica a qualquer outra colônia romana. Jerusalem uma cidade, tres religiões
.


Adriano ergueu uma estátua de Júpiter (ainda em posição quando vista pelo Peregrino de Bordéus) no local do Templo (Jerome, Comm. Em Isaías ii. 8 e em Matt. Xxiv. 15), e a inscrição que estava cortada em seu a base ainda é reconhecível em uma grande pedra construída de cabeça para baixo na parede sul do Haram, perto do Portão Duplo.  História arquitetônica de Jerusalém, Charles Warren e Claude Reigner Conder, The Survey of Western Palestine, Fundo de Exploração da Palestina, Londres, http://cojs.org/architectural-history-of-jerusalem/

O primeiro a deixar um relato de suas viagens saiu de Bordeaux em 333...
Seu texto contém a primeira descrição do monte do Templo desde 70. No decorrer dos anos o monte se tornara um lugar sinistro, fantasmagórico. Abrigava uma cripta, conta-nos o Peregrino, onde o rei Salomão teria torturado demônios, e no lugar do Templo havia manchas do sangue do profeta Zacarias, morto durante a perseguição do rei Joás.22 A esplanada deserta estava associada na mente dos cristãos com a violência e a apostasia do povo judeu. O bordelês descreve os rituais de luto que ali se realizavam no nono dia do mês de Av. A breve distância das duas estátuas de Adriano, diz ele, “há uma pedra perfurada [ lapis
perfusus], a qual os judeus visitam todos os anos e ungem; lamentam-se, rasgam as vestes e se vão”
.23 O Peregrino é a única pessoa que menciona essa pedra. Referia-se à rocha que ressaltava da esplanada de Herodes e que hoje está na Cúpula do Rochedo muçulmana? Será que se começava a associar essa rocha — que não se encontra na Bíblia — com a Pedra Fundamental [Even Shetiyah] do Devir, mencionada pelos rabinos? Ou essa pedra simplesmente fazia parte dos escombros, dos quais se destacava? Não é impossível
que o Peregrino, que aparentemente não presenciou as cerimônias descritas, estivesse apenas mal informado
. Jerusalem uma cidade, três religiões.

E no próprio edifício , onde ficava o templo que Salomão construiu , eles dizem que o sangue de Zacarias (Mt 23:35; Lucas 11:51) que foi derramado na calçada de pedra antes que o altar permaneça até hoje. . Também podem ser vistas as marcas dos pregos nos sapatos dos soldados que o mataram, por todo o recinto, tão claros que você pensaria que eles estavam impressos em cera. Existem duas estátuas de Adriano , e não muito longe das estátuas, há uma pedra perfurada , para a qual os judeus vêm todos os anos e a ungem, lamentam-se com gemidos, rasgam suas vestes e assim partem. Também há a casa de Ezequias, rei de Judá.23. Itinerary from Bordeaux to Jerusalem, trad. Aubrey Stewart (Londres, 1887; Nova York, 1971), p. 22. 
12 Em Jerusalém, ele fundou uma cidade no lugar daquela que havia sido arrasada, chamando-a de Aelia Capitolina; no local do templo do deus, ele ergueu um novo templo para Júpiter. Isso provocou uma guerra de pouca importância e de curta duração, 2 pois os judeus consideravam intolerável que raças estrangeiras fossem estabelecidas em sua cidade e ritos religiosos estrangeiros plantados aliHistória romana de Cassius Dio, 229 dC Livro 69   https://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/69*.html




Santo dos Santos sobre o Domo dos Tabletes



Chave para o mapa do Templo acima da Cúpula dos Tablets:
1. massa rochosa talhada 9 ° a sul de oeste
2. parede permanece 9 ° sul a oeste
4. parede
5. pavimento de lajes grandes niveladas com o solo 9 ° ao sul do oeste
6. parede permanece 9 ° sul a oeste
9. cisternas subterrâneas cortadas em rocha 9 ° ao norte de oeste (Wilson)
10. cisterna cimentada [fosso cimentado]
11. duas grandes lajes de rocha próximas umas das outras que fazem parte do muro de contenção oriental da plataforma do eixo norte-sul da cúpula da rocha
13. relíquia de um muro descoberto em 1979 parte do alicerce do parapeito Josefo chamado geision
14. escarpa rochosa de Antonia e escarpada no extremo norte da plataforma Dome of the Rock, perpendicular à Muralha Oriental. uma cripta que suporta o ângulo nordeste do Tribunal dos Sacerdotes e parte do Tribunal Externo
16. muro de pedras no porão da pequena casa com cúpula 9 ° norte a oeste
17. cisternas subterrâneas cortadas em rocha 9 ° ao norte de oeste (Wilson)


