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quarta-feira, 15 de março de 2017

Freud, Psicanálise e a homossexualidade

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1856-1939 d.C


Psicanálise CONTEMPORÂNEA e Homossexualidade

"Na psicanálise que dominava a mentalidade sobre saúde após Freud, especialmente nos Estados Unidos, a homossexualidade foi vista negativamente, considerada como anormal, e acredita-se ser causada pela dinâmica familiar (Bieber et al., 1962, Rado, 1940, Socarides, 1968). (Report of the American Psychological Association Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation- APA. August 2009 Printed in the USA , p. 22)

"A  concepção da patologização psiquiátrica e psicológica da homossexualidade e esforços concomitantes
para alterar a orientação sexual através da psicanálise e terapia comportamental foram prevalentes através da Década de 1960 e no início dos anos 1970"p. 22

"Em 1991, a Associação Americana de Psicanálise (ApsaA) terminou efetivamente com a estigmatização
Homossexualidade pela psicanálise tradicional quando adotou uma política de não-discriminação de orientação sexual"p. 24


"Em 2000, a ApsaA adotou uma política contra a SOCE [terapias de mudanças de orientação sexual], tentando acabar com essa prática:
'Como em todos os tratamentos psicanalíticos, a meta de análise com pacientes homossexuais é
compreensão. A técnica psicanalítica não envolve esforços propositais para "converter" ou
"Reparar" a orientação sexual de um indivíduo. Tais esforços dirigidos são contra os princípios fundamentais
 do tratamento psicanalítico e muitas vezes resultam dor psicológica substancial   por meio  do reforço e

prejuízo das atitudes homofóbicas internalizadas"p. 24


"Na última década, muitas  publicações de estudos psicanalíticos  descreveram uma abordagem afirmativa
Variação da orientação sexual e diversidade" p. 24   Report of the American Psychological Association Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation- APA. August 2009 Printed in the USA
https://www.apa.org/pi/lgbt/resources/therapeutic-response.pdf 


FREUD E HOMOSSEXUALIDADE
Freud considerava a homossexualidade:
  •  como perversão
  •  não inata 
  • adiquirida
  • causada por questões socio psicológicas


"Há muito se sabe e já se tem assinalado que, na puberdade, com freqüência, tanto os meninos quanto as meninas, mesmo nos casos normais, mostram claros indícios da existência de uma inclinação para pessoas do mesmo sexo. A amizade entusiástica por uma colega de escola, acompanhada de juras, beijos, promessas de correspondência eterna e toda a sensibilidade do ciúme, é o precursor comum da primeira paixão intensa de uma moça por um homem. Em circunstâncias favoráveis, a corrente homossexual amiúde seca por completo, mas, quando não se é feliz no amor por um homem, ela torna a ser despertada pela libido nos anos posteriores e é aumentada em maior ou menor intensidade. Se nas pessoas sadias isso pode ser confirmado sem esforço e se levarmos em conta nossas observações anteriores (ver em [1] e [2]) sobre o maior desenvolvimento, nos neuróticos, dos germes normais da perversão, devemos também esperar, na constituição destes, uma predisposição homossexual mais forte. E deve ser assim, pois até hoje nunca passei por uma só psicanálise de um homem ou de uma mulher sem ter de levar em conta uma corrente homossexual bastante significativa. Nas mulheres e moças histéricas cuja libido sexual voltada para o homem é energicamente suprimida, constata-se com regularidade que a libido dirigida para as mulheres é vicariamente reforçada e até parcialmente consciente...


O oposto disso é a concepção alternativa de que a inversão é um caráter adquirido da pulsão sexual. Ela se apóia nas seguintes considerações: 
(1) Na vida de muitos invertidos (mesmo absolutos) pode-se demonstrar a influência de uma impressão sexual prematura cuja conseqüência duradoura é representada pela inclinação homossexual. 
(2) Na vida de muitos outros é possível indicar as influências externas favorecedoras e inibidoras que levaram, em época mais prematura ou mais tardia, à fixação da inversão (relacionamentos exclusivos com o mesmo sexo, companheirismo na guerra, detenção em presídios, os riscos da relação heterossexual, celibato, fraqueza sexual etc.). 
(3) A inversão pode ser eliminada pela sugestão hipnótica, o que seria assombroso numa característica inata. Dentro dessa perspectiva, pode-se até contestar a própria existência de uma inversão inata. É possível objetar (cf. Havelock Ellis [1915]) que um exame mais rigoroso dos casos reivindicados em prol da inversão inata provavelmente também traria à luz uma vivência da primeira infância que foi determinante para a orientação da libido. Essa vivência simplesmente não se teria preservado na memória consciente da pessoa, mas seria possível trazê-la de volta à lembrança mediante a influência apropriada. Segundo esses autores, a inversão só poderia ser qualificada como uma variação freqüente da pulsão sexual, passível de ser determinada por uma quantidade de circunstâncias externas de vida.
 Mas a aparente certeza assim adquirida chega ao fim através da observação contrária de que muitas pessoas ficam sujeitas às mesmas influências sexuais (inclusive na meninice: sedução, masturbação mútua), sem por isso se tornarem invertidas ou assim continuarem permanentemente. Somos portanto impelidos à suposição de que a alternativa inato/adquirido é incompleta, ou então não abarca todas as situações presentes na inversão....


A concepção resultante desses fatos anatômicos conhecidos de longa data é a de uma predisposição originariamente bissexual, que, no curso do desenvolvimento, vai-se transformando em monossexualidade, com resíduos ínfimos do sexo atrofiado. Era sugestivo transpor essa concepção para o campo psíquico e explicar a inversão em todas as suas variedades como a expressão de um hermafroditismo psíquico. E para resolver a questão restaria apenas constatar uma coincidência regular da inversão com os sinais anímicos e somáticos do hermafroditismo....

 Ainda assim, duas idéias permanecem de pé após essas discussões: de algum modo, há uma disposição bissexual implicada na inversão, embora não saibamos em que consiste essa disposição além da formação anatômica; e lida-se também com perturbações que afetam a pulsão sexual em seu desenvolvimento....

(a) Na vida anímica de todos os neuróticos (sem exceção) encontram-se moções de inversão, de fixação da libido em pessoas do mesmo sexo. Sem uma discussão a fundo é impossível apreciar adequadamente a importância desse fator para a configuração do quadro patológico; só posso asseverar que a tendência inconsciente para a inversão nunca está ausente e, em particular, presta os maiores serviços ao esclarecimento da histeria masculina....

 PREVENÇÃO DA INVERSÃO [homossexalidade ou homossexualismo]

 Uma das tarefas implícitas na escolha do objeto consiste em não se desencontrar do sexo oposto. Isso, como é sabido, não se soluciona sem um certo tateamento. Com freqüência, as primeiras moções depois da puberdade se extraviam, sem que haja nenhum dano permanente. Dessoir [1894] assinalou acertadamente a regularidade que se deixa entrever nas amizades apaixonadas dos rapazes e moças adolescentes por outros do mesmo sexo. A grande força que repele a inversão permanente do objeto sexual é, sem dúvida, a atração que os caracteres sexuais opostos exercem entre si; no contexto desta discussão, nada podemos dizer para esclarecê-la. Mas esse fator não basta, por si só, para excluir a inversão; diversos outros fatores auxiliares vêm juntar-se a ele. Acima de tudo, há o entrave autoritário da sociedade; quando a inversão não é considerada um crime, vê-se que ela responde plenamente às inclinações sexuais de um número nada pequeno de indivíduos. Pode-se ainda presumir, no tocante ao homem, que sua lembrança infantil de ternura da mãe e de outras pessoas do sexo feminino a quem ficava entregue quando criança contribui energicamente para nortear sua escolha para a mulher, ao passo que a intimidação sexual precoce que experimentou por parte do pai e sua atitude competitiva com relação a ele desvia-o de seu próprio sexo. Mas ambos os fatores aplicam-se também à menina, cuja atividade sexual fica sob a guarda especial da mãe. Daí resulta uma relação hostil com o mesmo sexo, que influencia decisivamente a escolha do objeto no sentido considerado normal.

A educação dos meninos por pessoas do sexo masculino (pelos escravos, na antigüidade) parece favorecer o homossexualismo; a freqüência da inversão na aristocracia de hoje torna-se um pouco mais inteligível diante de seu emprego de criados do sexo masculino, bem como pelos maiores cuidados pessoais que a mãe dedica aos filhos. Em muitos histéricos, vê-se que a ausência precoce de um dos pais (por morte, divórcio ou separação), em função da qual o remanescente absorveu a totalidade do amor da criança, foi o determinante do sexo da pessoa posteriormente escolhida como objeto sexual, com isso possibilitando-se a inversão permanente.



Em primeiro lugar (deixando de lado os indivíduos cujo instinto sexual é exagerado ou que resiste à inibição) estão diversas variedades de pervertidos, nos quais uma fixação infantil a um objetivo sexual preliminar impediu o estabelecimento da primazia da função reprodutora, e os homossexuais ou invertidos, nos quais, de maneira ainda não compreendida, o objetivo sexual foi defletido do sexo oposto. Se os efeitos nocivos desses dois gêneros de distúrbios do desenvolvimento são menores do que seria de esperar, tal se deve justamente à complexa constituição do instinto sexual, que possibilita à vida sexual do indivíduo atingir uma forma final útil, mesmo que um ou mais componentes do instinto tenham sido alijados do seu desenvolvimento. A constituição das pessoas que sofrem de inversão - os homossexuais - distingue-se amiúde pela especial aptidão do seu instinto sexual para a sublimação cultural. MORAL SEXUAL CIVILIZADA E DOENÇA NERVOSA MODERNA

Se um indivíduo na infância ‘fixa’ essa idéia da mulher com um pênis, tornar-se-á, resistindo a todas as influências dos anos posteriores, incapaz de prescindir de um pênis no seu objeto sexual, e, embora em outros aspectos tenha uma vida sexual normal, está fadado a tornar-se um homossexual, indo procurar seu objeto sexual entre os homens que, devido a características físicas e mentais, lembram a mulher. Quando, mais tarde, vem a conhecer mulheres, elas já não podem mais ser para ele objetos sexuais porque carecem da atração sexual básica; na verdade, em conexão com uma outra impressão de sua vida infantil, elas podem causar-lhe repugnância.O menino, no qual dominam principalmente as excitações do pênis, costuma obter prazer estimulando esse órgão com a mão. Seus pais e sua ama o surpreenderam nesse ato e o intimidam com a ameaça de cortar-lhe o pênis. O efeito dessa ‘ameaça de castração’ é proporcional ao valor conferido ao órgão, sendo extraordinariamente profundo e persistente. As lendas e os mitos atestam o transtorno da vida emocional e todo o horror ligado ao complexo de castração, complexo este que será subseqüentemente lembrado com grande relutância pela consciência. Os genitais femininos, vistos mais tarde, são encarados como um órgão mutilado e trazem à lembrança aquela ameaça, despertando assim horror, em vez de prazer, no homossexual. Essa reação não sofre nenhuma alteração quando o homossexual, através da ciência, vem a saber que a suposição infantil que atribui um pênis à mulher não é assim tão errada...

...Naqueles que mais tarde se tornam homossexuais encontramos a mesma predominância na influência da zona genital (e especialmente do pênis) que nas pessoas normais. Na realidade é a alta estima sentida pelo homossexual pelo órgão masculino que decide o seu destino. Na sua infância ele escolhe mulheres como seu objeto sexual, enquanto presume que elas também possuem o que, a seus olhos, é uma parte indispensável do corpo; quando ele se convence de que as mulheres o decepcionaram nesse particular, elas deixam de ser aceitáveis para ele como objeto sexual. Ele não pode abrir mão de um pênis em qualquer pessoa que deva atraí-lo para o ato sexual; e se as circunstâncias forem favoráveis, ele fixará sua libido sobre a `mulher com um pênis’, um jovem de aparência feminina. Os homossexuais, então, são pessoas que, devido à importância erógena dos seus próprios genitais, não podem passar sem uma forma semelhante no seu objeto sexual. No curso do desenvolvimento do auto-erotismo para o amor objetal, eles permaneceram fixados num ponto entre os dois - um ponto que está mais perto do auto-erotismo....


Antes de a criança ser dominada pelo complexo de castração - isto é, numa época em que a mulher ainda conserva para ela todo o seu valor - ela começa a exteriorizar um intenso desejo visual, como atividade erótica instintiva. Quer ver os genitais de outras pessoas, a princípio provavelmente para compará-lo com o seu próprio. A atração erótica que sente por sua mãe logo se transforma em um desejo pelo seu órgão genital, que supõe ser um pênis. Com a descoberta que fará, mais tarde, de que as mulheres não possuem pênis, este desejo muitas vezes se transforma no seu oposto, dando origem a um sentimento de repulsa que, na época da puberdade, poderá ser a causa de impotência psíquica, misoginia e homossexualidade permanente. Porém a fixação no objeto antes tão intensamente desejado, o pênis da mulher, deixa traços indeléveis na vida mental da criança, quando esta fase de sua investigação sexual infantil foi particularmente intensa. Um culto fetichista cujo objeto é o pé ou calçado feminino parece tomar o pé como mero símbolo substitutivo do pênis da mulher, outrora tão reverenciado e depois perdido. Sem o saber, os `coupeurs de nattes‘ desempenham o papel de pessoas que executam um ato de castração sobre o órgão genital feminino.


