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terça-feira, 30 de julho de 2013

EVANGÉLICOS se CONVERTERÃO ao BRASIL?

21/07/2013 - 03h20
Folha de Sao Paulo
A conversão do pentecostalismo
REGINALDO PRANDI


RESUMO 
Depois de trocar o discurso do desapego material pela apologia do consumo, o pentecostalismo brasileiro se vê instado a afrouxar sua moral conservadora para conquistar segmentos mais abastados e escolarizados. Na trilha para se tornar a força religiosa dominante no país, ele terá de se dobrar ao éthos nacional.
*
O avanço acelerado das igrejas evangélicas anuncia para breve um Brasil de maioria religiosa evangélica. Se isso vier a acontecer, o país se tornará também culturalmente evangélico? Traços católicos e afro-brasileiros serão apagados, assim como festas profanas malvistas pela nova religião predominante?
Deixarão de existir o Carnaval, as festas juninas, o famoso São João do Nordeste? Rios, serras, cidades, ruas, escolas, hospitais, indústrias, lojas terão seus nomes católicos trocados? A cidade de São Paulo voltará a se chamar Piratininga? E mais, mudarão os valores que orientam a vida por aqui?
Provavelmente não, porque a religião mudaria antes. Ela se reconfigura em resposta a demandas sociais, e essa recauchutagem é tão mais profunda quanto maiores forem a consolidação e a difusão da crença. Deixa de ser radical e sectária, ajusta-se. Vê-se isso na história recente das próprias religiões evangélicas.
Igrejas pentecostais pregavam uma ética de afastamento do mundo, com profundas restrições ao consumo. Ao preconizar vida simples e despojada, ofereciam um modelo ideal de conduta para uma classe proletária então destinada a ganhar mal e comprar pouco.


Quando a âncora da economia muda do trabalhador que produz para o consumidor (garantidor do crescimento), o pentecostalismo tem de rever sua posição sobre o consumo, até então encarado como ponte para o mundanismo.


Dessa forma, acompanhou a mudança e adotou a teologia da prosperidade -coisa de gênio. Abandonou o princípio de que o dinheiro é do diabo e largou mão do velho ascetismo, mantido na esfera da sexualidade. Adequou-se às aspirações de classe média no que diz respeito a vestir-se, educar os filhos, ter tudo de bom em casa, comprar carro, viajar a turismo e muito mais.
A nova teologia promete que se pode contar com Deus para realizar qualquer sonho de consumo. Em suma, já não se consegue, como antes, distinguir um pentecostal na multidão por suas roupas, cabelo e postura. Tudo foi ajustado a novas condições de vida num país cujo governo se gaba do (duvidoso) surgimento de certa "nova classe média", de fato cliente preferencial das lojas de R$ 1,99.
Incapazes de influir nos grandes temas da sociedade, as igrejas pentecostais ajustaram o foco na velha preocupação com a vida íntima. Agarraram-se a uma moralidade mesquinha e reacionária, tão fácil de impor aos descontentes com sua vida pessoal.
A maioria dos pentecostais é de recém-convertidos, e conversão precisa de motivo forte, subjetivo, que tenha elo direto com felicidade e capacidade de viver bem.


IMPOSIÇÃO DA LEI
A interferência da religião nos costumes poderia vir agora também pela imposição da lei. Para fazer mudanças a seu gosto, o credo da nova maioria contaria com as casas legislativas, onde vai ampliando suas fileiras. Bem no tom de ameaça do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Ao perder uma batalha em sua guerra homofóbica travada nas trincheiras da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que espantosamente continua a presidir, ele acenou para um revide amparado na possibilidade de a bancada evangélica dobrar numericamente na próxima legislatura.


O instituto Datafolha confirma: se dependermos da opinião expressa por pentecostais, o Brasil pode retroceder em matéria de família, sexualidade e liberdade de escolhas e abandonar normas e direitos fixados após longas lutas.


A pesquisa publicada hoje pela Folha mostra que, no continuum da moralidade, as posições estão bem marcadas: os pentecostais formam o segmento mais atrasado. Os católicos são tão avançados quanto a população média do país, maioria que são. Os evangélicos não pentecostais ocupam posição intermediária entre católicos e pentecostais; já tiveram sua fase de sectários e poderiam representar hoje os pentecostais de amanhã.
Os sem religião, espíritas e umbandistas tendem a ter posição condizente com os avanços da sociedade, à frente dos católicos, mas são muito minoritários. Outras religiões, pelo pequeno número de seguidores na população, nem aparecem na amostra.
É preciso lembrar que, independentemente de religião, os mais pobres e os menos escolarizados, camadas em que os pentecostais arregimentam preferencialmente seus adeptos, estão menos afeitos ao avanço dos costumes e direitos.
Religião e posição social se atraem e se somam. Por outro lado, se o pentecostalismo também sonha em ser uma religião de classe média ilustrada, terá de mudar.
Ainda que majoritária, condição aqui apenas hipotética, a religião evangélica, sobretudo pentecostal, seria a crença de indivíduos convertidos um a um, e não a que funda uma nação e fornece os elementos formadores de sua cultura, lugar ocupado pelo velho catolicismo.
O processo que culminaria no redesenho do cenário da fé seria diferente daquele que modelou a cultura no Brasil. Por tudo isso, em vez de o Brasil virar culturalmente evangélico, a religião evangélica pode bem se converter ao Brasil.
REGINALDO PRANDI, 67, é professor sênior do departamento de sociologia da USP e pesquisador do CNPq. Escreveu, entre outros livros, "Mitologia dos Orixás", "Segredos Guardados" (ambos pela Companhia das Letras) e "Os Mortos e os Vivos" (selo Três Estrelas, do Grupo Folha).




