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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Homossexualidade na Antiguidade- resposta ao Guia do Estudante

Veja as respostas em vermelho, azul e verde:


Vale tudo: Homossexualidade na antiguidade

Na Antiguidade, ninguém saía dizendo por aí que fulano era gay, mesmo que fosse. Por milhares de anos, o amor entre iguais era tão comum que não existia nem o conceito de homossexualidade

Humberto Rodrigues e Cláudia de Castro Lima | 01/03/2008 00h00
A união civil entre pessoas do mesmo sexo pode parecer algo bastante recente, coisa de gente moderna. Apenas em 1989 a Dinamarca abraçou a causa – foi o primeiro país a fazer isso. Hoje, o casamento gay está amparado na lei de 21 nações. Essa marcha, porém, de nova não tem nada. Sua história retoma um tempo em que não havia necessidade de distinguir o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo – para os povos antigos, o conceito de homossexualidade simplesmente não existia.
As tribos das ilhas de Nova Guiné, Fiji e Salomão, no oceano Pacífico, cerca de 10 mil anos atrás já exercitavam algumas formas de homossexualidade ritual. Os melanésios acreditavam que o conhecimento sagrado só poderia ser transmitido por meio do coito entre duplas do mesmo sexo. No rito, um homem travestido representava um espírito dotado de grande alegria – e seus trejeitos não eram muito diferentes dos de um show de drag queens atual.
Um dos mais antigos e importantes conjuntos de leis do mundo, elaborado pelo imperador Hammurabi na antiga Mesopotâmia em cerca de 1750 a.C., contém alguns privilégios que deveriam ser dados aos prostitutos e às prostitutas que participavam dos cultos religiosos. Eles eram sagrados e tinham relações com os homens devotos dentro dos templos da Mesopotâmia, Fenícia, Egito, Sicília e Índia, entre outros lugares. Herdeiras do Código de Hammurabi, as leis hititas chegam a reconhecer uniões entre pessoas do mesmo sexo. E olha que isso foi há mais de 3 mil anos.
Resposta:
O código de Hamurabi nem se quer faz menção de prostitutos. Confira baixando neste site:
Na Grécia e na Roma da Antiguidade, era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem. O filósofo grego Sócrates (469-399), adepto do amor homossexual, pregava que o coito anal era a melhor forma de inspiração – e o sexo heterossexual, por sua vez, servia apenas para procriar. Para a educação dos jovens atenienses, esperava-se que os adolescentes aceitassem a amizade e os laços de amor com homens mais velhos, para absorver suas virtudes e seus conhecimentos de filosofia. Após os 12 anos, desde que o garoto concordasse, transformava-se em um parceiro passivo até por volta dos 18 anos, com a aprovação de sua família. Normalmente, aos 25 tornava-se um homem – e aí esperava-se que assumisse o papel ativo.
Resposta:
1-Não tem nenhum livro de Sócrates que confirma esta lenda 
 https://arthurlacerda.wordpress.com/2007/08/12/a-homossexualidade-em-platao/
2- O costume na Grécia não era assim tão generalizado, bem como em povos vizinhos e além disso não se aceitava o casamento, tão pouco a relação entre dois adultos homossexuais:
Aliás, a lei do amor nas demais cidades é fácil de entender, pois é simples a sua determinação; aqui 42 porém ela é complexa. Em Elida, com efeito, na Lacedemônia, na Beócia, e onde não se saiba falar, simplesmente se estabeleceu que é belo aquiescer aos amantes, e ninguém, jovem ou velho, diria que é feio, a fim de não terem dificuldades, creio eu, em tentativas de persuadir os jovens com a palavra, incapazes que são de falar; na Jônia, porém, e em muitas outras partes é tido como feio, por quantos habitam sob a influência dos bárbaros. Entre os bárbaros, com efeito, por causa das tiranias, é uma coisa feia esse amor, justamente como o da sabedoria e da ginástica43; é que, imagino, não aproveita aos seus governantes que nasçam grandes idéias entre os governados, nem amizades e associações inabaláveis, o que justamente, mais do que qualquer outra coisa, costuma o amor inspirar. Por experiência aprenderam isto os tiranos44 desta cidade; pois foi o amor de Aristogitão e a amizade de Harmódio que, afirmando-se, destruíram-lhes o poder. Assim, onde se estabeleceu que é feio o aquiescer aos amantes, é por defeito dos que o estabeleceram que assim fica, graças à ambição dos governantes e à covardia dos governados; e onde simplesmente se determinou que é belo, foi em conseqüência da inércia dos que assim estabeleceram (O banquete- Platão)
Todas as mulheres que são o corte de uma mulher não dirigem muito sua atenção aos homens, mas antes estão voltadas para as mulheres e as amiguinhas provêm deste tipo. E todos os que são corte de um macho perseguem o macho, e enquanto são crianças, como cortículos do macho, gostam dos homens e se comprazem em deitar-se com os homens e a eles se enlaçar, e são estes os melhores meninos e adolescentes, os de natural mais corajoso. Dizem alguns, é verdade, que eles são despudorados, mas estão mentindo; pois não é por despudor que fazem isso, mas por audácia, coragem e masculinidade, porque acolhem o que lhes é semelhante. Uma prova disso é que, uma vez amadurecidos, são os únicos que chegam a ser homens para a política71, os que são desse tipo. E quando se tornam homens, são os jovens que eles amam, e a casamentos e procriação naturalmente eles não lhes dão atenção, embora por lei a isso sejam forçados, mas se contentam em passar a vida um com o outro, solteiros. (O banquete- Platão)

http://copyfight.me/Acervo/livros/OS%20PENSADORES%20-%20Vol.%2003%20(1991).%20Plata%CC%83o.pdf
            
Entre os romanos, os ideais amorosos eram equivalentes aos dos gregos. A pederastia (relação entre um homem adulto e um rapaz mais jovem) era encarada como um sentimento puro. No entanto, se a ordem fosse subvertida e um homem mais velho mantivesse relações sexuais com outro, estava estabelecida sua desgraça – os adultos passivos eram encarados com desprezo por toda a sociedade, a ponto de o sujeito ser impedido de exercer cargos públicos.
Boa parte do modo como os povos da Antiguidade encaravam o amor entre pessoas do mesmo sexo pode ser explicada – ou, ao menos, entendida – se levarmos em conta suas crenças. Na mitologia grega, romana ou entre os deuses hindus e babilônios, por exemplo, a homossexualidade existia. Muitos deuses antigos não têm sexo definido. Alguns, como o popularíssimo hindu Ganesh, da fortuna, teriam até mesmo nascido de uma relação entre duas divindades femininas. Não é nada difícil perceber que, na Antiguidade, o sexo não tinha como objetivo exclusivo a procriação. Isso começou a mudar, porém, com o advento do cristianismo.
Sexo para procriar
O judaísmo já pregava que as relações sexuais tinham como único fim a máxima exigida por Deus: “Crescei e multiplicai-vos”. Até o início do século 4, essa idéia, porém, ficou restrita à comunidade judaica e aos poucos cristãos que existiam. Nessa época, o imperador romano Constantino converteu-se à fé cristã – e, na seqüência, o cristianismo tornou-se obrigatório no maior império do mundo. Como o sexo passou a ser encarado apenas como forma de gerar filhos, a homossexualidade virou algo antinatural. Data de 390, do reinado de Teodósio, o Grande, o primeiro registro de um castigo corporal aplicado em gays.
Resposta:
Nenhum lugar da bíblia fala de sexo somente para procriação
Ct 7:8  Dizia eu: subirei à palmeira, pegarei em seus ramos. Sejam os teus seios como os cachos da vide, e o aroma da tua respiração, como o das maçãs.
9  Os teus beijos são como o bom vinho, vinho que se escoa suavemente para o meu amado, deslizando entre seus lábios e dentes.
10 ¶ Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.
11  Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.
12  Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali o meu amor.

Pv 5:18 Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade,
19 corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias.