2- Na mesquita Al-Aqsa
 Outra teoria na direção oposta é a do arquiteto Tuvia Sagiv, de Tel Aviv. De acordo com características arquitetônicas e exames com raios infravermelhos, ele argumenta que o Templo foi construído onde hoje se situa a mesquita muçulmana de Al-Aqsa, com seu Santo dos Santos no lugar da fonte de Al-Kasa. Arqueologia Bíblica. Randall Price. Rio de Janeiro CPAD, 2017,  p. 174
° Os restos do templo judaico estão escondidos dentro da extensão que fica entre a Cúpula da Rocha e a Mesquita Al Akza
° O nível do monte do Templo Herodiano é dezesseis metros abaixo do nível da praça atual
° A cúpula do Rock reside no local da Fortaleza de Antoinia.
 Ao comparar as medidas, o estilo e o método de construção do local com outros locais semelhantes construídos em todo o Império Romano do ponto de vista arquitetônico, pode-se supor que o Haram el Sharif  [monte do templo atual] foi construído durante o segundo século.
Pode-se provar que a Mesquita El Aktza e a Cúpula da Rocha foram construídas sobre os restos de um templo romano como o Templo de Júpiter, construído em Baal Bek, no Líbano.Pode-se supor que o imperador romano Adriano construiu o Haram el Sharif e não Herodes. 
Após a vitória de Adriano sobre Bar Kochva, ele expulsou os judeus de Jerusalém e cobriu os restos do templo judaico. Ele ergueu uma estátua de si mesmo montando um cavalo na localização do Santo dos Santos e ao redor do Monte do Templo, que era pequeno em si, ele construiu um muro gigante que restringia Haram el Sharif. Foi lá que ele construiu o templo para Júpiter.De acordo com este estudo, o Muro das Lamentações, o local em que os judeus fazem suas orações há mais de quatrocentos, está localizado exatamente em frente ao Templo e ao Santo dos Santos.Tuvia Sagiv
Enquanto o Domo da Rocha repousa sobre a rocha do Monte. A mesquita de Moriah, El-Aksa é apoiada em pilares, aterros e abóbadas a partir de baixo. Isso torna o edifício mais suscetível a terremotos, é claro. Os danos graves do terremoto ocorreram em 774, 777 e 1033, de acordo com registros históricos. O edifício foi construído sobre as fundações de uma igreja bizantina construída durante o reinado de Justiniano e dedicada à Virgem Maria. O historiador bizantino Procópio escreveu que a igreja foi construída em 560 dC e queimada pelos persas em 614. http://www.templemount.org/visittemp.html  acesso em 16/05/2020


3- No Domo da Rocha
Observe a Rocha na parte central
Doma da Rocha- vista interior


A Cúpula da Rocha não é uma verdadeira mesquita, mas um santuário. Começou por volta de 688 e terminou por volta de 691 (outros escritores dizem 692 a 697) - é o primeiro e mais antigo santuário islâmico do mundo. Essa estrutura octogonal é um dos mais belos edifícios do Oriente Médio. O interior contém duas fileiras concêntricas de pilares - o círculo interno suporta a cúpula e o exterior o melhor do edifício. O círculo interno dos pilares, com cerca de 60 pés de diâmetro - envolve a rocha exposta do leito, que se eleva vários metros acima do chão. Esta é tradicionalmente a famosa pedra fundamental. Os pilares de sustentação da cúpula têm dezesseis em número, doze em mármore e quatro em granito. Dezesseis janelas na cúpula são feitas de vidro colorido contra um fundo dourado. Algumas dessas janelas remontam ao século XV, mas a maioria data dos séculos XVIII e XIX. As paredes octogonais do próprio edifício contêm 56 janelas, 7 em cada parede. O círculo externo de pilares que sustentam o edifício consiste em oito de mármore e dezesseis de granito colorido - 24 no total. Esses pilares são encimados por capitéis que podem ter vindo do templo de Herodes, ou possivelmente da Igreja do Santo Sepulcro destruída pelos persas em 614 dC No início do século X, a cúpula era revestida de latão e depois coberta de ouro. Mais tarde isso foi alterado para liderar. ou possivelmente da Igreja do Santo Sepulcro destruída pelos persas em 614 dC http://www.templemount.org/visittemp.html acesso em 16/05/2020