Os homossexuais, que em nossos dias se têm defendido energicamente das restrições impostas por lei às suas atividades sexuais, gostam de ser apresentados, por intermédio de seus teóricos defensores, como pertencendo a uma espécie diferente, como um estágio sexual intermediário ou como um `terceiro sexo.’ Eles se declaram homens inatamente compelidos, por disposições orgânicas, a achar prazer com outros homens, o que não conseguem com mulheres. Por maior que seja a nossa vontade, por motivos humanitários, de acatar suas declarações, devemos analisar as suas teorias com reservas, pois foram feitas sem levar em conta a gênese psíquica da homossexualidade.
A psicanálise oferece meios para preencher essa lacuna e para testar as afirmativas dos homossexuais. Embora só tenha conseguido colher dados de um número reduzido de pessoas, todas as investigações empreendidas até agora produziram o mesmo resultado surpreendente. Em todos os nossos casos de homossexuais masculinos, os indivíduos haviam tido uma ligação erótica muito intensa com uma mulher, geralmente sua mãe, durante o primeiro período de sua infância, esquecendo depois esse fato; essa ligação havia sido despertada ou encorajada por demasiada ternura por parte da própria mãe, e reforçada posteriormente pelo papel secundário desempenhado pelo pai durante sua infância. Sadger chama atenção para o fato de as mães dos seus pacientes homossexuais serem muitas vezes masculinizadas, mulheres com enérgicos traços de caráter e capazes de deslocar o pai do lugar que lhe corresponde. Observei ocasionalmente a mesma coisa, porém me impressionei mais com os casos em que o pai estava ausente desde o começo, ou abandonara a cena muito cedo, deixando o menino inteiramente sob a influência feminina. Na verdade, parece que a presença de um pai forte asseguraria, no filho, a escolha correta de objeto, ou seja, uma pessoa do sexo oposto. Depois desse estágio preliminar, estabelece-se uma transformação cujo mecanismo conhecemos mas cujas forças determinantes ainda não compreendemos. O amor da criança por sua mãe não pode mais continuar a se desenvolver conscientemente - ele sucumbe à repressão. O menino reprime seu amor pela mãe; coloca-se em seu lugar, identifica-se com ela, e toma a si próprio como um modelo a que devem assemelhar-se os novos objetos de seu amor. Desse modo ele transformou-se num homossexual. O que de fato aconteceu foi um retorno ao auto-erotismo, pois os meninos que ele agora ama à medida que cresce, são, apenas, figuras substitutivas e lembranças de si próprio durante sua infância - meninos que ele ama da maneira que sua mãe o amava quando era ele uma criança. Encontram seus objetos de amor segundo o modelo do narcisismo, pois Narciso, segundo a lenda grega, era um jovem que preferia sua própria imagem a qualquer outra, e foi assim transformado na bela flor do mesmo nome.Considerações psicológicas mais profundas justificam a afirmativa de que um homem que assim se torna homossexual, permanece inconscientemente fixado à imagem mnêmica de sua mãe. Reprimindo seu amor à sua mãe, conserva-o em seu inconsciente e daí por diante permanece-lhe fiel. Quando parece perseguir outros rapazes e tornar-se seu amante, na realidade está fugindo das outras mulheres que o possam levar à infidelidade. Em casos individuais, a observação direta tem-nos permitido demonstrar que o homem que dá a impressão de ser sensível somente aos encantos de outros homens sente-se, na verdade, atraído pelas mulheres, como qualquer homem normal; mas em cada ocasião procura transferir imediatamente a excitação provocada pela mulher para um objeto masculino e, desse modo, repete incessantemente o mecanismo pelo qual adquiriu sua homossexualidade. Estamos longe de querer exagerar a importância dessas explicações sobre a gênese psíquica da homossexualidade. É óbvio que elas discordam completamente das teorias adotadas pelos defensores dos homossexuais, mas sabemos também que não são bastante claras para chegar a uma conclusão definitiva sobre esse problema. Aquilo que, por motivos práticos, é geralmente chamado de homossexualidade poderá ser o resultante de uma variedade enorme de processos inibitórios psicossexuais; o processo particular que destacamos é, talvez, apenas um entre muitos outros e talvez corresponda a um único tipo de `homossexualidade’. Devemos também admitir que o número de casos de homossexualismo deste tipo, em que podemos reconhecer as causas determinantes assinaladas por nós, é bem maior do que aqueles em que ele de fato se concretiza. Portanto, nós também não podemos negar a influência exercida por fatores constitucionais desconhecidos, aos quais geralmente se atribui toda a homossexualidade. Não teríamos tido motivo algum para entrar na gênese psíquica da forma de homossexualidade que estudamos se não houvesse um forte pressentimento de que Leonardo, cuja fantasia sobre o abutre foi o nosso ponto de partida, fosse, na verdade, um homossexual exatamente desse tipo....

Como sabemos, uma decisão no sentido da homossexualidade somente se concretiza nos anos da puberdade. Quando esta decisão ocorreu no caso de Leonardo, sua identificação com o pai perdeu toda a significação para sua vida sexual mas manteve-se presente em outras esferas de atividade não-erótica....

 Falando de modo geral, todo ser humano oscila, ao longo da vida, entre sentimentos heterossexuais e homossexuais e qualquer frustração ou desapontamento numa das direções pode impulsioná- lo para outra...

Antes de a criança ser dominada pelo complexo de castração - isto é, numa época em que a mulher ainda conserva para ela todo o seu valor - ela começa a exteriorizar um intenso desejo visual, como atividade erótica instintiva. Quer ver os genitais de outras pessoas, a princípio provavelmente para compará-lo com o seu próprio. A atração erótica que sente por sua mãe logo se transforma em um desejo pelo seu órgão genital, que supõe ser um pênis. Com a descoberta que fará, mais tarde, de que as mulheres não possuem pênis, este desejo muitas vezes se transforma no seu oposto, dando origem a um sentimento de repulsa que, na época da puberdade, poderá ser a causa de impotência psíquica, misoginia e homossexualidade permanente. Porém a fixação no objeto antes tão intensamente desejado, o pênis da mulher, deixa traços indeléveis na vida mental da criança, quando esta fase de sua investigação sexual infantil foi particularmente intensa. Um culto fetichista cujo objeto é o pé ou calçado feminino parece tomar o pé como mero símbolo substitutivo do pênis da mulher, outrora tão reverenciado e depois perdido. Sem o saber, os `coupeurs de nattes‘ desempenham o papel de pessoas que executam um ato de castração sobre o órgão genital feminino. ...

Tais pessoas denominamos homossexuais ou invertidas. São homens e mulheres que, freqüentemente, mas não sempre, conduzindo-se irrepreensivelmente, em outros aspectos, possuindo elevado desenvolvimento intelectual e ético, são vítimas apenas deste único desvio fatídico. Pela boca de seus porta-vozes científicos, eles se apresentam como variedade especial da espécie humana - um ‘terceiro sexo’ que tem o direito de se situar em pé de igualdade com os outros dois. Talvez tenhamos oportunidade de examinar criticamente suas reivindicações. [ver em [1] e seg., adiante.] Naturalmente, eles não são, como também gostam de afirmar, uma ‘élite‘ da humanidade; entre eles, há pelo menos tantos indivíduos inferiores e inúteis como os há entre pessoas de tipo sexual diferente.Esta classe de pervertidos, de qualquer modo, se comporta em relação a seus objetos sexuais aproximadamente da mesma forma como as pessoas normais o fazem com os seus...

Pois somente será válida se na ‘satisfação sexual’ incluirmos a satisfação daquilo que se chama necessidades sexuais pervertidas, de vez que, com freqüência surpreendente, se nos impõe uma interpretação de sintomas dessa espécie. A reivindicação que fazem os homossexuais ou invertidos de serem uma exceção, desfaz-se imediatamente ao constatarmos que os impulsos homossexuais são encontrados invariavelmente em cada um dos neuróticos e que numerosos sintomas dão expressão a essa inversão latente. Aqueles que se proclamam homossexuais são apenas invertidos conscientes e manifestos e seu número nada é em comparação com os dos homossexuais latentes. Entretanto, somos forçados a encarar a escolha de um objeto do mesmo sexo como um desvio na vida erótica, desvio cuja ocorrência é positivamente freqüente, e cada vez aprendemos mais sobre isso, atribuindo-lhe importância particularmente elevada. Sem dúvida, isso não elimina as diferenças entre o homossexualismo manifesto e uma atitude normal; permanece a importância prática dessas diferenças, mas seu valor teórico diminui muito. Temos até mesmo verificado que determinada doença, a paranóia, que não deve ser incluída entre as neuroses de transferência, origina-se habitualmente de uma tentativa no sentido de o doente libertar-se de impulsos homossexuais excessivamente intensos...

A gênese do homossexualismo masculino, em grande quantidade de casos, é a seguinte: um jovem esteve inusitadamente e por longo tempo fixado em sua mãe, no sentido do complexo de Édipo. Finalmente, porém, após o término da puberdade, chega a ocasião de trocar a mãe por algum outro objeto sexual. As coisas sofrem uma virada repentina: o jovem não abandona a mãe, mas identifica-se com ela; transforma-se e procura então objetos que possam substituir o seu ego para ele, objetos aos quais possa conceder um amor e um carinho iguais aos que recebeu de sua mãe. Trata-se de processo freqüente, que pode ser confirmado tão amiúde quanto se queira, e que, naturalmente, é inteiramente independente de qualquer hipótese que se possa efetuar quanto à força orgânica impulsora e aos motivos de repentina transformação. Uma coisa notável sobre essa identificação é sua ampla escala; ela remolda o ego em um de seus mais importantes aspectos, em seu caráter sexual, segundo o modelo do que até então constituíra o objeto. Neste processo, o objeto em si mesmo é renunciado, se inteiramente ou se no sentido de ser preservado apenas no inconsciente sendo uma questão que se acha fora do escopo do presente estudo. A identificação com um objeto que é renunciado ou perdido, como um sucedâneo para esse objeto - introjeção dele no ego - não constitui verdadeiramente mais novidade para nós. Um processo dessa espécie pode às vezes ser diretamente observado em crianças pequenas. Há pouco tempo atrás uma observação desse tipo foi publicada no Internationale Zeitschrift für Psychoanalyse. Uma criança que se achava pesarosa pela perda de um gatinho declarou francamente que ela agora era o gatinho e, por conseguinte, andava de quatro, não comia à mesa etc...

O número de êxitos conseguidos pelo tratamento psicanalítico das diversas formas de homossexualismo, que, por casualidade, são múltiplas, na verdade não é muito notável. Via de regra, o homossexual não é capaz de abandonar o objeto que o abastece de prazer e não se pode convencê-lo de que, se fizesse a mudança, descobriria em outro objeto o prazer a que renunciou. Se chega a ser tratado, isso se dá principalmente pela pressão de motivos externos, tais como as desvantagens sociais e os perigos ligados à sua escolha de objetos; e esses componentes do instinto de autoconservação mostram-se fracos demais na luta contra os impulsos sexuais. Então, logo descobrimos seu plano secreto, que é obter do notável fracasso de sua tentativa um sentimento de satisfação por ter feito tudo quanto possível contra a sua anormalidade, com o qual pode resignar-se agora de consciência tranqüila. O caso é um tanto diferente quando a consideração por pais e parentes queridos foi o motivo da sua tentativa de curar-se. Aqui estão realmente presentes impulsos libidinais que podem aplicar energias opostas à escolha homossexual de objeto, contudo sua força raramente é suficiente. Apenas onde a fixação homossexual ainda não se tornou suficientemente forte, ou onde existem consideráveis rudimentos e vestígios de uma escolha heterossexual de objeto, isto é, numa organização ainda oscilante ou definitivamente bissexual, é que se pode efetuar um prognóstico mais favorável para a psicoterapia psicanalítica. ...

O mistério do homossexualismo, portanto, não é de maneira alguma tão simples quanto comumente se retrata nas exposições populares: ‘uma mente feminina, fadada assim a amar um homem, mas infelizmente ligada a um corpo masculino; uma mente masculina, irresistivelmente atraída pelas mulheres, mas, ai dela, aprisionada em um corpo feminino’. Trata-se, em seu lugar, de uma questão de três conjuntos de características, a saber: Caracteres sexuais físicos (hermafroditismo físico) Caracteres sexuais mentais (atitude masculina ou feminina) Tipo de escolha de objeto...


O primeiro deles é que os homens homossexuais experimentaram uma fixação especialmente forte na mãe; o segundo é que, além de sua heterossexualidade manifesta, uma medida muito considerável de homossexualismo latente ou inconsciente pode ser detectada em todas as pessoas normais. Se tomarmos em consideração essas descobertas, evidentemente, cai por terra a suposição de que a natureza criou, de maneira aberrante, um ‘terceiro sexo’....

 Homossexualismo. - O reconhecimento do fator orgânico no homossexualismo não nos isenta da obrigação de estudar os processos psíquicos vinculados à sua origem. O processo típico, já estabelecido em casos inumeráveis, é de um jovem, alguns anos após a puberdade, e que até então fora intensamente fixado na mãe, mudar de atitude; identifica-se com ela e procura objetos amorosos em quem possa redescobrir-se e a quem possa então amar como a mãe o amara. A marca característica desse processo é que, por vários anos, uma das condições necessárias para o seu amor consiste em o objeto masculino ter, em geral, a mesma idade que ele próprio tinha quando se deu a mudança. Vimos a conhecer diversos fatores que contribuem para esse resultado, provavelmente em graus diferentes. Primeiro há a fixação na mãe, que fica difícil de passar para outra mulher. A identificação com a mãe é um resultado dessa ligação e ao mesmo tempo, em certo sentido, permite que o filho lhe permaneça fiel, a ela que foi seu primeiro objeto. Há em seguida inclinação no sentido de uma escolha de objeto narcísico, que em geral se encontra mais à mão e é mais fácil de efetuar que um movimento no sentido do outro sexo. Por trás desse último fator jaz oculto um outro, de força bastante excepcional, ou talvez coincida com ele: o alto valor atribuído ao órgão masculino e a incapacidade de tolerar sua ausência num objeto amoroso. A depreciação das mulheres, a aversão e até mesmo o horror a elas derivam-se geralmente da precoce descoberta de que as mulheres não possuem pênis. Subseqüentemente descobrimos, como outro poderoso motivo a compelir no sentido da escolha homossexual de objeto, a consideração pelo pai ou o medo dele, porque a renúncia às mulheres significa que toda a rivalidade com aquele (ou com todos os homens que podem tomar seu lugar) é evitada. Os dois últimos motivos - o apego à condição de existência de um pênis no objeto, bem como o afastamento em favor do pai - podem ser atribuídos ao complexo de castração. A ligação à mãe, o narcisismo, o medo da castração são os fatores (que, incidentalmente, nada têm em si de especial) que até o presente encontramos na etiologia psíquica do homossexualismo; com eles é preciso computar o efeito da sedução responsável por uma fixação prematura da libido, bem como a influência do fator orgânico que favorece o papel passivo no amor. Nunca consideramos, entretanto, esta análise da origem do homossexualismo como completa. Posso agora indicar um novo mecanismo que conduz à escolha homossexual do objeto, embora não possa dizer quão grande é o papel que ele desempenha na formação do tipo de homossexualismo extremo, manifesto e exclusivo. A observação dirigiu minha atenção para diversos casos em que, durante a primeira infância, impulsos de ciúmes, derivados do complexo materno e de grande intensidade, surgiram [num menino] contra os rivais, geralmente irmãos mais velhos. Esse ciúme provocou uma atitude excessivamente hostil e agressiva para com esses irmãos, que poderia às vezes atingir a intensidade de desejos reais de morte, incapazes então de manter-se face ao desenvolvimento ulterior do sujeito. Sob as influências da criação - e certamente sem deixar de ser influenciados também por sua própria e continuada impotência - esses impulsos renderam-se à repressão e experimentaram uma transformação, de maneira que os rivais do período anterior se tornaram os primeiros objetos amorosos homossexuais. Tal resultado da ligação à mãe mostra-nos diversas relações e interessantes com outros processos que nos são conhecidos. Antes de tudo, ele é um contraste completo com o desenvolvimento da paranóia persecutória, na qual a pessoa anteriormente amada se torna o perseguidor odiado, ao passo que aqui os rivais odiados se transformam em objetos amorosos. Representa também uma exageração do processo que, na minha opinião, conduz ao nascimento dos instintos sociais no indivíduo. Em ambos os processos há primeiro a presença de impulsos ciumentos e hostis que não podem conseguir satisfação, e tanto os sentimentos afetuosos quanto os sentimentos sociais de identificação surgem como formações reativas contra os impulsos agressivos reprimidos. Esse novo mecanismo de escolha homossexual de objeto - sua origem na rivalidade que foi sobrepujada e em impulsos agressivos que se tornaram reprimidos - combina-se às vezes com as condições típicas já familiares para nós. Na história dos homossexuais ouve-se amiúde que neles a mudança se efetuou após a mãe ter elogiado outro rapaz e tê-lo estabelecido como modelo. A tendência à escolha narcísica de objeto foi assim estimulada e, após uma breve fase de agudos ciúmes, o rival se torna um objeto amoroso. Via de regra, contudo, o novo mecanismo se distingue pelo fato de a mudança efetuar-se em um período muito mais precoce e a identificação com a mãe retroceder para o segundo plano. Ademais, nos casos que observei, ele apenas levou a atitudes homossexuais que não excluem a heterossexualidade e não envolvem um horror feminae. É bem conhecido que um bom número de homossexuais se caracteriza por um desenvolvimento especial de seus impulsos instintuais sociais e por sua devoção aos interesses da comunidade. Seria tentador, como explicação teórica pertinente, dizer que o comportamento para com os homens em geral, de um homem que vê nos outros homens objetos amorosos potenciais, deve ser diferente do de um homem que encara os outros, em primeira instância, como rivais em relação às mulheres. A única objeção a isso é que o ciúme e a rivalidade desempenham seu papel também no amor homossexual e que a comunidade dos homens também inclui esses rivais potenciais. À parte esta explicação especulativa, contudo, o fato de a escolha homossexual de objeto não sem freqüência provir de um anterior sobrepujamento da rivalidade com os homens não pode passar sem relação com a vinculação entre o homossexualismo e o sentimento social. À luz da psicanálise, estamos acostumados a considerar o sentimento social como uma sublimação de atitudes homossexuais para com objetos. Nos homossexuais com acentuados interesses sociais pareceria que o desligamento do sentimento social da escolha de objeto não foi inteiramente efetuado....