1 Coríntios 7:5  Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar.

O primeiro texto de lei proibindo sem reservas a homossexualidade foi promulgado mais tarde, em 533, pelo imperador cristão Justiniano. Ele vinculou todas as relações homossexuais ao adultério – para o qual se previa a pena de morte. Mais tarde, em 538 e 544, outras leis obrigavam os homossexuais a arrepender-se de seus pecados e fazer penitência. O nascimento e a expansão do islamismo, a partir do século 7, junto com a força cristã, reforçaram a teoria do sexo para procriação.
Durante muito tempo, até meados do século 14, no entanto, embora a fé condenasse os prazeres da carne, na prática os costumes permaneciam os mesmos. A Igreja viu-se, a partir daí, diante de uma série de crises. Os católicos assistiram horrorizados à conversão ao protestantismo de diversas pessoas após a Reforma de Lutero. E, com o humanismo renascentista, os valores clássicos – e, assim, o gosto dos antigos pela forma masculina – voltaram à tona. Pintores, escritores, dramaturgos e poetas celebravam o amor entre homens. Além disso, entre a nobreza, que costumava ditar moda, a homossexualidade sempre correu solta. E, o mais importante, sem censura alguma – ficaram notórios os casos homossexuais de monarcas como o inglês Ricardo Coração de Leão (1157-1199).
No curto intervalo entre 1347 e 1351, a peste negra assolou a Europa e matou 25 milhões de pessoas. Como ninguém sabia a causa da doença, a especulação ultrapassava os limites da saúde pública e alcançava os costumes. O “pecado” em que viviam os homens passou a ser apontado como a causa dela e de diversas outras catástrofes, como fomes e guerras. Judeus, hereges e sodomitas tornaram-se a causa dos males da sociedade. Não havia outra solução a não ser a erradicação desses grupos. Medidas enérgicas foram tomadas. Em Florença, por exemplo, a sodomia foi proibida em 1432, com a criação dos Ufficiali di Notte (agentes da noite). O resultado? Setenta anos de perseguição aos homens que mantinham relações com outros. Entre 1432 e 1502, mais de 17 mil foram incriminados e 3 mil condenados por sodomia, numa população de 40 mil habitantes.
Leis duras foram estabelecidas em vários outros países europeus. Na Inglaterra, o século 19 começou com o enforcamento de vários cidadãos acusados de sodomia. E, entre 1800 e 1834, 80 homens foram mortos. Apenas em 1861 o país aboliu a pena de morte para os atos de sodomia, substituindo-a por uma pena de dez anos de trabalhos forçados.
Ciência maluca
Outro tratamento nada usual foi destinado tanto à homossexualidade quanto à ninfomania feminina: a lobotomia. Desenvolvida pelo neurocirurgião português António Egas Moniz, que chegou a ganhar o prêmio Nobel de Medicina de 1949 por isso, ela consistia em uma técnica cirúrgica que cortava um pedaço do cérebro dos doentes psiquiátricos, mais precisamente nervos do córtex pré-frontal. Na Suécia, 3 mil gays foram lobotomizados. Na Dinamarca, 3500 – a última cirurgia foi em 1981. Nos Estados Unidos, cidadãos portadores de “disfunções sexuais” lobotomizados chegaram às dezenas de milhares. O tratamento médico era empregado porque a homossexualidade passou a ser vista como uma doença, uma espécie de defeito genético.
A preocupação científica com os gays começou no século 19. A expressão “homossexual” foi criada em 1848, pelo psicólogo alemão Karoly Maria Benkert. Sua definição para o termo: “Além do impulso sexual normal dos homens e das mulheres, a natureza, do seu modo soberano, dotou à nascença certos indivíduos masculinos e femininos do impulso homossexual(...). Esse impulso cria de antemão uma aversão direta ao sexo oposto”. Em 1897, o inglês Havelock Ellis publicou o primeiro livro médico sobre homossexualismo em inglês, Sexual Inversion (“Inversão sexual”, inédito no Brasil). Como muitos da época, ele defendia a idéia de que a homossexualidade era congênita e hereditária. A opinião científica, médica e psiquiátrica vigente era de que a homossexualidade era uma doença resultante de anormalidade genética associada a problemas mentais na família. A teoria, junto das idéias emergentes sobre pureza racial e eugenismo nos anos 1930, torna fácil entender por que a lobotomia foi indicada para os homossexuais.
A situação só começou a mudar no fim do século passado, quando a discussão passou a se libertar de estigmas. Em 1979, a Associação Americana de Psiquiatria finalmente tirou a homossexualidade de sua lista oficial de doenças mentais. Na mesma época, o advento da aids teve um resultado ambíguo para os homossexuais. Embora tenha ressuscitado o preconceito, já que a doença foi associada aos gays a princípio, também fez com que muitos deles viessem à tona, sem medo de mostrar a cara, para reivindicar seus direitos. Durante os anos 80 e 90, a maioria dos países desenvolvidos descriminalizou a homossexualidade e proibiu a discriminação contra gays e lésbicas. Em 2004, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos invalidou todas as leis estaduais que ainda proibiam a sodomia.
“Em toda a história e em todo o mundo a homossexualidade tem sido um componente da vida humana”, escreveu William Naphy, diretor do colégio de Teologia, História e Filosofia da Universidade de Aberdeen, Reino Unido, em Born to Be Gay – História da Homossexualidade. “Nesse sentido, não pode ser considerada antinatural ou anormal. Não há dúvida de que a homossexualidade é e sempre foi menos comum do que a heterossexualidade. No entanto, a homossexualidade é claramente uma característica muito real da espécie humana.” Para muitos, ainda hoje sair do armário continua sendo uma questão de tempo. As portas, no entanto, vêm sendo abertas desde a Antiguidade.
Resposta:
  •  Homossexualidade é uma orientação sexual. Não uma doença. 
  • Sem dúvida o pecado é um componente da vida humana. 
  • A bíblia condena toda sorte de relação entre pessoas do mesmo sexo

1 Co 6:9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas,
10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.


1- O texto em questão na verdade proíbe QUALQUER pratica sexual entre homens, anal, oral, etc.  pois o termo grego é arsenokoites   arsen= macho, varão /  koite= coito, relação sexual,  OU SEJA, relação sexual entre homens!!!


Outra versão da Sociedade Bíblica do Brasil diz: NTLH
9 ¶ Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais,

10  os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus.

Conclusão: Este texto de 1 Co 6:9-10 proíbe o sexo entre pessoas do mesmo sexo.

domingo, 11 de outubro de 2015

Família conceito, tipos e foco de atenção primária

influencias sobre o indivíduo e a família:
comunidade (bairro, cidade, colegas de trabalho, vizinhos)
Família extensa (tios, primos, avós, bisavós,etc)
Sociedade (cidade, estado, país em que mora e outras culturas [internet] )



Conceito 
 "O termo família, que provém do latim famulus (criado, servidor), aplicava-se originalmente ao conjunto de empregados de um senhor e, mais tarde, passou a ser utilizado para denominar o grupo de pessoas que vivem numa casa, unidas por laços de sangue e submetidas à autoridade de um chefe comum (PRADO, 1986). Por essa razão, a família é representada, tanto popularmente como em dicionários, como grupo de pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. Da mesma forma, pode significar pessoas unidas por laços de parentesco, linhagem, ascendência, estirpe, sangue e por adoção." (A família como foco da Atenção Primária à Saúde, p. 26)
A família pode ser, ainda, compreendida nas perspectivas:
• Biológica: constituindo-se de pai, mãe e filhos.
• Sociológica: uma das instituições sociais, que especificam os papéis sociais e os preceitos para o comportamento dos indivíduos.
• Antropológica: significando um agregado que partilha um universo de símbolos e valores, códigos e normas, relacionados aos processos de socializa- ção do indivíduo.
• Psicológica: considerada uma unidade emocional em que o funcionamento de uma afeta o conjunto da família." (p. 27)

