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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Globalização x globalismo - Maçonaria e Nova Ordem Mundial?

1- Nova Ordem Mundial / globalização 
A Nova Ordem Mundial não tem nada a ver com Iluminatis
(História- vol Único. Divalte. Editora Ática, p. 400. 1ª edição, 7ª impressão, 2002)


História geral e do Brasil / Cláudio Vicentino,

Gianpaolo Dorigo – 2. ed. – São Paulo: Scipione, p. 245, 2013

Nos anos 1990, a globalização foi definida como o processo de integração da economia mundial caracterizado pelo fluxo intenso de capitais, serviços, produtos e tecnologias entre os países e pela interdependência dos mercados de todo o planeta.

Desde então, o conceito foi ampliado e, atualmente, podemos dizer que globalização é um conjunto de processos complexos que abarcam diversos aspectos da vida humana – economia, sociedade, política e cultura – e envolvem diferentes tipos de contato e intercâmbio entre pessoas e sociedades, em escala mundial.
Alguns estudiosos afirmam que a globalização de hoje é apenas uma etapa de um processo antigo, que acompanha, de certa forma, a história do desenvolvimento capitalista. De acordo com eles, estamos vivendo a terceira etapa de um movimento que começou quando os europeus partiram em viagens oceânicas e chegaram à América. 
Assim, a primeira etapa globalizante começou no século XV, na época das Grandes Navegações, com a incorporação da América ao mercado mundial.

segunda etapa da globalização correspondeu ao desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial, entre 1840 e 1914, quando os europeus se lançaram à expansão imperialista na África e na Ásia. Como resultado, o comércio mundial cresceu sete vezes e aproximadamente 47 milhões de europeus migraram para as novas colônias ou para a América, entre 1800 e 1930, levando seus capitais, suas tecnologias, seus valores etc. Ao mesmo tempo, nas novas terras, os europeus apropriaram‑se de saberes, práticas e costumes das sociedades nativas, em um processo de influência recíproca.

Essa segunda fase, portanto, foi marcada pela intensa movimentação de capitais europeus e estadunidenses nas áreas colonizadas ou periféricas do capitalismo mundial, em um processo de expansão que só teve pausa entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, sendo retomado após 1945, sob a liderança dos Estados Unidos.
De acordo com essa visão, a atual fase da globalização é marcada pela expansão do capitalismo internacional, caracterizada pelo desenvolvimento sem precedentes das tecnologias da informação e da comunicação e pelo fluxo intenso de produtos, serviços e capitais, com impactos na economia, na política, no meio ambiente, no mundo do trabalho e no comportamento dos indivíduos. Vereda Digital - História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2017, p. 587




Características da globalização


O percurso dos intercâmbios e contatos realizados pela humanidade permite-nos delimitar algumas características do fenômeno conhecido como globalização.
A primeira característica é o fato de que ele está associado às influências originadas da evolução tecnológica. O incremento dos meios de transporte, como as rotas terrestres de antigos impérios e da navegação (a partir do século XV), e das tecnologias de comunicação (no século XIX), entre outras, criou condições propícias para o desenvolvimento de novas formas de aproximação dos espaços pelo ser humano.
A segunda característica é a ligação entre a globalização e a constituição de redes geográficas. A expansão e o encurtamento das distâncias decorrentes dos avanços no setor de transportes, a implantação e a expansão de redes de cabos submarinos — responsáveis pela transmissão dos sinais de telecomunicações — e das conexões virtuais permitiram o crescimento do fluxo de mercadorias, de pessoas, de informações e a profusão de novas formas de relacionamento entre os povos, propiciando a interligação dos pontos mais remotos do planeta.
Esse tem sido um dos maiores desafios do nosso tempo.
Apesar dos progressos tecnológicos, da aceleração do tempo e do encurtamento das distâncias, os principais problemas sociais da humanidade ainda permanecem sem solução. Por um lado, viaja-se mais rapidamente e de forma mais cômoda, tem-se o domínio de tecnologias até há pouco tempo improváveis e acessa-se uma nova dimensão de espaço, a virtual. Por outro, essas mesmas alterações provocaram a ampliação das desigualdades, agora mais evidenciadas diante da impossibilidade de os países em desenvolvimento participarem do processo de produção e geração dessas novas potencialidades.Vereda Digital - Geografia contextos e redes. São Paulo:Moderna, 2017, p. 388-389


O que é Nova Ordem Mundial?

Denomina-se por Nova Ordem Mundial o campo político mundial após a Guerra Fria.



A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político.
A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.


Mudanças na hierarquia internacional

Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.

A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.


Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder

É possível perceber, no mapa acima, que a divisão entre norte e sul não corresponde à divisão estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para essa divisão são econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério norte (como os Estados do Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países do Sul, enquanto os países do hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem de economias mais desenvolvidas, encontram-se nos países do Norte.

No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.
(Brasil Escola- acessado em 15/05/2014) http://www.brasilescola.com/geografia/nova-ordem-mundial.htm

Será que a maçonaria está ganhando prestígio e poder ou perdendo?  Veja os fatos.
"A maçonaria vive uma crise sem precedentes", diz o historiador maçom José Castellani. "Ela perdeu grande parte de sua influência política por falta de representatividade de seus dirigentes", explica. "Depois disso, começou a decadência, que continua até hoje. Revista època EDIÇÃO Nº 241)  http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG54699-6014,00-CRISE+NA+MACONARIA.html
"Mundialmente, a ordem viveu uma crise a partir da década de 1930, quando seus membros mais à direita (fascistas) e à esquerda (comunistas) não vestiam mais o mesmo avental. Aliás, os maçons também estão entre as vítimas do Holocausto - entre 80 mil e 200 mil irmãos morreram em campos nazistas. Nos anos 50, a ordem chegou a ter uma filiação recorde nos EUA ... Mas, a geração seguinte, dos babyboomers, não se interessou - as revoluções passaram longe das lojas. "Mas, mesmo onde não voltou a ter a influência de antes, a maçonaria nunca ficou irrelevante", diz o historiador alemão Jan Snoek, que pesquisa o tema na Universidade de Heidelberg." 
 É inegável que a maçonaria ainda possui membros influentes - o que não significa que ela ainda exerça influência. Um exemplo prático vem do Reino Unido, onde, a partir de 1997 todos os maçons trabalhando no sistema judiciário foram obrigados a declarar que eram membros da ordem. O argumento era de que a lealdade dos irmãos à irmandade poderia distorcer seu trabalho, e o público tinha direito de saber quem era maçom, para poder acompanhar sua conduta a partir desse fato. Em 12 anos, "nenhuma impropriedade ou má prática foi verificada por parte dos juízes pelo fato de eles serem maçons", declarou o secretário de Justiça inglês, Jack Straw, ele mesmo um apoiador da lei, que derrubou em 5 de novembro deste ano. 
E quanto à Nova Ordem Mundial? Para quem não está por dentro dessa teoria da conspiração, seria um governo único, que comandaria todo planeta e que estaria sendo planejado por maçons - ou pelos illuminati, ou pelos cavaleiros templários, pelo 4º Reich, enfim. Não há informações sobre os últimos 3 grupos, até porque não consta que eles existam. Isso é impedido pela própria forma como a maçonaria é organizada:
  •  as lojas maçônicas são independentes,
  • abrigam irmãos com pontos de vista muito diferentes
  • e não têm de onde tirar uma ação global coordenada. Ainda mais secreta. (Revista Superinteressante dez 2009) http://super.abril.com.br/cultura/decifrando-maconaria-626348.shtml

2- Globalismo

Este termo tem vários significados:

1- internacionalismo
Rubrica: política."política nacional que vê no mundo inteiro uma esfera propícia de influência política; internacionalismo, imperialismo" Dicionário Houaiss

2-Eventos e ações não devem ser isolados do mundo como um todo
A operação ou planejamento da política econômica e externa em nível global. https://www.lexico.com/definition/globalism 
a ideia de que eventos em um país não podem ser separados dos de outro e que um governo deve considerar os efeitos de suas ações no resto do mundo https://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/globalism
a crença de que eventos em um país afetam os de todos os outros países, e que a política econômica e externa deve beneficiar o mundo como um todo, em vez de países individuais https://www.oxfordlearnersdictionaries.com/us/definition/english/globalism


3- Governo único mundial contrário à globalização, muitas vezes atribuído a maçonaria /Illuminat
"um projeto político de um governo global...O projeto teria origem em famílias famosas como os Rothschild, e posteriormente os Carnegie e Rockefeller, que teriam usado a filantropia para dominar entidades internacionais --e predominar culturalmente no mundo, numa espécie de projeto para estabelecer um governo mundial, promovendo a destruição de todos os valores judaico-cristãos.... Para antiglobalistas, estas organizações internacionais são pouco transparentes e facilmente influenciadas por lobistas, como as grandes fundações --daí os ataques contra George Soros e sua Open Society e à ONU....


