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domingo, 17 de janeiro de 2016

A Salvação dos que nunca ouviram o evangelho (pagãs)

O texto abaixo é uma adaptação da Teologia Sistemática de Norman Geilser, editora CPAD



At 17:24  O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.25  Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;26  de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;27  para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;28  pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração

1-INTRODUÇÃO
Grande parte da população mundial  nunca ouviu uma apresentação clara do evangelho, pelo menos nunca ouviram no seu próprio idioma. Além disso tem os que morreram sem nunca ter ouvido.
Se Deus é Todo-amoroso, como Ele poderia lançar pessoas que jamais ouviram as Boas Novas da salvação no inferno?
Seria justo Deus lançar no inferno pessoas que jamais ouviram o único evangelho pelo qual poderiam ser salvas? Esta pergunta, na verdade, tem uma série de outras implicações que serão aqui examinadas.

2-CONCEITOS BÍBLICOS

2.1 Os Pagãos Estão Perdidos sem arrependimento
 “como por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que  todos pecaram” (Rm 5.12). 
“Desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Rm 1.20). “Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados” (Rm 2.12)
"Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo
eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os. (Rm 2:14,15)
“porque não há diferença [...] porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.22,23).


2.2 Não existe salvação à parte da Obra de Cristo
 “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” ( Jo 14.6).
 “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5).
Mas, agora, na consumação dos séculos, [Cristo] uma vez se manifestou, para aniquilar
o pecado pelo sacrifício de si mesmo [...] mas este, havendo oferecido um único sacrifício
pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus [...] Porque, com uma só
oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados. (9.26; 10.12, 14)
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (At 4.12)
Seria Possível a Salvação dos Pagãos sem a Aceitação de Cristo por parte deles?
De acordo com a posição da revelação especial, com a qual concordamos, não existe
16  Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.
17  Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18  Quem nele crê, não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do Filho unigênito de Deus.


3- É JUSTO CONDENAR UMA PESSOA QUE NUNCA OUVIU O EVANGELHO?
Sim,CASO ELA não responda positivamente a à luz da revelação geral:

Primeira, todos receberam a revelação geral de Deus, por meio das coisas criadas.
  Rm 1:20  Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
21  porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
22  Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos
23  e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.


At 14:15  Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;
16  o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
17  contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria.


At 17:24  O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.
25  Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;
26  de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
27  para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;
28  pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.

Segunda, Deus se revelou na própria consciência deles; se eles rejeitarem esta luz, Deus não
é obrigado a lhes proporcionar mais nada, já que viraram as costas para a luz que já possuíam 
Rm 2:14  Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
15  Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,

16  no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.

Se um homem estivesse perdido na escuridão de uma mata muito densa e somente tivesse um feixe de luz para seguir, ele deveria seguí-lo, pois se virar as costas para ele estará eternamente perdido nas trevas e não poderá culpar ninguém mais além de si mesmo


A terceira,  Deus vai proporcionar aos pagãos uma porção suficiente da revelação especial caso eles o busquem por intermédio da revelação geral. (ver 4.2)
Em termos gerais, isto pode ser feito por intermédio de, pelo menos, duas maneiras:
(1) através do envio de um crente para testemunhar do evangelho aos grupos pagãos ou
(2) por meio de sonhos, visões e revelações específicas.


4- A BASE DA SALVAÇÃO DOS PAGÃOS
A Bíblia ensina que a  morte e a ressurreição de Cristo (o fato da consumação da sua obra) são necessárias para a salvação de todas as pessoas.

  • Contudo, os defensores de que a salvação pode ser obtida por intermédio da revelação geral insistem que não é necessário termos o conhecimento daquilo que Cristo fez por nós. Dessa forma, todos os versículos (vide adiante) que indicam que a morte e a ressurreição de Cristo são soteriologicamente necessárias, devem ser considerados referências ao fato do sacrifício de Cristo e não ao conhecimento explícito desta verdade. 


  • Já os que defensores da outra posição defendem que só existe salvação por meio do conhecimento explícito do fato do sacrifício de Cristo, a pregação das boas novas de salvação. Vejamos agora estas duas vertentes:

4.1- Resposta à luz da Revelação Geral
 Alguns acreditam que os pagãos podem ser salvos sem o evangelho, pela sua resposta à luz da revelação geral (a “criação natural” e a sua própria “consciência”). Ou seja,  se a revelação especial de Deus acerca do plano de salvação não chegar até a pessoa, o que ela compreender e aceitar por
intermédio da revelação geral será suficiente para a vida eterna. Obviamente, a base desta salvação continuará sendo a obra de Cristo, apesar da pessoa não tomar consciência do que Cristo realizou por ela. 
Argumentando a partir dos atributos divinos de amor e justiça, alguns apologistas cristãos insistem que Ele não condenaria as pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho de Cristo. Eles enfatizam as afirmações bíblicas acerca da justiça de Deus (por exemplo: Gn 18.25; SI 33.5), de que Deus “não faz acepção de pessoas” (At 10.34; Rm 2.11). Além disso, Deus é onibenevolente (2 Pe 3.9). Ele ama o mundo inteiro e enviou o seu único Filho para entregar a sua vida por ele (Jo 3.16).

Atos 10.35
Pedro disse a Cornélio, um gentio que jamais havia ouvido falar do Evangelho, “que [a Deus] é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” O texto indica que Cornélio já “temia a Deus” (v. 2) e foi aceito por Deus mesmo não tendo ainda ouvido explicitamente as Boas-Novas.

Hebreus 11.6
“E necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” Isto, aparentemente, inclui também aqueles que nunca ouviram falar do evangelho.

Atos 19.2-5
Esta passagem fala de crentes, anos depois da época de Cristo, que foram salvos mesmo sem ter recebido ainda o Espírito Santo. Quando Paulo lhes perguntou — “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes?”— eles responderam — “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo” (v. 2). Então Paulo proclamou a verdade para eles e: “os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus” (v. 5). Eles foram chamados de “discípulos” (isto é, crentes) mesmo antes de Paulo ter pregado a eles (v. 1).

Gálatas 3.8
De acordo com Paulo: “Tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.” Não existe nenhuma evidência explícita de que o “evangelho” que Abraão ouviu continha a mensagem explícita de que Cristo morreria e seria ressuscitado dentre os mortos. Quando Abraão creu, o texto simplesmente diz: “Então, [o Senhor] o levou fora e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente” (Gn 15.5). Abraão não foi solicitado a crer na morte e ressurreição de Jesus antes de ser salvo.

Apocalipse 14.6
João registrou: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo.”
Se o evangelho pelo qual aquelas pessoas foram salvas é eterno, então se tratava da mesma proclamação final contida no Antigo Testamento (a qual, como indica a próxima passagem, não tinha o mesmo conteúdo do evangelho mais plenamente desenvolvido no Novo Testamento (1 Co 15.1-5).73 Todavia, as pessoas eram salvas ao crer nas Boas-Novas da graça de Deus.

Jonas 3.1-10
O Antigo Testamento contém um relato explícito de salvação de pagãos. Jonas, o profeta israelita, recebeu mandamento da parte de Deus para ir a Nínive (na Assíria) e anunciar a sua breve ruína:

E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. E os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até ao menor [...] E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. (vv. 4,5, 10) Posteriormente, Jonas declarou a respeito da conversão dos ninivitas: “[Eu] sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal” (4.2). Não existe qualquer indício mostrando que a mensagem que eles ouviram e creram ia além da confiança no Deus que perdoa aqueles que abandonam o pecado e a Ele se voltam.

Salmo 19.1-4
Davi indica que até mesmo os céus proclamam o evangelho a todas as pessoas: "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo". Esta passagem parece ensinar que todos, em todos os lugares, ouvem o “evangelho da criação” (a revelação geral) pelo qual podem ser salvos. E curioso notarmos, entretanto, que esta é exatamente a passagem utilizada por Paulo para dizer que ninguém poderá ouvir a palavra sem que alguém a anuncie (isto é, a revelação especial — Rm 10.18).

Romanos 2.6,7
Paulo afirma que Deus “recompensará cada um segundo as suas obras, a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção.” Isto está no contexto dos “os gentios que não têm lei” (2.14), ou seja, os pagãos, o que parece ser uma referência à possibilidade dos não alcançados pelo evangelho receberem a “vida eterna” independentemente da revelação especial que vem através da Lei de Deus.




4.2- Providência do evangelho aos que desejarem sinceramente
Outros acreditam que Deus providencia a verdade do evangelho (a revelação especial) àqueles que o buscarem diligentemente. A revelação geral somente é suficiente para a condenação

O Envio de Missionários/Evangelistas
Apoiando esta posição estão as seguintes razões:
(1) Ela está em harmonia com os exemplos mostrados na Bíblia, nos quais Deus envia um pregador àqueles que Ele já sabia que responderiam positivamente ao evangelho; por exemplo, Pedro foi enviado a Cornélio (cf. At 10). O autor de Hebreus (11.6) nos fala que todos aqueles que procuram, haverão de achar.
(2) Está de acordo com o mandamento de Deus na Grande Comissão (Mt 28.18-20) e também com o padrão estabelecido em 2 Timóteo 2.2: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.”
(3) Isto também se encaixa com a declaração de Paulo em Atos 17.26 na qual ele diz que Deus determinou “os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação” de forma que aqueles que desejarem poderão ouvir o evangelho e ser salvos.
(4) Ela reafirma a oração do nosso Senhor na qual ele afirma que os crentes surgirão a partir da comunidade de outros crentes: “Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra [deles], hão de crer em mim” (Jo 17.20).
Isto também é o que sugerem as palavras de Paulo em Romanos 10.14: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”

A Utilização de Visões, Sonhos ou Revelação Especial Específica
Apesar de ser normativo (e talvez até mais útil) para Deus o uso de crentes para levar o evangelho aos povos não-evangelizados, é possível que Ele possa também utilizar outros meios à sua disposição para levar a proclamação da mensagem do evangelho aos povos que viriam a crer, caso tivessem contato com o evangelho.
(1) Para isso, Deus tem feito uso de diversos meios, tais como o rádio, a televisão, gravações diversas, internet, celulares e literatura.
(2) Um dia Deus utilizará um anjo para proclamar o evangelho “aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14.6).
(3) Historicamente, Deus tem transmitido miraculosamente a sua revelação especial por meio de visões e sonhos. Deus está muito mais interessado na salvação de todos do que nós mesmos poderíamos estar (cf. 2 Pe 3.9). A sua justiça exige que Ele condene todos os pecadores, mas o seu amor o impele a proporcionar a salvação a todos os que, por intermédio da sua graça, haverão de crer: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13).