FAMIL- antepositivo, do lat. familìa,ae 'conjunto de criados e escravos que vivem sob o mesmo teto', p.opos. a gens,gentis 'conjunto de pessoas com um mesmo ancestral'; depois 'a casa em sua totalidade, compreendendo o paterfamilìas, sua mulher, os filhos, os escravos e até os animais e as terras', ver gent-; 
para a cognação com famùlus 'criado, servidor; servo, escravo', ver famul-; der. latinos:
  •  familiáris,e 'da casa, da família', familiarìtas,átis 'amizade, laços de amizade',
  •  familiaresco,is,ère 'familiarizar-se, tornar-se familiar', familiòla,ae 'pequena família'; 
  • ocorre em voc. já orign. latinos, como família, familiar e familiaridade (aqueles em curso na língua desde o sXIII, e este, desde o sXVI), já em outros de cunho mais recente (à exceção de familiarizar, que é do sXVI): afamilhado, afamilhar, afamiliado, afamiliar; familial, familião, familiário, familiarização, familiarizado, familiarizador, familiarizável, familiatura, famílio, familismo, familista, familisteriano, familistério, familístico, familória
familia n substantivo feminino 1 grupo de pessoas vivendo sob o mesmo teto (esp. o pai, a mãe e os filhos)2 grupo de pessoas que têm uma ancestralidade comum ou que provêm de um mesmo tronco3 pessoas ligadas entre si pelo casamento e pela filiação ou, excepcionalmente, pela adoção
 lat.
familìa,ae  'domésticos, servidores, escravos, séquito, comitiva, cortejo, casa, família'  (Dicionário Houaiss eletrônico)


Estruturas familiares 

"Verifica-se ampla variação de organização familiar de uma sociedade para outra ou mesmo no interior de uma dada sociedade. Contudo, encontram-se, principalmente, as seguintes organizações:

 • Família nuclear, conjugal ou elementar: pai, mãe e filhos nascidos dessa união; os irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, habitando o mesmo espaço e tendo sua união reconhecida pelos demais membros da comunidade. 
Família composta: compreende o conjunto de cônjuges e de seus filhos na sociedade poligâmica, sob duas modalidades: a poliginia (um homem com mais de uma esposa) ou a poliandria (uma mulher com vários maridos). 
Família extensa: rede familiar ligando consanguíneos, aliados e descendentes, ao longo de pelo menos três gerações, correspondendo, em geral, a uma unidade doméstica (propriedade da terra e das habitações). [tios, primos, avós, bisavós,etc]

Pode-se afirmar que o modelo de família mais conhecido e reconhecido socialmente seja o denominado de “nuclear”, hoje adquirindo também as denominações de “natal-conjugal”, “simples”, “imediata”, “primária” ou “normal”. A família como foco da Atenção Primária à Saúde, p. 28)


Modelo Dominante de Família
"O modelo de família nuclear pode ser verificado em quase todas as formas de organização social, como  forma dominante ou como unidade complementar às famílias extensas ou compostas. Entretanto, os padrões ocidentais de organização familiar tendem a representar a família nuclear como o “tipo ideal”, em virtude da influência dos valores judaico-cristãos, da monogamia, do costume ou prática social no qual não é permitido ao indivíduo (homem ou mulher) ter mais de um cônjuge. A família nuclear é tida como a forma legítima, mesmo que os casos de unidades familiares poligâmicas (consideradas desvios, formas estranhas ou imorais) floresçam em seu meio.
Apesar de todas as definições científicas dos modelos de família existentes, o que não se pode esquecer é que a família não é um mero fenômeno de origem natural, como as correntes científicas evolucionistas ou biologicistas possam vir a interpretá-la. A família é, acima de tudo, uma instituição social e, assim sendo, é historicamente produzida, variando de acordo com o tempo e o espaço. As diversas configurações estão em conformidade com as condições materiais e socioculturais de sua época. " (Idem p. 29)


Funções da Família
A família, como instituição social, varia em composição e comportamento, segundo determinantes sociais, econômicos, políticos, religiosos ou ideológicos. Modifica-se, ainda, em função da localização territorial do grupo social em que se insere e da época histórica considerada (ANDRADE et al., 2001). Mesmo diante dessa diversidade de aspectos, Prado (1986) identifica, na atualidade, como funções da família: 
Sexual: atendimento das necessidades sexuais tornadas lícitas a partir da institucionalização de uma união ou casamento, que visa a estabelecer um pai legal para os filhos. • Reprodutiva: perpetuação da família e da sociedade a partir da descendência.  • Econômica: garantia do sustento e proteção da prole, estabelecendo a participação dos pais e a divisão e organização do trabalho entre os mesmos. Socializadora/educativa: transmissão de um conjunto de hábitos, costumes e valores e o cuidado com as crianças, reconhecidos universalmente como de extrema importância e de responsabilidade da família. 
Família com célula Mater
"só se pode afirmar que a família é a “célula” da sociedade e a “base de tudo” se for levado em consideração que ela o é na medida em que é constituída por pessoas valorizadas como indivíduos em condições específicas (homem, mulher, criança, idoso, etc.), e não somente como membros de um grupo. Nesse sentido, os direitos que regem as relações familiares passam, portanto, a ser cada vez mais individualizados  (Idem,p. 34)
"Sendo assim, como centro de referência das principais relações sociais, a família, em seu conjunto, era portadora de direitos e deveres, e não os indivíduos, os quais só tinham direitos e proteção como membros de uma família. A família, portanto, era a principal mediadora das relações entre indivíduo e sociedade. (Idem, p. 32)
 Se antes a lei e o próprio Estado atuavam no sentido de reforçar e proteger a família pelo reforço ou manutenção do poder do ‘pai de família’, agora a proteção da família se dá através da promulgação de legislações específicas para cada membro considerado importante (Idem p. 33)


Família Saudável
 "Segundo Hemfelt, Minirth e Méier (1989), uma família saudável ou funcional tem como características:
Pais equilibrados e sãos. Se algum problema mental ocorreu, eles souberam lidar de forma adequada.
Pais sem compulsões: álcool, drogas, trabalho, compras, alimentação, etc. 36
Pais maduros, autossuficientes.
Pais com autoimagem positiva e confortável.
Pais que sabem lidar com a espiritualidade.
Pais que se dedicam a ter um casamento feliz.
Outras características são decorrentes ou podem se somar às anteriores: coesão, comunicação funcional, afeto, regras flexíveis e limites e fronteiras claras. (Idem p. 35-36)


Estágios do ciclo de vida familiar (são 7 estágios) PARA VER 5 - 7 VER LINK NO FIM DO ARTIGO

Estágio 1: Jovens adultos solteiros saindo de casa 

"As tarefas deste estágio são: 
1. Formação de uma identidade separada dos pais, diferenciando-se emocionalmente dos mesmos, sem romper as relações. 
2. Escolha de uma carreira. 
3. Estabelecimento de relações íntimas com parceiros e amigos. 
4. Avanço em direção à independência financeira.  

As dificuldades nesse estágio podem ocorrer quando o jovem e/ou os pais têm dificuldade para terminar a relação de dependência e o jovem não consegue avançar na conquista de sua independência emocional e financeira ou mesmo no estabelecimento de parcerias amorosas ou de amizade. 

Estágio 2: A união no casamento - a nova família 

"As tarefas deste estágio são: 
1. Estabelecimento de relacionamento amoroso íntimo com parceiro(a). O ser humano pode estabelecer vários tipos de parcerias: com um parceiro ou com vários, ao mesmo tempo ou não, de forma duradoura ou ocasional. Na cultura ocidental, o padrão ainda é ficar com um parceiro, de forma duradoura, embora o duradouro tenha no horizonte a possibilidade do divórcio. 