Para saber mais click  https://averacidadedafecrista.blogspot.com/2020/10/lendas-mitos-e-fabulas-viralizam-entre.html

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os nove dons do Espírito Santo

OS 9 DONS DO ESPÍRITO

Um estudo dos dons segundo a análise de fatos narrados na bíblia, e englobamento deles segundo características comuns e que se enquadram na lista de 1 Co 12:7-11

"Os dons são mecanismos pelos quais Deus libera seu poder. Logo NÃO EXISTE liberação de poder, exceto por meio de dons!"

Por Reginaldo Silva
"não busque poder, busque os dons do Espírito"


1.     INTRODUÇÃO

A Bíblia fala de diversos tipos de dons. Existem os dons ministeriais dados por Cristo Ef 4:7-12. Apóstolos (missionários), profetas, evangelistas, pastores e mestres; os quais só cessarão no retorno de Cristo onde se cumprirá o texto de Ef 4:13
 Há outros dons dados por Deus (entitulados por alguns de "dons de serviço")descritos em 1 Co 12: 28-30 e Rm 12:7-8, (sendo que alguns deles parecem se sobrepor: presidir = governar, socorro = misericórdia.) Todos sem exceção tem pelo menos um dom ministerial 1 Pe 4:9! Com exceção dos 9 dons do Espírito que vem somente após o batismo no Espírito Santo, os outros dons são dados independente deste batismo. Os dons ou manifestações do Espírito estão descritos em 1Co 12:7-11.
 Os 9 dons devem ser buscados por todos 1 Co 14:5, enquanto que os outros dons são ministérios (vocações) dados no momento em que aceitamos a Cristo (mas que desde a nossa formação no ventre estavam destinados caso aceitássemos a Cristo Gl 1:15-16), segundo a sua vontade, mas que exigem preparo e dedicação, enquanto que os de 1 Co 12:7-11 são instantâneos e completos na sua manifestação.
Não existe relação direta entre dons ministeriais e os 9 dons. Uma pessoa com o dom de evangelista pode não ter nenhum dos 9 dons como é o caso do Billy Graham ou pode ser com o diácono Felipe o qual tinha o dom de Evangelista e além disso possuía o dom de operação de maravilhas e dons de curar, assim como tinha o apóstolo Paulo e Pedro. At 6:5-6; 8:5. Nem mesmo o dom de profeta está necessariamente ligado ao dom de profecia (embora na suma maioria esteja), o dom de profeta se refere a pessoas que são levantados por Deus como porta-vozes (significado do termo profeta) como por exemplo Lutero.
Não existe relação direta entre título e dom. Os apóstolos se identificam como presbíteros (anciãos, pessoas maduras) 2 Jo1; 1 Pe 5:1 e estes pastoreiam o rebanho. Assim tanto uma pessoa com dom de evangelista, como de profeta, como de pastor ou apóstolo pode ser um presbítero. Como hoje se usa o título “pastor” há muitos pastores que não tem dom de pastor, mas de evangelista, profeta ou outro! At 13:1 chama Paulo e Barnabé de “profetas’ ou “mestres” (embora não sabemos ao certo quais dos dons se relacionavam a eles, e depois disto passam a serem identificados como APÓSTOLOS At 14:14,4, sim eles assumiram o papel de missionários mediante o envio e imposição de mãos do presbitério. Há no N.T 2 classes de apóstolos:

1-     os canônicos- (os 12, pois lançaram os fundamentos e os que forma inspirados a escrever livros do canon sagrado, como PAULO, Silvano , Timóteo e Tiago) Ef 2:20; 3:5
2-     Os não canônicos (simples missionários).  At 14:14; Gl 1:19 (como Barnabé e Tito); Andronico e Júnias Rm 16:7













2.     NECESSIDADE  DOS 9 DONS
·        Jesus ensinou que devemos conhecer as Escrituras e o poder de Deus, e que os que crêem Nele podem fazer os sinais que ele fez Jo 14:12, e ainda maiores, pois Ele iria ficar somente por pouco tempo na Terra.
·        Todas as vezes que Jesus enviou alguém a pregar, mandou curar e expulsar demônios Mc 6:7-13; Lc 9:1-6; 10:1-9; Mc 16:14-19, mostrando ser sempre sua vontade curar todos.
·        A Igreja Apostólica não dava testemunho somente em palavras, mas em demonstração do poder do Espírito Gl 3:5; 1Co 2:4-5; 1 Ts 1:5; At 2:43; 3:1-8; 4:33; 5:15-16; 6:8; 8:6-7; 28:5-6; 19:11-12; Rm 15:19; etc

3.     CLASSIFICAÇÃO DOS 9 DONS de 1Co12:7-11
Alguns estudiosos classificam os dons em três grupos: A- revelação: palavra do conhecimento, palavra da sabedoria e discernimento de espíritos.  B- de poder: dons de curar, operação de maravilhas e dom da fé.  C- de elocução: profecia , variedade de línguas e interpretação de línguas. Porém com exceção do grupo B, tanto A quanto C são dons que fazem uso da fala. Também os dons de revelação são mais que 3 (Discernimento de espírito, Palavra do conhecimento, Palavra da sabedoria, Interpretação de línguas, e Profecia  !Co 14:24-25).Portanto esta classificação é muito falha, porém é a tradicional.

3.1 Inspiração - Palavra da sabedoria, palavra do conhecimento; discernimento de espíritos; profecia; interpretação de línguas, variedade de línguas. Os 5 primeiros são de revelação e o último além de revelação (no caso aqui, profecia) pode incluir oração e louvor.
3.2   De intervenção nas leis da natureza- Dom da  fé, operação de maravilhas, dons de curar.
Na manifestação destes dons algumas vezes as Escrituras mostrou a utilização de objetos materiais como árvore, sal, farinha, barro, lenços, aventais, mergulho em água 7 vezes; etc. Ex 15:25; 2Rs 2:20-22; 4:39-41; Jo 9:6-15; At 19:11-12; 2Rs 5:10-14; etc.

4.     OS 9 DONS  1Co12:7-11

 As nove manifestações operam independentes umas das outras pois o texto diz : “a um é dado”  isso “a outro é dado” aquilo. Assim o dom da Fé opera em separado dos demais dons, ao contrário da afirmação popular entre os escritores pentecostais.

4.1 Palavra da sabedoria- Sabedoria repentina e sobrenatural para solução de casos específicos ou comunicação de verdades dada pelo poder do Espírito. At 6:1-3; Lc 21:15; Gn 40:8-22; 41:17-37; Dn 4:19-24; Dn 2:36-45.

4.2 Palavra do conhecimento- Conhecimento repentino que vem de forma sobrenatural pelo poder do Espírito.Dn 2:28-35; 2 Rs 6:8-13. Não tem relação com conhecimento da Palavra, pois esta vem através da Iluminação das verdades bíblicas reveladas. Obs* At 5:1-4 parece ser mais compatível com o dom de profecia. Outros acham que se trata da manifestação do dom de discernimento de espíritos, porém me parece pouco provável.

4.3 Discernimento de espíritos- Discernimento sobrenatural repentino dado pelo poder do Espírito sobre a atuação de espíritos malignos ou de anjos, pois Satanás pode se disfarçar de anjo. At 16:16-18; Lc 13:11-13. Muitos estudiosos ensinam que este dom faz discernir entre aquilo que vem de Deus, do homem ou dos Demônios. Porém isto parece incerto.  O que é certo são os exemplos dados acima.
Alguns citam o trecho de Mt 16:22 como atuação do dom de discernimento de espíritos, porém ali se for atuação de algum dom, (pois poderia ser apenas o uso da lógica visto Jesus ter afirmado várias vezes que sofreria e morreria) seria mais provável tratar da atuação do dom de profecia ou palavra do conhecimento.

4.4 Dons de curar- Capacidade sobrenatural de curar todos os tipos de enfermidade dada pelo poder do Espírito.. A pessoa recebe os dons [de curar] e não alguns dons [de curar],  como alguns afirmam, veja 1Co 12:9; Mt 10:1.
 Deus quer curar a todos Ex 23:25; Sl 103:3; Is 53; Tg 5:13-15; Jesus mandou seus discípulos curar, todas as vezes que mandou pregar Mc 6:7-13; Lc 9:1-6; 10:1-9; Mc 16:14-19. Porém quando as pessoas não crêem (confiam) Ele não cura Mt 13:58, apesar de ter poder de curar a todos Lc 6:19. Jesus cura independente da pessoa decidir seguí-lo Lc 17:11-19.