4.2.1 Evidências de que a Salvação Ocorre somente por Intermédio do Conhecimento de Jesus Cristo
Este ponto de vista a respeito do destino eterno dos pagãos parece ser um desafio tanto à justiça de Deus, quanto à sua onibenevolência. Todavia, há várias passagens bíblicas que apontam nesta direção.

João 3.36
Como já vimos, Jesus deixou claro que “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." Este versículo também parece enfatizar que o conhecimento de (e a fé em) Cristo é uma condição
necessária para a salvação.

João 3.1 8
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê j á está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Explicitamente falando, a fé “no nome do Filho unigênito de Deus” é colocada como condição para a salvação.

João 8.24
“Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.” Mais uma vez, a condição para se fugir da morte eterna é a fé em Jesus.

João 10.1. 9, 11, 14
Jesus disse:
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador [...] Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á [...] Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas [...] e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” O fato das ovelhas (os crentes) terem necessariamente de “conhecer” Cristo e “entrar” pela porta, indica que a salvação implica um conhecimento específico a respeito
de Cristo.

Atos 4.12
Os apóstolos de Jesus declaravam com ousadia: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Como aqui existe uma referência clara ao nome de Cristo, é difícil crermos que o conhecimento explícito de Cristo seja dispensado como condição para a vida eterna. Isto significa dizer que não se trata simplesmente do fato de Cristo, mas do próprio nome de Cristo, como necessidade soteriológica.

Romanos 10.9
Paulo ensina como seremos salvos: "Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos.” Isto parece exigir uma confissão do nome de Jesus feita pelos nossos próprios lábios.

Romanos 10.13,14
O Apóstolo prossegue fazendo o seguinte acréscimo:
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram.' E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
A ênfase sobre a verdade de que os pagãos precisem “invocar” o nome de Jesus e que, para isso, necessitam “ouvir” a proclamação do evangelho parece eliminar a possibilidade de que qualquer pessoa nesta era possa se salvar sem que ouça a mensagem do evangelho.

1 João 5.10-13
João repete a mesma verdade nas suas epístolas:
'Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus."
As palavras destacadas demonstram claramente que João está ensinando que o conhecimento explícito de Cristo é necessário à salvação.


4.2.3 Resposta aos Versículos Utilizados para Embasar a Visão da Revelação Geral
Atos 10.35
Duas coisas são normalmente mencionadas acerca do episódio na casa de Cornélio.

Primeiro, Cornélio é uma prova de que as pessoas que buscam a Deus receberão, num dado momento, a revelação especial por meio da qual eles poderão chegar ao conhecimento de Jesus Cristo. Além do mais, a grande lição desta história é que Deus enviou Pedro por revelação especial e Cornélio não se converteu enquanto não havia ouvido e crido na revelação especial.

Segundo, o livro de Atos representa um período de transição entre os dois Testamentos durante o qual as pessoas que haviam sido salvas nas bases do Antigo Testamento receberam a luz de Cristo via Novo Testamento. Isto fica muito claro na resposta à passagem seguinte.

Hebreus 11.6
De acordo com este versículo: “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.”
Primeiro, apesar de esta referência ter certa relação com o conhecimento de Deus, e não de Cristo, ela não exclui o Filho.

Segundo, como o contexto envolve os santos do Antigo Testamento e não os crentes do Novo Testamento, é compreensível que a declaração mais abrangente a respeito do conhecimento explícito de Cristo não estivesse incluída. Hebreus 11.6 é uma proclamação das exigências salvíficas mínimas de qualquer época; ela não exclui a possibilidade de Deus tornar a fé em Cristo uma exigência explícita para a salvação em o Novo Testamento.

Terceiro, na mesma linha, o uso deste versículo para negar que a té explícita em Cristo é soteriologicamente necessária despreza a revelação progressiva, por meio da qual, Deus, por exemplo, exige mais dos crentes do Novo Testamento do que dos crentes do Antigo, em função da revelação adicional que havia sido entregue (cf. Hb 1.1; 2.3,4).

Galatas 3.5
Como já verificamos, esta passagem afirma que o evangelho foi proclamado para Abraão, entretanto, quando o conteúdo desta proclamação feita a Abraão é escrutinado, ele se apresenta incompleto, à medida que não menciona a fé na obra consumada de Cristo, a qual, segundo o Novo Testamento, é essencial para o Evangelho (cf. 1 Co 15.1-3).
Os proponentes da revelação especial respondem de duas maneiras.

Primeira, alguns defendem que mesmo na era do Antigo Testamento, os crentes não tinham um conhecimento explícito de Cristo. Eles apresentam a declaração de Paulo mostrando que a “semente” de Abraão era Cristo (G1 3.16). Além disso, alguns crêem que, quando Jesus disse aos judeus: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se” (Jo 8.56), Ele estava querendo dizer que Abraão sabia o que Cristo faria por ele.

Segunda, outros apologistas consideram Gálatas 3.8 como uma simples descrição do conteúdo mínimo (não incluindo o conhecimento explícito da morte e da ressurreição de Cristo) necessário para a salvação no Antigo Testamento. Seja como for, era mais do que a revelação geral, já que Deus havia entregue a revelação especial a Abraão.

Mesmo que este “evangelho” não incluísse tudo que é salvificamente exposto em o Novo Testamento, ele se tratava, ainda, de um estágio primitivo no desenvolvimento da revelação, no qual Deus ainda não exigia a fé na revelação plena a respeito da pessoa e obra de Cristo.

Apocalipse 14.6
A referência que João faz ao evangelho eterno, independentemente da sua intenção ao fazer uso desta expressão, não apóia a posição de que a salvação dos pagãos é baseada somente na revelação geral.
Primeiro, esta mensagem chegou até eles por intermédio da revelação especial — Deus enviou-lhes um anjo para fazer o anúncio.

Segundo, o conteúdo deste evangelho dizia respeito às pessoas que criam em Cristo (o “Cordeiro”) que os havia “redimido” pelo seu sangue (14.1, 4).

Terceiro, o fato de o evangelho ser eterno pode significar simplesmente que Cristo era “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Não há indícios de que João esteja mencionando um evangelho eterno conhecido somente por intermédio da revelação geral.

Jonas 3.1-10
Como já estudamos, os santos do Antigo Testamento não tinham necessariamente o mesmo conteúdo de conhecimento exigido por Deus para a salvação como se exige no Novo Testamento. A doutrina da revelação progressiva indica que Deus progressivamente revelou o seu plano, ao fornecer, gradativamente, mais revelação até chegar à revelação plena e final em Cristo (Hb 1.1,2). Os adeptos da revelação especial não precisam negar (e a maioria deles não nega) que, no Novo Testamento, Deus exige mais conhecimento da obra de Cristo como condição para a salvação do que exigia no Antigo Testamento.

Salmo 19.1,2
Davi não está falando da revelação especial de Deus, mas da revelação geral que ocorre por intermédio da contemplação do firmamento, dos “céus,” que são “obras das suas mãos.” Ele não está falando da cruz, que é a obra do amor redentor de Deus (Rm 10.14, 18). O Salmo 19.1 serve de ilustração de que ambas as mensagens (tanto a geral, quanto a especial) são universais, mas não idênticas. Na verdade, de acordo com Romanos, a revelação geral nos informa a respeito do “poder eterno” de Deus (1.20), mas não a respeito do plano de salvação eterno. A revelação geral é suficiente para a condenação, já que torna todos os seres humanos “indesculpáveis,” mas insuficientes para a salvação.

Romanos 2.6,7
Esta passagem não afirma que os que não ouviram o evangelho podem ser salvos pela revelação geral, mas sim, que aqueles que buscam a imortalidade haverão de encontrá-la.
Posteriormente, Paulo afirma que somente Cristo: “O qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2Tm 1.10). A revelação geral e outros meios fazem parte da bondade divina que conduz o homem ao arrependimento (Rm 2.4). Em suma, os pagãos que respondem à luz da revelação geral recebem subseqüentemente a revelação especial pela qual podem ser salvos (cf. At 10.34-48; Jn 3).



5-EXISTE CHANCE DEPOIS DA MORTE?
Alguns apologistas e muitas seitas acreditam que Deus dará uma segunda chance aos adultos que nunca ouviram falar do evangelho, depois da morte. Todavia, a maior parte dos cristãos ortodoxos rejeita esta idéia.

Primeiro, a Bíblia declara a respeito de todas as pessoas que: “Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9.27).

Segundo, a urgência com a qual a Bíblia fala para tomarmos uma decisão imediata — ainda nesta vida, antes que seja tarde demais — é uma forte evidência de que não haverá uma segunda chance. Por exemplo, Pv 29.1; Hb 3.7,8; Jo 8.24; 2 Pe 3.9.

Terceiro, o fato de as pessoas enfrentarem o seu destino definitivo logo após a morte (cf. Lc 16.19ss; 2 Co 5.8; Ap 19.20) é um indicativo de que uma decisão precisa ser tomada nesta vida.