Entretanto, entre os arqueólogos israelitas, a conformidade de opiniões sobre a localização do Templo favorece o local tradicional, imediatamente ao este e no centro da plataforma no lugar atual do Domo da Rocha.
 Evidências arqueológicas para esta localização foram primeiramente apresentadas por Benjamim Mazar, diretor das escavações do monte do Templo, com a ajuda de Leen Ritmeyer, que por 18 anos trabalhou nas escavações como arquiteto principal.27 Ritmeyer, que hoje dirige sua própria companhia de projetos arqueológicos na Inglaterra, foi o primeiro a deduzir:28 Josefo nos conta que Herodes duplicou a área do monte do Templo. No tratado da Mishná chamado Middot, somos informados de que o monte do Templo tinha 500 côvados quadrados. Investiguei certo degrau no canto noroeste da plataforma muçulmana de nossos dias e, usando algumas fotografias antigas, descobri que se tratava das ruínas de um muro mais antigo. Olhando nas plantas, logo percebi que este degrau situava-se paralelamente ao Muro Oriental do monte do Templo a uma distância de 262 metros. Se você dividir essa distância por 500, obterá o bem estabelecido côvado [real] de pouco mais de 52 centímetros de comprimento reportando ao período do Egito antigo. Com isso, eu tinha dois muros a uma distância de 500 côvados.Ao longo da atual extremidade norte da plataforma, Brian Loren investigou a cisterna número 29, relatada por Charles Warren no século passado. Warren descreve que viu no lado de dentro uma escarpa de pedra bem talhada,identificada por ele como o limite norte deste monte do Templo pré-herodiano.Deste ponto de partida no Muro Ocidental, que continua pelo Muro Setentrional percorrendo uma distância de 500 côvados, chegamos ao Muro Oriental imediatamente ao norte da atual Porta de Ouro. Daquele ponto pode se projetar 500 côvados até a uma curva, provavelmente devido a uma construção mais antiga que foi profundamente enterrada. Também a oeste, a Porta de Barclay é na forma de L e o ponto onde faz a dobra tem exatamente 500 côvados do Muro Oriental.Assim, logo que eu tinha posicionado três muros com os seus cantos, foi relativamente fácil completar o retângulo e, então, tomar as medidas deste retângulo e compará-lo com o local atual. O resultado foi precisamente o dobro do anterior.
Evidências [adicionais] que apoiariam a localização deste antigo monte do Templo são os túneis subterrâneos que levam às Portas Duplas e Triplas justamente opostas ao Muro Meridional da época anterior a Herodes.No oeste, os túneis subterrâneos de Barclay e Loren foram construídos até aoMuro Ocidental pré-herodiano. Assim, acredito que eu tenha descoberto o local do monte do Templo pré-herodiano.29 Fazendo um diagrama destas conclusões, Ritmeyer removeu artisticamente os aumentos mais recentes feitos nessa plataforma pelos hasmoneanos e pelor ei Herodes, os quais foram identificados durante escavações arqueológicas, e tracejou as dimensões dos vários pátios do Templo como estão registrados na Mishná. Isto lhe permitiu definir o Templo na plataforma de 500 côvados no lugar do atual Domo da Rocha... 
Arqueologia Bíblica. Randall Price. Rio de JaneiroCPAD, 2017,p.174-175