4.5 Operação de milagres (ou poder)- É a capacidade de operar milagres (o termo “operação” no grego implica numa ação, atitude, operação, em fazer um a atividade buscando um resultado, trabalhar visando um fim), uma intervenção sobrenatural no decurso normal da natureza, pelo poder do Espírito Santo, em ocasiões necessárias. Exemplos: Multiplicação de alimentos 1 Rs 17:8-16; Mt 14:17-21; abertura de rio 2Rs 2:14; alteração do movimento de rotação da Terra Js 10:12-14; Is 38:1-8 em relação ao sol; ressurreição de mortos Mc 5:41; controle do clima Tg 5:17; Mc 37-41; transformação de água em vinho Jo 2:1-11; pesca milagrosa Jo 21:6-8, 11; purificação de água e alimentos 2Rs 2:19-22; 4:38-41; etc.

obs* alguns acreditam que o conceito apresentado aqui sobre a operação de milagres na verdade se refere ao Dom da Fé, porém o termo “operação” no grego implica numa ação que busca um resultado, ou seja o resultado acontece em conseqüência de sua ação).
Vale lembrar que todos os nove dons são miraculosos, no sentido de serem realizados por Deus. Mas a OPERAÇÃO DE MILAGRES se refere ao que foi acima apresentado.

4.6 Dom da Fé-  É a capacidade dada pelo poder do Espírito Santo de receber milagres em circunstâncias especiais. È claro que todos os dons se operam por meio de fé (geral). O dom da fé não deve ser confundido com a fé como fruto Gl 5:22 (que melhor é traduzida por fidelidade). Também não deve ser confundida com a fé geral, com a qual alcançamos respostas às promessas de Deus, inclusive o Dom da fé (fé especial) é alcançado através da fé geral assim como os outros dons.
 Assim deve-se distinguir esta fé do dom da fé. Chega-se a esta conclusão (de que o dom da fé se refere a capacidade dada por Deus de receber milagres ) pelo estudo dos milagres da Bíblia. Os milagres que se seguem são exemplos de milagres que não exigiram uma operação ativa, ação feita para produzir o resultado (e que não se enquadram em nenhum dos outros dons), se observarmos os casos dos exemplos do dom da operação de milagres veremos que havia uma atitude intencional para a produção do milagre, mas aqui não. Exemplos: livramento da cova dos leões Dn 6:22-23; andar sobre as águas Mt 14:22-31 (não foi o andar de Pedro que produziu o milagre, mas por Pedro receber o milagre pode andar sobre as águas); não sofrer dano de picadas de serpentes venenosas At 28:5-6 e o caso dos jovens na fornalha ardente.

4.7 Variedade de línguas-  É a capacidade sobrenatural de falar em línguas nunca aprendidas por quem fala, pelo poder do Espírito Santo. Pode-se falar línguas inteligíveis At 2:3-11 ou incompreensíveis 1 Co 14:2. Pode ser usado para oração e cântico 1Co 14:4-5, visando a edificação pessoal quando bem desejarmos. Pode também, segundo o querer do Espírito, ser usado para trazer uma mensagem (profecia) em língua conhecida pelo ouvinte da mensagem At 2: 4-11;  ou em língua desconhecida, mas que através da operação do Dom de interpretação ser interpretada 1 Co 14:5.
Obs: A maioria dos pentecostais distingue língua como sinal e como dom, falam que como sinal é para todos e como dom para alguns. Isto foi criado para fugir da argumentação de 1 Co 12:30, onde o texto diz que nem todos falam em línguas, o que em tese destruiria a doutrina pentecostal clássica. Porém esta divisão não é necessária.
         Em primeiro lugar Paulo não faz distinção entre línguas como sinal e línguas como dom, pois manda que os que falam em línguas orem para que as interprete, e fala que línguas não interpretadas podem edificar a pessoa que fala, logo trata-se de um só dom. Em segundo lugar seriam 10 dons e não nove e em terceiro lugar vemos que em Atos 2 os crentes cheios do Espírito Santo falaram em línguas não como oração (o que estes pentecostais classificam como sinal) mas sim como edificação dos que ouviam (o que eles chamam de línguas como dom) At 2:8,11.
O texto de 1 Co 12:30 segundo o contexto se refere ao corpo de Cristo em geral, ou seja, no corpo de Cristo nem todos tem os mesmos dons. Na verdade em relação aos 9 dons, muitos não tem nenhum dos dons. Porém Paulo disse para buscarmos os melhores dons. Ele também não estava discursando sobre a evidência inicial da plenitude do Espírito, ele simplesmente fala que nem todos no corpo de Cristo tem o dom de línguas, de curar, de interpretação. Depois ele diz para procurarmos os melhores dons, o que inclui a língua com interpretação. (Veja a discussão abaixo sobre os melhores dons)

4.8 Interpretação de línguas- É a capacidade sobrenatural de interpretar a mensagem em língua não conhecida, pelo poder do Espírito Santo. Pode ser interpretada pelo que está falando em outras línguas ou por outrém 1Co 14:13, 27. Uma mensagem em línguas seguida de interpretação eqüivale a uma profecia 1 Co 14:5.

4.9 Profecia- É a capacidade sobrenatural de receber e comunicar uma mensagem diretamente advinda do Espírito para alguém pelo poder do Espírito, esta comunicação se dá como uma inspiração, como acontece no falar em línguas e na interpretação. Serve para edificar, exortar e consolar 1 Co 14:3. Não é necessariamente de caráter preditivo, porém algumas profecias contém revelações 1 Co 14:24-25;  At 11:27-29; 13:1-4.
 Não deve ser confundida com o ofício de profeta que é dado para alguns Ef 4:11, enquanto que o Dom de profecia é para todos 1 Co 14:5. O dom de profecia no N.T não traz revelações quanto à doutrina, diferentemente da operação deste dom no A.T. O conteúdo da profecia deve ser analisado à luz da palavra 1 Co 13:29. Exemplos de operações do dom de profecia no N.T:At 13:1-4; 21:8-11. 


Observações -O DOM DE PROFETA :
1-profetas canônicos  (foram os que receberam inspiração INFALÍVEL), esta se  encerrou com o último livro a ser escrito apocalipse!!!
Ef 2:20;  3:5; MT 23:34 (esta passagem pode se referir também aos profetas não canônicos)

2-Profeta no sentido mais limitado (profeta não canônico)
Tt 1:12
Mt 23:24
At 11:27-29 – Ágabo era profeta não canônico  (NÃO tinha profecia doutrinaria)
AT 13:1- profetas e mestres (Barnabé , Simeão e Lúcio, Manaem e Saulo) Sendo que Saulo e barnabé foram separados como apóstolos (missionários)! At 14:14
At 15:32 Judas e Silas
At 21:10 Ágabo
1 Co 12:28-29; 14:29-32;
 Ef 4:11-14; Ap 11:10

3-Tanto as profecias doutrinarias como as não doutrinarias são inspiradas por Deus, mas apresentam propósitos diferentes:

As profecias do Nt não doutrinarias, apresentam propósitos específicos :

As filhas de Felipe profetizaram At 21:9
Ágabo profetizou a prisão de Paulo At 21:10-11
OS crentes de Èfeso At 19:6
Judas e Silas At 15:32
Ap 11:3,6,10
profecias que revelavam os segredos dos corações 1Co 14:24-25.

4- Assim essas profecias (não canonicas) deveriam ser julgadas, PELA palavra de Deus 1 Co 14:29. Assim a profecia canonica está acima da profecia não canonica.

para maiores detalhes:

http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2022/05/profetas-do-nova-alianca-e-seus-dois.html


5.     VEÍCULOS  E  INTER-RELACIONAMENTO DOS 9 DONS

5.1 Veículos- A profecia, palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos podem vir através de: sonhos, visões, convicção interior, voz interior. Nm 12:6

5.2  Inter-relacionamento- Alguns dons podem atuar juntos [porém são independentes] como: palavra do conhecimento e dons de curar, palavra da conhecimento e discernimento de espíritos; etc.


5.3  Funções equivalentes-
·        uma profecia pode advir através do dom da profecia, de uma interpretação de línguas, de uma palavra da sabedoria (como por exemplo na interpretação do sonho de Faraó, cujo conteúdo era profético.) ou de uma palavra do conhecimento (Dn 2:28-35 observe que Daniel não sabia do sonho, Deus revela o sonho por meio da palavra do conhecimento e interpreta-o por meio da palavra da sabedoria).