Quarto, como Deus tem à sua disposição tantos meios para se revelar aos descrentes antes da morte, torna desnecessário que ele precise utilizar a vida futura para fazer isto.

Quinto, a crença em uma segunda chance elimina a necessidade do mandamento missionário. Por que Jesus teria deixado o mandamento da “Grande Comissão” (Mt 28.18-20) se as pessoas pudessem se salvar sem a necessidade de aceitar Jesus ainda nesta vida?

Sexto, e para encerrar, os versículos utilizados para embasar esta segunda chance para a salvação são, na melhor das hipóteses, hermeneuticamente dúbios e contraditos por outros ensinamentos bíblicos claros.

1Pe 3.18-20 diz:

Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água. ( )

Primeiro, Pedro não diz que Cristo os evangelizou (do grego: euaggelizo), mas simplesmente que proclamou a eles (do grego: kerusso) a vitória da sua ressurreição (cf. Cl 2.15).

Segundo, não existe qualquer referência a qualquer pessoa que tenha sido salva como resultado desta proclamação.

Terceiro, as pessoas que receberam este anúncio não eram seres humanos não evangelizados, mas “espíritos em prisão” que podem, muito bem, ter sido anjos decaídos (cf. Jó 1.6; 2.1; 38.7).

Quarto, de qualquer forma, o grupo ao qual ele pregou não era composto por todas as pessoas, mas somente por aqueles aos “quais em outro tempo foram rebeldes [...] nos dias de Noé” (1 Pe 3.20; cf. Gn 6.1-4). Ao considerarmos esta conexão de passagens, é interessante notarmos que em 2 Pedro 2.4, ele menciona o pecado dos anjos imediatamente antes de se referir ao dilúvio (v. 5).

Portanto, parece mais apropriado considerar esta passagem como uma referência ao anúncio do triunfo de Cristo aos espíritos que partiram depois da ressurreição.  Isto se enquadra com o contexto e está de acordo com o ensino de outros versículos (cf. Ef 4.8; Cl 2.15). Como já afirmamos, Pedro utiliza o termo proclamar ou anunciar e não evangelizar.

 1 Pedro 4.6 diz “foi pregado o evangelho também aos mortos,” é uma referência ao fato de que o evangelho “foi pregado” (no passado) àqueles que estão “agora” mortos (no presente).

Primeiro, porque em parte alguma a Bíblia deixa qualquer esperança de salvação para o além-túmulo. A morte é definitiva, e há somente dois destinos — o céu ou o inferno — entre os quais existe um abismo intransponível (vide acima).

Segundo, esta passagem é um tanto obscura, sujeita a várias interpretações e não se deve estabelecer doutrina com base em ambigüidades. Como já demonstramos, as passagens difíceis devem ser interpretadas à luz das claras e não vice-versa.

Terceiro, existem interpretações plausíveis desta passagem que não entram em conflito com outros ensinamentos bíblicos. Por exemplo, alguns acreditam que ela não pode ser uma referência aos seres humanos, mas aos “espíritos em prisão” (anjos) de 1 Pedro 3.19 (cf. 2 Pe 2.4; Gn 6.2).
 Ou, como já foi visto, ela, possivelmente, refere-se àquelas pessoas que hoje estão falecidas, mas que já ouviram o evangelho enquanto viveram. Apesar de elas terem sofrido a destruição da sua carne (1 Pe 4.6), elas continuam vivas para Deus em virtude daquilo que Cristo fez por intermédio do evangelho (ou seja, a sua morte e a ressurreição). A mensagem da vitória foi anunciada pelo próprio Cristo ao mundo espiritual depois da sua ressurreição (cf. 1 Pe 3.18-20).

Diante de tudo isso, não existem evidências reais de que Deus concederá uma segunda chance post-mortem (cf. Jo 8.24) àqueles que já rejeitaram a sua revelação geral (ou especial).

RESUMO E CONCLUSÃO

  • Todo pagão precisa responder positivamente a revelação natural para ser salvo.
  • A base da salvação é a obra feita por intermédio de Cristo
  • Alguns acreditam que apenas a resposta à revelação geral é suficiente para a salvação do que nunca ouviu o evangelho.
  • Outros acreditam que os que respondem positivamente a revelação geral e de fato buscam a Deus,  Deus de alguma forma providencia um jeito dele ouvir o evangelho da salvação.
  • De fato, os que nunca ouviram, mas buscam a Deus de coração Deus os salva por um dos meios acima

FONTES
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Boros, Ladislaus. The Mystery o f Death.
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sábado, 16 de janeiro de 2016

A VIDA HUMANA COMEÇA NA FIXAÇÃO DO EMBRIÃO NO ÚTERO?


Médica dá à luz trigêmeos idênticos no Paraná
                (Foto: Divulgação/Expressa Comunicação)
Médica dá à luz trigêmeos idênticos no Paraná (Foto: Divulgação/Expressa Comunicação) g1 noticias



Você sabia que:

  • 50% dos óvulos fecundados (zigoto-embrião) morrem?
  • Um gêmeo idêntico (univitelino) pode se formar até depois do 13º dia da fecundação? E que a partir deste dia a chance de siameses se torna muito alta?
Resultado de imagem para embriogenese de gemeos


Resultado de imagem para embriogenese de gemeos
formação de gêmeos geralmente não se dá na concepção
diaminiótico= duas placentas
dicorionico= duas bolsas
monoaminiotico= uma placenta
monocorionico= duas bolsas


Leia abaixo um debate sobre a origem da vida humana.

  • Este texto foi extraído do livro: Teologia Sistemática- Norman Geisler vol 2, editora CPAD.
  • Meus comentários estão em vermelho e alguma citação em azul


"Na sua obra importante e instigante When Did I Begin?1  [Quando Foi Que Eu Comecei?]*1 Norman M. Ford argumenta que apesar da vida humana, de uma perspectiva genéticacomeçar na concepção, a vida humana, de uma perspectiva individual não inicia antes de duas semanas depois da concepção. A sua tese merece uma atenção especial, já que muitas questões científicas, éticas e teológicas estão em jogo: os experimentos pré-embrionários, o congelamento embrionário, a engenharia genética e os abortígenos *2 se baseiam todos neste período de duas semanas após a concepção. Teologicamente, e se for verdadeiro, este ponto de vista também apoiaria a posição criacionista (em oposição à posição traducionista) acerca da origem da alma humana, demonstrando que a alma é criada por Deus no momento da fixação do óvulo no útero.''
*1 Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
*2 Um abortígeno é uma droga ou outra substância que facilita (ou induz a) o aborto. 


EXPOSIÇÃO DA TEORIA DE FORD
De acordo com o professor Ford: “E necessário fazermos uma distinção entre o conceito de   identidade genética e identidade ontológica ou individualidade” (WDIB, 117). 

A identidade genética é determinada na fertilização. Todavia, Ford não acredita que isto significa que estamos “filosoficamente falando do conceito de uma continuidade ontológica de um indivíduo” (ibid.).

[O] estabelecimento do novo programa genético ao término da fertilização é uma condição necessária, mas não suficiente, para a “atualização” ou o surgimento do novo indivíduo humano no estágio embrionário da existência, (Ibid., 118)

No estágio pré-embrionário,1 “poderíamos perguntar, de forma legítima, se o zigoto, por si mesmo, redundaria em um ou dois indivíduos” (ibid., 120). Por quê? Ford apresenta vários motivos.
Por um lado, a gemelação pode ocorrer enquanto não se atinge o estágio embrionário  (durante os primeiros quatorze dias após a concepção). Conseqüentemente, para Ford parece implausível se falar em um ser humano individual onde existe a possibilidade de haver dois. Neste caso teríamos que considerar, por exemplo, que o indivíduo original (o zigoto) morre quando ele se torna gêmeos:A Susana hipotética, como no caso do zigoto, deixaria de existir ao dar origem a suas duas
descendentes idênticas, [as hipotéticas] Margarete e Sara. Neste caso, elas seriam netas dos seus pais, que nem suspeitavam disso, (ibid., 136). Ford acrescenta: “Não existe evidência para se sugerir que um indivíduo deixe de existir quando ocorre a gemelação” (ibid.).

Além disso, Ford defende que os experimentos feitos com ovelhas e camundongos (os quais, à semelhança dos seres humanos, apresentam gravidez intra-uterina) demonstram que não existe um ser individual antes do termino da fixação do embrião no útero (quatorze dias depois da concepção): “Os blastômeros iniciais dos embriões da ovelha e do camundongo poderiam facilmente ser desagregados e ser combinados de forma variada por técnicas de micromanipulação” (ibid., 139). Isto significa dizer que, ao tomarmos células de um embrião e combiná-las com outras de outro embrião, os cientistas foram capazes de produzir indivíduos completamente diferentes. Por exemplo, por este método já foram produzidos animais “quiméricos,” os quais são parte carneiros e parte bodes. Se embriões diferentes puderem ser “separados” e “reagrupados” durante o período anterior à fixação, obviamente não haverá necessariamente um indivíduo humano continuado desde o momento da concepção. Ford conclui: Apesar destas manipulações experimentais não terem sido realizadas com embriões humanos, elas também lançam luz acerca do caráter do potencial de desenvolvimento e regulamentação do embrião humano. Isto ocorre em função da reconhecida similaridade existente nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário de todos os mamíferos eutérios [Por exemplo,] o embrião do camundongo e da ovelha, em particular, assemelham-se muito intimamente, embora não sejam idênticos, aos embriões humanos [...] tanto antes, quanto depois do estágio de fixação no útero, (ibid., 144)