Tendo identificado estas estruturas, Ritmeyer começou a procurar outras indicações para a posição do Santo dos Santos. Ele nos conta a história de como esta identificação foi primeiramente percebida:
'Assim que comecei a pesquisar este problema na primavera de 1994, os segredos da Sakhra revelaram-se para mim numa sucessão tão rápida que às vezes era empolgante. Enquanto viajava de avião para Israel, a 10.000 metros de altura,obtive meu primeiro vislumbre da mais espetacular de todas as descobertas, qual seja, o da localização primitiva da Arca da Aliança! Desviando o olhar do filme que passava a bordo do avião, apanhei uma fotografia grande da Sakhra que estava em minha pasta e tentei mais uma vez traçar aquelas áreas planas que, é claro, me eram conhecidas como as valas da fundação. [...] Esbocei sobre as áreas planas na fotografia da Sakhra a linha da parede sul do Santo dos Santos. [...]Tracejei o limite ocidental da rocha e a parede norte no limite norte da pedra exposta. [...] Também fiz uma linha pontilhada onde o véu, que separava o Santodos Santos do [Lugar] Santo, estaria pendurado. Não esperava achar quaisquer restos arqueológicos, visto que ali nunca existira uma parede. Então, de repente,notei no meio deste quadrado um retângulo escuro! O que poderia ser? A primeira coisa que me ocorreu, obviamente, foi o [lugar da] Arca da Aliança, a qual outrora ficava no centro do Santo dos Santos no Templo de Salomão. Mas claro que isso não podia ser verdade, pensei. [...] [Não obstante,] de acordo com meu plano,ajustava-se exatamente no centro do Santo dos Santos. As dimensões desta bacia rasa combinavam com as da Arca da Aliança, que eram 1,5 x 2,5 côvados (78 x130 centímetros), com o eixo longitudinal coincidindo com o do Templo. Sua localização é bastante singular, visto que só poderia ter sido o lugar onde ficava a Arca da Aliança. E evidente que sem essa área plana a arca ficaria oscilando de maneira indigna, o que concebivelmente não seria permitido.17'
De acordo com Ritmeyer, então, esta depressão na rocha servia como base para firmar a arca no Santo dos Santos. Tal depressão não poderia ter sido criada pelos cruzados, porquanto eles recobriram a rocha com lajes para escondê-la e teriam colocado uma estátua (em tal base) no meio da rocha e não ao norte da rocha (onde a depressão teria estado naquela época).18A pesquisa de Ritmeyer está sumariada no diagrama desenhado por ele e apresentado por nós no fim deste capítulo. Descreve um corte no sentido norte sul feito no monte do Templo herodiano e em seus átrios em relação ao atual Domo da Rocha. Pode-se ver a plataforma de rocha firme original designada“Sakhra”, que era o ponto mais alto do monte Moriá — local em que Abraão tinha oferecido Isaque e onde havia estado o anjo do Senhor nos dias do rei Davi. Dentro acha-se a caverna natural dos dias de Salomão; a escarpa ocidental onde a parede oeste teria sido construída. O chão do Santo dos Santos tem uma área reentrante onde a Arca da Aliança teria sido colocada no Templo de Salomão.
Porquanto seja impossível investigar arqueologicamente a rocha para confirmar as conclusões de Ritmeyer, se ele está certo, então identificamos pela primeira vez o local do Santo dos Santos e a posição primitiva da Arca da Aliança.Neste caso, a pedra das pedras clamou com a evidência de que a arca realmente existiu! 
Arqueologia Bíblica. Randall Price. Rio de JaneiroCPAD, 2017, 189-190


Flavio Josepho dá a distância da escadaria do templo até o muro:
Esse segundo Templo também tinha o nome de santo. Para lá se passava, do primeiro, por quatorze degraus, era de forma quadrangular e rodeado por uma muralha cujo exterior, que tinha quarenta côvados de altura, estava todo coberto de degraus, mas a altura do interior era somente de vinte côvados e como esse muro estava construído sobre um lugar elevado, ao qual se subia por degraus, não se podia vê-lo inteiramente por dentro, porque ficava encoberto pelo monte. Depois de se ter subido esses quatorze degraus, havia um espaço de trezentos côvados, todo unido que ia até o muro. Subiam-se ainda outros cinco degraus para se chegar às portas do Templo. Havia quatro na direção do norte, quatro na do sul e duas, na do oriente. História dos Hebreus. Flávio Josepho. Guerra dos Judeus Livro V cap. 14 , 394, Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 1297.

Medição do local onde ficaria a escadaria que dava acesso ao Lugar Santo até o muro Ocidental-
A distância confirma a citação de Flávio Josepho--  Google Earth
Apêndice-



Pedra da inscrição de Advertência- Soreg


A inscrição de Advertência no Templo , também conhecida como inscrição na Balaustrada do Templo ou Soreg , é uma inscrição pendurada ao longo da balaustrada do lado de fora do Santuário do Segundo Templo em Jerusalém . Uma peça completa foi descoberto em 1871 por Charles Simon Clermont-Ganneau e publicado pelo Fundo de Exploração da Palestina . Após a descoberta da inscrição, ela foi tirada pelas autoridades otomanas e atualmente está no Museus de Arqueologia de Istambul . Um fragmento parcial da inscrição foi encontrado em 1936 por JH Iliffe no Lions 'Gate de Jerusalém , e está no Museu de Israel . 



Fragmento da inscrição no Museu de Israel

Essa pedra fragmentária exibe um aviso, cujo texto completo diz: 
Nenhum estrangeiro deve entrar no pátio e na balaustrada ao redor do santuário. Quem for pego terá a culpa de sua morte subsequente.
 Foi um dos muitos sinais semelhantes colocados na divisória ao redor do templo que se dividia entre as áreas permitidas a todos e a área santificada na qual somente os judeus eram permitidos. 

“Nessa (balaustrada), em intervalos regulares, havia lajes avisando, algumas em grego, outras em caracteres latinos, da lei da purificação, a saber que nenhum estrangeiro podia entrar no lugar sagrado ...” (Flavius ​​Josephus, judeu Guerra, V, v, 2)  https://www.imj.org.il/en/collections/191538