6.     REGULAMENTO DOS DONS
·        De maneira geral o falar em línguas deve ser em voz baixa, por causa de indoutos (crentes não instruídos) e incrédulos (não convertidos)1Co 14:28,32. Uma exceção  a essa regra ocorre quando o dirigente conduz a Igreja em oração, indicando o início e término 1Co 14:40.
·        Em caso de mensagem em línguas (feita em bom tom de voz) deve haver interpretação 1Co 14:28.
·        Deve-se profetizar com zelo 1 Co 14:39.
·        Tudo deve ser julgado à luz da Palavra 1Co 14:29.
·        Toda manifestação de Dom espiritual ocorre sobre pleno domínio da pessoa 1 Co 14:32-33. (muitas vezes a pessoa na 1ª vez que manifesta dom espiritual, dom de línguas, extravasa, porém isto não ocorre com frequência em denominações pentecostais onde se é ensinado a diferença entre manifestação e reação)
·        Deve-se distinguir manifestação do Espírito e reação da pessoa (caráter individual): muitas pessoas ao manifestar dons deixam-se dominar por suas emoções e cometem excessos chegando até mesmo num estado de catarse, outros fazem de reações individuais doutrinas. Alguns fenômenos entre os pentecostais são meramente sugestões do pregador ou modismos comportamentais (cola do Espírito Santo, cai cai, unção do riso, etc)
·        Toda manifestação pública de Dom espiritual deve visar a edificação coletiva 1Co14:26, caso contrário apenas servirá para chamar a atenção para si.


7.     REQUISITOS PARA RECEBER OS DONS
7.1 Ser batizado no Espírito Santo Lc 24:49; At 1:8.
7.2 Ter fé (confiar)-  Mc 16:17.
7.3 Buscar com jejum e oração- Lc 4:1-2; 1Co 12:31.
7.4 Buscar os dons que estamos precisando na obra de Deus- 1Co 12:7.

8.     OS MELHORES DONS

Paulo nos exortou a buscarmos os melhores dons 1 Co 12:31. Porém qual é o maior dom? Há um dom maior? O dom de variedade de línguas é o menor dom? ou será o maior?

Pelo contexto da carta, e afirmações diretas do apóstolo, ele afirma que tudo deve ser feito para edificação, e afirma que os coríntios deveriam buscar principalmente o dom de profecia 1 Co 14:1, logo considerava NA QUESTÃO este como sendo o maior ou um dos maiores, porque este trazia edificação da igreja e convenceria os descrentes 1Co 14:3, 5, 24-25.A questão dos melhores dons estava relacionada então a questão da edificação coletiva 1Co 12:7; 14:1-31.
 Se a língua vem acompanhada  de interpretação, sua função se iguala ao do dom de profecia 1 Co 14:5. Se lermos o texto veremos que o dom que mais tem funções é o dom de variedade de línguas pois tem as seguintes funções: oração e cântico 1Co 14:4-5, visando a edificação pessoal quando bem desejarmos. Pode também, segundo o querer do Espírito, ser usado para trazer uma mensagem (profecia) em língua conhecida pelo ouvinte da mensagem At 2: 4-11;  ou em língua desconhecida, mas que através da operação do Dom de interpretação deve ser interpretada 1 Co 14:5.
Assim o dom de línguas é o único dom que nos capacita por nós mesmos (sem a dependência direta de outros) sermos edificados. Nenhum outro dom pode ser utilizado quando bem entendermos, nem muito menos em nosso próprio benefício, só ele tem essa particularidade. E além do mais por ser um dom primariamente de oração faz que através do exercício alcancemos outros, inclusive o de interpretação 1 Co 14:13. Assim o dom de línguas seria superior em número de funções. Pena que este ensinamento tão lindo tem sido distorcido e este dom tem sido desprezado ou mal utilizado. Estamos nos mesmos dias de Corinto!!

9- FRUTO E DONS
É possível a pessoa possuir os dons sem ter o fruto do Espírito desenvolvido 1 Co 1:7,10-11; 3:1-3; 5:1-13; 6:1-20; etc. O desenvolvimento do fruto vem através da obra do Espírito, e esta depende de cada pessoa regenerada, porém o batismo no Espírito Santo, OS DONS ESPIRITUAIS, pode ser outorgado em qualquer momento da experiência cristã visto sua finalidade. Há ainda aqueles que mesmo sendo batizados no Espírito Santo vivem como os crentes não batizados, pois não entendem o propósito do batismo, acham que este serve apenas para falar em outras línguas quando “sentem”, e não como oração diária.

10- DONS ESPIRITUAIS E DEMÔNIOS
Nem todos os que falam em outras línguas, ou exprimem algum dom sobrenatural são batizados no Espírito Santo, pois existem atuações demoníacas 1Co 12:3; Ap 13:12-14. Ninguém que cultua ídolos, ou mortos tem o Espírito Santo 1Co 10:20-21; 12:2; etc.

11- REAÇÃO INDIVIDUAL x MANIFESTAÇÃO DO ESPIRITO SANTO
Muitos confundem Reações Individuais (choro, alegria, cair, etc) com a evidência do batismo no Espírito Santo, ou com manifestação do Espírito Santo, porém a evidência inicial do Batismo está descrita na Bíblia, assim como as manifestações do Espírito.
 Todas estas reações podem acontecer independente da ação do Espírito NÃO SENDO portanto manifestações do Espírito e sim REAÇÕES à ações do Espírito ou reações a SUJESTÃO de pregadores de FOGO (de palha)!

Muitos confundem desordem com poder de Deus!! O PODER de Deus é liberado por meio de dons e não de modismos como “cai, cai’ (repouso do Espírito); “cola do Espírito Santo”, “dança no espírito” (pois acham que dançar expontaneamente é pecado!, se fosse assim os Africanos estariam em pecado!), “unção dos 4 seres viventes” e outros.


Sobre o batismo no Espírito Santo ou plenitude do Espírito ver http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2014/07/batismo-no-espirito-santo-o-carater.html

quinta-feira, 24 de abril de 2014

DÍZIMO- TIPOS, OBRIGATORIEDADE E HISTÓRIA


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Este artigo contém:

  • 1-Conceito e finalidade
  • 2- Argumentos errôneos contra o dízimo.
  • 3- Discussão se dízimo envolve dinheiro.
  • 4- Tipos de dízimo.
  • 5- O dízimo era obrigatório na lei de Moisés?
  • 6- O dízimo é obrigatório hoje?
  • 7-Conceitos errados sobre o dízimo na igreja
  • 8- História do dízimo

1-Conceito e finalidade

  • Dízimo significa a décima parte de tudo que é produzido ou que é fonte de lucro. 
  • O dízimo desta forma é proporcional ao ganho da pessoa, nem pouco, nem muito.
  • O dízimo e seus propósitos variou conforme a época.


"1. Antecedente à legislação mosaica.
 O princípio de dedicar um décimo a Deus foi reconhecido no ato de Abraão, que pagou dízimos de seus despojos a Melquisedeque em sua capacidade sacerdotal e não soberana ( Gênesis 14:20 ; Hebreus 7: 6 ). Mais tarde, no voto de Jacó ( Gênesis 28:22 ), a dedicação de um "décimo" pressupõe uma representação sagrada, ou "um costume existente que fixou essa proporção em vez de qualquer outra proporção, como a sétima ou décima segunda.

2 Os estatutos da lei mosaica.
Estes dados nesta seção reivindicam em nome de Deus o décimo da produção e do gado. Após a promulgação, estabeleceu-se que esses dízimos deveriam ser pagos aos levitas por seus serviços ( Números 18: 21-24 ), que deveriam dar o dízimo do que recebiam aos sacerdotes (vers. 26-28). As festividades sagradas mais tarde foram feitas para um outro dízimo ( Deuteronômio 12: 5, 6, 11, 17 ; Deuteronômio 14:22, 23 ); que foi autorizado a entrar em valor monetário em vez de em espécie ( Deuteronômio 14: 24-26 ).


3. Reforma de Ezequias.

Isso foi sinalizado pela ânsia com que as pessoas vieram com seus dízimos ( 2 Crônicas 31: 5, 6 ).


4 Depois do cativeiro.

Neemias fez arranjos marcantes e enfáticos sobre o dízimo ( Neemias 10:37 ; Neemias 12:44 ).

5. Ensinamentos dos Profetas.
Tanto Amós (Amós 4: 4) e Malaquias (Malaquias 3:10) reforçam isso como um dever, repreendendo severamente a nação por sua negligência - como roubar a Deus. 6. No dia de Cristo. Nosso Senhor expôs e denunciou a ostentação meticulosa dos fariseus sobre o dízimo ( Mateus23:23).
7. Ensinamento do Novo Testamento.
O fato da existência de ministros como uma Missão distinta, pressupõe providências para sua manutenção. A necessidade de tal provisão, e o direito sobre o qual ela é fundada, são reconhecidos em textos como Mateus 10:10.; Lucas 10: 7 ; Romanos 15:27 ; 1 Coríntios 9: 7-14  Obs* Estes textos falam de ofertas voluntárias





2-Argumentos errôneos contra a prática dízimo:

2.1- A lei foi abolida e o dízimo se originou da lei de Moisés
Resposta:

O dízimo existia antes da lei, mas de forma não obrigatória.
Abrãao e Jacó praticaram a doação do dízimo

Gn 14:20  e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo

Hb 7:1 ¶ Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,
2  para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;
3  sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.