A mais importante dessas perversões, a homossexualidade, quase não merece esse nome. Ela pode ser remetida à bissexualidade constitucional de todos os seres humanos e aos efeitos secundários da primazia fálica. A psicanálise permite-nos apontar para um vestígio ou outro de uma escolha homossexual em todos os indivíduos. Se eu descrevi as crianças como ‘polimorficamente perversas’ estava apenas empregando uma terminologia que era geralmente corrente; não estava implícito qualquer julgamento moral. A psicanálise não se preocupa em absoluto com tais julgamentos de valor....

 As inibições em seu desenvolvimento manifestam-se como os muitos tipos de distúrbio da vida sexual. Quando é assim, encontramos fixações da libido a condições de fases anteriores, cujo impulso, que é independente do objetivo sexual normal, é descrito como perversão. Uma dessas inibições do desenvolvimento é, por exemplo, a homossexualidade, quando ela é manifesta. A análise mostra que em todos os casos um vínculo objetal de caráter homossexual esteve presente e, na maioria dos casos, persistiu em estado latente..." OBRAS COMPLETAS DE FREUD

BIBILIOGRAFIA:
OBRAS COMPLETAS DE FREUD
Report of the American Psychological Association Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation- APA. August 2009 Printed in the USA   https://www.apa.org/pi/lgbt/resources/therapeutic-response.pdf 

terça-feira, 7 de março de 2017

Teologia gay- uma reposta bíblica e definitiva - arsenokoitai e malakoi -origem


Há base Bíblica para a aprovação das relações homossexuais?





ARGUMENTOS  DA TEOLOGIA GAY


Observações: 



  • Esta discussão abaixo se dá no nivel religioso-moral e não é portanto de ordem científica.
  • Não consideramos a prática homossexual doença!

1-As condenações no livro de Levítico eram restritas.
 se referem somente às relações sexuais praticadas em conexão com os cultos idolátricos e pagãos ou se encontram ao lado de outras regras contra comer sangue ou carne de porco, que já seriam ultrapassadas e, portanto, sem validade para os cristãos. 
RESPOSTA:
a- A proibição em Levítico se refere a leis sexuais: poligamia, adultério,  prostituição cultual e atos homossexuais, bestialidade. Apenas a prostituição cultual está vinculada à culto idolátrico, veja:
Lv 18:18  E não tomarás com tua mulher outra, de sorte que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com ela durante sua vida.
19 ¶ Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a sua menstruação.
20  Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para te contaminares com ela.
21  E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR.
22  Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.

23  Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; é confusão.


Observe que em Lv 18 o culto a Moloque foi mencionado  em relação a outros pecados sexuais, mas não foi citado em Lv 20.
Isso deixa claro que o culto a Moloque envolvia a prostituição cultual comum na região.

A bíblia proíbe a a prostituição cultual também:

17  Das filhas de Israel não haverá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos filhos de Israel haverá quem o faça.
18  Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita 03611[prostituto cultual] à Casa do SENHOR, teu Deus, por qualquer voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao SENHOR, teu Deus.

1 Reis 14:24  Havia também na terra prostitutos-cultuais 03611 ; fizeram segundo todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
1 Reis 15:12  Porque tirou da terra os prostitutos-cultuais 03611e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram;
1 Reis 22:46  (22-47) Também exterminou da terra os restantes dos prostitutos-cultuais 03611 que ficaram nos dias de Asa, seu pai.
Jó 36:14  Perdem a vida na sua mocidade e morrem entre os prostitutos cultuais.03611

03611  keleb
1) cão
1a) cão (literal)
1b) desprezo ou humilhação (fig.)
1c) referindo-se ao sacrifício pagão
1d) referindo-se a prostitutos cultuais (fig.urado) Léxico de Strong

Lv 20:10 ¶ Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera.
11  O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
12  Se um homem se deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá sobre eles.
13  Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
14  Se um homem tomar uma mulher e sua mãe, maldade é; a ele e a elas queimarão, para que não haja maldade no meio vós.
15  Se também um homem se ajuntar com um animal, será morto; e matarás o animal.

b- Os  escritores judaicos interpretavam essas leis como sendo contra todo tipo de relação homossexual

Philon de Alexandria 

(135) Como os homens, sendo incapazes de suportar discretamente uma saciedade dessas coisas, ficam inquietos como gado, tornam-se obstinados e descartam as leis da natureza, buscando uma grande e intemperante indulgência de gula, bebida e conexões ilegais ; pois não apenas enlouqueciam por mulheres e profanavam o leito matrimonial de outros, mas também aqueles que eram homens cobiçavam uns aos outros, fazendo coisas impróprias e não considerando ou respeitando sua natureza comum, e embora ansiosos por filhos, eles eram condenado por ter apenas um filho abortivo; mas a convicção não produziu nenhuma vantagem, pois foram dominados pelo desejo violento; (136) e assim, gradualmente, os homens se acostumaram a ser tratados como mulheres e, dessa maneira, geraram entre si a doença das mulheres e o mal intolerável; pois eles não só, quanto à efeminação [malakotes] e delicadeza, tornaram-se como mulheres em suas pessoas, mas também tornaram suas almas muito ignóbeis, corrompendo dessa maneira toda a raça humana, tanto quanto dependia delas. Em todo o caso, se os gregos e os bárbaros tivessem concordado e adotado o comércio dos cidadãos desta cidade, suas cidades teriam se tornado desoladas, uma após a outra, como se tivessem sido esvaziadas por uma pestilência. http://www.earlychristianwritings.com/yonge/book22.html Philon - ON ABRAHAM

 

VII. (37) Além disso, outro mal, muito maior do que o que já mencionamos, abriu caminho e foi solto nas cidades, a saber, o amor dos meninos, que antigamente era considerado uma grande infâmia, mesmo para ser mencionada, mas qual pecado é motivo de orgulho não apenas para aqueles que o praticam, mas também para aqueles que o sofrem e que, acostumados a suportar a aflição de serem tratados como mulheres, definham tanto em suas almas quanto em seus corpos, não trazendo sobre eles uma única centelha de caráter viril para ser acesa em uma chama, mas tendo até mesmo o cabelo de suas cabeças visivelmente encaracolado e adornado, e tendo seus rostos untados com vermelhão, tinta e coisas desse tipo, e tendo seus olhos desenhados abaixo, e tendo suas peles ungidas com perfumes fragrantes (pois em pessoas como essas um cheiro doce é uma qualidade muito sedutora), e sendo bem equipados em tudo que tende à beleza ou elegância, não têm vergonha de dedicar seus estudos e esforços constantes ao tarefa de transformar seu caráter viril em efeminado [malakos]. 

(38) E é natural para aqueles que obedecem à lei considerá-los dignos de morte, pois a lei ordena que o homem-mulher (andrógeno) que adulterar a regra preciosa de sua natureza deve morrer sem redenção, não permitindo que ele viva uma única dia, ou mesmo uma única hora, pois ele é uma vergonha para si mesmo, para sua família, para seu país e para toda a raça da humanidade. 

(39) E que o homem que é dedicado ao amor de meninos se submeta ao mesmo castigo, já que ele persegue aquele prazer que é contrário à natureza [para physin], e visto que, tanto quanto depende dele, ele faria as cidades desoladas, vazias e vazias de todos os habitantes, desperdiçando seu poder de propagar sua espécie e, além disso, sendo um guia e professor do maior de todos os males, falta de masculinidade e luxúria efeminada [malakia], despojando os jovens da flor de sua beleza e desperdiçando sua juventude na efeminação, que ele deveria, por outro lado, treinar para vigor e atos de coragem ; e, finalmente, porque, como um lavrador inútil, ele permite que terras férteis e produtivas permaneçam incultas, planejando que elas continuem estéreis, e trabalha noite e dia no cultivo daquele solo do qual ele nunca espera nenhum produto. 

(40) E imagino que a causa disso é que entre muitas nações existem realmente recompensas dadas por intemperança e efeminação. Em todo o caso, pode-se ver homens- mulheres [andrógenos desfilando continuamente pelo mercado ao meio-dia e liderando as procissões nos festivais; e, homens ímpios como são, tendo recebido por sorteio o encargo do templo, e iniciando os ritos sagrados e de iniciação, e preocupados até mesmo nos santos mistérios de Ceres. 

(41) E algumas dessas pessoas levaram tão longe sua admiração por esses delicados prazeres da juventude que desejaram mudar totalmente sua condição para a das mulheres, e se castraram e se vestiram com roupas roxas, como aqueles que , tendo sido a causa de grandes bênçãos para sua terra natal, andam por aí acompanhados por guarda-costas, empurrando para baixo cada um que eles encontram. 

(42) Mas se houve uma indignação geral contra aqueles que se aventuram a fazer tais coisas, como foi sentida por nosso legislador, e se tais homens foram destruídos sem qualquer chance de escapar como a maldição comum e poluição de seu país, então muitos outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. http://www.earlychristianwritings.com/yonge/book29.html AS LEIS ESPECIAIS, III*

Josepho diz que as relações contra  a natureza  [para physin] são passíveis de pena de morte, ao contrário de [kata phisin]- de acordo com  a natureza


Grego

 2.199 Τίνες δ᾽ οἱ περὶ γάμων νόμοι; μῖξιν μόνην οἶδεν  νόμος τὴν κατὰ φύσιν τὴν πρὸς γυναῖκα καὶ ταύτην, εἰ μέλλοι τέκνων ἕνεκα γίνεσθαι. τὴν δὲ πρὸς ἄρρενας ἀρρένων ἐστύγηκεν καὶ θάνατος τοὐπιτίμιον, εἴ τις ἐπιχειρήσειενFlavius Josephus. Flavii Iosephi opera. B. Niese. Berlin. Weidmann. 1892

2.199. But then, what are our laws about marriage? That law owns no other mixture of sexes but that which nature hath appointed, of a man with his wife, and that this be used only for the procreation of children. But it abhors the mixture of a male with a male; and if any one do that, death is his punishment. Against Apion, 2.199 Flavius Josephus 

 Tradução

Mas, então, quais são as nossas leis sobre o casamento? Essa lei não possui outra mistura de sexos senão aquela que a natureza designou [kata physin] , de um homem com sua esposa, e que isso seja usado apenas para a procriação de filhos. Mas abomina a mistura de macho com macho; e se alguém fizer isso, a morte é seu castigo. Contra Apion 2.199 (tradução)

  Grego

 

[2.274]  γοῦν πάλαι κάλλιστα καὶ συμφορώτατα πράττειν ὑπελάμβανονταῦτ᾽ εἰ καὶ μὴ παντάπασι τοῖς ἔργοις πεφεύγασινοὐχ

 [2.275] ὁμολογοῦσιν, ἀλλὰ καὶ τοὺς περὶ αὐτῶν νόμους ἀπόμνυνται τοσοῦτόν ποτε παρὰ τοῖς Ἕλλησιν ἰσχύσαντας, ὥστε καὶ τοῖς θεοῖς τὰς τῶν ἀρρένων μίξεις ἐπεφήμισαν, κατὰ τὸν αὐτὸν δὲ λόγον καὶ τοὺς τῶν γνησίων ἀδελφῶν γάμους, ταύτην ἀπολογίαν αὑτοῖς τῶν ἀτόπων καὶ παρὰ φύσιν ἡδονῶν συντιθέντες

[2.276]

Ἐῶ νῦν περὶ τῶν τιμωριῶν λέγεινὅσας μὲν ἐξ ἀρχῆς ἔδοσαν οἱ πλεῖστοι νομοθέται τοῖς πονηροῖς διαλύσειςἐπὶ μοιχείας μὲν ζημίας χρημάτωνἐπὶ φθορᾶς δὲ καὶ γάμους νομοθετήσαντεςὅσας δὲ περὶ τῆς ἀσεβείας προφάσεις περιέχουσιν ἀρνήσεωςεἰ καί τις ἐπιχειρήσειεν ἐξετάζεινἤδη γὰρ παρὰ τοῖς πλείοσι μελέτη Flavius Josephus. Flavii Iosephi opera. B. Niese. Berlin. Weidmann. 1892. Against Apion, 2.273-2.275

 Inglês

2.273And, indeed, what reason can there be why we should desire to imitate the laws of other nations, while we see they are not observed by their own legislators? And why do not the Lacedemonians think of abolishing that form of their government which suffers them not to associate with any others, as well as their contempt of matrimony? And why do not the Eleans and Thebans abolish that unnatural and impudent lust, which makes them lie with males?


2.274 For they will not show a sufficient sign of their repentance of what they of old thought to be very excellent, and very advantageous in their practices, unless they entirely avoid all such actions for the time to come:


2.275: nay, such things are inserted into the body of their laws, and had once such a power among the Greeks, that they ascribed these sodomitical practices to the gods themselves, as a part of their good character; and indeed it was according to the same manner that the gods married their own sisters. This the Greeks contrived as an apology for their own absurd and unnatural pleasures.