Diante das evidências, Ford acredita: È muito difícil sustentar que o embrião humano possa ser um  indivíduo humano antes do estágio blastocisto no qual ele se transforma naquilo dará origem ao embrião,  ao feto e a homem adulto [...] [Este] conjunto de células, apesar de precariamente agrupado, dificilmente pode ser uma coisa, quando muito várias coisas. Ele ainda não está determinado a ser nem uma, nem várias coisas [...] [Somente] a partir do décimo quarto ou décimo-quinto em diante não haverá dúvida se o ser ali formado é o Antônio, o Roberto ou o Ari, ou os três juntos, mas como três indivíduos, (ibid., 156, 178)
Portanto, o que é este ser concebido antes do término da segunda semana, senão um
ser humano? De acordo com Ford, este ser é um ser humano “em potencial” (ibid., 122-123).
Ele é geneticamente humano, mas, na verdade, não realmente e individualmente humano. Ou seja, ele tem todas as características humanas necessárias à vida individual, mas ainda não é um ser humano individual.
De acordo com o pensamento legado por Aristóteles e Tomás de Aquino, que faziam uma distinção entre forma e matéria e afirmavam que a alma é a forma do corpo, Ford acredita que uma alma humana individual poderia habitar um corpo ainda não formado. Como o corpo individual não aparece antes do estágio do “traço primitivo” (cerca de duas semanas depois da concepção), é neste ponto que Ford argumenta que o zigoto se torna um ser humano real e individual. Citando Anne McLaren,5 e com sua aprovação, Ford declara:
Se não estivermos nos referindo à origem da vida [...] mas à origem de uma vida individual, podemos traçar uma linha diretamente do recém-nascido até o feto, e ainda mais longe até a origem do embrião individual no estágio do traço primitivo na placa embrionária no décimo-sexto ou décimo sétimo dia [depois da concepção]. Se tentarmos retroceder além deste ponto, não encontraremos mais uma entidade coerente. Em vez disso haverá um conjunto maior de células, algumas das quais farão parte do desenvolvimento subseqüente do embrião e outras não. (ibid., 174-75)
Logo, de acordo com Ford, é nesse estágio do “traço primitivo” que uma vida humana individual e indivisível *6 começa. E aqui que ele, de igual modo, coloca a origem da alma humana, que serve de “forma” para aquele corpo até que a morte os separe. Aqui se inicia o ser ontológico, em oposição ao indivíduo genético (ibid., 179). Deste ponto em diante, nenhuma gemelação será mais possível — existe um indivíduo que surge de uma linha contínua: embrião, feto, criança e adulto.

*5 Nascida em 1927, ela é uma erudita de Oxford largamente aclamada pela sua obra nas áreas de Biologia e Genética. Recentemente ela participou da Comissão Britânica de Fertilização Humana e Embriologia, bem como no Grupo Consultivo Técnico e Científico da Organização Mundial de Saúde para o programa de reprodução humana.
 *6 Salvo em caso de morte.


CRÍTICA DA POSIÇÃO DE FORD
Apesar de Norman M. Ford ser católico, alegar-se a favor da vida e até mesmo confessar que não pode ser dogmático a respeito do seu posicionamento, existem problemas sérios nas suas conclusões. Apesar das muitas características positivas, há várias deficiências graves neste ponto de vista que merecem uma análise mais pormenorizada.

Primeiro, na melhor das hipóteses, as conclusões de Ford demonstram que a vida humana individual inicia duas semanas depois da concepção, e não que a vida humana real começa naquele ponto. Na verdade, ele admite que exista uma natureza humana que vive desde o momento da concepção (ibid., 115). Sendo este o caso, o ponto seguinte é uma conseqüência lógica.
Resposta:
1-Não pode existir vida humana real se não existe um indivíduo humano. O embrião antes de alcançar duas semanas é geneticamente humano, potencialmente humano, mas não realmente humano, pois ainda não é um indivíduo humano.
2- Ford disse que existe uma vida humana em potencial, uma natureza humana em potencial
3- Se a vida humana individual começa na concepção, temos várias implicações:

  • 50 % dos embriões  morrem antes mesmo de se descobrir que está grávida!! Esse processo inevitável visa selecionar embriões o mais saudáveis possíveis, visto que as condições do mundo decaído favorecem a morte dos embriões. Os mais de 40 milhões de espérmatozóides são selecionados para a fecundação do óvulo, de modo que os mais aptos venha a fecundá-lo.  Muitos destes embriões morrem antes mesmo do processo de gemelação, formação de gêmeos. Sendo assim parece incoerente afirmar que Deus dá uma alma a este embriões com potencial humano, mas que perecem por fatores especialmente cromossomiais e genéticos  . "A gravidez humana é um processo deficiente porque 70 % das concepções deixam de atingir a vitabilidade, com taxa estimada de perdas de 50 % antes da próxima falha menstrual (abortamento subclínico)" (Obstetrícia Fundamental- Rezende Montenegro, Guanabara Koogan p. 237)
"Se a fecundação já ocorreu quando a mulher toma a PAE (Pilula Anticoncepcional de Emergencia), tem 50% de probabilidade de que o zigoto se implante e a gravidez ocorra, já que essa é a probabilidade espontânea de implantação."  CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA- Saúde Reprodutiva MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica.  Brasília, 2010, P.241

"Segundo, se a vida humana inicia a partir da concepção, é discutível se disputar quando inicia um indivíduo contínuo (uma pessoa). A vida humana tem santidade independentemente de ser individualizada. Portanto, mesmo que Ford esteja correto acerca do momento em que a vida contínua e individual inicie, a vida humana digna de proteção, sem dúvida, inicia na concepção."
Resposta:
1-Um embrião antes da nidação é apenas um ser humano vivo em potencial, e que pode gerar um , dois ou três indivíduos. Sendo assim ele ainda não é uma vida humana, pois todo ser humano é um indivíduo.
2- Além disso, o embrião com potencialidade humana tem apenas 50 % de chance de se implantar e desenvolver suas potencialides;
3- A vida humana (o que na acepção da palavra representa um indivíduo humano) necessita sim ser protegida, mas como vimos ela não começa na concepção.
"o embrião é uma entidade especial, pois possui potencialides inerentes ao ser humano, mas ainda não as manifesta, tornando as questões éticas ainda mais complexas" (PROAGO- SEMCAD ciclo 6- Modulo 2, P. 147)

"Terceiro, Ford reconhece que este argumento é, em última instância, filosófico e não puramente factual. E isto é precário quando se lida com “questões de vida e morte,” pois as decisões a respeito de quando encerrar ou preservar a vida não podem ser relegadas aos filósofos. Alguns filósofos (e/ou teólogos) argumentam que a vida inicia na concepção, outros que isto se dá na fixação do óvulo no útero — ou depois da fixação, alguns no momento da animação, alguns no nascimento e, alguns, ainda, consideram que isto se dá mais tarde, quando o indivíduo atinge a consciência da sua própria existência. Em suma, sem que uma base científica (factual) seja utilizada para se determinar o início
da vida humana,*8 não existe maneira prática para se chegar a um acordo sobre o qual formularemos leis para a proteção da vida humana.
*8 Sobre a qual não existe qualquer debate legítimo — vide apêndice 1."
Resposta:
1-Qualquer argumento digno de crédito tem de passar pelo crivo da ciência, e sabemos que o indivíduo humano não inicia sua vida na fecundação
vejamos:

Na fecundação- ser humano em potencial ou seja, ainda não é humano. Mas pode se tornar
Na nidação (implantação no útero)- ser humano com potencial. Nas demais etapas da gestação- ser humano com potencial
Adulto- ser humano com todas as características humanas já desenvolvidas]

2- Além disso parece ir contra o curso normal dizer que Deus dá alma a 50 % dos embriões que morrerão

'Quarto, como o próprio Ford admite, a sua opinião acerca desse assunto não é a única posição possível: "Embora eu creia que os meus argumentos demonstram que o indivíduo humano começa com o aparecimento do traço primitivo, e não antes dele, seria presunçoso da minha parte declarar que a minha afirmação é definitivamente correta e que as posições contrárias são definitivamente erradas", (Ibid., 182).Na verdade, apesar dos argumentos de Ford, é possível, por exemplo, que a vida humana individual inicie na concepção.
 Vários pontos são aqui relevantes.
(1) A divisão tardia em gêmeos poderia ser uma forma de “paternidade” não-sexuada que é similar à clonagem (Ford reconhece a existência desta possibilidade)."
Resposta:
A forma da divisão não altera em nada o fato de que só surge gêmeos tardiamente.

"(2) Todo zigoto, antes da gemelação, continua sendo um indivíduo geneticamente único, distinto dos seus pais. Isto eqüivale a dizer que, quando gêmeos idênticos resultam de uma divisão do zigoto, não podemos concluir, de forma lógica, que o zigoto anterior a ele não era completamente humano. Tirar esta conclusão seria se utilizar de argumentação viciada. Em outras palavras, a gemelação parece não ser nem uma condição necessária, nem uma condição suficiente para se rejeitar a total humanidade do zigoto.
O professor Robert Wennberg nos propõe uma parábola que nos será útil neste ponto:
Imaginar que vivemos em um mundo no qual uma certa percentagem minúscula de adolescentes poderia se duplicar por algum meio misterioso significaria, que estes jovens se dividiriam em dois ao atingir o décimo sexto aniversário. Se este fosse o caso, jamais passaria pela cabeça de alguém imaginar que aquele jovem não foi humano antes de atingir os dezesseis anos; tampouco concluiríamos que a vida dele poderia ser tirada com um relaxamente na punição antes deste momento da duplicação [...] Entretanto, em tudo isto, continuaríamos ainda não questionando, de forma alguma, a afirmação de vida individual. Poderíamos nos debater acerca de questões referentes à identidade pessoal [...], mas não poderíamos deixar que estas estranhas formas de duplicações e fusões humanas influenciassem o nosso pensamento a respeito do direito que o indivíduo tem à vida.
Nem por isso parece-nos que tais considerações sejam relevantes na determinação do momento em que o indivíduo possa assumir o direito à vida no útero.*10
*10 Vide Life in the Balance: Exploring the Abortion Controversy [A Vida na Balança: Conhecendo a Controvérsia Acerca do Aborto],71.