4  Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos.


Alguns dizem que Abraão e Jacó deram dízimo só uma vez na vida. Na verdade não podemos afirmar isso, não podemos afirmar algo sobre o silêncio das Escrituras.  Não se sabe também com que regularidade eles praticavam o dízimo.

Gn 28:20 Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista,
21 de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus;
22 e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.



Veja como o Anjo revela que foi através do voto do dízimo é que Jacó foi abençoado!



Gn 31:7 mas vosso pai me tem enganado e por dez vezes me mudou o salário; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal nenhum.
8 Se ele dizia: Os salpicados serão o teu salário, então, todos os rebanhos davam salpicados; e se dizia: Os listados serão o teu salário, então, os rebanhos todos davam listados.
9 Assim, Deus tomou o gado de vosso pai e mo deu a mim.
10 Pois, chegado o tempo em que o rebanho concebia, levantei os olhos e vi em sonhos que os machos que cobriam as ovelhas eram listados, salpicados e malhados.
11 E o Anjo de Deus me disse em sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui!
12 Ele continuou: Levanta agora os olhos e vê que todos os machos que cobrem o rebanho são listados, salpicados e malhados, porque vejo tudo o que Labão te está fazendo.
13 Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma colun
a, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.


Gn 35:1 ¶ Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão.
3  levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei.
4  Então, deram a Jacó todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.
5  E, tendo eles partido, o terror de Deus invadiu as cidades que lhes eram circunvizinhas, e não perseguiram aos filhos de Jacó.
6 ¶ Assim, chegou Jacó a Luz, chamada Betel, que está na terra de Canaã, ele e todo o povo que com ele estava.
7  E edificou ali um altar e ao lugar chamou El-Betel; porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão.
50. Uma tão favorável visão encheu Jacó de consolo e de alegria. Lavou aspedras que lhe serviam de travesseiro, pois grande felicidade ali lhe se haviapredito, e fez voto: se retornasse feliz, ofereceria naquele mesmo lugar um sacrifício a Deus e a décima parte de todos os seus bens, o que cumpriu depois com fidelidade. Quis também, para tornar célebre o lugar, dar-lhe o nome de Betel,isto é, "permanência de Deus".  História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, Antiguidades Judaicas Livro 1 cap. 18, 2009, p. 107



2.2- Se o dízimo é antes da Lei, a circuncisão também é, portanto deveríamos circuncidar nossos filhos
Resposta:
1- Abraão deu o dízimo antes de Deus ordenar a circuncisão. 
O texto não diz que o dízimo era obrigatório nesta época. Ele se tornou obrigatório somente com a lei de Moisés.

Deus ordenou a circuncisão como sinal do pacto entre Deus, Abraão e os seus descendentes físicos e seus servos

Gn 17:10  Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado.

11  Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós.
12  O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe.
13  Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua.



14  O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança.

2- O fato do dízimo ter se tornado obrigatório na lei de Moisés não significa também que é obrigatório hoje, como veremos.


2.3- Dízimo não envolve dinheiro

Resposta:

O dízimo envolvia dinheiro. (Veja discussão no tópico 3)

Tobias 1:6-7-8 (Septuaginta)"... o dízimo do gado e a primeira lã das ovelhas. eu as entregava aos sacerdotes, filhos de Arão, para o altar. O SEGUNDO dízimo EU O PAGAVA EM DINHEIRO, pelo espaço de 6 anos, e ia gastá-lo a cada ano em Jerusalém. O terceiro dízimo eu o entregava aos órfãos, ás viúvas e aos prosélitos que viviam com os filhos de Israel, levava e o dava a eles de 3 em 3 anos."




3- Dízimo envolve dinheiro

3.1- Antes da lei (sacerdócio de Melquisedeque) 


1- 
Abraão deu os dízimos DE TUDO A MELQUISEDEQUE!! E ISTO INCLUÍA BENS MATERIAIS ALÉM DE ALIMENTOS! 
Gn 14:20  e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo


2-JACÓ DAVA (ou deu) O DÍZIMO DE TUDO QUE GANHAVA E ISTO INCLUÍA SEU SALÁRIO! 

Gn 28:20 Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista,
21 de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus;
22 e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.




3.2- Depois da lei também

Tobias 1:6-7-8 (Septuaginta)"... o dízimo do gado e a primeira lã das ovelhas. eu as entregava aos sacerdotes, filhos de Arão, para o altar. O SEGUNDO dízimo EU O PAGAVA EM DINHEIRO, pelo espaço de 6 anos, e ia gastá-lo a cada ano em Jerusalém. O terceiro dízimo eu o entregava aos órfãos, ás viúvas e aos prosélitos que viviam com os filhos de Israel, levava e o dava a eles de 3 em 3 anos."

Dt 14:23-25

23 E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu mosto, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR, teu Deus, todos os dias.

24 E, quando o caminho te for tão comprido, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR, teu Deus, para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado,

25 então, vende-os, e ata o 
dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR, teu Deus.


26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;


27 porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.


28  Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade.


29 Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.


1- o texto deixa claro que em caso de longa distância ERA PERMITIDO VENDER OS PRODUTOS DO DÍZIMO E TROCAR POR DINHEIRO.


2- O TEXTO NÃO DIZ que se entregava o dízimo só na forma de produtos da terra, MAS QUE SE PODIA naquele caso até comprar VINHO E BEBIDA FORTE! 
(sobre este assunto click em marcadores)


PORTANTO, DÍZIMO É 10 POR CENTO DO SALÁRIO (RENDA) NÃO IMPORTA SE EXPRESSO EM MOEDA OU EM BENS!!


Ne 12:44 ¶ Ainda no mesmo dia, se nomearam homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos dízimos, para ajuntarem nelas, das cidades, as porções designadas pela Lei para os sacerdotes e para os levitas; pois Judá estava alegre, porque os sacerdotes e os levitas ministravam ali;
(veja mais  no tópico 4)

3- COMO UM TRABALHADOR QUE RECEBIA UM SALÁRIO EM DINHEIRO NOS TEMPOS E JESUS poderia dar o dízimo? ELE DARIA DE SEU GANHO!!!!


 MESMO QUE ELE trocasse o dízimo por animais ou produtos AGRÍCOLAS isso derruba a tese de  que dízimo não envolve DINHEIRO OU GANHO!


4- Tipos de Dízimo na lei de Moisés
 (Eram 2 ou 3 tipos de dízimos?)

 4.1-Um era para o sustento dos levitas:



Números 18:21 Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação.

Números 18:24 Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao SENHOR em oferta, dei-os por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis.

Números 18:26 Também falarás aos levitas e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que vos dei por vossa herança, deles apresentareis uma oferta ao SENHOR: o dízimo dos dízimos.

Números 18:28 Assim, também apresentareis ao SENHOR uma oferta de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel e deles dareis a oferta do SENHOR a Arão, o sacerdote.

Ne 10:37 As primícias da nossa massa, as nossas ofertas, o fruto de toda árvore, o vinho e o azeite traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; os dízimos da nossa terra, aos levitas, pois a eles cumpre receber os dízimos em todas as cidades onde há lavoura.

Ne 10:38 O sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas quando estes recebessem os dízimos, e os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.



4.2- O trienal era para sustento dos levitas, dos órfãos, dos

 estrangeiros e das viúvas 


Dt 2612 ¶ Quando acabares de separar todos os dízimos da tua messe no ano terceiro, que é o dos dízimos, então, os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas cidades e se fartem.

13 Dirás perante o SENHOR, teu Deus: Tirei de minha casa o que é consagrado e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão, e à viúva, segundo todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada transgredi dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

14 Dos dízimos não comi no meu luto e deles nada tirei estando imundo, nem deles dei para a casa de algum morto; obedeci à voz do SENHOR, meu Deus; segundo tudo o que me ordenaste, tenho feito.

15 Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel



Parte do dízimo dos levitas poderia ser comido em algumas circunstâncias:
DT 14:23-25

23 E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu mosto, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR, teu Deus, todos os dias.

24 E, quando o caminho te for tão comprido, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR, teu Deus, para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado,

25 então, vende-os, e ata o 
dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR, teu Deus.


26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;


27 porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.


28  Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade.


29 Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.



Dt 12:11  Então, haverá um lugar que escolherá o SENHOR, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos ao SENHOR,

17 Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas das tuas mãos;
18  mas o comerás perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante o SENHOR, teu Deus, te alegrarás em tudo o que fizeres.