2.276. I omit to speak concerning punishments, and how many ways of escaping them the greatest part of the legislators have afforded malefactors, by ordaining that, for adulteries, fines in money should be allowed, and for corrupting [virgins] they need only marry them; as also what excuses they may have in denying the facts, if any one attempts to inquire into them; for amongst most other nations it is a studied art how men may transgress their laws;

 Tradução

2.273 E, de fato, que razão pode haver para que desejemos imitar as leis de outras nações, enquanto vemos que elas não são observadas por seus próprios legisladores? E por que os lacedemônios não pensam em abolir aquela forma de governo que os impede de se associar a nenhuma outra, assim como seu desprezo pelo matrimônio? E por que os eleanos e os tebanos não aboliram aquela luxúria antinatural e impudente, que os faz se deitar com os homens? 

 

2.274 Pois eles não mostrarão um sinal suficiente de seu arrependimento do que eles pensavam ser muito excelente e muito vantajoso em suas práticas, a menos que evitem completamente todas essas ações no futuro:

 

2. 275: não, tais coisas são inseridas no corpo de suas leis, e já tiveram tal poder entre os gregos, que eles atribuíram essas práticas sodomíticas aos próprios deuses, como parte de seu bom caráter; e, de fato, foi da mesma maneira que os deuses se casaram com suas próprias irmãs. Isso os gregos inventaram como uma desculpa para seus próprios prazeres absurdos e antinaturais.

 

2.276. Omiti-me falar sobre as punições e quantas maneiras de escapar delas a maior parte dos legisladores ofereceu aos malfeitores, ao ordenar que, por adultérios, multas em dinheiro deveriam ser permitidas, e por corromper [virgens] eles precisam apenas casar com eles; como também que desculpas eles podem ter para negar os fatos, se alguém tentar investigá-los; pois entre a maioria das outras nações é uma arte estudada como os homens podem transgredir suas leis;

Carta de Aristéias (obra sec. 2 a.C)

"distintamente separamos do restante da humanidade. Pois a maioria dos homens se perverte por meio de intercursos promíscuos, por meio dos quais praticam grande iniquidade, e todos os países e cidades se orgulham de tais vícios. Pois não apenas tem intercurso com homens, mas pervertem suas próprias mães e até mesmos suas filhas. Mas fomos mantidos separados destes pecados. E o povo que foi separado pelo modo mencionado acima, também é caracterizado pelo Legislador como possuindo o dom da memória" Apócrifos e Pseudo Epígrafos da Bíblia- vol. Carta de Aristéias -São Pulo: Fonte Editorial, 2012, p. 115




2 "Vós, porém, meus filhos, não vos comporteis assim! Pelo firmamento, pela terra, pelo mar e por todas as criaturas, podeis reconhecer o Senhor, que tudo criou. Do contrário, sereis semelhantes a Sodoma, na perversão da natureza. Da mesma forma, os Guardiões outrora subverteram a ordem da natureza. Por isto foram amaldiçoados por Deus pelo dilúvio, e por causa deles a terra ficou deserta de habitantes e de frutos.
Apócrifos e Pseudo Epígrafos da Bíblia. São Pulo: Fonte Editorial, 2005, p. 376  Testamento dos doze patriarcas- Nephtali  (Da Bondade) 3.2.



3 "Com o sétimo, todavia, instaurar-se-á uma profanação, que não posso descrever diante dos homens; mas aqueles que a praticam, sabem. Por isso, eles serão feitos prisioneiros e serão espoliados. Sua terra e seus bens serão saqueados. Na quinta semana, voltarão para a sua terra desolada, e ali reerguerão a Casa do Senhor. Igualmente na sétima semana, aparecerão sacerdotes adoradores de ídolos, cobiçosos e arrogantes, ímpios, luxuriosos, irascíveis, pederastas e praticantes da bestialidade. Apócrifos e Pseudo Epígrafos da Bíblia. São Pulo: Fonte Editorial, 2005, p.349. Testamento dos doze patriarcas- Levi 17.3, p. 349

c- As proibições morais permanecem no Novo Testamento
 1 Tm 1:8  Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo,
9  tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas,
10  impuros, sodomitas 733, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,


1 Coríntios 6:9  Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas <733>,


Rm 1:26  Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
27  semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro

 733 arsenokoites

de 730 e 2845; ; n m

1) alguém que se deita com homem e com mulher, sodomita, homossexual  (Léxico de Strong)

730 arseno= homem
2845 koite 
de 2749; ; n f 
1) lugar para se deitar, descansar, dormir 
1a) cama, leito 
2) leito matrimonial 
2a) de adultério 
3) coabitação, seja lícito ou ilícito 
3a) relação sexual 

Seria equivalente a denominação usada no Brasil HSH - homem que faz sexo com homem, independente de ser ou não hetero.

Para estudos dos termos gregos e uso deles pela literatura grega, veja 5

2-O pecado de Sodoma e Gomorra não foi o ato homossexual, mas a falta de hospitalidade para com os hóspedes de Ló. Ez 16:49
Dizem que o pedido daqueles homens da cidade para “conhecer” (Gn 19:5) significa simplesmente “ser apresentado”, sem nenhuma conotação sexual, porque a palavra hebraica correspondente ao verbo “conhecer” (yada) geralmente não tem conotação sexual (cf. SI 139:1).


Já outros dizem que se trata de xenofobia por meio de abuso sexual:
"... Caso você nunca tenha ouvido falar, consulte livros de história, enciclopédias, internet... sobre o assunto xenofobia, que é a repulsa a coisas ou pessoas estrangeiras, medo e ódio aos estrangeiros.
Por que o medo de nações estrangeiras? Lembra dos “espias de Jericó”? Existia uma estratégia de guerra e dominação entre os povos da Antiguidade de enviarem seus espiões para examinar a terra inimiga e voltarem às suas contando sobre todos os procedimentos e andamentos das cidades a serem invadidas. Uma forma de intimidar e refrear o envio de espiões, era violentando sexualmente os “visitantes”.
Voltando ao contexto, se fosse uma questão de homossexualidade pura e simples, por que haveria Ló de oferecer suas filhas virgens? Ele não seria tão estúpido para oferecer mulheres a um bando de homossexuais abusadores. Se ele ofereceu suas filhas, é porque sabia que os mesmos não eram homossexuais.
Esta situação de repulsa aos estrangeiros é logo encontrada alguns livros a frente do Antigo Testamento e pouco se fala sobre este texto da Bíblia. “Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos. E o homem, dono da casa, saiu a eles e disse-lhes: Não, irmãos meus, ora não façais semelhante mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais tal loucura. Eis que a minha filha virgem e a concubina dele vo-las tirarei fora; humilhai-as a elas, e fazei delas o que parecer bem aos vossos olhos; porém a este homem não façais essa loucura.” (Juízes 19, 22-24).
Estas histórias apenas confirmam os assuntos que seguem, por isso é importante que você leia com muita atenção. Este tipo de atitude para Deus é degradante. Violentar sexualmente uma pessoa, com o prazer de humilhar uma orientação sexual que não lhe era natural. Isto é exatamente o contrário da vontade de partilhar afetivamente uma vida a dois.
O profeta Ezequiel revela o verdadeiro pecado de Sodoma: “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.” (Ezequiel 16, 49). Sodoma cometeu abominação por sua constante hostilidade, segregação e agressão ao ser humano. Trazendo esta questão para os nossos dias, podemos afirmar que o papel “sodomita” atualmente é desempenhado pelas próprias igrejas homofóbicas, pelo alto grau de rejeição a seres humanos, vidas, enfim, a toda uma comunidade de pessoas que Deus aceitou em amor."   http://www.igrejacontemporanea.com.br/site/homossexualidade.html  acesso em 17/03/2017
Resposta:
1- Na verdade, Sodoma e Gomorra foram condenados por vários pecados, dentre eles a prática homossexual

Judas 1:7  como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição (porneia)como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.
Léxico de Strong: 
    4202 porneia  de 4203; 
    1) relação sexual ilícita 
    1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc. 
    1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18 1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; #Mc 10.11,122) metáfora: adoração de ídolos
    2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos
    2- O verbo conhecer tem sim conotação sexual em vários contextos:
    Gênesis 4:1 ¶ E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, {que significa aquisição} e disse: Alcancei do SENHOR um varão.
    Gênesis 4:17  E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.

    Gênesis 4:25 ¶ E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete; {que significa compensação ou renovo} porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.

    8  tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto.


    3- Os dicionários confirmam que o termo CONHECER tem também conotação sexual:
    yada‘

    uma raiz primitiva; DITAT-848; v

    1) conhecer
    1a) (Qal)
    1a1) conhecer
    1a1a) conhecer, aprender a conhecer
    1a1b) perceber
    1a1c) perceber e ver, descobrir e discernir
    1a1d) discriminar, distinguir
    1a1e) saber por experiência
    1a1f) reconhecer, admitir, confessar, compreender
    1a1g) considerar
    1a2) conhecer, estar familiarizado com
    1a3) conhecer (uma pessoa de forma carnal)
    1a4) saber como, ser habilidoso em
    1a5) ter conhecimento, ser sábio
    1b) (Nifal)
    1b1) tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
    1b2) tornar-se conhecido
    1b3) ser percebido
    1b4) ser instruído
    1c) (Piel) fazer saber
    1d) (Poal) fazer conhecer

    1e) (Pual)
    1e1) ser conhecido
    1e2) conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    1f) (Hifil) tornar conhecido, declarar
    1g) (Hofal) ser anunciado
    1h) (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

    4- Jz 19 não aprova a teoria do abuso sexual por xenofobia. O fato é que Jz 19 deixa claro que os homens na verdade eram bissexuais e viciados em sexo: 
    Jz 19:18  E ele lhe disse: Passamos de Belém de Judá até aos lados da montanha de Efraim, de onde sou, porquanto fui a Belém de Judá; porém, agora, vou à casa do SENHOR, e ninguém há que me recolha em casa,
    19  ainda que há palha e pasto para os nossos jumentos, e também pão e vinho há para mim, e para a tua serva, e para o moço que vem com os teus servos; de coisa nenhuma há falta.
    20  Então, disse o velho: Paz seja contigo; tudo quanto te faltar fique ao meu cargo; tão-somente não passes a noite na praça.
    21  E trouxe-o a sua casa e deu pasto aos jumentos; e, lavando-se os pés, comeram e beberam.

    22 ¶ Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos.
    23  E o homem, senhor da casa, saiu a eles e disse-lhes: Não, irmãos meus! Ora, não façais semelhante mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais tal loucura.
    24  Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este homem não façais semelhante loucura.
    25  Porém aqueles homens não o quiseram ouvir; então, ele pegou da concubina do levita e entregou a eles fora, e eles a forçaram e abusaram dela toda a noite até pela manhã; e, subindo a alva, a deixaram.
    26  Ao romper da manhã, vindo a mulher, caiu à porta da casa do homem, onde estava o seu senhor, e ali ficou até que se fez dia claro.
    27  Levantando-se pela manhã o seu senhor, abriu as portas da casa e, saindo a seguir o seu caminho, eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre o limiar.
    28  Ele lhe disse: Levanta-te, e vamos; porém ela não respondeu; então, o homem a pôs sobre o jumento, dispôs-se e foi para sua casa.
    29  Chegando a casa, tomou de um cutelo e, pegando a concubina, a despedaçou por seus ossos em doze partes; e as enviou por todos os limites de Israel.


    5- O contexto mostra que os habitantes de Sodoma quiseram ter relações sexuais com os homens, tanto que o Ló chegou a oferecer a sua filha. Ele deve ter oferecido talvez por eles serem bissexuais  como ocorreu em Jz 19. Mas de qualquer modo a relação de pessoas do mesmo sexo é condenada, tanto quanto o não consentimento sexual (abuso sexual)

    Jz 19:22 ¶ Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos.
    23  E o homem, senhor da casa, saiu a eles e disse-lhes: Não, irmãos meus! Ora, não façais semelhante mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais tal loucura.

    24  Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este homem não façais semelhante loucura.
    25  Porém aqueles homens não o quiseram ouvir; então, ele pegou da concubina do levita e entregou a eles fora, e eles a forçaram e abusaram dela toda a noite até pela manhã; e, subindo a alva, a deixaram.
    26  Ao romper da manhã, vindo a mulher, caiu à porta da casa do homem, onde estava o seu senhor, e ali ficou até que se fez dia claro.
    27  Levantando-se pela manhã o seu senhor, abriu as portas da casa e, saindo a seguir o seu caminho, eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre o limiar.
    28  Ele lhe disse: Levanta-te, e vamos; porém ela não respondeu; então, o homem a pôs sobre o jumento, dispôs-se e foi para sua casa.


    29  Chegando a casa, tomou de um cutelo e, pegando a concubina, a despedaçou por seus ossos em doze partes; e as enviou por todos os limites de Israel.

    Gn 19:5 ¶ Ao anoitecer, vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra.
    2  E disse-lhes: Eis agora, meus senhores, vinde para a casa do vosso servo, pernoitai nela e lavai os pés; levantar-vos-eis de madrugada e seguireis o vosso caminho. Responderam eles: Não; passaremos a noite na praça.
    3  Instou-lhes muito, e foram e entraram em casa dele; deu-lhes um banquete, fez assar uns pães asmos, e eles comeram.
    4 ¶ Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados;
    5  e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que os conheçamos.
    6  Saiu-lhes, então, Ló à porta, fechou-a após si
    7  e lhes disse: Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal;
    8  tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto.

    9  Eles, porém, disseram: Retira-te daí. E acrescentaram: Só ele é estrangeiro, veio morar entre nós e pretende ser juiz em tudo? A ti, pois, faremos pior do que a eles. E arremessaram-se contra o homem, contra Ló, e se chegaram para arrombar a porta





    5- O texto de Ezequiel cita 3 tipos de pecado: soberba, falta de filantropia e abominação (o que inclui a homossexualidade) Lv 18:22; 20:13

    Ez 16:49  Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado.
    50  E se ensoberbeceram e fizeram abominação diante de mim; pelo que as tirei dali, vendo eu isso. ARC

    Observação: O texto hebraico traz a palavra abominação no singular. e neste caso o termo não se refere ao que antecede, falta de amparo, mas a outro pecado como em Ez 18:12-13, que está entre idolatria e usura.
    12 e oprimir ao aflito e necessitado, e praticar roubos, e não tornar o penhor, e levantar os olhos para os ídolos, e cometer abominação,
    13 e emprestar com usura, e receber de mais, porventura viverá? Não viverá! Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.

     Observe que o termo também aparece no plural e se refere a todos os pecados citados, o que significa que abominação no singular nestes dois contextos se refere a pecado sexual.