(1) O argumento de Ford é baseado na suposição não comprovada de que a geração de um ser humano é a mesma que ocorre com camundongos e ovelhas. Ele, no entanto, admite que não existe nenhuma prova experimental a esse respeito."
Resposta:
1-O argumento dele não é baseado nisso, mas se reforça no fato de que não existe um ser individual antes do termino da fixação do embrião no útero, em todos mamíferos eutérios, que tem reconhecida similaridade existente nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário.

2-o fato do 50% dos embrioões serem mortos de forma natural, anula a possibilidade  de Deus dar uma alma a pessoas.

"(2) A teoria de Ford aceita a premissa aristotélica de que os seres humanos podem gerar uma descendência geneticamente distinta, porém não-humana, que somente mais tarde se tornará humana.'
Resposta:
Os seres humanos geram uma vida humana em potencial, que pode gerar um, dois ou três seres humanos com potencial.


(3) Ford desconsidera o fato de que um ser humano novo, único e geneticamente individual é gerado no momento da concepção (da fertilização do óvulo). O ser ali formado não é um ser humano em potencial, mas um ser humano real. O próprio Ford o chama de indivíduo ( WDIB, 102) e admite que ele é um ser vivo que possui todas as características genéticas para toda a sua vida a partir do momento da fertilização: “Na fertilização tem início um novo indivíduo vivente, geneticamente único, quando o espermatozóide e o óvulo perdem a sua individualidade separada para formar uma única célula viva: o zigoto” (ibid., grifo acrescentado).
Resposta:
O termo indivíduo tem vários significados, e de fato ele deveria ter usado outro termo para não dar dupla interpretação. Ford destaca que o novo ser só terá sua individualidade humana depois, já que não é indivíduo (adjetivo), pois o embrião antes da nidação é passível de divisão
INDIVÍDUO
1 não dividual; indiviso, indivisível
n substantivo masculino (1619) 
2 qualquer ser concreto, conhecido por meio da experiência, que possui uma unidade de caracteres e forma um todo reconhecível
3 Rubrica: lógica.
elemento que entra na extensão de uma espécie; aquilo que é indivisível em extensão
4 Rubrica: química.
qualquer corpo simples ou composto, cristalizável ou volátil que não se acha em estado de decomposição
5 Rubrica: biologia.
organismo único, distinguível dos demais do grupo
6 ser pertencente à espécie humana; homem
Ex.: <o i. jovem> <o i. idoso>
7 o ser humano considerado isoladamente na coletividade, na comunidade de que faz parte; cidadão
Ex.: <os deveres e obrigações do i.> <todo i. tem direito à educação, saúde e habitação>
8 homem anônimo, indeterminado; pessoa
Ex.: passou por aqui um i. alto e louro
9 determinado homem; sujeito
Ex.: é um i. simpático
10 Uso: pejorativo.
homem a quem não se nomeia por ser considerado indigno, desprezível, reles
11 Uso: eufemismo.
diabo, demônio

(4) Nesta questão, Ford acaba caindo na mesma armadilha que caem muitos defensores do aborto, os quais argumentam que o zigoto (ou, para muitos, até mesmo o embrião posterior) é semelhante a um bálano, ou seja, não passa de uma vida potencial (ibid., 124). Mas isto não é correto. Um bálano, que é similar a um zigoto humano, é uma pequenina árvore de carvalho viva em estado de dormência. A semeadura do bálano não dá início à vida de um carvalho; mas apenas dá início ao seu crescimento. De modo semelhante, um zigoto humano vivo, ao ser implantado no útero da sua mãe não dá início à sua vida única e individual, mas simplesmente possibilita o seu desenvolvimento.
Resposta:
O zigoto é uma vida humana em potencial, e não uma vida humana real (individual), portanto, não se pode comparar a um bálamo, já que este é uma vida real.O útero possibilita a vida humana individual

(5) Como Ford parece sugerir, se a vida humana é protegida não a partir da concepção, mas somente depois da fixação do óvulo, teremos por conseqüência uma série de graves implicações morais e legais. O controle de natalidade não contraceptivo (por exemplo, os DIUs e o RU-486) e mesmo os experimentos feitos com zigotos humanos não são, de forma alguma, descartados. Em suma, a posição pós-fixação do óvulo faz com que o direito “inalienável” à vida seja alienado de um indivíduo humano, conforme todos admitem, nas duas primeiras semanas da sua vida.
Resposta:
A vida humana em potencial, zigoto, tem implicações éticas por se tratar de um ser humano em potencial que pode gerar um. dois ou três seres humanos reais.

CONCLUSÃO
Os filósofos e os teólogos continuarão a debater acerca de qual é o momento preciso em que a alma se une ao corpo humano. Neste ínterim, tanto as evidências bíblicas, quanto científicas apontam para o início de uma natureza humana única no momento da fertilização (concepção). Como declara o professor Jerome Lejeune:
“A natureza humana [...] é inteiramente constante do momento da fecundação [fertilização] até a mo rte natural” (conforme citação feita por Ford, WDIB, 127). A citação que Ford faz de um relatório da Real Comissão Para Assuntos de Contracepção, Esterilização e Aborto da Nova Zelândia (em 1977) também diz: De uma perspectiva biológica, não existe dúvida acerca do início da vida. Obtivemos evidências de eminentes cientistas do mundo inteiro e nenhum deles sugeriu que a vida humana iniciasse em algum outro momento que não fosse o da concepção, (ibid., 115)
Resposta:
A vida humana em potencial se inicia sim na concepção, mas não a vida humana real, INDIVIDUAL.

De uma perspectiva teológica, não há evidências científicas que contradigam a posição traducionista, a qual sustenta que a alma humana é gerada por um processo comandado por Deus por intermédio dos pais. Na verdade, o fato da clonagem de animais ser possível, é um apoio à posição traducionista. A clonagem humana, aparentemente, também confirmaria o Traducionismo, já que seria completamen te ad hoc e implausível se supor que Deus interviria diretamente para a criação de uma alma cada vez que um clone é gerado, particularmente porque o processo em si apresenta implicações éticas altamente negativas.
Resposta:
A ciência destrói a tese Traducionista pois:
 1-O traducionismo diz que a alma vem dos pais. A ciência mostra que nas gestaçõe de gemeos identicos, um irmão (considerando que na fecundação a alma foi gerada) geraria uma alma a outro irmão, logo a alma do irmão não vem dos pais!!

2- O traducionismo e a tese que a vida humana individual se inicia na fecundação supõe a tese implausível que Deus é o maior realizador de abortos do mundo, pois cerca de 70% das fecundações terminam em aborto natural!! (50 % antes de se verificar a gravidez [aborto sub clinico] e 20% depois de diagnosticada a gravidez [aborto clinico]

Doutrina da Trindade. Unitarismo e Unicismo refutado



1- ORIGEM DO TERMO

A palavra trindade foi criada por Tertuliano (160-220 d.C.) para se referir à unidade composta de Deus, isto é, à união de três Pessoas numa só divindade. Portanto o termo se relaciona exclusivamente a Deus. è um erro chamar coisas, pessoas ou deuses de trindade.

2- USO NA BÍBLIA

O termo Trindade não se encontra na Bíblia, assim como também outros termos como OniscienteOnipresentelivre arbítrio, etc. O fato é que todos estes termos correspondem a Verdades ensinadas na Bíblia. Em relação a Trindade isso será provado abaixo. O termo unicismo também não se encontra na Bíblia


3- TRINDADE X TRÍADE (paganismo). A trindade vem do paganismo?

Muitíssimas pessoas e dicionários usam os termos como sinônimos, mas tem conotações bem diferentes. Por isso Tertuliano cunhou o termo definido-o como Três pessoas divinas de mesma essência.
o termo TRÍADE se refere a três coisas de natureza diferente como, por exemplo:
a- tríade da cárie- dente+microbiota+substrato (açúcar)
b- tríade ecológica- agente, hospedeiro, meio ambiente
c-tríade de acordes- 3 notas musicais (cada uma de natureza diferente)
d- Tríade de deuses- Egípcios (Osíris, Isis e Hórus),  Mesopotamia (Anu, Enlil e Ea), Hindu (Brama, Vishnu e Shiva)

Observações:
  • As tríades religiosas são exclusivas de religiões politeístas.
  • Todas as tríades religiosas conhecidas, constituem de 3 deuses diferentes dentre muitos outros venerados pelos adeptos destas religiões
  • A declaração das Testemunhas de Jeová que "Os egípcios acreditavam que um deus, uma deusa e o filho deles eram três partes de um só deus. Um exemplo desse tipo de trindade egípcia era o deus Osíris, a deusa Ísis e o filho deles Hórus." é falsa, pois eles eram 3 deuses!!
    Sentinela 2013 15/2 pp. 10-11
  • Dizer que a Trindade tem origem pagã é desconhecer tanto o que é Tríade como o que é Trindade!
  • A circuncisão, o dilúvio , a imortalidade da alma, tem paralelos nas religiões pagãs e nem por isso deixam de ser doutrinas bíblicas! Assim mesmo que houvesse a crença em Trindade entre os pagãos (e de fato não há) isto por si não seri suficiente para dizer que a crença na Trindade é uma coisa diabólica!


tríade da cárie

4- O QUE NÃO É TRINDADE

4.1 Triteísmo- adoração de 3 deuses 
Observe (como distorcem as Testemunhas de Jeová):
"Por conseguinte, os que aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus não adoram a Trindade que consiste de três pessoas, ou deuses, em um só." (Conhecimento cap. 3 p. 31 par. 22 Quem é o Deus verdadeiro?)