4.3- Terceiro dízimo ou parte do segundo?
"Além disso embora Números 18:21 diz que todo dízimo deveria ser dado aos levitas, Deuteronômio 14 pode simplesmente afirmar que,a apesar da referida destinação dos dízimos, o ofertante poderia reservar PARTE DELES para uma refeição comunal no santuário, exceto a cada 3 anos [pois era o 2° dízimo, destinado a órfãos, viúvas e gentios convertidos]" (comentário do livro de deuteronômio- editora Vida Nova, p. 176)

O livro de Tobias  defende que havia 3 tipos de dízimos:

Tobias 1:6-7-8 (Septuaginta)

"... o dízimo do gado e a primeira lã das ovelhas. eu as entregava aos sacerdotes, filhos de Arão, para o altar. O SEGUNDO dízimo EU O PAGAVA EM DINHEIRO, pelo espaço de 6 anos, e ia gastá-lo a cada ano em Jerusalém. O terceiro dízimo eu o entregava aos órfãos, ás viúvas e aos prosélitos que viviam com os filhos de Israel, levava e o dava a eles de 3 em 3 anos."

Flávio Josefo confirma esta tese:


 "além das duas décimas [dizimos] que é obrigatório pagar a cada ano, uma aos levitas e outra para as festas sagradas, deve-se pagar uma terceira, para ser distribuída as viúvas, aos pobres e aos órfãos"
(História dos Judeus- Livro quarto, p. 223, CPAD)



6- A Enciclopedia Católica confirma 3 dízimos, e o uso do dinheiro:


Sob a Lei mosaica, o pagamento dos dízimos era obrigatório . Os hebreus são ordenados a oferecer a Deusa décima parte da produção dos campos, dos frutos das árvores e dos primogênitos dos bois e das ovelhas ( Levítico 27:30 ; Deuteronômio 14:22 ).
Em Deuteronômio há uma menção não só de um dízimo anual, mas também de um dízimo integral a ser pago uma vez a cada três anos. Embora fosse para o próprio Deus que os dízimos tivessem que ser pagos, ainda assim lemos ( Números 18:21 ) que Ele os transfere para Seus ministros sagrados : "Eu dei aos filhos de Levi todos os dízimos de Israel por possessão, para o ministério com o qual eles me servem no tabernáculo da aliança"Ao pagar o dízimo, os hebreus dividiram a colheita anual em dez partes, uma das quais foi dada aos levitas depois que os primeiros frutos foram subtraídos. Isso foi dividido entre eles pelos sacerdotes . O restante da colheita foi então dividido em dez partes novas, e um segundo dízimo foi levado pelo chefe da casa ao santuário para servir como uma festa sagrada para sua família e os levitas .




Se a jornada ao templo fosse extraordinariamente longa, o dinheiro poderia ser substituído pela oferta em espécie. No dízimo trienal, uma terceira dizimação era feita e uma décima parte era consumida em casa pelo dono da casa com sua família , os levitas , os estrangeiros e os pobres . Este ano trienal foi chamado o ano dos dízimos ( Deuteronômio 26:12 ). Como os dízimos eram o principal apoio dos sacerdotes , mais tarde foi ordenado que as ofertas fossem guardadas no templo ( 2 Crônicas 31:11 ).  http://www.newadvent.org/cathen/14741b.htm

5- O dízimo era obrigatório na lei de Moisés?

Sim, o judeu que não dava o dízimo estava sob maldição, pois era obrigatório na lei de Moiesés:


Ml 3:8  Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.

9  Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.

10  Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.

11  Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

12  Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.




6- Devemos dar o dízimo na Nova Aliança?

Quem Não dá o dízimo está sob maldição?

  • Como já vimos o dízimo era voluntário antes da lei de Moisés e sob esta era obrigatório. Não vigora o sacerdócio de Arão e sim o de Melquisedeque, e neste como vimos o dízimo não era obrigatório.
  • Os que defendem a obrigatoriedade do dízimo apelam para Mt 23:23 para dizer que somos obrigados a dar o dízimo:  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Porém aqui ainda estava em vigor a Antiga Aliança, ou seja, ele não se pronuncia sobre a Nova Aliança.
  • Jesus é do sacerdócio de Melquisedeque , o dízimo, portanto,  é ato espontâneo como era na era dos Patriarcas  e não uma obrigação como na era da lei (Antiga Aliança).
  • Quem não dá o dízimo não é ladrão, pois não estamos sob a lei de Moisés.



Hb 7:1 ¶ Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,

2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;

11 ¶ Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?

12 Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.

17 Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

18 Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade

6 ¶ Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.
7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.


7- Conceitos errados sobre dízimo nas Igrejas Cristãs

7.1 O dízimo é obrigatório 
Reposta: (ver Tópico 6)

7.2 Não contribuir com o  dízimo nos torna ladrões e amaldiçoados
Resposta: (ver Topico 6)

7.3 Devemos dar o dízimo pensando no retorno financeiro (barganha)
Resposta:
Na verdade o dízimo é dez por cento do que a pessoa já recebeu, ou seja, um ato de reconhecimento de algo que Deus já providenciou. 

Tudo que recebemos é pela graça por meio da fé e não por atos meritórios. 

7.4 Dar o dízimo automaticamente nos torna prósperos financeiramente
Resposta:
Deus abençoa o trabalho de nossas mãos.
Prosperidade tem a ver muito com estratégias, esforço, capacitação, economia, ramo de atividade, estado de guerra  ou paz, e outras coisas a mais.


Sl 122:6 ¶ Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.

7  Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios.

Pv 6:6 ¶ Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.
7  Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante,

8  no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.

Provérbios 13:4  O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta.

Pv 24:30 ¶ Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento;
31  eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas.
32  Tendo-o visto, considerei; vi e recebi a instrução.
33  Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso,
34  assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.

Ec 11:6  Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.


7.5 Os dízimos não podem ser aplicados para ajudar pessoas necessitadas
Resposta:

O dízimo trienal era para sustento dos levitas, dos órfãos, dos estrangeiros e das viúvas também:



Dt 2612 ¶ Quando acabares de separar todos os dízimos da tua messe no ano terceiro, que é o dos dízimos, então, os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas cidades e se fartem.

13 Dirás perante o SENHOR, teu Deus: Tirei de minha casa o que é consagrado e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão, e à viúva, segundo todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada transgredi dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

14 Dos dízimos não comi no meu luto e deles nada tirei estando imundo, nem deles dei para a casa de algum morto; obedeci à voz do SENHOR, meu Deus; segundo tudo o que me ordenaste, tenho feito.

15 Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel



8- HISTÓRIA DOS DÍZIMOS NA IGREJA CRISTÃ

Em resumo pode-se dizer que a Igreja nos seus primeiros séculos contribuía conforme suas posses e até acima delas, tanto para os necessitados quanto para sustento dos obreiros.

 As ofertas que foram dadas por ocasião de algum ministério eclesiástico são uma característica distintiva da Igreja Apostólica. Nos primeiros tempos cristãos (os primeiros três séculos) estas ofertas eram espontâneas, mas no decorrer do tempo a Igreja teve que exercer seu direito de exigir apoio dos fiéis . O costume de dar e consagrar os primeiros frutos ( primitivos ) a Deus e a manutenção de Seus ministros parece ter durado até cerca do quinto século. Muito antigos também são os decimos , ou dízimos (não necessariamente um décimo): uma porção da colheita, ou bens, ou riqueza, oferecidos para o mesmo propósito de manutenção do clero e para a devida preservação dos serviços da Igreja;         http://www.newadvent.org/cathen/06157b.htm  acesso em 22-5-2019
http://www.newadvent.org/cathen/14741b.htm


Na Igreja Cristã , como aqueles que servem ao altar devem viver pelo altar ( 1 Coríntios 9:13 ), a provisão de algum tipo deve necessariamente ser feita para os ministros sagrados . No começo, isso foi suprido pelas ofertas espontâneas dos fiéis . 


Com o passar do tempo, no entanto, à medida que a Igreja se expandiu e surgiram várias instituições, tornou-se necessário criar leis que garantissem o apoio adequado e permanente do clero . O pagamento dos dízimos foi adotado do Antigo Testamento , e os primeiros escritores falam disso como uma ordenança divina .e uma obrigação de consciência . 


legislação positiva mais antiga sobre o assunto parece estar contida na carta dos bispos reunidos em Tours em 567 e nos cânones do Conselho de Macon em 585

Com o passar do tempo, encontramos o pagamento dos dízimos tornados obrigatórios por decretos eclesiásticos em todos os países da cristandade . A Igreja considerou esse pagamento como "da lei divina , uma vez que os dízimos eram instituídos não pelo homem,mas pelo próprio Senhor " (C. 14, X de decim. III, 30)


 Nas primeiras eras da Igreja, nenhuma provisão especial foi feita para a manutenção do clero . São Paulo , o criador de tendas, deu o exemplo ( 1 Coríntios 4:12 ) de ganhar seu próprio sustento. Em sua imitação, muitos clérigos trabalhavam em algum ofício ou seguiam alguma profissão, vivendo pelo trabalho de suas próprias mãos. Mesmo nos quinto e sexto séculos havia bispos, sacerdotes e diáconos , que, de acordo com o conselho do Quarto Concílio de Cartago (a. 398, cân. 52, 53), apoiaram-se por seu próprio trabalho. A legislação inicial (Canon. Apost., Can. 6), que proibia o clero de assumir certas ocupações e profissões, é uma indicação de que os clérigos procuravam se manter. 