2. Convivência com sua família extensa e com a do parceiro, como um novo casal ou família. Pode-se constatar nesse estágio dificuldade de os jovens estabelecerem e manterem parcerias adequadas. Alguns fatores podem ser:
 • Pela necessidade de se manterem adaptados aos pais, não conseguem se adaptar a seus pares.
• Para afastar-se do confronto com os pais, casam-se precocemente para sair de casa, sem conhecer bem o parceiro.
• Pela facilidade do divórcio, o jovem pode ser levado a pensar o casamento como um teste e não se empenhar o suficiente em sua continuidade.
• Pela não realização do ritual do casamento, em qualquer forma de ritual, a aceitação e o reconhecimento do casal pela família pode ser dificultada.
• Por muita ajuda dos pais ao casal, especialmente financeira, pode-se caracterizar uma barganha implícita ou explícita sobre o direito dos pais de interferirem na vida do casal.
• Por se sentirem muito livres ou muito presos ao casamento ou união estável, os jovens podem não se adaptar à nova situação.
• Por evitar confrontos nas divergências, o novo casal, a longo prazo, poderá tender a “explodir” em brigas, ressentimento contínuo e separação.
• Por falta de constantes recontratos, a nova união poderá ter dificuldades em se manter.

Estágio 3: A família com crianças pequenas


"As tarefas deste estágio são:
1. Garantia de espaço para o nascimento da criança, isto é, os pais devem ter disponibilidade emocional e física. 

Uma criança não deve nascer para substituir alguém ou apenas realizar “capricho” ou necessidade. Além disto, devem ter tempo e disposição para se dedicarem à criança, sem delegar esse cuidado
a outros, por todo o tempo.

2. Acolhimento, cuidado e educação da criança.
3. Aproximação da família extensa, com o nascimento da criança. O nascimento de um filho é geralmente visto como fonte apenas de alegria e satisfação. 
Uma criança pode fortalecer ou enfraquecer os vínculos do casal. Com o nascimento de um filho, a atenção do casal é redistribuída com a criança. 
Mais frequentemente, o pai pode se ressentir da falta de atenção que a mulher lhe dá ou não compreende o cansaço dela nos cuidados com a criança. 
  • O casal  pode se sentir privado da liberdade que tinha antes, como também atribuir todos os problemas atuais, e até mesmo anteriores, ao nascimento da criança. 
  • A mulher pode se sentir afastada do mundo adulto, ao passar todo ou grande parte do seu dia com a criança e, então, invejar as atividades do marido. 
  • O nascimento de uma criança estabelece novos papéis na família, como o de avós, tios, primos, entre outros. 
  • A ajuda da família extensa nos cuidados da criança é geralmente bem-vinda, desde que não interfira no modo como os pais decidiram educá-la. 
  • O arranjo de quem cuidará da criança deve ser feito, principalmente nesses tempos em que a mulher está cada vez mais integrada ao mercado de trabalho. Cuidados adequados devem ser providenciados. 
  • Atenção especial para quando filhos mais velhos são cuidadores dos mais novos, pois podem assumir papéis muito exigentes para a sua idade e criar rivalidade fraterna ao desrespeitar a hierarquia familiar. 
  • As práticas educativas que serão utilizadas devem ser definidas pelo casal, que pode concordar ou discordar. Tais práticas são cruciais para o desenvolvimento da criança e do futuro adulto em que ela vai se transformar. Os pais podem utilizar mais de um estilo de parentagem, mas geralmente eles adotam um com mais frequência. A prática educativa com autoridade ou democrática tem sido indicada como a mais adequada. 
  • Quando entra para a escola o filho expõe a família, externamente. Habilidades e problemas serão identificados e a família pode ser chamada para avaliar a origem de problemas e para possíveis encaminhamentos "


Estágio 4: As famílias com filhos adolescentes 
"As tarefas deste estágio são: 
1. Adaptação às mudanças nas características físicas e sexuais.

 2. Formação de identidade do adolescente. 

3. Autonomia e independência do adolescente. 

4. Escolha vocacional. 

De acordo com o Ministério da Saúde o início da adolescência ocorre aos 10 anos de idade e o seu final aos 19 anos. 
Mudanças físicas:
  • O esqueleto cresce mais depressa que a musculatura, os membros superiores e inferiores podem ficar desproporcionais ao resto do corpo nessa fase; mãos e pés grandes, gerando aspecto desajeitado e desengonçado. As pessoas, muitas vezes, se esquecem de que também foram ou serão adolescentes e o criticam por sua aparência. O aspecto físico do adolescente pode ser fonte de sentimentos de inferioridade e inadequação, apresentando-se irritado e mal-humorado. 
  • Somam-se às mudanças físicas o aparecimento dos caracteres sexuais secundários e o amadurecimento dos órgãos genitais. Nos meninos, as principais mudanças são o aparecimento ou aumento de pelos, mudança da voz, aumento do órgão genital e da massa muscular, assim como a ocorrência da primeira ejaculação. Nas meninas, há o arredondamento das formas, aumento das mamas, bem como o aparecimento e/ou aumento dos pelos e a ocorrência da menarca (primeira menstruação). 
  • A preparação adequada da menina para a ocorrência da menarca, assim como a percepção positiva da mãe de sua própria menstruação e feminilidade tendem a levar à boa aceitação dos ciclos menstruais e da própria feminilidade da filha
  • O crescimento físico e amadurecimento psicológico não ocorrem necessariamente ao mesmo tempo, sendo as meninas geralmente mais precoces que os meninos. O atraso ou precocidade do desenvolvimento físico podem afetar o bem-estar emocional. 
  • A aparência física pode levar os adolescentes à realização de dietas ou de exercícios exagerados para sua correção, ao retraimento social e/ou à dedicação aos estudos. 
  • O interesse pela sexualidade é crescente em ambos os sexos nessa fase. Hoje, a atividade sexual do adolescente é cada vez maior e mais precoce.
  •  Por um lado, é a fase de grandes modificações hormonais. Por outro, o senso de responsabilidade está se desenvolvendo. 
  • A responsabilização do adolescente está relacionada à prática educativa dos pais ou, ainda, à história transgeracional da família.
  •  Outra tarefa dessa fase é a formação de identidade do adolescente. Os pais são as primeiras referências de identificação. Nessa fase, outros adultos e jovens são também modelos de identificação. Isto pode deixar os pais ressentidos e resistentes a compreender a necessidade do adolescente de formar sua própria identidade. 
  • Ao longo do desenvolvimento, o indivíduo vai se tornando cada vez mais independente, o que os pais devem permitir. A “grande sacada” dos pais, nessa fase, é identificar as situações em que o adolescente precisa de apoio e ajuda daquelas que ele necessita ou já é capaz de ser independente. Em geral, o próprio filho dá a dica. Ao mesmo tempo, a autonomia dos filhos libera os pais, especialmente a mãe, para que tenha mais tempo livre para si, para o seu trabalho e para suas relações. 
  • Nessa fase, normalmente, a vida profissional dos pais deve estar atingindo o seu ponto mais alto. Caso isto não aconteça, pode haver frustração com sua profissão e/ou diminuição do status com o cônjuge ou companheiro. Com o sucesso profissional, o cônjuge pode ser valorizado e atraente para o outro. 
  • Em relação à mulher que fica no lar e com suas tarefas domésticas, à medida que os filhos precisam menos dela, pode ter seu status diminuído e sentir sua autoestima diminuída. Nesse momento, os padrões de solução adequados a etapas anteriores do ciclo de vida da família podem não estar funcionando mais e uma crise pode surgir, com acréscimo de problemas como alcoolismo e violência. A necessidade do casal de interromper o relacionamento pode ocorrer. 
  • A escolha vocacional é outra tarefa que normalmente se concretiza ao final da adolescência. Está intimamente ligada à formação da identidade e à aquisição de autonomia e independência. O indivíduo que já internalizou o que quer, o que gosta, o que tem afinidade e tem liberdade para expressar e viver essas preferências terá mais facilidade de escolher a carreira e a vida social e familiar que parece satisfazer à sua personalidade. A vocação tem sido entendida, especialmente pelos pais, somente pelo aspecto profissional. A vocação se refere a um estilo de vida pessoal, familiar e social que o indivíduo pretende ter. Esse foco restrito tem consequências no desempenho adulto"

Rede Social da Família
 "Uma família que tem poucas conexões com a comunidade e entre seus membros necessita de mais investimentos da equipe de Saúde da Família, para melhorar seu bem-estar. (Idem p.66)