Os Estudantes da Bíblia também expuseram como falsa a amplamente venerada doutrina da Trindade. Em 1887, a revista A Sentinela* comentou: “As Escrituras são bem claras com respeito à individualidade distinta e à relação exata entre Jeová e nosso Senhor Jesus.” Daí o artigo observou que era surpreendente que “a ideia de um Deus trino — três Deuses em um e, ao mesmo tempo, um Deus em três — chegasse a ter proeminência e aceitação geral. Mas o fato de isso ser assim serve para mostrar como foi profundo o sono da igreja enquanto o inimigo a amarrou com as correntes do erro”. (O Reino de Deus já Governa! pp. 14-16)

4.2- Unicismo- crença que Jesus é o Pai e o Espírito Santo

  • Os unicistas ensinam que Deus é uma unidade absoluta. Um Deus unitário.
  • Os unicistas acreditam que Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo.Três manifestações, não três pessoas, mas apenas uma pessoa
  • Acreditam que Deus se revelou como Pai  no A.T, Filho na encarnação e Espírito após ressurreição.
  • Acreditam que Deus não se revelava como Filho no Antigo Testamento.
  • Ensinam que o termo Pai se refere a divindade.
  • Que o termo Filho se refere a encarnação (humanidade de Jesus)
  • Que o Espirito Santo se refere a divindade

Veja a refutação destas doutrinas mais abaixo.



5- O QUE É TRINDADE?

Doutrina cristã que ensina que Deus é único e é eternamente existente em três pessoas distintas. Ou seja Deus na  essência é um e na personalidade são três, isto é, três Pessoas Divinas distintas que nunca devem ser confundidas. Nunca deve ser confundida com triteísmo ou tríades, como visto e provado acima
  • Deus (a Divindade) na sua essência (qualidade, substância divina) é um, mas quanto à sua personalidade, Deus é três. Não devemos confundir as Pessoas, nem dividir a substância (essência). 
  • Deus é eternamente existente em três Pessoas diferentes, porém de mesmo poder, autoridade, glória e co-eternas. Cada uma dessas Pessoas Divinas apresentam suas características pessoais distinguindo-se claramente das outras Pessoas. 
  • Cada Pessoa Divina  (Pai, Filho e Espírito Santo), tem todos os atributos divinos (onisciência, onipresença, onipotência, imutabilidade, amor, etc.), recebe honras divinas e realiza obras divinas, entretanto nenhuma das três age independentemente das outras Pessoas.
     Trindade e Triunidade  
Langston faz uma falsa distinção de trindade e triunidade: 
"O termo TRINDADE É usado, geralmente, para exprimir duas idéias bem distintas e até diferentes: refere-se uma propriamente à tríplice manifestação de Deus, e a outra, ao seu modo triúno de existir. Mas estas duas idéias, apesar da relação Intima que entre elas existe, são tão diferentes que podem causar confusão quando expressas por uma só palavra. Tão grande é a diferença de sentido entre elas que achamos por bem dar a cada qual uma designação própria. Vamos, portanto, na discussão da doutrina da Trindade, designar por termos diversos a idéia da tríplice manifestação de Deus c a do seu modo triúno de existir. No estudo que ora fazemos, deste assunto, a palavra Trindade significará a tríplice manifestação de Deus ou a sua manifestação no Pai, no Filho e no Espírito Santo; e o termo Triunidade, o tríplice modo da existência de Deus, que é a existência de três em um.
Temos a doutrina da Trindade pelo fato de Deus se haver revelado como Pai, como Filho e como Espírito Santo. Há uma tríplice revelação porque há um modo tríplice de existir. Ainda mais, a teologia afirma que a Triunidade foi conhecida por causa da Trindade. Se não houvesse uma tríplice manifestação própria de Deus, jamais se revelaria aos homens a Triunidade de sua existência....Entende-se por Triunidade não o modo de Deus revelar-se em três Pessoas, e, sim, o seu modo de existir em três Pessoas. A Trindade refere-se à revelação de Deus, ao passo que a Triunidade refere-se à existência de Deus. Deus é Triúno quanto à sua existência. E, como já notamos, o modo de existência de Deus serve de base à sua maneira de revelar-se; ou, em outras palavras, a Triunidade é a base da Trindade." A. B. LANGSTON. ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Trindade não se refere a tríplice manifestação de Deus. Unicismo que se refere à tríplice manifestação de Deus.
Trindade e tri unidade se refere ao ato de Deus ser eternametne trino e eternamente com a mesma essência, e se revelar ao homem em 3pessoas distintas


6- A TRINDADE SURGIU NO SECULO 4?
Não. A bíblia em si defende a trindade e os escritores antes do sec. 4 também:


7- UNICISMO REFUTADO

7.1 -Jesus disse que ele e o Pai eram duas pessoas:
Jo 8:13  Disseram-lhe os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.
14  Respondeu-lhes Jesus: Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.
15  Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo.
16  E se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro; porque não estou só, mas o Pai que me enviou, está comigo.
17  Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
18  Eu dou testemunho de mim, e meu Pai que me enviou, também dá testemunho de mim.

7.2 Jesus usou O PLURAL para falar dele e do Pai. E o AT também usa o plural

  • A Bíblia usa pronomes e verbos no plural para se referir ao Pai e ao Filho, indicando haver mais de uma Pessoa na Divindade. “somos”; “nós”; “faremos”. Jo 10:30; 14:23; 17:21,22.

JO 10:30  Eu e o Pai somos um.

JO 14:23  Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

JO 1721  a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Será que o Espírito Santo não sabia gramática grega? Ou o Unicismo está errado?

  • A Bíblia refere-se a Deus (a divindade),com pronomes  e  verbos no plural “Façamos”, “nós”, ”desçamos”, “confundamos ” Gn 1:26; 3:22; 11:7; Is 6:8.
Gn 1:26 ¶ Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
27  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Não se trata de diálogo com os anjos, pois os anjos não tiveram participação na criação, e o homem não é imagem dos anjos e sim de Deus.
Gn 3:22 ¶ Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.

7.3- A palavra único em hebraico pode se referir a uma unidade composta
Dt 6:4 diz que Yahweh é único. A palavra único nesta passagem é echad e pode significar uma  unidade composta, como acontece em Gn 2:24; 11:6. Se a Divindade fosse uma unidade absoluta a palavra usada seria yachid que é usada em Gn 22:2. Em Mc 12:29, Jesus citou Dt 6:4.
Dt 6:4 ¶ Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.

Gn 2:24  Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.

Gn 11:6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.
7  Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro.
8  Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade.

dxa ‘echad
 um numeral procedente de 0258; DITAT-61; adj
 1) um (número)
1a) um (número)
1b) cada, cada um
1c) um certo
1d) um (artigo indefinido)
1e) somente, uma vez, uma vez por todas
1f) um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um
1g) primeiro
1h) onze (em combinação), décimo-primeiro (ordinal)

dyxy yachiyd
 procedente de 03161; DITAT-858a;
 adj
1) só, só um, solitário, um
1a) sozinho, único, um
1b) solitário
1c) (DITAT) filho único
 subst 
2) um

7.4 Jesus disse que ser um, não é ser a mesma pessoa mas estar em unidade, unido  ver 7.16 C
30  Eu e o Pai somos um
Jo 17:21  a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Além disso o termo um (no grego) é neutro e não masculino. Se referisse a pessoa seria masculino

7.5 O unicismo cai no Nestorianismo*, pois sua doutrina implica necessariamente que Jesus era duas pessoas  ou tinha duas naturezas separadas!
João 3:35  O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos



Marcos 13:32  Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai
*Nestorianos (5º séc.): Afirmava que as duas naturezas eram separadas, fazendo assim de Jesus 2 pessoas. 

  • Os pentecostais unicistas compartilham deste ponto de vista quando questionados, por exemplo: Como Jesus não sabia o dia de sua volta? Respondem que apenas sua natureza humana (Filho) não sabia, mas a divina (Pai) sim. O que implica em naturezas separadas, fazendo de Jesus duas pessoas. 
  • Porém esta resposta deles implicaria que Jesus sabia, o que contradiz a afirmação de Jesus, de que ele não sabia. Na verdade tanto sua natureza humana como sua divina (em virturde de sua encarnação e esvaziamento) não sabiam a data de sua volta
  • Para uma verdadeira compreensão deste versículo veja 10. Pois até mesmo alguns Trinitarianos de maneira IRRACIONAL dão esta explicação herética





7.6 O Filho conhece o Pai, e o Pai ao Filho
Mateus 11:27  Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.


  • Jesus conhece o Pai em virtude de sua vida com o Pai antes de sua encarnação e esvaziamento por ter a mesma natureza dele  ver 7.11
  • Se o termo Filho se refere a natureza humana (como pressupõe o Unicismo) seria impossível ele conhecer ao Pai, pois o criado e finito não pode alcançar o incriado e infinito!! 
  • Portanto o termo Filho se refere a divindade de Jesus, pois antes de encarnar existia como o Pai e tinha a mesma natureza dele (ver 7.11)


7.7 O Pai fala ao Filho e o Filho ao Pai. Cada um chama o outro de "Deus", o que implica em duas pessoas na divindade.
Hb 1:1 ¶ Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2  nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
5  Pois a qual dos anjos[Deus] disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
6  E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, [Deus] diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7  Ainda, quanto aos anjos, [Deus] diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;
8  mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino.
9  Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.
10  Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos;
11  eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste;
12  também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.
13  Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?