Muitos dos leigos , no entanto, desde o início, foram rápidos em seguir as instruções de Cristo e seus Apóstolos ( Mateus 10:10 ; Lucas 10: 7 ; 1 Coríntios 9:13 ; 1 Timóteo 5: 17-18 ), fundados sobre a prática em voga entre os judeus( Levítico 27:30 sq ; Números 18:23 sq . ; etc.), que davam o dízimo de todos os seus bens e produzir para o sustento de sacerdotes e levitas. Assim, os leigos proporcionaram o bem-estar corporal do clero em troca dos dons espirituais recebidos por meio de seu ministério. 


Mais tarde, o pagamento dos dízimos era freqüentemente enfatizado  por Santo Ambrósio , Santo Agostinho e outros ( Thomassin , "Vet. Et nov. Eccl. Disc.", III, II, xii, xiv).

 Os Sínodos de Tours (560) e Mâcon (586) exortaram vigorosamente os fiéis a pagar os dízimos. ordenado por Deus . Carlos Magno fez seu pagamento obrigatório em seus súditos por uma ordenação real de 779, cujas exigências ele mesmo fielmente observou. A obrigação de dar dízimos há muito cessou quase que universalmente, mas os fiéis , é claro, devem contribuir para o devido apoio dos ministros sagrados .   
 http://www.newadvent.org/cathen/14296a.htm ACESSO EM 22/05/2019


Os pais da igreja ressaltavam a importância de ajudar os pobres e sustentar os obreiros, mas o dízimo não era obrigatório:

1- O Didaque não fala sobre dízimo. (século 1)
 "Alguns autores sugerem que há referências positivas ao dízimo já no século II, no capítulo 13 do Didaquê.8 No entanto, o texto é uma referência às primícias, em vez de dízimos. E não há fortes evidências de que primícias nos documentos patrísticos sejam sinônimo da prática de dizimar.9 " Revista Eletrônica Espaço Teológico ISSN 2177-952X. Vol. 10, n. 18, jul/dez, 2016, p. 86-99

"Didaque:

 Capítulo XIII - Deveres para com os profetas Deveres para com os verdadeiros profetas

 1 - Todo verdadeiro profeta que quer estabelecer-se entre vós é digno de seu alimento. 
2 - Do mesmo modo, também o verdadeiro mestre, como o operário, é digno de seu alimento. 
3 - Por isso, tomarás as primícias de todos os produtos da vindima e da eira, dos bois e das ovelhas e darás aos profetas, pois estes são os vossos grandes sacerdotes.
 4 - Se vós, porém, não tiverdes profeta, dai-o aos pobres. 
5 - Se tu fizeres pão, toma as primícias e dá-as conforme manda a lei. 
6 - Do mesmo modo, abrindo uma bilha de vinho ou de óleo, toma as primícias e dá-as aos profetas
7 - E toma as primícias do dinheiro, das vestes e de todas as posses e, segundo o teu juízo, dá-as conforme a lei."

2- Cipriano não fala defende o dízimo  (200 -258 d.C)

Cipriano Epístola 65 http://www.newadvent.org/fathers/050665.htm

1. Cipriano aos presbíteros e diáconos e às pessoas que habitam em Furni, cumprimentando. Eu e meus colegas que estavam presentes comigo ficamos muito perturbados, queridos irmãos, como também foram nossos companheiros presbíteros que nos sentiram quando fomos informados de que Gêmeos Vitor, nosso irmão, ao partir desta vida, havia chamado Gêmeo Faustino de presbítero. executor de sua vontade, embora muito tempo desde que foi decretado, em um conselho dos bispos , que ninguém deveria nomear nenhum dos clérigos e ministros de Deus executor ou guardião por sua vontade, desde que cada um honrado pelo sacerdócio divino , e ordenado no serviço clerical, deve servir apenas o altar e sacrifícios , e ter lazer para orações e súplicas. Pois está escrito: Nenhum homem que guerreia por Deus se envolve com os assuntos desta vida, para agradar a quem ele mesmo se comprometeu. Como isto é dito de todos os homens , quanto mais estes não devem ser amarrados por ansiedades e envolvimentos mundanos, que, sendo ocupados com coisas divinas e espirituais, não são capazes de se retirar da Igreja , e de ter lazer para os seculares e mundanos? feitos! A forma de qual ordenação e engajamento os levitas anteriormente observada sob a lei, de modo que quando as onze tribos dividiram a terra e compartilharam as posses, a tribo levítica, que foi deixada livre para o templo e o altar, e para os ministérios divinos, não recebeu nada daquela porção da divisão; mas enquanto outros cultivavam o solo, essa porção cultivava apenas o favor de Deus e recebia os dízimos das onze tribos, por alimento e manutenção, dos frutos que cresciam. Tudo o que foi feito por autoridade e arranjo divino, de modo que aqueles que esperaram em serviços divinos não pudessem ser chamados de longe, nem fossem obrigados a considerar ou fazer negócios seculares. Qual plano e regra agora são mantidos em relação ao clero?, que aqueles que são promovidos pela ordenação clerical na Igreja do Senhor podem ser excluídos em nenhum aspecto da administração divina, nem ser amarrados por ansiedades e assuntos mundanos; mas na honra dos irmãos que contribuem, recebendo como se fossem décimos dos frutos, eles não podem se retirar dos altares e sacrifícios , mas podem servir dia e força nas coisas celestiais e espirituais.



Além disso, há a expressão “como se fossem dízimos”. Essas expressões vagas indicam que os paralelos entre a liderança cristã e o sacerdócio do Antigo Testamento não são tão estreitos, e que Cipriano está apenas fazendo referência aos princípios do Antigo Testamento e não a um plano que deva ser seguido à risca. A frase pode, ao contrário, indicar que naquela época ainda não havia um sistema de manutenção de clérigos com o dízimo em operação ali, e que Cipriano está tentando implementar uma novidade. " Revista Eletrônica Espaço Teológico ISSN 2177-952X. Vol. 10, n. 18, jul/dez, 2016, p. 86-99

3- João Crisóstomo 347-407 d.C
 João adverte contra a avareza e falta de ação social. Mas não diz que o dízimo é obrigatório

Homilia 4 aos Efésios
http://www.newadvent.org/fathers/230104.htm

Agora, pois, por que, pode-se dizer, Ele ameaça aqueles que não fizeram obras de misericórdia, que partirão para o fogo, e não simplesmente para o fogo, mas para o que está preparado para o diabo e seus anjos ? Mateus 25:41 Por que e por que isso acontece? Porque nada tão grande  provoca a ira de Deus . Ele coloca isso antes de todas as coisas terríveis; pois, se é nosso dever amar nossos inimigos, de que castigo não será ele digno, quem se afasta mesmo daqueles que o amam e, a este respeito, é pior do que os pagãos ? De modo que, neste caso, a grandeza do pecado fará com que o tal parta com o diabo

Ai dele, diz-se, quem não esmola ; e se este foi o caso sob a Antiga Aliança, muito mais é sob o Novo. Se, onde a obtenção de riqueza era permitida, e o gozo dela, e o cuidado dela, havia tal provisão feita para socorrer os pobres , quanto mais naquela Dispensação, onde somos ordenados a entregar tudo o que temos? Pois o que eles não faziam antigamente? Eles deram dízimos e dízimos novamente sobre dízimos para órfãos , viúvas e estrangeiros; enquanto alguém me dizia, espantado, para outro: Ora, tal dá o dízimo .Que carga de vergonha esta expressão implica, uma vez que o que não era uma questão de admiração com os judeus veio a ser assim no caso dos cristãos ? Se houvesse perigo, então, ao omitir os dízimos , pense em quão grande deve ser agora.

4- Irineu - 180 d.C
Contra as heresias (livro IV, capítulo 18) http://www.newadvent.org/fathers/0103418.htm2. 

a classe de oblações em geral não foi posta de lado; porque havia ali duas oblações [entre os judeus ], e há oblações aqui [entre os cristãos ]. Sacrifícios havia entre o povo; sacrifícios existem também na Igreja : mas a espécie sozinha foi mudada, visto que a oferta agora é feita não por escravos, mas por homens livres. Porque o Senhor é um e o mesmo; mas o caráter de uma oblação servil é peculiar [a si], como também a dos homens livres, a fim de que, pelas próprias oblações, a indicação da liberdade possa ser estabelecida. Pois com Ele não há nada sem propósito, nem sem significação, nem sem design. E por essa razão eles (os judeus tinham realmente os dízimos de seus bens consagrados a Ele, mas aqueles que receberam a liberdade deixaram de lado todas as suas posses para os propósitos do Senhor, concedendo com alegria e liberdade não as porções menos valiosas de sua propriedade, pois têm a esperança de coisas melhores [ daqui em diante]; assim como a pobre viúva agiu, que entregou toda a sua vida ao tesouro de Deus .