    1361 [e]   50
    wat·tiḡ·bə·he·nāh,   50
    וַֽתִּגְבְּהֶ֔ינָה   50
    And they were haughty   50
    Conj‑w | V‑Qal‑ConsecImperf‑3fp   50
    6213 [e]
    wat·ta·‘ă·śe·nāh
    וַתַּעֲשֶׂ֥ינָה
    and committed
    Conj‑w | V‑Qal‑ConsecImperf‑3fp
    8441 [e]
    ṯō·w·‘ê·ḇāh
    תוֹעֵבָ֖ה
    abomination
    Noun‑fem. sing
    6440 [e]
    lə·p̄ā·nāy;
    לְפָנָ֑י
    before Me
    Prep‑l | N‑mpc | 1cs
    5493 [e]
    wā·’ā·sîr
    וָאָסִ֥יר
    therefore I took away
    Conj‑w | V‑Hifil‑ConsecImperf‑1cs
    853 [e]
    ’eṯ·hen
    אֶתְהֶ֖ן
    them
    DirObjM | 3fp
    834 [e]
    ka·’ă·šer
    כַּאֲשֶׁ֥ר
    as
    Prep‑k | Pro‑r
      
     
    .
     
     
     7200 [e]
    rā·’î·ṯî.
    רָאִֽיתִי׃
    I saw [fit]
    V‑Qal‑Perf‑1cs
     
    s
    ס
     - 
    Punc






















    Em outro trecho Ezequiel usa o termo hebraico para se referir ao pecado sexual

    Ezequiel 22:11  Um comete abominação com a mulher do seu próximo, outro contamina torpemente a sua nora, e outro humilha no meio de ti a sua irmã, filha de seu pai.



    Lv 18:22  Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.

    Lv 20:10 ¶ Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera.
    11  O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
    12  Se um homem se deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá sobre eles.
    13  Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
    14  Se um homem tomar uma mulher e sua mãe, maldade é; a ele e a elas queimarão, para que não haja maldade no meio vós.
    15  Se também um homem se ajuntar com um animal, será morto; e matarás o animal.



    Léxico de Strong:
    abominação:   hbewt tow‘ebah ou hbet to‘ebah

    part. ativo de 08581; DITAT-2530a; n. f.

    1) uma coisa repugnante, abominação, coisa abominável
    1a) em sentido ritual (referindo-se ao alimento impuro, ídolos, casamentos mistos)
    1b) em sentido ético (referindo-se à impiedade, etc.)

    6-Deus não destruiu a cidade simplesmente por causa daquele incidente e sim de um somatório de fatores, á acima citados:
    • falta de filantropia
    • soberba
    • homossexualidade


    Gênesis 13:13  Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o SENHOR.

    Gn 18:20  Disse mais o SENHOR: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito.

    2 Pedro 2:6  e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente;
    Judas 1:7  como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.

    7- Flávio Josepho, historiador Judeu confirma:

    34. Os anjos chegaram a Sodoma, e Ló, a exemplo de Abraão, também se mostrou muito atencioso para com os estrangeiros, rogando-lhes que ficassem em sua casa. Os habitantes dessa detestável cidade, vendo-os tão belos e tão apresentáveis, pediram a Ló, em cuja casa eles haviam entrado, que os entregasse, para que se servissem deles. Esse homem justo censurou-os,
    rogando-lhes que tivessem mais compostura, que não lhes fizessem injúria alguma, ultrajando os estrangeiros que estavam hospedados em sua casa, e que não violassem em suas pessoas os direitos da hospitalidade. Acrescentou que, se essas razões não os persuadissem, ele preferia entregar-lhes as próprias filhas. Mas nem isso os convenceu. Deus contemplava com olhares de cólera a ousadia daqueles celerados, e feriu-os com tal cegueira que não puderam achar
    a saída da casa de Ló. Resolveu então exterminar aquele povo abominável.
    Ordenou a Ló que se retirasse com toda a sua família e avisasse àqueles aos quais as suas duas filhas, que ainda eram virgens, haviam sido prometidas em casamento que também partissem. Mas eles zombaram do aviso, dizendo que era uma das habituais imaginações de Ló. Deus então lançou do céu os raios de sua cólera e de sua vingança contra essa cidade criminosa. Ela foi
    imediatamente reduzida a cinzas, com todos os seus habitantes. O mesmo fogo destruiu toda a região vizinha, como já disse na minha história da Guerra dos Judeus. História dos Hebreus cap. 10 8ª edição, Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
     

    8- Filo de Alexandria e outras obras judaicas anteriores a Cristo confirma que os judeus interpretavam os atos homossexuais como pecaminosos e contrários à natureza  ver 5


    Conclusão:
    Dentre os muitos pecados dos habitantes de Sodoma e cidades vizinhas a homossexualidade era sem dúvida um deles!



    3-Jesus nunca condenou relações homossexuais
    Resposta:
    • O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente o homossexualismo não significa sua aprovação. Em seus ensinos condenou a porneia,  palavra que inclui a homossexualidade. 
    Mateus 15:19  Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição 4202, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.
    Marcos 7:21  Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição 4202, os furtos, os homicídios, os adultérios,
    Léxico de Strong
    porneia
    de 4203; TDNT-6:579,918; n f

    1) relação sexual ilícita
    1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
    1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
    1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; #Mc 10.11,12
    2) metáf. adoração de ídolos
    2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos
    • Paulo inspirado pelo Espirito Santo condenou a homossexualidade em 3 ocasiões:

    1 Tm 1:8  Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo,
    9  tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas,
    10  impuros, sodomitas 733, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,

    1 Coríntios 6:9  Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas <733>,

    Rm 1:26  Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
    27  semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro

    • Judas disse que os habitantes de Sodoma foram condenados por causa de relações sexuais ilícitas
    Judas 1:7  como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição (ekporneu) como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.


    "Os teólogos inclusivos gostam de dizer que Jesus Cristo nunca falou contra o homossexualismo. Em compensação, falou bastante contra a hipocrisia, o adultério, a incredulidade, a avareza e outros pecados tolerados pelos cristãos. Este é o terceiro ponto: sabe-se, todavia, que a razão pela qual Jesus não falou sobre homossexualidade é que ela não representava um problema na sociedade judaica de sua época, que já tinha como padrão o comportamento heterossexual. Não podemos dizer que não havia judeus que eram homossexuais na época de Jesus, mas é seguro afirmar que não assumiam publicamente esta conduta. Portanto, o homossexualismo não era uma realidade social na Palestina na época de Jesus. Todavia, quando a Igreja entrou em contato com o mundo gentílico – sobretudo as culturas grega e romana, onde as práticas homossexuais eram toleradas, embora não totalmente aceitas –, os autores bíblicos, como Paulo, incluíram as mesmas nas listas de pecados contra Deus. Para os cristãos, Paulo e demais autores bíblicos escreveram debaixo da inspiração do Espírito Santo enviado por Jesus Cristo. Portanto, suas palavras são igualmente determinantes para a conduta da Igreja." Cristianismo Hoje- Augusto Nicodemus"





    4- Davi e Jônatas eram homossexuais


    E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas O AMOU, COMO À SUA PRÓPRIA ALMA. 1 Samuel 18:1

    E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. 1 Samuel 18:3 

    E falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos, para que matassem a Davi. Porém Jônatas, filho de Saul, estava mui afeiçoado a Davi. 1 Samuel 19:1 

    E respondeu Jônatas a Saul: Davi me pediu encarecidamente que o deixasse ir a Belém. 1 Samuel 20:28

    Então disse Jônatas a Davi: Vem e saiamos ao campo. E saíram ambos ao campo. 1 Samuel 20:11

    E ambos fizeram "aliança" perante o Senhor; Davi ficou no bosque, e Jônatas voltou para a sua casa. 1 Samuel 23:18 

    E disse Jônatas a Davi: O que disser a tua alma, eu te farei. 1 Samuel 20:4 

    E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o amava; porque o amava com todo o amor da sua alma. 1 Samuel 20:17 

    Então se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi no bosque, e "confortou" a sua mão em Deus; 1 Samuel 23:16 

    E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto. 1 Samuel 18:4 

    E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai, Saul, procura matar-te, pelo que agora guarda-te pela manhã, e fica-te em oculto, e esconde-te. 1 Samuel 19:2 

    E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz; o que nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O Senhor seja entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência, seja perpetuamente. 1 Samuel 20:42 

    ANGUSTIADO ESTOU POR TI, MEU IRMÃO JÔNATAS; QUÃO AMABILÍSSIMO ME ERAS! MAIS MARAVILHOSO ME ERA O TEU AMOR DO QUE O AMOR DAS MULHERES. 2 SAMUEL 1:26..............................................



    Resposta:
    1-Nenhum destes textos prova definitivamente um amor homossexual. Nem mesmo o texto da roupa, pois o Judeu usava uma roupa interior e uma exterior, além disso o termo aliança não necessariamente designa relação sexual
    2- Ainda que eles possam ter tido um romance homossexual não há sinal da aprovação divina.
    3- Davi adulterou e mandou matar um homem. E nem por isso a Bíblia mostrou aprovação de sua conduta
    4- Davi se tornou um polígamo- teve 8 mulheres e 10 concumbinas. Não parece muito interessado em homens. 
    Mical- 1 Sm 19:11
     Ainoã- 2 Sm 3:2
    Abgail- 2 Sm 3:3
    Maacá- 2 Sm 2:3
    Hagite - 2 Sm 3:4
    Eglá-   2 Sm 3:5
    Bate- seba- 2 Sm 12:24
    Abisague-1 Reis 1:1-3  
    2 Samuel 5:13  Tomou Davi mais concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que viera de Hebrom, e nasceram-lhe mais filhos e filhas.
    2 Samuel 15:16  Saiu o rei, e todos os de sua casa o seguiram; deixou, porém, o rei dez concubinas, para cuidarem da casa.
    2 Samuel 16:22  Armaram, pois, para Absalão uma tenda no eirado, e ali, à vista de todo o Israel, ele coabitou com as concubinas de seu pai.

    1 Crônicas 3:9  Todos estes foram filhos de Davi, afora os filhos das concubinas; e Tamar, irmã deles.
    2 Samuel 16:22  Armaram, pois, para Absalão uma tenda no eirado, e ali, à vista de todo o Israel, ele coabitou com as concubinas de seu pai.



    5- Os termos gregos usados no Novo Testamento não 

    condenam práticas homossexuais por si mesmas.

    a-Malakoi

    "O termo grego traduzido por “efeminados” é “malakoi”, que pode ser literalmente traduzido como “mole”, “macio”, “suave ao toque” (algo como “molengão”). Alguém sem fibra, que se entregava facilmente diante de uma situação de pressão. Em época de implacável perseguição contra os cristãos, o mínimo exigido de um seguidor de Cristo é que fosse firme. O termo “malakoi” aponta para uma inaceitável fraqueza de caráter.

    Por que traduziram este termo como “efeminado”? Porque nas culturas antigas, a feminilidade era vista como sinônimo de fragilidade. Seria mais ou menos como dizer a um filho hoje em dia: Seja homem! Não seja uma mulherzinha! É óbvio que o objetivo de quem usa tal expressão não é diminuir o valor da mulher, mas encorajar o filho a portar-se varonilmente.

    Dicionários teológicos associam malakos (singular de “malakoi”) a um homem afeminado, mas reconhecem que o termo pode significar pessoas promíscuas, isto é, dadas aos prazeres da carne, tanto homens, quanto mulheres. Porém, há estudos que relacionam malakoi com a prostituição masculina praticada na época de Paulo, principalmente em Corinto, cidade famosa por sua depravação sexual."


    Resposta:
    Lexico Grego CPAD. Edward Robinson
    • O termo malakoi era usado de modo figurado para se referir a homossexuais e não a pessoas fracas.
    • A despeito das afirmativas nenhum dicionário foi citado para defender a tese acima citada.
    • O Léxico de Strong diz que este afeminado poderia ser ou não um garoto que vendia seu corpo:
    malakos
    de afinidade incerta; ; adj

    1) mole, macio para tocar

    2) metáf. num mal sentido
    2a) afeminado

    2a1) de um catamito
    2a2) de um rapaz que mantém relações homosexuais com um homem
    2a3) de um homem que submete o seu corpo a lascívia não natural
    2a4) de um homem que se prostitue

    Dicionário Michaelis:
    catamito sm

    1 Menino mantido para fins sodomitas.
    2 Indivíduo efeminado; homossexual.


    malakos Efeminado, um termo técnico para o parceiro passivo em relações homossexuais.” (RIENECKER e ROGERS, Chave línguística do N.T. grego, Vida Nova, 1995, p. 297);


    "Nos autores clássicos, o termo (malakia) originalmente significava "maciez", mas também veio a ser usado para homens efeminados. Nos escritores médicos, descrevia "fraqueza" ou "doença" generalizada. O uso grego posterior o vinculava com nosos, "enfermidade", para indicar a doença do corpo". (COENEN; BROWN, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vida Nova, 2000, p. 884)


    (135) Como os homens, sendo incapazes de suportar discretamente uma saciedade dessas coisas, ficam inquietos como gado, tornam-se obstinados e descartam as leis da natureza, buscando uma grande e intemperante indulgência de gula, bebida e conexões ilegais ; pois não apenas enlouqueciam por mulheres e profanavam o leito matrimonial de outros, mas também aqueles que eram homens cobiçavam uns aos outros, fazendo coisas impróprias e não considerando ou respeitando sua natureza comum, e embora ansiosos por filhos, eles eram condenado por ter apenas um filho abortivo; mas a convicção não produziu nenhuma vantagem, pois foram dominados pelo desejo violento; (136) e assim, gradualmente, os homens se acostumaram a ser tratados como mulheres e, dessa maneira, geraram entre si a doença das mulheres e o mal intolerável; pois eles não só, quanto à efeminação [malakotes] e delicadeza, tornaram-se como mulheres em suas pessoas, mas também tornaram suas almas muito ignóbeis, corrompendo dessa maneira toda a raça humana, tanto quanto dependia delas. Em todo o caso, se os gregos e os bárbaros tivessem concordado e adotado o comércio dos cidadãos desta cidade, suas cidades teriam se tornado desoladas, uma após a outra, como se tivessem sido esvaziadas por uma pestilência. http://www.earlychristianwritings.com/yonge/book22.html Philon - ON ABRAHAM

     

    VII. (37) Além disso, outro mal, muito maior do que o que já mencionamos, abriu caminho e foi solto nas cidades, a saber, o amor dos meninos, que antigamente era considerado uma grande infâmia, mesmo para ser mencionada, mas qual pecado é motivo de orgulho não apenas para aqueles que o praticam, mas também para aqueles que o sofrem e que, acostumados a suportar a aflição de serem tratados como mulheres, definham tanto em suas almas quanto em seus corpos, não trazendo sobre eles uma única centelha de caráter viril para ser acesa em uma chama, mas tendo até mesmo o cabelo de suas cabeças visivelmente encaracolado e adornado, e tendo seus rostos untados com vermelhão, tinta e coisas desse tipo, e tendo seus olhos desenhados abaixo, e tendo suas peles ungidas com perfumes fragrantes (pois em pessoas como essas um cheiro doce é uma qualidade muito sedutora), e sendo bem equipados em tudo que tende à beleza ou elegância, não têm vergonha de dedicar seus estudos e esforços constantes ao tarefa de transformar seu caráter viril em efeminado [malakos]. 