Relação de Poder Na Família
"Controle: mostra como é exercido o poder na família. Ele pode ser: dominante um exerce o poder sobre toda a família; reativo − ocorre reação contrária a alguém que deseja exercer o papel de dominância; colaborativo − compartilhamento de poder entre os membros da família. (idem p. 68-69)
os pais devem ser a autoridade e não autoritários, agindo com adequação, preferencialmente com educação democrática, (Idem p. 78)
Alguns dos motivos que levam as pessoas a experimentar ou utilizar as substâncias ilícitas são: 
• Curiosidade. 
• Influência de amigos. 
• Necessidade de adesão a um grupo. 
• Busca de sensação nova, prazer. 
• Vencer suas limitações.
 • Alívio de conflitos internos.
 • Problemas sociais, profissionais, de saúde.
 • Relacionamento familiar conflituoso e vínculos frágeis. 
• Solidão, ociosidade. 
• Falta de informação. 
• Influência da mídia. 
• Falta de religião. 
• Depressão. 
• Eventos de vida estressantes. 
• Perdas.
 • Rompimento familiar. 
• Pais dependentes químicos.
Embora a influência dos amigos possa ser uma das razões para a pessoa iniciar ou se manter em uso de drogas, é frequente o primeiro contato com as drogas acontecer em casa, principalmente o cigarro, o álcool ou mesmo os remédios. 

É muito frequente um dependente químico ter um dos pais também dependente

Na dinâmica familiar da dependência de álcool e outras drogas, o uso da substância é uma forma de o indivíduo buscar sua independência, distanciando-se de alguma disfunção que está ocorrendo naquele contexto. Mas, como o próprio nome denuncia, o indivíduo fica mais dependente da família, pois ele adquire um problema, sintoma. Esse sintoma denuncia que alguma coisa não vai bem com o sistema familiar e com o indivíduo, necessitando de ajuda. É preciso ver em que etapa do ciclo de vida essa família está e que dificuldades ela está enfrentando para realizar suas tarefas. (Idem p.83)



Fonte e texto na Íntegra  https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2726.pdf

A família como foco da atenção primária à saúde / Cibele Alves Chapadeiro, Helga Yuri Silva Okano Andrade e Maria Rizoneide Negreiros de Araújo. -- Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2011. 100p. : il., 22x27cm.
 Público a que se destina: Profissionais da saúde ligados à estratégia de Saúde da Família.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Projeto blue beam da "NASA" desmascarado


Jornada nas Estrelas, BASE  do Porjeto Blue Beam
Video que divulga a teoria


O livro de Joel Engel Gene Roddenberry, Star Trek,  lançado em 1994, pouco antes da palestra de Monast sobre o Projeto Blue Beam

Em maio de 1975, Gene Roddenberry aceitou uma oferta da Paramount para desenvolver Star Trek em um filme,

  • todas as principais reivindicações feitas por Monast a respeito de "Projeto Blue Beam" têm antecedentes diretos e bem documentados em Star Trek, que remonta a 1976.
  • Grande parte das informações abortadas sobre o  roteiro do filme Satar Trek  foi lançado em vários livros diferentes em 1994- o mesmo ano em que o "Projeto Blue Beam" foi supostamente publicado.



Supostos passos do projeto Blue Beam:

1- uma série de terremotos criados artificialmente em "determinados locais precisos sobre o planeta", que irão descobrir evidências arqueológicas que "serão usadas para desacreditar todas as doutrinas religiosas fundamentais."

2- vamos ser submetido a "um show de imagens gigantesco." Isso envolverá "hologramas ópticos tridimensionais e sons, projeção a laser de múltiplas imagens holográficas para diferentes partes do mundo, cada um recebendo uma imagem diferente de acordo com a predominante fé religiosa nacional regional. A voz deste novo 'deus' estará falando em todas as línguas . "Estes eventos encenados irá mostrar o" novo Cristo "ou Messias, e será uma falsa Segunda Vinda. O Senhor Maitreya.

3-erá uma mensagem "telepática eletrônica de duas vias. "Isso envolve" telepática e aumentada por via electrónica comunicação de duas vias onde ELF, VLF e ondas LF vao chegar a cada pessoa de dentro de sua própria mente. "Estas mensagens serão falsas comunicações da parte de Deus."

4- De acordo com Monast, seria" a manifestação sobrenatural universal com meios electrónicos. "Ele disse que levaria em três "orientações". específicas Alguém poderia simular uma invasão alienígena, o que, em seguida, provocar nações com armas nucleares para atacar.


Observe os paralelos entre Star Trek e projeto Blue beam

Terremotos 

Star Trek: "Na verdade, ele  logo aprendeu com Jared que uma multidão está segurando o resto da equipe de ciência refém, alegando profecias tornaram-se realidade: um abalo das cidades causadas por terremotos menores, e muitas visões dela ter sido visto."

Uso de hologramas e computador

Monast 1994 "Os computadores vão coordenar os satélites e softwares já existentes serão executados  shows no céu . Imagens holográficas são baseadas em sinais quase idênticos se combinam para produzir uma imagem ou holograma com perspectiva profunda, que é igualmente aplicável a ondas acústicas ELF, VLF e LF e fenômenos ópticos . Especificamente, o show será composto de várias imagens holográficas para diferentes partes do mundo, cada um recebendo uma imagem diferente de acordo com a religião específica nacional, regional. Nem uma única área serão excluída. Com animação por computador e sons que parece emanar da profundezas do espaço, seguidores fervorosos atônitos dos vários credos vão testemunhar o retorno de seu próprio messias na realidade realista convincente. "

Star Trek: "Durante seu depoimento, Ardra argumenta seu caso, demonstrando seus vários "poderes". Isto dá Geordi La Forge a localização da fonte de alimentação:. Uma nave em órbita acima do pólo magnético ocidental (escondido de sensores) La Forge informa Picard durante um recesso que ele identificou o navio. Até o momento o recesso termina e Picard mais perguntas Jared, o navio de Ardra está em seu controle ... e ele consegue usar os poderes de sua nave para realizar todos os seus truques.Usando os dados do computador de sua nave, ele explica que ela é uma sectorial artista do engano, que estava prestes a ganhar o maior prêmio de sua carreira. Ele explica que seus "poderes" não eram nada mais do que uma combinação de projeção campo de força, holografia, e os efeitos do transportador, todos controlados por implantes que permitem seus olhos para controlar as ilusões.

Star Trek: "O objeto acaba por ser mais do que apenas um ... - é uma forma computador tão avançado que ele próprio é uma entidade viva. No entanto, descobrimos que esse Deus que eles adoravam é realmente o Enganador,os restos programado por computador de uma raça que foram "expulsos" de sua dimensão e em um presente. ( The Making of Star Trek-The Motion Picture, por Susan Sackett e Gene Roddenberry, Pocket / Wallaby de 1980)



Star Trek:" Em algum lugar lá fora ", [Gene] começa, arregalando os olhos enquanto ele continua," há essa enorme ... entidade, esta força de vida abstrata, desconhecido que parece de natureza mecânica, embora na verdade, possui sua própria consciência altamente avançada. É uma força de milhares de vezes maior do que qualquer civilização intergaláctica já testemunhou. Ele podia ser Deus, poderia ser Satanás, e ele está indo em direção a terra. Ele exige adoração e culto,.. "Star Trek filme Memórias de William Shatner com Chris Kreski, HarperCollins, 1994 (nota data de publicação)

Intervenção de alienígenas

Star Trek: A USS Enterprise-D responde a um sinal de socorro de uma estação científica em Ventax II, onde o planeta está um caos sobre o retorno de um ser que se diz que a cultura do "diabo".(Episódio Next Generation , "Devil's Due,"sinopse)

Monast O segundo é fazer com que os cristãos acreditam que o arrebatamento vai ocorrer com a suposta intervenção divina de um estrangeiro (fora do mundo) a civilização vem para resgatar os terráqueos de um selvagem e impiedoso demônio. Seu objetivo será o de eliminar toda a oposição significativa para a implementação da Nova Ordem Mundial em um grave acidente vascular cerebral, na verdade, poucas horas depois do início do céu show


Uso de Profecias do passado
Monast: O Projeto Blue Beam vai fingir ser o cumprimento universal das profecias do passado, como um evento importante como a que ocorreu há 2.000 anos. Em princípio, ele vai fazer uso dos céus como uma tela de cinema (na camada de sódio a cerca de 60 milhas) como projeto de laser de geração de imagens simultâneas de satélites espaciais i aos quatro cantos do planeta em todas as línguas e dialetos de acordo com o região. Ele lida com o aspecto religioso da nova ordem mundial e é o engano e sedução em uma escala maciça.