Ap 3:12  Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.



7.8- O Filho agiu  no AT como CRIADOR e como INTERCESSOR, ao contrário do que diz o unicismo (ver 4.2)
Hb 1:2  nestes últimos dias, [Deus] nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.



Cl 1:12 ¶ dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.

13  Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,

14  no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

15  Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

16  pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.


Zc 12:1 ¶ Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.
2  Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?
3  Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo.
4  Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes.
5  E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do SENHOR estava ali,

Davi MOSTRA QUE o Fiilho já existia no seu tempo!! e o Pai conversou com ele:
Mt 12:36  O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.

37  O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer.


7.9- O Espírito Santo que não tem natureza humana como Jesus, intercede ao Pai, logo é uma pessoa distinta do Pai. 
Se o Espírito Santo é o Pai ou natureza divina, como dizem os Unicistas, como ele intercederia junto a si mesmo? Que contradição é essa?

Rm 8:26 ¶ Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.



7.10- O termo Filho implica divindade, por isso Jesus foi acusado de blasfemia
JO 5:18  Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

Jo 10:33  Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34  Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35  Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar,

36  então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?

Obs* Não confunda o termo filho que é aplicado aos cristãos, pois somos filhos por adoção!!
Jesus é o Deus unigênito (único do gene, unico do tipo), pois é Deus.
Jesus é o Filho Unigênito pois tem a natureza divina
Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito*, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

16  Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


* apenas manuscritos medievais trazem o termo Filho unigênito, cópias tardias e menos confiáveis


7.11- Desde a eternidade Jesus é distinto do Pai e ele tem a natureza do Pai
Jo1:1 ¶ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com (o) Deus, e o Verbo era Deus.

  • Jesus estava com Deus pai desde a eternidade
  • Jesus desde a eternidade tinha a natureza ou essência divina

A ausência de artigo definido no termo  Deus, como acontece na segunda palavra Deus ( "era Deus") implica em um qualificativo do termo Logos. Assim o termo Deus qualifica (dá qualidade) ao Logos, significando que ele tem a natureza divina. Veja:
(Nova Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Edições Targumim, 2009, p. 567
Jesus)

  • Outros textos falam de Jesus tendo esta natureza divina:
Fp 2:6  Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. NTLH
Fp 2:6  pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;

"1. morphe  denota “a forma ou traço especial ou característico" de uma pessoa ou coisa. É usado com significado particular no Novo Testamento, somente acerca de Cristo, em Fp 2.6.7. nas frases: “sendo em forma de Deus" e "tomando a forma de servo". Definição excelente da palavra é a que Gifford oferece: “O termo morphe é. portanto, a natureza ou a essência, não no abstrato, mas como subsistindo na verdade no indivíduo, e retido, contanto que o indivíduo exista. \ ...] Assim, na passagem diante de nos morphe theou é, de fato. a natureza divina e inseparavelmente subsistente na Pessoa de Cristo. (...) Quanto à interpretação da expressão ‘forma de Deus', é suficiente dizer que: 
(1) inclui toda a natureza e essência da deidade, e é inseparável delas, visto que não podem ter existência real sem ela: e 
(2 ) que não inclui em si mesma qualquer coisa acidental ou separável, como determinadas maneiras de manifestação ou condições de glória e majestade, as quais podem, numa ocasião, estar presas à ‘forma’: e em outra, separadas dela. [...] “O verdadeiro significado de morphe na expressão 'form a de D e u s’ é confirmada por seu reaparecimento na expressão correspondente, 'forma de servo’. É universalmente aceito que as duas frases são diretamente antitéticas. e que. portanto a palavra ‘forma* tem de ter o mesmo sentido em ambas" (extraído dc On The incarnaríon, de Gifford. pp. 16. 19, 39). (Dicionario Vine- CPAD, 2002, p.664)
  • O Pai tem logicamente esta natureza divina 
Romanos 1:20  Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

7:12 O N.T. revela de maneira mais explicita a pluralidade de Pessoas e a unidade de essência na Divindade:
  • Batismo de Jesus (Mt 3:16,17); o texto grego usa o artigo definido antes de cada termo Pai, Filho, Espírito Santo, o que se usa para identificar uma pessoa!  ver 12
Mt 3:16  Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; eis que se abriram os céus, e veio o Espírito de Deus descer como pomba e vir sobre ele; e uma voz dos céus disse:
17  Este é o meu Filho dileto, em quem me agrado.

Razões para Crer. Rio de Jeneiro:CPAD, 2013, p. 368.
  • Grande Comissão (Mt 28:19); Se o termo Pai é divindade e Espírito também, porque a repetição?
Mt 28:19  Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
  • Distribuição dos Dons (ICo 12:1-6); 
1 Co 12:4  Ora há diversidades de dons, mas um mesmo é o Espírito;5  há diversidades de ministérios, e um mesmo é o Senhor; 6  há diversidades de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
  •  Bênção Apostólica (II Co 13:13); Se o termo Pai é divindade e Espírito também, porque a repetição?
2 Co 13:13A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo, seja com todos vós.
  • Unidade da Fé (Ef 4:4-6)
Ef 4:4-6  um só corpo há e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;5  um só Senhor, uma só fé, um só batismo;6  um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos e por todos e em todos.
  • Eleição (IPe 1:2);
1 Pe 1:2  eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para a obediência e para a aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.
  •  Exortação de Judas (Jd 20,21);
Jd 20  Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, e orando no Espírito Santo,21  guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.
  • Saudação de Apocalipse (Ap 1:4,5)Se o termo Pai é divindade e Espírito também, porque a repetição?
Ap 1:4  João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir; e da dos sete espíritos* que estão diante do seu trono;
5  e da de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue,
obs* Os sete espíritos se referem a Manifestação sétupla do Espírito Santo Is 11:2
Is 11:2  Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR


7.13 Jesus não é o Pai e sim o Filho do Pai (II Jo 1:3)  
  • está no mesmo trono à sua direita.(Jo 1:1,18; 5:31,32,37; 8:17,18; 10:36, 15:24; 14:21; 16:17,18; 20:17; Mt 3:16; 5:48; 6:1,9; 7:21; 11:25,26; 12:50; 28:19; Ap 1:4,5; 3:21; 5:5-7,13; I Jo 1:3; 3:23; II Jo 1:3; Mc 13:32; 14:62; 16:19; At 7:56, Hb 1:3,13; I Co 11:3; etc.)
  • Para "Pai da eternidade" ver 7.16


7:14 Jesus não é o Espírito Santo 
(Mt 3:16; 12:28,31; 28:19; Lc 4:1,18; Jo 14:16,17; At 10:38; Is 11:2; Ap 1:4,5; 5:6; etc.)
              Jesus foi ungido (capacitado) pelo Espírito Santo para realizar as obras que o Pai lhe deu para fazer. O Espírito Santo é “outro consolador ”Jo 14:16 outro, allos, significa “outro do mesmo tipo”, isto é, Jesus tem a mesma Natureza Divina do Espírito Santo, porém são Pessoas distintas. (Ver Testemunhas de Jeová- O Espírito Santo)

7:15 O Pai não é o Espírito Santo 
(Mt 3:16,17;Mt 28:19; I Co 12:4-6; IICo 13:13; Ef 4:4-6; Ap 1:4,5; Jd 20:21; etc.)
  • Jo 4:24 não prova que o Pai é o Espirito Santo, mas apenas diz que a Natureza de Deus Pai é espiritual “Deus é espíritoARA, NVI, AR e BJ ou “Deus é EspíritoARC; não diz “Deus é o Espírito”. 
  • Jesus Cristo antes de vir à terra era espírito, assim como o Espírito Santo é espírito. Em Ef 4: 4,5 diz que há um só Espírito que é o Espírito Santo, um só Senhor (Jesus) e um só Deus que é o Pai, este texto não diz que o Espírito Santo é o único Ser Divino espiritual.
  • O Espírito Santo devido sua relação com Jesus Cristo (foi enviado por Cristo At 16:7, e por inspirar as profecias messiânicas I Pe 1:11) é chamado Espírito de Cristo, de Jesus Cristo ou de Jesus.
  •  O Espírito Santo devido ser uma Pessoa Divina da Trindade é chamado de:  Espírito de Deus, Espírito do Senhor I Jo 4:2; Lc 4:18.
  • O Espírito Santo devido a seus ofícios é chamado de: Espírito de adoção, Espírito da graça, etc. Leia Is 11:2; Rm8:15; Hb 10:29. 
  • Para o argumento de que só há um Espírito veja 7:15
7:16 Desfazendo mitos unicistas

A) Cl 2:9 não ensina que Jesus é a união de Deus Pai que se fez carne ( sendo esta a natureza humana ou Filho) com Deus Pai que morava dentro desse corpo ou se uniu a esse corpo (sendo esta a natureza divina). 
  • Cl 2:9 está no presente e diz que Jesus hoje (como eternamente) é 100% Divino. Paulo estava falando aos Colossenses que Cristo não era uma criatura e sim um Ser Divino, Cl 1:19. 
  • Quando o Filho se fez carne Ele se esvaziou da manifestação dos poderes da divindade, mas isso não significa que Ele perdeu a Essência Divina Fl 2:6-10. 
  • Jesus neste sentido tinha a natureza Divina e humana, mas não no sentido dos Unicistas. Jesus ao assumir a forma humana decidiu ser dependente do Espírito Santo (Is 11:2; Lc 3:22; 4:1,18; At 10:38; Mt 12:28).


B) Is 9:6 não diz que Jesus é Deus Pai, mas sim que Ele é eterno Pai da eternidade. Significa possuidor da eternidade
  • O Léxico de Strong diz: 

  • "ab=pai
    1) pai de um indivíduo
    2) referindo-se a Deus como pai de seu povo
    3) cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
    4) antepassado
    4a) avô, antepassados—de uma pessoa
    4b) referindo-se ao povo
    5) originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
    6) referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
    7) referindo-se \a benevolência e proteção (fig.)
    8) termo de respeito e honra
    9) governante ou chefe (espec."