    (38) E é natural para aqueles que obedecem à lei considerá-los dignos de morte, pois a lei ordena que o homem-mulher (andrógeno) que adulterar a regra preciosa de sua natureza deve morrer sem redenção, não permitindo que ele viva uma única dia, ou mesmo uma única hora, pois ele é uma vergonha para si mesmo, para sua família, para seu país e para toda a raça da humanidade. 

    (39) E que o homem que é dedicado ao amor de meninos se submeta ao mesmo castigo, já que ele persegue aquele prazer que é contrário à natureza [para physin], e visto que, tanto quanto depende dele, ele faria as cidades desoladas, vazias e vazias de todos os habitantes, desperdiçando seu poder de propagar sua espécie e, além disso, sendo um guia e professor do maior de todos os males, falta de masculinidade e luxúria efeminada [malakia], despojando os jovens da flor de sua beleza e desperdiçando sua juventude na efeminação, que ele deveria, por outro lado, treinar para vigor e atos de coragem ; e, finalmente, porque, como um lavrador inútil, ele permite que terras férteis e produtivas permaneçam incultas, planejando que elas continuem estéreis, e trabalha noite e dia no cultivo daquele solo do qual ele nunca espera nenhum produto. 

    (40) E imagino que a causa disso é que entre muitas nações existem realmente recompensas dadas por intemperança e efeminação. Em todo o caso, pode-se ver homens- mulheres [andrógenos desfilando continuamente pelo mercado ao meio-dia e liderando as procissões nos festivais; e, homens ímpios como são, tendo recebido por sorteio o encargo do templo, e iniciando os ritos sagrados e de iniciação, e preocupados até mesmo nos santos mistérios de Ceres. 

    (41) E algumas dessas pessoas levaram tão longe sua admiração por esses delicados prazeres da juventude que desejaram mudar totalmente sua condição para a das mulheres, e se castraram e se vestiram com roupas roxas, como aqueles que , tendo sido a causa de grandes bênçãos para sua terra natal, andam por aí acompanhados por guarda-costas, empurrando para baixo cada um que eles encontram. 

    (42) Mas se houve uma indignação geral contra aqueles que se aventuram a fazer tais coisas, como foi sentida por nosso legislador, e se tais homens foram destruídos sem qualquer chance de escapar como a maldição comum e poluição de seu país, então muitos outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. http://www.earlychristianwritings.com/yonge/book29.html AS LEIS ESPECIAIS, III* Philon de Alexandria

    “Veremos um apaixonado perseguir os efeminados e não os fortes, os que tenham sido criados numa penumbra doentia, não quem tenha crescido à luz do sol (...)” (PLATÃO. Fedro, 239 c). 





    b- arsenokoitai

    "Já o termo “arsenokoitai”, traduzido como “sodomita” na versão de Ferreira de Almeida, só passou a se referir a prática homossexual a partir da Alta Idade Média. Etimologicamente, o radical linguístico “arsen” significa macho, enquanto “koitos” significa leito. Bem da verdade, “arsenokoitai” é um termo de significado obscuro, que não possui qualquer registro na literatura clássica grega. O que levou alguns a considerar tratar-se de neologismo do próprio Paulo.

    Convém lembrar que há uma enorme quantidade de vocábulos do grego clássico usados para designar o comportamento homossexual, porém, Paulo não lançou mão de nenhum deles. Logo, podemos deduzir que o apóstolo estivesse falando de algo bem particular e não propriamente da homossexualidade. A Bíblia de Jerusalém, considerada uma das melhores traduções das Escrituras, traduz o termo “arsenokoitai” como “pessoas de costumes infames”.

    É plausível crer que Paulo estivesse se referindo à prática da prostituição cúltica tão disseminada no império romano, onde homens, independentemente de sua orientação sexual, tinham relações tanto com pessoas do mesmo sexo, quanto com do sexo oposto, atribuindo a isso um valor devocional.

    Festas religiosas como a dedicada a Dionísio, deus do vinho (conhecido também como Baco; daí o termo “bacanal”, festival de Baco) eram verdadeiras orgias, onde famílias inteiras se entregavam aos prazeres desenfreados da carne, julgando com isso estarem cultuando ao seu ídolo.


    É também neste contexto de idolatria que Paulo expressa seu repúdio no primeiro capítulo de sua epístola aos Romanos, onde denuncia aqueles que, “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis”(Rm.1:22-23)."


    Razão pela qual “Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador”(vv.24-25). Repare que tudo começa na idolatria. Este é o contexto imediato. Como juízo, Deus os entrega a si mesmos, como se dissesse: É isso mesmo que vocês querem? Então, lá vai…

    A partir deste ponto, Paulo descreve as tais “paixões infames” às quais Deus os abandonou.

    “Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Romanos 1:26-27

    Interessante notar que, se a interpretação que tem sido feita está correta, é a primeira vez que encontramos nas Escrituras qualquer menção à homossexualidade feminina. Em Levíticos 18:22 lemos sobre a proibição de homem deitar-se com outro homem como se fosse mulher, mas não vemos nada acerca da mulher que se relaciona sexualmente com outra. Acho que isso mereceria certa atenção. Porque se o assunto é, de fato, homossexualidade, então, não se poderia deixar de fora as mulheres. Há quem acredite que Paulo teria corrigido isso.

    Será que Paulo estava falando de homoafetividade? Ou estaria falando de uma prática diretamente ligada à idolatria?

    Imagine homens de orientação heterossexual mantendo relações homossexuais só para agradar a uma divindade pagã! Pois era justamente isso que acontecia naquela sociedade. Nada mais antinatural. Por isso, eles se embriagavam e usavam máscaras. A embriaguez era para tomar coragem e desafiar sua própria natureza.

    A máscara era para proteger o anonimato, e assim, ajudá-los a lidar com a culpa e a vergonha. Não se tratava de homossexualidade propriamente, mas de orgia, de promiscuidade elevada ao mais alto grau. Seres humanos reduzidos a objetos de prazer. Tudo em nome do culto a uma divindade pagã.

    Assim como é antinatural a um homem ter relações com outro homem, sendo ambos héteros, também é antinatural forçar um homossexual a casar-se com alguém do sexo oposto para suprir as expectativas da sociedade que prima pela hipocrisia. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/beijo-gay-na-disney-o-que-malafaia-diz-sobre-homossexualidade-nao-e-o-que-diz-a-biblia-por-hermes-fernandes/

    Resposta:
    1- Se Paulo quisesse se referir especificamente a orgias em honra ao deus Baco ou Dionísio teria usado o termo próprio no grego

    Romanos 13:13  vivamos de modo decente, como quem vive de dia, não em orgias <2970> e bebedeiras não em imoralidade sexual e depravação, não em discórdias e invejas
    Gálatas 5:21  invejas, bebedeiras, orgias <2970> e coisas semelhantes a estas,  contra as quais vos previno, como já vos preveni antes. Os  que as praticam não herdarão o reino de Deus .
    1 Pedro 4:3  Porque basta que no tempo passado tenhais cumprido a vontade dos gentios, andando em libertinagens, prazeres, embriagues,  orgias <2970>, bebedeiras e  idolatrias repulsivas. Bíblia 
    Almeida Século 21

    O Léxico Grego de Strong: 

     komos  (2970) “orgia, farra. Procissão noturna e luxuriosa de pessoas bêbadas e galhofeiras que após um jantar desfilavam pelas ruas com tochas e músicas em honra a Baco ou algum outro deus, e cantavam e tocavam diante das casas de amigos e amigas; por isso usado geralmente para festas e reuniões para beber que se prolonga até tarde e que favorece a folia.”.

    2- O termo "contrário a natureza" era um termo técnico (para physin) no grego usado por Platão,  para se referir, no âmbito sexual, às atividades entre pessoas do mesmo sexo, veja:


    "E faça-se a observação em tom sério ou a título de gracejo, seguramente não se deixa de constatar que quando o macho se une à fêmea para procríação o prazer experimentado é considerado devido à natureza, porém contrário à natureza quando o macho se une ao macho ou a fêmea se une à fêmea, sendo que os primeiros responsáveis por tais enormidades foram impelidos pelo domínio que o prazer exercia sobre, eles" Leis. Livro I. Platão


     "Se fôssemos seguir os passos da natureza e promulgar aquela lei que era vigente antes da época de Laio, declarando que é certo nos abster da relação sexual em que substituímos um a mulher por um homem ou um rapaz , aduzindo como evidência a natureza dos animais selvagens e apontando o fato do macho não tocar o macho com esse, propósito , visto que é contra a natureza..."  Leis. Livro VIII. Platão


     O ateniense: Fizeste um a observação bastante oportuna pois é precisamente isso que eu pensava a o me referir a o procedimento de que tenho conhecimento para impor essa lei que exige que se siga a natureza na cópula destinada à reprodução , seja não tocando no sexo masculino , seja abstendo-se do extermínio de indivíduo s humanos , seja não lançando a sementes sobre rochas e pedras*•*• • onde jamais criará raízes e nem frutificará ; e finalmente , no campo feminino , que se abstenha de qualquer atividade sexua l que não tenha propósito a fecundação . Esta lei, quando se tornar permanente e soberana , tão soberana quanto esta que agora proíbe a relação [sexual] entre pais o filhos, e obter no que diz respeito aos outro s tipos de relações a devida vitória será infinitamente benéfica , já que em primeiro lugar acata as determinações da natureza , servindo inclusive par a afastar a s pessoas das fúrias e loucuras sexuais, e de todo tipo de adultério bem com o de bebedeiras e glutonices, e em segundo lugar promove a afeição dos maridos por sua s próprias esposas..." Leis. Livro VIII. Platão   
    https://onedrive.live.com/?authkey=%21AAhlH4RVzhKSECM&cid=04EDE51A3D5B3B69&id=4EDE51A3D5B3B69%21341&parId=4EDE51A3D5B3B69%21338&o=OneUp



    3- Josepho diz que as relações contra  a natureza  [para physin] são passíveis de pena de morte, ao contrário de [kata phisin]- "de acordo com  a natureza"


    Grego

     2.199 Τίνες δ᾽ οἱ περὶ γάμων νόμοι; μῖξιν μόνην οἶδεν  νόμος τὴν κατὰ φύσιν τὴν πρὸς γυναῖκα καὶ ταύτην, εἰ μέλλοι τέκνων ἕνεκα γίνεσθαι. τὴν δὲ πρὸς ἄρρενας ἀρρένων ἐστύγηκεν καὶ θάνατος τοὐπιτίμιον, εἴ τις ἐπιχειρήσειενFlavius Josephus. Flavii Iosephi opera. B. Niese. Berlin. Weidmann. 1892

    2.199. But then, what are our laws about marriage? That law owns no other mixture of sexes but that which nature hath appointed, of a man with his wife, and that this be used only for the procreation of children. But it abhors the mixture of a male with a male; and if any one do that, death is his punishment. Against Apion, 2.199 Flavius Josephus 

     Tradução

    Mas, então, quais são as nossas leis sobre o casamento? Essa lei não possui outra mistura de sexos senão aquela que a natureza designou [kata physin] , de um homem com sua esposa, e que isso seja usado apenas para a procriação de filhos. Mas abomina a mistura de macho com macho; e se alguém fizer isso, a morte é seu castigo. Contra Apion 2.199 (tradução)

      Grego

     

    [2.274]  γοῦν πάλαι κάλλιστα καὶ συμφορώτατα πράττειν ὑπελάμβανονταῦτ᾽ εἰ καὶ μὴ παντάπασι τοῖς ἔργοις πεφεύγασινοὐχ

     [2.275] ὁμολογοῦσιν, ἀλλὰ καὶ τοὺς περὶ αὐτῶν νόμους ἀπόμνυνται τοσοῦτόν ποτε παρὰ τοῖς Ἕλλησιν ἰσχύσαντας, ὥστε καὶ τοῖς θεοῖς τὰς τῶν ἀρρένων μίξεις ἐπεφήμισαν, κατὰ τὸν αὐτὸν δὲ λόγον καὶ τοὺς τῶν γνησίων ἀδελφῶν γάμους, ταύτην ἀπολογίαν αὑτοῖς τῶν ἀτόπων καὶ παρὰ φύσιν ἡδονῶν συντιθέντες

    [2.276]

    Ἐῶ νῦν περὶ τῶν τιμωριῶν λέγεινὅσας μὲν ἐξ ἀρχῆς ἔδοσαν οἱ πλεῖστοι νομοθέται τοῖς πονηροῖς διαλύσειςἐπὶ μοιχείας μὲν ζημίας χρημάτωνἐπὶ φθορᾶς δὲ καὶ γάμους νομοθετήσαντεςὅσας δὲ περὶ τῆς ἀσεβείας προφάσεις περιέχουσιν ἀρνήσεωςεἰ καί τις ἐπιχειρήσειεν ἐξετάζεινἤδη γὰρ παρὰ τοῖς πλείοσι μελέτη Flavius Josephus. Flavii Iosephi opera. B. Niese. Berlin. Weidmann. 1892. Against Apion, 2.273-2.275

     Inglês

    2.273And, indeed, what reason can there be why we should desire to imitate the laws of other nations, while we see they are not observed by their own legislators? And why do not the Lacedemonians think of abolishing that form of their government which suffers them not to associate with any others, as well as their contempt of matrimony? And why do not the Eleans and Thebans abolish that unnatural and impudent lust, which makes them lie with males?


    2.274 For they will not show a sufficient sign of their repentance of what they of old thought to be very excellent, and very advantageous in their practices, unless they entirely avoid all such actions for the time to come:


    2.275: nay, such things are inserted into the body of their laws, and had once such a power among the Greeks, that they ascribed these sodomitical practices to the gods themselves, as a part of their good character; and indeed it was according to the same manner that the gods married their own sisters. This the Greeks contrived as an apology for their own absurd and unnatural pleasures.


    2.276. I omit to speak concerning punishments, and how many ways of escaping them the greatest part of the legislators have afforded malefactors, by ordaining that, for adulteries, fines in money should be allowed, and for corrupting [virgins] they need only marry them; as also what excuses they may have in denying the facts, if any one attempts to inquire into them; for amongst most other nations it is a studied art how men may transgress their laws;

     Tradução

    2.273 E, de fato, que razão pode haver para que desejemos imitar as leis de outras nações, enquanto vemos que elas não são observadas por seus próprios legisladores? E por que os lacedemônios não pensam em abolir aquela forma de governo que os impede de se associar a nenhuma outra, assim como seu desprezo pelo matrimônio? E por que os eleanos e os tebanos não aboliram aquela luxúria antinatural e impudente, que os faz se deitar com os homens? 

     

    2.274 Pois eles não mostrarão um sinal suficiente de seu arrependimento do que eles pensavam ser muito excelente e muito vantajoso em suas práticas, a menos que evitem completamente todas essas ações no futuro:

     

    2. 275: não, tais coisas são inseridas no corpo de suas leis, e já tiveram tal poder entre os gregos, que eles atribuíram essas práticas sodomíticas aos próprios deuses, como parte de seu bom caráter; e, de fato, foi da mesma maneira que os deuses se casaram com suas próprias irmãs. Isso os gregos inventaram como uma desculpa para seus próprios prazeres absurdos e antinaturais.