Satr Trek: Em "Devil's Due," , Ardra usa a mesma tecnologia - hologramas (incluindo fazer "uso dos céus" para ocultar a Empresa em órbita), projeções e terremotos artificiais, etc, para convencer os Ventaxians que ela tem vindo a cumprir as suas profecias. 

"De acordo com a lenda, Ardra fez um acordo com os Ventaxians 1.000 anos antes: um milênio de paz e tranquilidade, o fim da guerra, da pobreza e da fome que na época atormentado Ventax II; em troca ela iria reivindicar o planeta e escravizar seus habitantes cima de seu retorno. 

"Quando Picard irradia para baixo para o planeta para tentar estabilizar a situação, Ardra si mesma aparece diante dele. Ela afirma ser uma manifestação do mal em todas as culturas, mostrando grande poder com habilidades "sobrenaturais", como o que mostra sua forma diabólica fora na forma de Fek'lhr.


http://secretsun.blogspot.com.br/2010/11/project-blue-beam-exposed.html

Parem de acreditar em mitos da internet! 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Terra rara- estamos sós no Universo!




 Nesse espaço inimaginavelmente vasto, a Terra e tudo que existe nela não passam de menos que um grão de areia. Com efeito, há mais estrelas no Universo que grãos de areia em todas as praias do nosso planeta. E, no entanto, ainda que não passe de um farelinho em meio à vastidão do Universo, nosso mundo tem uma peculiaridade que faz dele um lugar especial. Trata-se de um mundo com vida. Até o momento, o único que conhecemos que reconhecidamente serviu de palco para esse fenômeno incrível.   Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF, p. 6-7
Água em Marte

A descoberta da água em marte, no ano de 2015 gerou alarde entre os que acreditam em vida extra-terrrena. Mas este é penas um dos muitos requisitos para a existência da vida.

Adaptação da reportagem da Revista Superinteressante de Abril de 2000.

Zonas mortas no Cosmo?

Veja os argumentos de Peter Ward e Donald Brownlee contra a existência de seres complexos em outros mundos e confira as ponderações a favor de outros especialistas. E meus comentários em vermelho

Galáxias estéreis

Ward e Brownlee sustentam que apenas as galáxias espirais (1) , parecidas com a Via Láctea, poderiam ter planetas com condições de abrigar seres complexos, pois têm elementos vitais como oxigênio, ferro ou carbono. Esses não existem em galáxias elípticas (2). Já as galáxias anãs (3) e as que estão em colisão (4) são violentas demais. Sobram as espirais, cerca de 20% do total.

Limite estreito
Dentro das galáxias espirais, dizem Ward e Brownlee, só uma faixa relativamente estreita de astros (5) teria condições semelhantes às que o Sol oferece ao desenvolvimento de criaturas complexas. No centro da galáxia (6) há tantas estrelas que sua luz torraria os possíveis ETs. Na borda (7) , a pobreza de elementos químicos dificultaria a evolução.

Bastam 5% dos astros
Mas o planetologista James Kasting diz que diversos tipos de astros, não só os semelhantes ao Sol, poderiam sustentar uma zoologia complexa. Além disso, a quantidade de estrelas como o Sol não é pequena, pois ela pode superar a marca dos 20 bilhões, segundo as estimativas aceitas.

Estrelas de sobra
Muitos especialistas alegam que o número de galáxias é imenso – em torno de 100 bilhões, segundo as estimativas. Assim, mesmo se apenas um quinto delas – 20 bilhões – tiver condições propícias deve haver uma grande quantidade de planetas habitados por aí.
Resposta:
É muito claro que é necessário Ozônio para que as radiações ultravioletas não venham destruir os seres vivos! Logo para se ter vida é preciso uma camada de ozônio.

Ajuda extra
Não basta só uma estrela ser adequada, afirmam Ward e Brownlee. A Terra é protegida pelo planeta Júpiter (8) : por ter uma massa elevada, ele atrai cometas e asteróides que poderiam cair aqui e extinguir as espécies. A Lua (9) , ao girar em torno Terra, lhe dá estabilidade. Assim, nosso planeta não balança instavelmente, o que abalaria toda a sua biologia.

Biologia resistente
Não está claro se a Biologia precisa mesmo de proteção especial para se desenvolver. De fato, a Terra já foi bombardeada em diversas ocasiões, ao longo de sua história. A despeito de diversos episódios de extinção em massa, a evolução não deixou de avançar em sua superfície.
1-o argumento acima esquece que se a Terra não tivesse a proteção de Júpiter ela seria bombardeada numa frequência e intensidade muito maior


Subsolo privilegiado
O interior do nosso planeta, por ser quente, move os continentes, gerando vulcões (1) e terremotos. Esse processo recicla, na medida certa, elementos químicos essenciais à irrupção biológica. Dificilmente haverá condições geológicas semelhantes em outros mundos.

Calor interno
Geologia ativa não é, necessariamente, prerrogativa terrestre. A Astronomia mostra que só corpos celestes pequenos como as luas perdem a energia produzida durante sua formação e carecem de substâncias radioativas para gerar calor interno. No Sistema Solar, além da Terra, Vênus e Marte também tiveram movimentos geológicos no passado. 
1-Ninguém disse que isso é prerrogativa terrestre.
2- As erupções vulcânicas liberam vapor d'água, essencial para existência da vida.
3- Não é qualquer planeta que tem água, aliás poucos.
http://super.abril.com.br/tecnologia/inteligencia-solitaria


Leia mais esta: Terra rara São Paulo, domingo, 12 de julho de 2009          


Mesmo a emergência de vida unicelular é um mistério completo



No ano 2000, dois cientistas americanos publicaram um livro de extrema coragem intelectual: "Rare Earth -Why Complex Life Is Uncommon in the Universe" (Terra Rara -Por que a Vida Complexa é Rara no Universo).
Nele, Peter Ward e Donald Brownlee argumentaram que, contrariamente às expectativas de muitos, a Terra é um planeta raro, e a vida, especialmente a vida complexa, mais rara ainda. Seu argumento é baseado na profunda relação entre a evolução da vida e o ambiente terrestre.

Claro, suspeitava-se há muito que a vida depende de uma série de circunstâncias climáticas e geológicas. Mas nos últimos 20 anos, descobertas em várias áreas, da geofísica à astronomia, demonstraram que essa relação é crucial.

Os avanços vão em duas direções. Por um lado, a descoberta de seres "extremófilos", bactérias capazes de sobreviver em ambientes tradicionalmente considerados extremamente hostis à vida, como o frio e o calor extremos, ausência de luz e oxigênio, ou ainda altíssimos níveis de radioatividade, mostram que a vida é extremamente maleável, ao menos no nível dos seres unicelulares. Com isso, ganhou força o argumento de que se procurarmos nos ambientes exóticos do nosso sistema solar, nas planícies áridas e expostas à radiação de Marte, no subsolo marciano, ou nos oceanos sob a superfície gelada de Europa, talvez possamos encontrar algo digno de ser chamado de vida. Dado que as leis da física funcionam pelo Universo afora, e que as estrelas forjam os mesmos elementos químicos pela vastidão do espaço, ao menos os ingredientes básicos da vida devem existir com certa facilidade.  O consenso é que se acharmos planetas parecidos com a Terra, com água líquida e uma boa concentração de elementos químicos, alguma forma de vida alienígena será encontrada. 