  • O Targum [paráfrase aramaicas do A.T] traduziu o termo por: 'Seu nome tem sido chamado desde a antiguidade, Maravilhoso Conselheiro,, Deus Forte, aquele que vive para sempre' (Targum of Isaiah. Londom:Oxford, 1942, p. 32)

C)- Jo 10:30 diz Eu e o Pai somos um”. O verbo está no plural indicando haver duas Pessoas e o numeral “um” no grego é numeral neutro, indicando mais uma vez unidade de Essência  ou Natureza Divina. 
  • Jesus não disse: “Eu sou o Pai”.
  • Se ser um significa ser a mesma pessoa, logo a igreja é Deus. Isso é irracional e satânico (Jo 17:21-23).
  • Logo, a expressão “somos um” ou derivadas devem ser analisadas de acordo com o contexto.
  • Todos os crentes são um em Cristo. ICo l2:12,14,20 mas nem por isso deixamos de ter a nossa individualidade, o mesmo ocorre com os casados Mt 19:5-6. Leia também Gn 11:6.
  •  Além disso o termo um (no grego) é neutro e não masculino. Se referisse a pessoa seria masculino

D)-  Em Jo 3:13 a expressão:que está no céu”, não se encontra nos manuscritos gregos mais antigos, foi colocada por um copista, para enfatizar que Jesus hoje está nos céus ao lado do Pai (Jo 1:18). 
  • As versões mais modernas da Bíblia omitem este acréscimo ou o colocam entre colchetes. Quem estava nos céus, durante o ministério terreno de Jesus era seu Pai (Mt 10:33).


E)- Atos l0.28 não diz que Deus Pai tem sangue, sendo portanto Jesus Cristo. 
  • Essa passagem refere-se a Deus Filho (Jesus Cristo) que é chamado de Deus em: Jo 1:1,18; 20:28; Hb 1;8-12; Tt 2:13 e em  I Jo 5;20.

F)- II Co 5:19 diz que Deus (Pai), através de seu Filho reconciliou o mundo com Ele.
  •  O Filho é chamado de Cristo e não o Deus Pai (Mc 14:61).

G)- Jo 14:19 mostra que devido as obras de Jesus serem iguais às de Deus Pai (Jo 5:19, 20,36,43; 10:38; 14:9-12), quem o via, via ao Pai, pois tinha a mesma Essência Divina (Jo 1:1; 10:30; Cl 2:9), 
  • Jesus disse que ninguém tinha visto o Pai (Jo 6:46; 5:37).


H)- Jo 8:16; 16:32 não ensinam que o Pai se tornou uma Pessoa com o Filho na encarnação como já foi discutido, Jesus está sempre conosco, porém não somos Deus.

I)- Jo 14:10 não sustenta a doutrina herética que o Pai é a natureza divina e o Filho a natureza humana como já foi comentado, antes mostra que  o propósito do Pai estava em Jesus e que Ele através do Espírito Santo capacitava Cristo a fazer obras iguais às Suas (Jo 5:19,20; 14:10,11; At 10:38; Lc 4:14,18)
  • Não é a presença do Espírito Santo que tornou Cristo divino, pois Ele sempre foi Deus(Divino),(Jo l:l).
  • Os cristãos tem o Espirito Santo, mas contudo não são Deus (Jo 14:17; I Co 3:16).

J)- I Co 15:45 ensina que Jesus após ressuscitar recebeu um corpo espiritual [Seu corpo carnal foi transformado].(I Co 15:44). 
  • Contrasta o primeiro Adão que trouxe a morte, com o último Adão(Jesus) que trouxe vida eterna a todo o que crê (Jo3:16; I Jo 1:1,2;3:14;5:11,20).
  • Então Jesus glorificado é “espírito vivificante”(Rm 5;15,18,20) e não apenas uma alma vivente (ser vivente) como foi Adão. Jesus não se transformou no Espirito Santo pois Este já existia como uma Pessoa distinta. 

K)- Jo 7:38,39 e 14:16-19 distingue a Pessoa do Espírito Santo da Pessoa de Jesus, pois em Jo 14:17 Jesus disse que o Espírito Santo era invisível e habitava com eles, portanto era “outro consolador”(Jo 14:16); no grego allos eqüivale a outro do mesmo tipo
  • Em II Jo 1:3, a palavra órfãos não significa que Jesus é Deus Pai, significa apenas que Jesus é nosso pai, assim como as outras Pessoas da Trindade (Jo 21:5). 
  • A expressão do versículo 18 (...)virei para vós” refere-se a ressurreição de Cristo e seu aparecimento aos discípulos (Jo14:19,20; 20:19-31; 21:1-25) e não a Jesus transformado no Espírito Santo.

L)- Jo 20:22 mostra que Jesus soprou o Espírito Santo e não a si mesmo em Pessoa.

M)- II Co 3 refere-se ao ministério do Espírito Santo II Co 3:3,6,8,16,17,18 AC (Espírito). 
  • Portanto II Co 3: 16,17,18  diz apenas que o Espírito Santo é o Senhor assim como o Pai (Mt 4:7) e o Filho (Fl 2:11).
  •  O título Senhor refere-se a Deus como supremo soberano (no grego Kyrios e no hebraico Adonay) e corresponde à Yahweh (Dt 6:16).
  •  Assim este trecho diz que o Espírito Santo é o soberano do universo (que nos transforma segundo sua imagem) e identifica o Espírito Santo como o Senhor com quem Moisés falara refletindo sua glória ( II Co 3:7,13,17,18) Ora, o Senhor é o Espírito”v.17.
  •  Dizer que Cristo é o Espírito Santo é forçar o contexto e contradizer todo o restante da Bíblia.



8- Divindade de Jesus Cristo


9- Divindade o Espírito Santo

10- As duas naturezas de Jesus Cristo


11- A farsa do plural de majestade
http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2016/01/a-farsa-do-plural-de-
majestade.html


12- Batismo em nome de Jesus ou em nome da Trindade?
http://tabernaculodaferefutado.blogspot.com.br/2014/07/batsimo-em-nome-de-jesus.html

13- Quantos tronos da divindade tem no céu?

A bíblia só registra um.
Jesus sentou no trono junto com o Pai, à sua direita! 
Apocalipse 3:21  Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
Apocalipse 22:1  Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.
Apocalipse 22:3  Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,

Hebreus 12:2  olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Hebreus 8:1  Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,

14- Quantas pessoas da Divindade nós vamos ver no céu?

TEOFANIA- manifestação temporária visível do Deus invisível

Deus se manifestou  ao homem de várias formas teofânicas:

a- Como Luz (fóton= energia, partícula)
At 9:3  Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor,

4  e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?

b- Como pomba
Lucas 3:22  e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.

c- Como homem
Gn 18:1 ¶ Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.
2  Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra
3  e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo;
4  traga-se um pouco de água, lavai os pés e repousai debaixo desta árvore;
8  Tomou também coalhada e leite e o novilho que mandara preparar e pôs tudo diante deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo da árvore; e eles comeram
22  Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR.

d- Como fogo
Ex 3:2  Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia.
3  Então, disse consigo mesmo: Irei para lá e verei essa grande maravilha; por que a sarça não se queima?
4  Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui!
5  Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.
6  Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.

e- Como Nuvem

15  Então, o SENHOR apareceu, ali, na coluna de nuvem, a qual se deteve sobre a porta da tenda.

16  Disse o SENHOR a Moisés: Eis que estás para dormir com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra para cujo meio vai, e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele.

f- Como redemoinho

Jó 38:1 ¶ Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó:

2  Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?


g-Deus no trono 


Ex 24:10  E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade.


Isaías 6:5  Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
1 Reis 22:19  Micaías prosseguiu: Ouve, pois, a palavra do SENHOR: Vi o SENHOR assentado no seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda.
Isaías 6:1  No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.
Amós 9:1  Vi o Senhor, que estava em pé junto ao altar; e me disse: Fere os capitéis, e estremecerão os umbrais, e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; matarei à espada até ao último deles; nenhum deles fugirá, e nenhum escapará.
Ex 33:22  Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado.
23  Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

Apocalipse 4:2  Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
Apocalipse 4:3  e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.

Ezequiel 1:26 ¶ Por cima do firmamento que estava sobre a sua cabeça, havia algo semelhante a um trono, como uma safira; sobre esta espécie de trono, estava sentada uma figura semelhante a um homem.
27  Vi-a como metal brilhante, como fogo ao redor dela, desde os seus lombos e daí para cima; e desde os seus lombos e daí para baixo, vi-a como fogo e um resplendor ao redor dela.
28  Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chuva, assim era o resplendor em redor. Esta era a aparência da glória do SENHOR; vendo isto, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de quem falava.

  • Ninguém nunca viu a Deus na sua essência!
João 1:18  Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.
1 Timóteo 6:16  o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!

1 João 4:12  Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.
  • Nós veremos o que os  anjos vêem, a face de Deus no trono  (ou seja, uma Teofania de Deus)
Mateus 18:10  Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.

1 Coríntios 13:12  Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.

Mateus 5:8  Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.


Ap 22:3  Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,
4  contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele.

Apocalipse 19:12  Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo

  • Nós veremos Jesus ressurreto
1 JO 3:2  Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
  • Nós veremos o Espírito Santo?
Não sabemos, mas se o virmos veremos numa forma teofânica! Não se pode dizer que sim  e nem que não!
Não podemos ir além do que está escrito.
 1 Co 4:6  Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro

Conclusão:
Não podemos ver Deus na sua essência, na sua plenitude, por sermos finitos e limitados