     

    2.276. Omiti-me falar sobre as punições e quantas maneiras de escapar delas a maior parte dos legisladores ofereceu aos malfeitores, ao ordenar que, por adultérios, multas em dinheiro deveriam ser permitidas, e por corromper [virgens] eles precisam apenas casar com eles; como também que desculpas eles podem ter para negar os fatos, se alguém tentar investigá-los; pois entre a maioria das outras nações é uma arte estudada como os homens podem transgredir suas leis;

    _______________________________________________________________ 

    Tradução da CPAD do Brasil:

     


    Como então poderíamos preferir a nossas leis às dos outros povos, vendo que elas não são observadas, nem mesmo por aqueles que as criaram? Como poderíamos não censurar os lacedemônios por sua pouca humanidade para com os estrangeiros e por sua negligência com relação aos casamentos? Como poderíamos não sentir horror pela abominação dos elídios, dos tebanos e de outros povos da Grécia, que se vangloriam de cometer pecados que causam
    vergonha à natureza [para physin] ? 2.273

     Não foi traduzido o 2.274 (numeração das traduções em Ingles)

    Que os misturaram às suas leis, que os atribuíram mesmo aos seus deuses e que soltando o freio de suas brutais paixões, não fazem caso de desposar suas próprias irmãs? 2.275  (numeração das traduções em Ingles)

     

    Que direi dos meios de que vários desses legisladores de que eles se gabam, aqueles deram aos maus, para evitar o castigo de seus crimes, ordenando como pena de um adultério apenas uma multa pecuniária? Ou ainda depois de ter violado uma virgem ficar-se livre
    de desposá-la? Eu não o teria feito, se quisesse examinar particularmente todas
    as ocasiões que eles dão de renunciar à virtude e à piedade, e quantos pretextos 2.276  (numeração das traduções em Ingles)
    História dos Hebreus, Josepho contra Apio- Rio de Janeiro, 2009, p. 1491

    "Foi assim que Moisés ordenou vivermos para nos tornarmos agradáveis a
    Deus, que é Ele mesmo a nossa lei. Quanto ao que se refere ao casamento, dele
    podemos usar para ter filhos, mas todo comércio [ato sexual] que viola as leis da naturez nos é proibido, sob pena de morte." História dos Hebreus, Josepho contra Apio- Rio de Janeiro, 2009, p. 1483    2.199 (numeração das traduções em Ingles)

    Neste caso a tradução da CPAD inverteu a tradução mas deixou o mesmo sentido, mostrando que os hebreus seguem o curso da natureza [kata physin], e portanto evitam tudo que vai contra a natureza [para physin] 

     

    co·mér·ci·o

    substantivo masculino
    1 COM Prática mercantil que se fundamenta em venda, permuta ou compra de produtos, com fins lucrativos.
    2 COM Permuta de produtos por outros produtos, por valores ou por serviços, com fins lucrativos.
    3 COM A classe dos comerciantes.
    4 COM A profissão daquele que comercia.
    5 REG (BA, ES, MG) Povoado em que acontecem feiras semanais.
    6 REG (C.O., S.E.) Vrua, acepção 5.
    7 FIG Relação próxima.
    8 COM Conjunto de estabelecimentos que exercem a prática mercantil.
    9 FIG, PEJ Contato íntimo, sexual.
    10 FIG Tráfico de drogas.


    4- Philon de Alexandria também diz que as relações contra  a natureza  [para physin] são passíveis de pena de morte, ao contrário de [para phisin]- de acordo com  a natureza

    VII. (37) Além disso, outro mal, muito maior do que o que já mencionamos, abriu caminho e foi solto nas cidades, a saber, o amor dos meninos, que antigamente era considerado uma grande infâmia, mesmo para ser mencionada, mas qual pecado é motivo de orgulho não apenas para aqueles que o praticam, mas também para aqueles que o sofrem e que, acostumados a suportar a aflição de serem tratados como mulheres, definham tanto em suas almas quanto em seus corpos, não trazendo sobre eles uma única centelha de caráter viril para ser acesa em uma chama, mas tendo até mesmo o cabelo de suas cabeças visivelmente encaracolado e adornado, e tendo seus rostos untados com vermelhão, tinta e coisas desse tipo, e tendo seus olhos desenhados abaixo, e tendo suas peles ungidas com perfumes fragrantes (pois em pessoas como essas um cheiro doce é uma qualidade muito sedutora), e sendo bem equipados em tudo que tende à beleza ou elegância, não têm vergonha de dedicar seus estudos e esforços constantes ao tarefa de transformar seu caráter viril em efeminado [malakos]. 

    (38) E é natural para aqueles que obedecem à lei considerá-los dignos de morte, pois a lei ordena que o homem-mulher (andrógeno) que adulterar a regra preciosa de sua natureza deve morrer sem redenção, não permitindo que ele viva uma única dia, ou mesmo uma única hora, pois ele é uma vergonha para si mesmo, para sua família, para seu país e para toda a raça da humanidade. 

    (39) E que o homem que é dedicado ao amor de meninos se submeta ao mesmo castigo, já que ele persegue aquele prazer que é contrário à natureza [para physin], e visto que, tanto quanto depende dele, ele faria as cidades desoladas, vazias e vazias de todos os habitantes, desperdiçando seu poder de propagar sua espécie e, além disso, sendo um guia e professor do maior de todos os males, falta de masculinidade e luxúria efeminada [malakia], despojando os jovens da flor de sua beleza e desperdiçando sua juventude na efeminação, que ele deveria, por outro lado, treinar para vigor e atos de coragem ; e, finalmente, porque, como um lavrador inútil, ele permite que terras férteis e produtivas permaneçam incultas, planejando que elas continuem estéreis, e trabalha noite e dia no cultivo daquele solo do qual ele nunca espera nenhum produto. 

    (40) E imagino que a causa disso é que entre muitas nações existem realmente recompensas dadas por intemperança e efeminação. Em todo o caso, pode-se ver homens- mulheres [andrógenos desfilando continuamente pelo mercado ao meio-dia e liderando as procissões nos festivais; e, homens ímpios como são, tendo recebido por sorteio o encargo do templo, e iniciando os ritos sagrados e de iniciação, e preocupados até mesmo nos santos mistérios de Ceres. 

    (41) E algumas dessas pessoas levaram tão longe sua admiração por esses delicados prazeres da juventude que desejaram mudar totalmente sua condição para a das mulheres, e se castraram e se vestiram com roupas roxas, como aqueles que , tendo sido a causa de grandes bênçãos para sua terra natal, andam por aí acompanhados por guarda-costas, empurrando para baixo cada um que eles encontram. 

    (42) Mas se houve uma indignação geral contra aqueles que se aventuram a fazer tais coisas, como foi sentida por nosso legislador, e se tais homens foram destruídos sem qualquer chance de escapar como a maldição comum e poluição de seu país, então muitos outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. então muitas outras pessoas seriam advertidas e corrigidas por seu exemplo. Pois as punições daquelas pessoas que já foram condenadas não podem ser evitadas por meio de súplicas e, portanto, não causam um pequeno cheque àquelas pessoas que são ambiciosas de se distinguir pelas mesmas atividades. http://www.earlychristianwritings.com/yonge/book29.html AS LEIS ESPECIAIS, III*

    {**Título de Yonge, Um tratado sobre as leis especiais que se referem a dois mandamentos no Decálogo, o Sexto e Sétimo, Contra Adúlteros e Todas as Pessoas Indecentes, e Contra Assassinos e Toda Violência.

    5- Cláudio Ptolomeu astrônomo do seculo 2 d.C:



    http://data.perseus.org/citations/urn:cts:greekLit:tlg0363.tlg007.perseus-grc1:3.14

    Quando Marte e Vênus não forem assistidos em signos masculinos, os machos excedem na qualidade natural e as fêmeas excedem na qualidade antinatural, meramente para aumentar a virilidade e a atividade da alma.157 os machos tornam-se viciados em relações sexuais naturais e são adúlteros, insaciáveis ​​e prontos em todas as ocasiões para atos vis e ilegais de paixão sexual, enquanto as fêmeas são luxuriosas por uniões contra a natureza, lançam olhares convidativos e são o que nós chamam tribíades ;​ 158 pois elas lidam com mulheres e desempenham as funções de homens. Se apenas Vênus é constituído de maneira masculina, eles fazem essas coisas secretamente e não abertamente. Mas se Marte também é assim constituído, sem reserva, de modo que às vezes até designam as mulheres com quem estão em tais termos como suas legítimas "esposas".

    Mas, por outro lado, quando os luminares na configuração supracitada estão desacompanhados em signos femininos, as fêmeas excedem no natural e os machos na prática antinatural, com o resultado de que suas almas se tornam moles e efeminadas. Se Vênus também se torna feminina, as mulheres se tornam depravadas, adúlteras e lascivas, de modo que podem ser tratadas de maneira natural em qualquer ocasião e por qualquer pessoa, e de modo que não recusam absolutamente nenhum ato sexual, embora seja vil ou ilegal.
     Os homens, ao contrário se tornam afeminados e inseguros com relação às relações antinaturais e às funções femininas, e são tratados como páticos, mas em privado e em segredo. 


    6- O termo arsenokoite se refere a homem que faz sexo com outro homem, nos dicionários e nas traduções antigas como a Siríaca, Copta e Latina

    Lexico Grego CPAD. Edward Robinson


    “Homossexual masculino; pederasta, sodomita” (BROWN e COENEN, Dicionário Internacional de Teologia do N.T, Vida Nova, p. 971)


    “Um homem que tem ralações sexuais com outro homem, homossexual.” (RIENECKER e ROGERS, Chave línguística do N.T. grego, Vida Nova, 1995)



    5.2 Paulo usou o termo da junção de duas palavras de um texto que condena a relação entre dois homens
    O já citado texto de Lv 20:13 na versão Grega  LXX diz:


    Lv 20:13 καὶ ὃς ἂν κοιμηθῇ μετὰ ἄρσενος κοίτην γυναικός, βδέλυγμα ἐποίησαν ἀμφότεροι· θανατούσθωσαν, ἔνοχοί εἰσιν.
     Ou seja vem da fusão de duas palavras gregas de uma texto que condena atos homossexuais


    A cunhagem de arsenokoitês, quer feita por Paulo ou não, obedeceu aos processos morfológicos disponíveis na língua grega e em ação também em outros vocábulos, algo necessário para que a palavra fosse compreendida pelas pessoas da época em que foi criada. O radical koitês já tinha longo pedigree literário como segundo membro de um termo composto quando apareceu no substantivo arsenokoitês.
    Hesíodo, no século VIII a.C., usou a expressão hylêkoitai (“aqueles que dormem no mato”) em seu poema épico Trabalhos e dias (verso 529), uma combinação de hylê (“mato, selva”) e koitês.

     

    Hipônax, o poeta de Éfeso, empregou, no sexto século a.C. (fragmento 12.2), a palavra mêtrokoitês (“aquele que se deita com a mãe”) para se referir a uma relação incestuosa.

     

    O escoliasta de Os cavaleiros (792a1), de Aristófanes, explica que, durante a guerra do Peloponeso, devido à escassez de moradia, vários atenienses se viram obrigados a dormir em cavernas, grutas e até mesmo nos grandes jarros de cerâmica que serviam para armazenar grãos, sendo, por isso, chamados de pithokoitai (“os que dormem em jarros”).

     

    Estrabão, o famoso geógrafo grego do século I a.C., listou, em sua obra Geografia (1.5.7.6), os chamaikoitai (“aqueles que dormem na terra”) entre os trogloditas e os polyphagoi (“os que comem de tudo”).

     

    No mesmo século, uma obra anônima intitulada Princípios de saúde (linha 45), atribuída a certo Asclepíades da Bitínia, explica que, quando davam receitas, os médicos gregos costumavam especificar o que o paciente devia fazer antes de dormir. Nesses casos, os médicos usavam a expressão dexiokoitês (“quando pronto para se deitar”), formada com dexios (“pronto”) e koitês. A assim-chamada Vida de Esopo (49.1-7), obra de difícil datação, apresenta o caso em que Xantos, o marido, chega em sua residência, entra no quarto e começa a adular e beijar a esposa, que o rejeita, exigindo, primeiramente, um presente. Em sua irritação, a mulher o ofende, chamando-o de doulokoitês (“quem dorme com escravos”) e kynokoitês (“quem dorme com cães”). Apesar de o contexto da passagem não ser sufi cientemente claro, a conotação deve ser sexual, pois, no quarto século A.D., Paulo, um astrólogo de Alexandria, em sua obra Elementa apotelesmatica (72.9-10) se refere aos doulokoitai como sendo kakogamoi, isto é, pessoas que se casaram mal. A EVIDÊNCIA LINGUÍSTICA E EXTRALINGUÍSTICA PARA A TRADUÇÃO DE ARSENOKOITAI. Milton Torres.



    5.3- Os escritores cristãos usaram o termo para se referir a pecado sexual de homem com homem, numa lista de vários pecados:

    5.3.1 Teófilo
     Quando há ferrugem no espelho, não é possível que o rosto de um homem seja visto no espelho; assim também quando há pecado em um homem , tal homem não pode contemplar a Deus. Portanto, mostra-me tu mesmo se não és adúltero, ou fornicador, ou ladrão, ou salteador, ou assaltante; se você não é arsenokoitai; se você não é insolente, ou caluniador, ou apaixonado, ou invejoso , ou orgulhoso , ou arrogante; se você não é um brigão, ou ganancioso , ou desobediente aos pais; e se você não vende seus filhos; pois para aqueles que fazem essas coisas, Autólico 1:2


    Mas para os incrédulos e desprezadores, que não obedecem à verdade , mas obedecem à injustiça, quando estiverem cheios de adultérios, e fornicações, e arsenokoitiai, e avareza , e idolatrias ilegais, haverá ira e ira , tribulação e angústia, e no último o fogo eterno possuirá tais homens. Visto que disseste: Mostra-me o teu Deus , este é o meu Deus , e aconselho-te a temê -lo e a confiar nele. Autólico 1:14


    5.3.2 Hipólito- 170- 235 d.C

    Hipólito narra o conto heresiarca chamado Jusitno que dizia que Adão (já adulto) teve relações com um dos doze anjos maternos filhos de Eden com Elohim, Naas

    Hipólito fala da relação de Naas com Adão como fonte da arsenokoitia, e com Eva como adultério.  Observe que Hipólito fala sexo de Adão [que era adulto] com Naas, pederastia e ambos são citados como arsenokoite.

     “Baruch então chegando, ficou no meio dos anjos do Édem, isto é, no meio do paraíso - pois o paraíso são os anjos , no meio dos quais ele estava - e deu ao homem a seguinte injunção: De toda árvore que está no paraíso você pode comer livremente, mas você não pode comer da árvore do conhecimento do bem e do mal , que é Naas. Agora, o significado é que ele deve obedecer ao restante dos onze anjos do Édem, pois os onze possuem paixões , mas não são culpados de transgressão.