Ward e Brownlee não questionam isso. Por outro lado, o que vemos é que a vida na Terra passou por vários estágios de complexidade cada vez maior. Cada um desses "pulos" necessita de condições muito difíceis de serem reproduzidas com frequência.

Mesmo a emergência de vida unicelular é ainda um mistério completo. Não sabemos como moléculas se organizaram para criar uma entidade viva. Mas digamos que esse processo seja relativamente fácil de ser atingido; afinal, o que vemos aqui na Terra é que os bombardeios cósmicos mais intensos cessaram há 3,9 bilhões de anos e os primeiros sinais de vida datam de 3,5 bilhões de anos, ou até 3,8 bilhões de anos.

Bem rápido. O próximo passo, a formação das primeiras células procariotas, envolve também etapas desconhecidas. Esses seres reinaram sobre a Terra por quase 2 bilhões de anos, quando os seres eucariotos, ainda unicelulares, começaram a surgir. Esses dois tipos de criatura contribuíram para mudar o planeta. Por meio de uma fotossíntese simplificada, geraram o oxigênio que tornou possível o próximo passo, a formação de seres multicelulares.

Entra a Terra. Sem gás carbônico na atmosfera, não seria possível regular a temperatura de modo a manter a água líquida por bilhões de anos.

Sem a Lua, o ângulo de rotação da Terra em torno de si mesma variaria continuamente e as estações do ano não existiriam.

Sem um campo magnético, seres vivos sofreriam doses letais de radiação do espaço. A lista é longa, e a probabilidade de encontrarmos planetas como a Terra é muito pequena. Se Ward e Brownlee estiverem certos, a vida complexa é uma raridade. A vida inteligente, mais ainda. Seria uma volta ao antropocentrismo da Antiguidade, mas com uma diferença fundamental. Agora sabemos por que somos importantes.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1207200902.htm#_=_

Para ver os problemas com cada passo na Evolução da vida click http://fatosdoevolucionismo.blogspot.com.br/2014/01/os-fatos-sobre-origem-da-vida.html




Não existe vida simples


"Note que eu não usei o termo “simples” para esse tipo de vida, pois não hánada de “simples” na vida, seja ela qual for. O que nos trás de volta à pergunta: o que é vida?  Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF, p. 6-7

 Incrível porque as reações químicas envolvidas no metabolismo dos organismos vivos – as complexas trocas e permutações de moléculas que estão acontecendo exatamente neste momento em todas as células do seu corpo, inclusive nos neurônios do seu cérebro que de algum modo estão transformando a informação visual presente nas páginas deste livro numa mensagem inteligível para você – são muito mais intrincadas do que tudo mais que já vimos por aí.
Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 10

...as reações moleculares envolvidas no metabolismo dos organismos vivos. É um nível de complexidade tão alto que, até hoje, não sabemos como ele apareceu pela primeira vez.
Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,10-11

As mesmas leis operam em todos lugares do cosmos
  as mesmas leis da física regem fenômenos em toda parte e que a química básica que permeia o Sol e sua família de planetas, incluindo aí o nosso, não é diferente da que encontramos em outras partes do Cosmo.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 12


A vida na terra é base, parâmetro, para supostas outras vidas
 para entendermos se a vida pode se originar em outro planeta, temos que estudar amplamente o caso terrestre, considerando o meio astronômico, a geologia do planeta, os eventos atmosféricos e as reações químicas que poderiam ocorrer. Da mesma forma, para sabermos o que procurar em outro planeta, tomamos como base a vida como a conhecemos na Terra e tentamos extrapolar nosso conhecimento biológico para as condições ambientais extraterrestres.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 30


A origem da vida ainda é um enigma para a ciência
Química prebiótica e origem da vida Após a formação dos elementos químicos e de algumas moléculas no meio interestelar, o passo seguinte foi a formação das moléculas-base para a vida: as proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos entre outros. Entretanto, esse processo de formação de moléculas complexas, com funções biológicas como armazenamento de informação química e de energia, estrutura etc., não está completamente compreendido. E como essas moléculas se organizaram em sistemas químicos autossuficientes, capazes de se multiplicarem e evoluírem (o que já podemos chamar de vida, segundo algumas definições), é um dos temas mais desafiadores na pesquisa sobre a origem da vida. Acredita-se que minerais presentes na superfície da Terra catalisaram essas reações e que existem diversos ambientes no planeta onde a vida poderia ter surgido. Certamente esse processo teve diversas etapas que ainda não foram bem elucidadas pela ciência. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF, p.33




HABITABILIDADE




1- UM SOL DE LONGA VIDA

Entre as propriedades mais essenciais está uma estrela de longa vida, como o Sol, capaz de proporcionar energia luminosa de modo estável durante vários bilhões de anos... Esse longo tempo é necessário em função do que aprendemos com o exemplo da Terra: a evolução da vida em nosso planeta exigiu uma longa trajetória desde os mais simples micro-organismos até o surgimento de vida complexa, ou pelo menos de seu aparecimento no registro fóssil, e por fim de inteligência. Parece razoável supor que tal evolução exigirá também em outros planetas um tempo bastante longo, de pelo menos alguns bilhões de anos. P.76-77




2- PLANETA ROCHOSO
existência de um planeta dito “rochoso”, tal como a Terra, que seja capaz de manter água líquida na superfície durante os bilhões de anos supostamente necessários para a evolução de vida multicelular. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 77

Se crescem muito rapidamente, podem tornar-se tão massivos que são capazes de aglutinar o material mais leve, principalmente o gás hidrogênio, e nesse caso incham de modo galopante e se transformam em gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno. Caso não consigam acumular muito gás, tornam-se gigantes de gelo como Urano e Netuno; se nunca atingirem o tamanho necessário para acumular gás, serão planetas rochosos como Terra, Vênus e Marte. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 78



3- PLANETA QUE TEM ÁGUA NA FORMA LIQUIDA

 A importância da água líquida é tão grande que ela governa nossa definição de habitabilidade planetária. Definimos como a zona habitável de um sistema planetário aquela região ao redor de uma estrela em que sua energia luminosa permite temperaturas suficientes para que a água se mantenha no estado líquido, ou seja, entre 0 e 100 °C, para condições normais de pressão. p. 80
 O funcionamento da vida é governado por reações químicas moleculares complexas, autoestruturadas e auto-organizadas. Essas reações não podem ocorrer em um meio sólido: não haveria contato entre as moléculas, impedindo o metabolismo. Em um meio gasoso, esses processos também seriam impossíveis: a velocidade das reações seria excessiva e incontrolável, impedindo a auto- -organização. Um meio líquido permite, ao mesmo tempo, a troca molecular eficiente e sua organização p. 87


4- O EFEITO ESTUFA
, a luminosidade de uma estrela e sua distância de um planeta não são os únicos fatores que influenciam sua habitabilidade. A temperatura na superfície de um planeta, que determina a possibilidade da existência de água líquida, depende, obviamente, da energia recebida da estrela, mas também de uma propriedade fundamental de sua atmosfera, que é a capacidade de receber a energia luminosa estelar, transformá-la em calor e reter esse calor na superfície. Essa capacidade recebe o nome de efeito estufa, e ele está em total evidência na mídia e nos assuntos atuais da humanidade... Sem sua presença, a Terra não teria a mesma capacidade de manter água líquida em sua superfície e seria habitável por muito menos tempo – ou mesmo seria hoje um planeta inabitável, sem água líquida e sem vida.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 80


5- COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
A atuação do efeito estufa, assim chamado porque é capaz de acumular energia luminosa sob a forma de calor e aumentar a temperatura da superfície planetária (um processo idêntico ao que permite o crescimento de plantas tropicais em estufas com paredes de vidro em países frios), depende de diversos fatores. Todos estão ligados às propriedades planetárias, e a principal delas é a composição da atmosfera. Diversas moléculas que compõem a atmosfera dos planetas do Sistema Solar possuem a propriedade de deixar passar livremente a radiação luminosa, mas impedir a saída da radiação infravermelha, ou radiação do calor. Os principais gases que contribuem para o efeito estufa são o dióxido de carbono (ou gás carbônico), o vapor de água e o metano. Molécula por molécula, o metano é o mais eficiente dos três, mas possui concentração na atmosfera extremamente baixa, por ser facilmente destruído pelo oxigênio. Depois vem o dióxido de carbono, que tem concentração baixa e pouco variável. Por último, temos o vapor d’água, que dá conta da maior parte do efeito estufa, mas cuja concentração é altamente variável na atmosfera (Figura 4.3). Essa é ). Essa é a razão pela qual a Terra possui um ciclo hidrológico, com incessante evaporação da água dos lagos, rios e oceanos e sua posterior condensação e precipitação, além do acúmulo de água congelada em regiões frias. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 81-82

6-  PLANETA COM CAMPO MAGNÉTICO EXPRESSIVO
Esse planeta deve ainda possuir um campo magnético expressivo, capaz de proteger sua superfície e sua biosfera do ataque de partículas energéticas provenientes dos ventos estelares e dos raios cósmicos.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 77
O fato de termos um campo geomagnético e uma atmosfera acaba por proteger a vida na superfície do impacto da radiação. A vida nos oceanos e sob o solo também recebe proteção pela blindagem conferida por esses materiais, para a maioria dos tipos de partículas que atinge o planeta.


7- PLANETA COM ATIVIDADE GEOLÓGICA DURADOURA

Deve também ser capaz de manter atividade geológica durante bilhões de anos, como veremos adiante.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 77
A presença desses gases por si só, porém, não é capaz de manter o efeito estufa operacional por longas escalas de tempo. São necessários mecanismos que regulem a presença desses gases na atmosfera, impedindo que seu excesso aqueça demasiadamente o planeta, e que sua escassez torne a temperatura baixa demais. Esses mecanismos são essencialmente geológicos: a atividade vulcânica, que abastece a atmosfera continuamente com esses gases; a tectônica de placas, que faz com que material rochoso da superfície terrestre seja reciclado no magma abaixo da crosta, e que material jovem e incandescente desse magma seja trazido para a superfície; e a erosão ou intemperismo, que faz que os minerais da superfície reajam constantemente com os gases atmosféricos, ajudando a controlar sua concentração. A conexão entre o vulcanismo, a tectônica de placas e a erosão determina um ciclo chamado de “carbonato-silicato”, do qual alguns detalhes permanecem ignorados, mas cujo funcionamento essencial é bem compreendido. A presença de gases do efeito estufa na atmosfera aquece o planeta, provocando a evaporação da água e sua precipitação sobre os continentes. A água dissolve o solo e as rochas com o auxílio do gás carbônico, transformando-os em uma classe de minerais chamada de carbonatos. Esses minerais são carregados sob a forma de sedimentos para o mar, acumulando-se no fundo dos oceanos. O processo de tectônica de placas eventualmente faz que esses sedimentos sejam transportados para o magma, sendo volatilizados e devolvendo o gás carbônico, que finalmente retorna à atmosfera nas erupções vulcânicas, fechando o ciclo Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 82-83

8- GRAVIDADE NÃO MUITO BAIXA
 Marte. Pequeno e de baixa gravidade, o planeta não possui a mesma capacidade da Terra de manter uma atmosfera espessa: sua atmosfera possui menos de 1% da pressão terrestre.Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 85 


9- CAMPO MAGNETICO SIGNIFICATIVO
Marte... Incapaz de manter a atividade tectônica de placas, incapaz de manter seu vulcanismo e sem possuir um campo magnético protetor para sua atmosfera, Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 85
 O campo magnético é uma das proteções que temos contra a radiação na forma de partículas carregadas vinda do espaço (vento solar e raios cósmicos) e, ficando mais fraco, o planeta ficará vulnerável aos seus efeitos Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,p. 319

10- ARQUITETURA PLANETÁRIA DE "PLANETAS" VIZINHOS

Simulações de computador mostram que a presença dos planetas gigantes nas partes externas do Sistema Solar, como Júpiter e Saturno, foi essencial para que esse material volátil pudesse finalmente ser trazido para a Terra. Alguns cientistas sugeriram que uma arquitetura planetária diferente em nosso Sistema Solar, sem a gravidade dos planetas gigantes perturbando os pequenos corpos ricos em água das regiões distantes, teria produzido um planeta Terra com pouca ou nenhuma água – e talvez sem vida Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 79


11- CAMADA DE OZÕNIO
Diferente da atmosfera de hoje, a concentração de oxigênio (O2) da Terra prebiótica era muito baixa, e a exata composição química da atmosfera da Terra prebiótica é assunto controverso no meio científico, porém os seguintes gases muito provavelmente estavam presentes na atmosfera: CO2, CO, CH4, N2, H2, H2O (vapor) e H2S. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 101

 Ambientes hidrotermais apresentam diversas vantagens para o estudo da química prebiótica: a) no fundo do mar, as moléculas ficavam protegidas da radiação ultravioleta do Sol que poderia degradá-las;  Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF, p.107


Haveria substitutos para a água e o carbono? 

Talvez. A água é uma molécula dita polar, ou seja, diferenças de cargas elétricas produzem pequenas forças dentro da molécula que se atraem entre si. Essa propriedade está na raiz da capacidade da água de se manter líquida em um grande intervalo de temperaturas. Existem outras moléculas polares e abundantes no Universo, como a amônia e o metano, mas nenhuma delas reproduz bem as propriedades da água. O carbono, por sua vez, não é o único átomo capaz de formar complexos polímeros, mas é de longe o que faz isso com maior eficiência. Uma possível alternativa ao carbono seria o silício, que é vizinho do carbono na tabela periódica dos elementos. Mas o silício forma ligações químicas extremamente fracas entre seus átomos e jamais conseguiria funcionar na água. Cientistas propuseram, então, um tipo alternativo de vida baseado em moléculas de silício, chamadas de silanos, em um substrato de nitrogênio líquido. O nitrogênio é um líquido apolar, ou seja, sem assimetrias de cargas elétricas, e assim não prejudicaria as fracas ligações entre as moléculas de silício. Seria um tipo de vida com metabolismo incrivelmente lento se comparado com o nosso: seu funcionamento se daria a 180 °C abaixo de zero, temperatura na qual o nitrogênio permanece líquido. Astrobiologia : uma ciência emergente / Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. -- São Paulo : Tikinet Edição : IAG/USP, 2016. 10 Mb ; ePUB e PDF,P. 87-88 😆😆😆😆😆

A vida se resume  a leis matemáticas, físicas e químicas? É um processo automático?

A evolução da vida na Terra está, desde seu início, intrinsecamente ligada a eventos “evolutivos” astronômicos e planetários em nosso ambiente astrofísico, a começar pela região galáctica “privilegiada” na qual se encontra o Sistema Solar. Os elementos químicos em que a vida se baseia, e mesmo a abundância de cada um deles, é resultado de seus processos cósmicos de síntese, do Big Bang às estrelas, supernovas e raios cósmicos; a formação dos aglomerados de galáxias, das próprias galáxias e, por fim, dos sistemas planetários não é mais que um resultado da evolução natural da distribuição de massa no Universo; a disponibilidade de moléculas orgânicas na Terra primitiva é resultado dos processos químicos que ocorrem no meio interestelar, no disco protoplanetário e na superfície do próprio planeta, nos processos de química prebiótica.
A origem da vida parece ser o simples resultado da combinação de todos os processos anteriores e da existência de  condições adequadas em nosso planeta, refletindo, assim, em última instância, apenas as leis matemáticas, físicas e químicas de nosso Universo (Pross, 2012).Daquele momento inicial em diante, no qual o primeiro ser vivo emergiu do não vivo, toda a evolução da vida no planeta seguiu o processo de evolução darwiniana, respondendo, a cada instante, a processos interno-biológicos e externo-ambientais, fazendo que a biodiversidade florescesse e se estendesse por praticamente todos os ambientes do planeta, do fundo dos oceanos ao alto das montanhas e atmosfera – havendo um conjunto mínimo de condições, haverá vida.   p.315-316