Contra as Heresias (Livro IV, Capítulo 13) http://www.newadvent.org/fathers/0103413.htm


Cristo não anulou os preceitos naturais da lei, antes os cumpriu e ampliou. Ele removeu o jugo e a servidão da velha lei, de modo que a humanidade, sendo agora libertada, pudesse servir a Deus com aquela piedade que se torna filhos.

1. E que o Senhor não revogou os [preceitos] naturais da lei, pelos quais o homem é justificado, que também aqueles que foram justificados pela  , e que agradaram a Deus , observaram antes da lei, mas que Ele estendeu e cumpriu, é mostrado a partir de suas palavras. Pois, Ele observa, foi dito a eles de antigamente: Não cometer adultério . Mas eu vos digo que todo aquele que olhou para uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração. Mateus 5: 27-28 E novamente: Foi dito: Não matarás. Mas eu digo até você, todo aquele que ézangado com seu irmão sem uma causa , estará em perigo do julgamento. Mateus 5: 21-22 E já foi dito: Não te negarás. Mas eu digo até você: não jure nada; mas deixe sua conversa ser, sim, sim, e não, não. Mateus 5:33 , etc. E outras declarações de natureza semelhante. 


Pois todos estes não contêm ou implicam uma oposição e uma derrubada dos [preceitos] do passado, como os seguidores de Marcion se mantêm vigorosamente; mas [eles exibem] um cumprimento e uma extensão deles, como Ele mesmo declara: A menos que a sua justiça exceda a dos escribas e fariseus , você não entrará no reino dos céus . Mateus 5:20 Pois o que significava o excesso referido? Em primeiro lugar, devemos crer não apenas no Pai , mas também em Seu Filho agora revelado; porque é Ele quem conduz o homem à comunhão e unidade com Deus . No próximo lugar, [devemos] não apenas dizer, mas devemos fazer; porque eles disseram, mas não o fizeram. E [devemos] não apenas nos abster de atos malignos , mas até mesmo dos desejos depois deles. Agora Ele não nos ensinou essas coisas como sendo opostas à lei, mas como cumprindo a lei, e implantando em nós a justiça variada da lei. Isso teria sido contrário à lei, se Ele tivesse ordenado a Seus discípulos fazer qualquer coisa que a lei tivesse proibido. Mas o que Ele ordenou - a saber, não apenas abster-se de coisas proibidas pela lei, mas até mesmo ansiando por elas - não é contrário à [lei], como observei, nem é a elocução de alguém que destrói a lei. lei, mas de um cumprimento, ampliando e proporcionando maior alcance a ele.

2. Pela lei, desde que foi estabelecida para aqueles em escravidão, usada para instruir a alma por meio dos objetos corpóreos que eram de natureza externa, atraindo-a, como por um laço, para obedecer a seus mandamentos, para que o homem pudesse aprenda a servir a Deus. Mas a Palavra libertou a alma e ensinou que através dela o corpo deveria ser voluntariamente purificado. Tendo sido cumprido, seguiu-se, é claro, que os laços da escravidão deveriam ser removidos, aos quais o homem agora estava acostumado, e que ele deveria seguir a Deus sem grilhões: além disso, que as leis da liberdade deveriam ser estendidas, e sujeição ao rei aumentou, para que ninguém convertido parecesse indigno daquele que o libertou, mas que a piedadee a obediência devida ao Mestre da casa deve ser igualmente feita tanto por servos quanto por filhos; enquanto os filhos possuem maior confiança [do que os servos], na medida em que a operação da liberdade é maior e mais gloriosa do que a obediência que é prestada em [um estado] de escravidão.

3. E por essa razão o Senhor, em vez daquele [mandamento], não cometerás adultério , nem mesmo a concupiscência; e em lugar do que corre assim, não matarás, Ele proibiu a ira ; e em vez da lei ordenar a doação de dízimos , [Ele nos disse] para compartilhar Mateus 19:21 todas as nossas posses com os pobres; e não amar só nossos vizinhos, mas até nossos inimigos; e não apenas para ser doadores liberais e doadores, mas até mesmo que devemos apresentar um presente gratuito para aqueles que tiram nossos bens. Pois para ele que tira o seu casaco, ele diz:dá-lhe também o teu manto; e daquele que tira os seus bens, não lhes peça mais; e como você gostaria que os homens fizessem a você, faça-lhes: Lucas 6: 29-31 para que não nos entristeçamos como aqueles que não estão dispostos a ser defraudados, mas podemos nos regozijar como aqueles que deram de bom grado, e em vez disso conferir um favor sobre nossos vizinhos do que ceder à necessidade. E se alguém, diz ele, o obrigar a caminhar uma milha, vai com ele dois; Mateus 5:41 para que você não o siga como um escravo, mas como um homem livre vá adiante dele, mostrando-se em todas as coisas gentilmente dispostas e úteis ao seu próximo, não com relação ao seu malintenções, mas realizando os seus cargos bondosos, assimilando-se ao Pai , que faz com que o Seu sol se levante sobre os maus e os bons , e faça chover sobre os justos e injustos . Mateus 5:45 


Ora, todos esses [preceitos], como já observei, não eram [as injunções] de alguém que acabava com a lei, mas de alguém que a cumpria, estendia e ampliava entre nós; como se alguém dissesse, que a operação mais extensa da liberdade implica que uma sujeição e afeição mais completa em relação ao nosso Libertador tenha sido implantada dentro de nós. Pois Ele não nos libertou para este propósito, que devemos nos afastar Dele (ninguém, na verdade, enquanto colocado fora do alcance dos benefícios do Senhor, tem poder para obter para si os meios de salvação ), mas quanto mais nós receber Sua graça , mais devemos amá- lo. Agora, quanto mais o amamos, mais glória receberemos dele, quando estivermos continuamente na presença do Pai.

4. Portanto, como todos os preceitos naturais são comuns a nós e a eles (os judeus ), eles tinham, de fato, o começo e a origem; mas em nós eles receberam crescimento e conclusão. Pois dar assentimento a Deus , e seguir a Sua Palavra, e amá- Lo acima de tudo, e o próximo como a si mesmo (agora o homem é próximo ao homem), e abster-se de todo ato maligno , e todas as outras coisas semelhantes a natureza que é comum aos dois [pactos] revela um e o mesmo Deus. Mas este é o nosso Senhor, a Palavra de Deus , que na primeira instância certamente atraiu escravos para Deus , mas depois Ele libertou os que estavam sujeitos a Ele, como Ele mesmo declara aos seus discípulos: Eu não vou agora chamo servos, porque o servo sabe não o que seu senhor faz; mas vos chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu fiz conhecido . João 15:15 Pois naquilo que Ele diz, eu não vou chamá-lo agora de servo, Ele indica da maneira mais marcante que foi Ele mesmo que originalmente designou para os homens a escravidão com respeito a Deus através da lei, e então depois conferido sobre eles a liberdade. E nisso Ele diz: “ Porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, Ele indica, por meio de Seu próprio advento, a ignorância de um povo em condição servil. Mas quando Ele fala com seus discípulos os amigos de Deus , Ele se declara claramente ser a Palavra de Deus , a quem Abraão também seguiu voluntariamente e sob nenhuma compulsão ( sine vinculis ), por causa da natureza nobre de sua  , e assim se tornou amigo de Deus . Tiago 2:23 Mas a Palavra de Deus não aceitou a amizade de Abraão , como se Ele precisasse disso, pois Ele era perfeito desde o princípio ( Antes que Abraão existisse , Ele diz, eu sou João 8:58 ), mas que Ele em Sua bondade pode conceder eterna vida sobre o próprio Abraão , na medida em que a amizade de Deus confere imortalidade àqueles que a abraçam.




Conclusões:


1- O dízimo existia antes da lei, como culto ao Deus verdadeiro. Ele era expontâneo
2- Existia dois ou três tipos de dízimo na lei de Moisés.
3-O dízimo na lei de Moisés era obrigatório
4- O cristão que não dá o dízimo não está roubando ou sob maldição, pois o sacerdócio agora é de Melquisedeque.
5- O dízimo continua sendo sinal de gratidão por tudo que o Senhor tem nos dado por sua graça!!!
6- O dízimo nunca foi uma obrigação no Novo Testamento.
7- A grande vantagem do dízimo é que é um valor proporcional, nem pouco, nem muito em termos proporcionais.
8- O cristão deve contribuir conforme suas posses e até acima delas, como dizia Irineu e Paulo.