    Naas cometeu transgressão. Pois abordou Eva, enganou-a e adulterou com ela, o que é transgressão. Abordou, então, também a Adão e o possuiu como a um menino, o que também é transgressão. Daí surgiram o adultério e a arsenokoitia.” Refutação de Todas as Heresias (Livro V,21)

    ὁ δὲ Νάα̋ παρανοµίαν ἔσχε· προσῆλθε γὰρ τῇ Εὔᾳ ἐξαπατήσα̋ αὐτὴν καὶ ἐµοίχευσεν αὐτήν, ὅπερ ἐστὶ παράνοµον· προσῆλθε δὲ καὶ τῷ ᾿Αδὰµ καὶ ἔσχεν αὐτὸν ὡ̋ παιδ<ικ>ά, ὅπερ ἐστὶ καὶ αὐτὸ παράνοµον. ἔνθεν <δὲ> γέγονε µοιχεία καὶ ἀρσενοκοιτία.


    5.3.4 Eusébio - 265-340 d.C
    O texto faz paralelo entre arsenokoite e homens ter amante (eromero) -termo associado a relação homossexual, Eusébio chega a citar Romanos 1e diz que a relação homem com homem é contra a natureza:

    “Do rio Eufrates até o oceano que fica no oriente, quem é insultado como homicida ou ladrão não fica muito irado, mas aquele que é insultado como arsenokoitê se vinga até com o homicídio. Entre os gregos, mesmo os sábios que têm amantes não são censurados.” Preparação do Evangelho 6.10.25 http://www.earlychristianwritings.com/fathers/eusebius_pe_06_book6.html


    ἀπὸ Εὐφράτου ποταµοῦ καὶ µέχρι τοῦ ᾿Ωκεανοῦ ὡ̋ ἐπὶ ἀνατολὰ̋ ὁ λοιδορούµενο̋ ὡ̋ φονεὺ̋ ἢ ὡ̋ κλέπτη̋ οὐ πάνυ ἀγανακτεῖ, ὁ δὲ ὡ̋ ἀρσενοκοίτη̋ λοιδορούµενο̋ ἑαυτὸν ἐκδικεῖ µέχρι καὶ φόνου· παρ’ ῞Ελλησι καὶ οἱ σοφοὶ ἐρωµένου̋ ἔχοντε̋ οὐ ψέγονται. 


    Mas há também alguns que se voltaram para o mal e 'mudaram o uso natural para o que é contra a natureza'. homens com homens praticando indecência.8  Preparação do Evangelho 6.6   http://www.earlychristianwritings.com/fathers/eusebius_pe_06_book6.html


     E do benefício que procede visivelmente de Suas doutrinas, você pode ver uma prova clara, se você considerar, que em nenhum outro momento, desde o início até agora, nem por nenhum dos homens ilustres do passado, mas apenas por Suas declarações e por Seu ensinamento se difundiu por todo o mundo, os costumes de todas as nações estão agora corretos, mesmo aqueles costumes que antes eram selvagens e bárbaros; de modo que os persas que se tornaram seus discípulos não mais se casam com suas mães, nem os citas se alimentam de carne humana, por causa da palavra de Cristo que veio até eles, nem outras raças de bárbaros têm união incestuosa com filhas e irmãs, nem os homens desejam loucamente perseguir homens e buscar prazeres contra a natureza, nem aqueles, cuja prática era antigamente, agora expõem seus parentes mortos a cães e pássaros, nem estrangulam os idosos, como faziam anteriormente, Preparação do Evangelho  1.4.6

     A Lei de Moisés ordenou aos adúlteros e aos impuros que eles não deveriam cometer adultério, ou , arsenokoiten ou buscar prazeres contrários à natureza, e fez da morte a penalidade da transgressão; mas não desejo que meus discípulos olhem para uma mulher com desejo lascivo. Demosntração do Evangelho 1.6.67  


    5.3.5 Atos de João- obra do segundo século
    “Tu que te regozijas com o  ouro, e se deleitam com o marfim e jóias, ao cair da  noite , não podem admiriar o que amam? Vocês que são derrotados por  roupas macias, quando forem embora desta vida, como as aproveitarão no lugar para onde vão ? E que o homicida saiba que catigo que merece está a sua espera em dobro depois que partir daqui. Da mesma forma vocês que são envenenadores, ladrões, trapaceiros, sodomitas [arsenokoitê], gatunos, e tantos que forem de tal feitio. Atos de João 36 

     

    ὁ δὲ χρυσῷ χαίρων καὶ ἐλεφαντίνων καὶ λίθοι̋ τερπόµενο̋ νυκτὸ̋ ἐπελθούση̋ ἃ φιλεῖ̋ θεᾶσαιˇ ὁ δὲ µαλακαῖ̋ ἐσθῆσι νικώµενο̋, εἶτα δὲ ἀπαλλασσόµενο̋ τοῦ βίου, ταῦτα ὀφλῆσαι κἀκεῖ ὅπου πορεύῃˇ ὁ δὲ φονεὺ̋ γινωσκέτω τὴν ἀξίαν τιµωρίαν διπλῆν ἀποκεῖσθαι µετὰ τὴν ἐνθένδε λύσιν. ὁµοίω̋ καὶ ὁ φαρµακό̋, ὁ περίεργο̋, ὁ ἅρπαξ, ὁ ἀποστερητή̋, ὁ ἀρσενοκοίτη̋, ὁ κλέπτη̋, καὶ ὁπόσοι τοιούτου χοροῦ ὑπάρχοντε̋ 


    5.3.6 Aristides Um apologista cristão que viveu em Atenas no segundo século.

    8. Voltemo-nos também para os gregos, para que possamos saber que opinião eles têm sobre o verdadeiro Deus. Os gregos, então, por serem mais sutis que os bárbaros, se desviaram mais do que os bárbaros; na medida em que eles introduziram muitos deuses fictícios, e estabeleceram alguns deles como machos e alguns como fêmeas ; e nisso alguns de seus deuses foram encontrados que eram adúlteros, e mataram , e foram iludidos, e invejosos , e coléricos e apaixonados, e parricidas, e ladrões e assaltantes. E alguns deles, dizem, eram aleijados e mancos, e alguns eram feiticeiros, e alguns realmente enlouqueceram, e alguns tocavam liras, e alguns perambulavam pelas colinas, e alguns até morreram, e alguns foram mortos. por um raio, e alguns foram feitos servos até mesmo para os homens , e alguns escaparam fugindo, e alguns foram sequestrados pelos homens , e alguns, de fato, foram lamentados e lamentados pelos homens . E alguns, dizem eles, desceram ao Sheol, e alguns foram gravemente feridos, e alguns se transformaram em animais para seduzir a raça de mulheres mortais., e alguns se poluíram deitando-se com homens. E alguns, dizem eles, eram casados ​​com suas mães, irmãs e filhas. E dizem de seus deuses que cometeram adultério com as filhas dos homens; e destes nasceu uma certa raça que também era mortal. E eles dizem que algumas das mulheres disputaram sobre beleza e compareceram perante os homens para julgamento. Assim, ó rei, os gregos apresentaram impureza, absurdo e loucura sobre seus deuses e sobre si mesmos, pois chamavam aqueles que são de tal natureza deuses, que não são deuses. E, portanto, a humanidade recebeu incitações para cometer adultério e fornicação, e para roubar e praticar tudo o que é ofensivo e odiado .e abominado. Pois, se aqueles que são chamados seus deuses praticaram todas essas coisas que estão escritas acima, quanto mais os homens deveriam praticá-las - homens, que acreditam que seus próprios deuses as praticaram. E devido à imundície desse erro , aconteceram à humanidade guerras hostis , grandes fomes, cativeiro amargo e desolação completa. E eis! Foi somente por isso que eles sofreram e que todas essas coisas lhes sobrevieram; e enquanto suportavam essas coisas, não percebiam em sua mente que, por causa de seu erro , essas coisas lhes sobrevieram.

    E depois de Cronos eles apresentam outro deus Zeus. E dizem que ele assumiu a soberania e era rei sobre todos os deuses. E dizem que ele se transformou em uma besta e outras formas para seduzir mulheres mortais e criar filhos com elas para si mesmo. Certa vez, dizem, ele se transformou em touro por amor à Europa e a Pasifae. E novamente ele se transformou em semelhança de ouro por amor a Danae, e em cisne por amor a Leda, e em homem por amor a Antíope, e em relâmpago por amorde Luna, e assim por estes ele gerou muitos filhos. Pois por Antíope, eles dizem, que ele gerou Zethus e Amphion, e por Luna Dionysos, por Alcmena Hércules, e por Leto, Apollo e Artemis, e por Danae Perseus, e por Leda, Castor e Polydeuces, e Helene e Paludus, e por Mnemosyne ele gerou nove filhas a quem denominaram as Musas, e pela Europa , Minos e Rhadamanthos e Sarpedon. E, finalmente, ele se transformou na semelhança de uma águia por meio de sua paixão por Ganydemos (Ganimedes), o pastor.


    Por causa dessas histórias, ó rei, muito mal surgiu entre os homens , que até hoje são imitadores de seus deuses, e praticam adultério e se contaminam com suas mães e irmãs, e deitam-se com homens, e alguns se atrevem a matar até mesmo seus pais . Pois se aquele que é dito ser o chefe e rei de seus deuses faz essas coisas, quanto mais seus adoradores devem imitá-lo? E grande é a loucura que os gregos apresentaram em sua narrativa a respeito dele. Pois é impossível que um deus pratique adultério ou fornicação ou se aproxime de se deitar com homens , ou mate seus pais ; e se for o contrário, ele é muito pior do que um demônio destrutivo.


    13...Pois eis! Quando os gregos fizeram leis , eles não perceberam que por suas leis eles condenavam seus deuses. Pois, se suas leis são justas, seus deuses são injustos, pois eles transgrediram a lei matando uns aos outros, praticando feitiçaria, cometendo adultério , roubando e assaltando, deitando-se com homens [arsenokoitias]e também por suas outras práticas. Pois se seus deuses estavam certos em fazer todas essas coisas como são descritas, então as leis dos gregos são injustas por não serem feitas de acordo com a vontade de seus deuses. ... Apologia de Aristides https://www.newadvent.org/fathers/1012.htm

    πῶ̋ δὲ οὐ συνῆκαν οἱ σοφοὶ καὶ λόγιοι τῶν ῾Ελλήνων, ὅτι νόµου̋ θέµενοι κατακρίνονται ὑπὸ τῶν ἰδίων νόµωνˇ εἰ γὰρ οἱ νόµοι δίκαιοί εἰσιν, ἄδικοι πάντω̋ οἱ θεοὶ αὐτῶν εἰσὶ παράνοµα ποιήσαντε̋, ἀλληλοκτονία̋ καὶ φαρµακεία̋ καὶ µοιχεία̋ καὶ κλοπὰ̋ καὶ ἀρσενοκοιτία̋· εἰ δὲ καλῶ̋ ἔπραξαν ταῦτα, οἱ νόµοι ἄρα ἄδικοί εἰσι κατὰ τῶν θεῶν συντεθέντε̋· 



    6- A Bíblia de Jerusalém Nova Edição Revista, 6ª impressão de 1993 traduz 6:10 usando os termos: sodomitas e efeminados. O fato da Nova edição usar o termo "costume infames" se refere às práticas homossexuais, observe:

    Romanos 1:26  Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;



    "Mas digamos que a exegese apresentada aqui não o tenha convencido. Você prefere crer que homossexuais estão fadados a serem punidos para sempre no inferno, desde que sua própria timidez seja alvo da misericórdia divina. Que tal se avançarmos um pouco na leitura de Romanos 1?

    A severidade com que Deus julgará os idólatras, também julgará os que não se importaram de ter conhecimento de Deus (e aqui, o apóstolo mira sua metralhadora giratória para os judeus), que, mesmo não praticando tais coisas, aprovavam os que a praticavam (v.32).

    Por isso, o mesmo Deus que entregou os gentios às suas próprias paixões, também os entregou “a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia” (vv. 28-31).

    E por falar em lista, sabe o que mais me chama atenção nesta em particular? O último item. De que adiantaria escaparmos de todas as listas apresentadas nas Escrituras, mas cairmos justamente no último item desta?

    A falta de misericórdia nos faz inescusáveis perante Deus. Não foi à toa que Jesus disse que bem-aventurados são os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia. Sinceramente, espero ser contado entre estes. Se tiver que pecar pelo excesso, que peque pelo excesso de misericórdia e não de juízo.

    O objetivo de Paulo nos primeiros capítulos de Romanos é mostrar que todos somos farinha do mesmo saco. Judeus e gentios, héteros e homossexuais, homens e mulheres, só escaparemos do severo juízo divino se formos tão misericordiosos com os outros quanto somos condescendentes conosco mesmos. “Portanto”, arremata o apóstolo, “és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer se sejas, pois te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro” (Rm.2:1).

    Quando vejo o sofrimento de milhões de seres humanos, reputados como escória pelo simples fato de serem gays, meu coração é tomado de misericórdia. Não me vejo à vontade diante de um discurso odioso, que, direta ou indiretamente, fomenta o preconceito. Quando recebo e-mails e mensagens in box de seres humanos dispostos a tirar a própria vida por não se aceitarem, ou por não conseguirem lidar com a pressão social, meu coração se enternece.

    Foi o que senti ao assistir ao vídeo postado por Viviany Beleboni, a transexual que encenou a crucificação na Parada Gay em SP, que em prantos denunciou a agressão sofrida por alguém que a chamava de “demônio” e dizia “Você não é de Deus!” Com o olho roxo e feridas à faca abertas no rosto e no braço, Viviany lamentava o episodio. Como ela, muitos têm sido agredidos e até mortos por causa de sua orientação sexual. Espero que este singelo texto ajude a desarmar espíritos e conduzir-nos pelas sendas da compreensão, do amor e da misericórdia."http://www.diariodocentrodomundo.com.br/beijo-gay-na-disney-o-que-malafaia-diz-sobre-homossexualidade-nao-e-o-que-diz-a-biblia-por-hermes-fernandes/
    Resposta:
    1- Toda  atitude homofóbica ,agressão ou discriminação a homossexuais, transexuais ou travestis não tem fundamento no Cristianismo bíblico
    Mateus 7:12  Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.

    Lucas 6:31  Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.

    2- Todos os seres humanos são pecadores e todos precisam se arrepender de seus pecados
    Romanos 3:23  pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
    Romanos 5:12  Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

    3- Deus ama todas as pessoas inclusive os homossexuais, transgeneros, travestis,etc.

    JO 3:16  Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

    ABAIXO tem citações de pesquisas que mostram que uma pessoa pode sim deixar tanto o comportamento homossexual como mudar orientação sexual:
    http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2017/02/e-possivel-mudar-orientacao-sexual-ou.html

    conclusão:

    A teologia gay não tem base bíblica e  o cristianismo abomina a homofobia.