"Só uma minoria deles se diz contra a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo (36%) e contra a adoção de crianças por casais homossexuais (42%), índices inferiores ao que pensa a média da população e muito abaixo do registrado entre evangélicos (em torno de 65% e 70%, respectivamente).
Apenas espíritas e umbandistas são mais liberais a respeito desses temas. Mas membros de todas as igrejas cristãs pensam de forma muito parecida sobre o aborto: entre 65% a 70% dizem que a mulher que praticar aborto deve ser processada e presa."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/119929-catolicos-vao-pouco-a-missa-e-contribuem-menos-com-igreja.shtml
RESPOSTA:
1-O colunista da Revista Veja, Reinaldo Azevedo, diz que a pregação da Assembleia de Deus (Igreja que mais cresceu de acordo com o último censo-2010)

“está muito mais centrada na defesa de VALORES, especialmente os ligados à unidade da família. Se é uma igreja que cresce no chamado “Brasil moderno e urbano”, esse crescimento se dá com a pregação de valores que podemos chamar “tradicionais. O colunista continua: “A Assembleia, infiro, tende a crescer de forma sustentável e consolidada porque opera numa esfera que produz alterações que tendem a ser permanentes. As correntes que dão excessivo valor às relações de troca com Deus podem ter ascensão vertiginosa, mas esbarram, não tem jeito, no peso da realidade. O Altíssimo não sai por aí recompensando quem faz muita bobagem com sua conta bancária. Também não costuma resolver os problemas que estão afeitos à medicina. A força desse tipo de discurso
 é limitada”


2-Os Pentecostais tem por princípio a liberdade religiosa;
  •  portanto se a maioria fosse evangélica não se proibiria a manifestação de festas católicas, espíritas ou quaisquer outras.
  •  Basta conhecer que TODOS os países de maioria evangélica, privam pelos direitos à  liberdade religiosa. 
  • Assim estas festas continuarão a existir a menos que toda população se tornasse evangélica!!!

3- Em segundo lugar, NUNCA em toda a história do protestantismo (mesmo dentro do pentecostalismo) se abriu mão dos valores tradicionais como sexualidade dentro do casamento, heterossexualidade,e outros valores tradicionais, exceto em seitas derivadas do protestantismo, e essas são tidas como movimentos heréticos.

3-Mesmo dentro do movimento Neopentecostal esses valores sempre perduraram, como diz este Sociólogo especializado no assunto:
"Mesmo as neopentecostais, embora mais liberais, estabelecem orientações tipicamente puritanas, moralistas: contra o homossexualismo, a pornografia, as drogas, a assistência a programação de tv que exploram a violência e sexualidade, a frequência a bares e danceterias, participação no carnaval" (Neopentecostais- Ricardo Mariano, Edições Loyola, p. 210)

4- Assim a afirmação que E mais, mudarão os valores que orientam a vida por aqui? Provavelmente não, porque a religião mudaria antes. ... Vê-se isso na história recente das próprias religiões evangélicas."  é falsa pois, o que mudou nas igrejas pentecostais foi os chamados "usos e costumes de santidade" (que nada tem de fundamentação bíblica como: uso de saias, cabelos sem cortar, não uso de bermudas, etc.) e mudança para uma liturgia "mais brasileira" com ritmos populares, basicamente isso.


5-Em relação à Teologia da Prosperidade,a maioria dos pentecostais não à adota . O segmento que adota é conhecido como NEOPENTECOSTAIS. A Assembléia de Deus combate o ensino da Teologia da prosperidade ou Teologia da Confissão Positiva. 


6-Mas a Igreja Universal do Reino de Deus (maior denominação neopentecostal e a  igreja que mais dá ênfase à prosperidade financeira foi a que mais perdeu fiéis (queda de 11% em relação a 2000). A igreja, que nos anos 1990 deu um salto de 269 mil para 2,1 milhões de fiéis, perdeu 228 mil na última década. http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/por-que-edir-macedo-e-a-igreja-catolica-perderam-fieis-e-por-que-a-assembleia-de-deus-ganhou/

7- A afirmação: "Quando a âncora da economia muda do trabalhador que produz para o consumidor (garantidor do crescimento), o pentecostalismo tem de rever sua posição sobre o consumo, até então encarado como ponte para o mundanismo.
Dessa forma, acompanhou a mudança e adotou a teologia da prosperidade" tem vários equívocos:
  • A teologia da prosperidade começou nos Estados Unidos e iniciou-se no Brasil com a Igreja Nova Vida, da qual saiu a universal e Internacional da Graça de Deus (igrejas neopentecostais)
  • O neopentecostalismo é um tipo de pentecostalismo, mas numa 3ª onda, de onde veio a Teologia da Confissão Positiva- ver apêndice 1
  • Assim não houve adoção da Teologia da Prosperidade, especialmente por parte majoritária da Assembléia de Deus (a igreja que mais cresceu)
  • o autor do texto dá a entender que o fator preponderante do crescimento dos pentecostais seria a teologia da prosperidade, mas desde que surgiu o pentecostalismo sempre foi o ramo evangélico que mais cresceu!!!!! mesmo antes do surgimento da Teologia da Confissão Positiva- ver apêndice 2
8- Sobre homofobia
  • O simples fato de ser contra a prática de atos homossexuais não caracteriza homofobia
  • O SITE PSIQWEB CITA o dicionário especializado:"Esta expressão significa medo do homossexualismo. O medo do homossexualismo empurra as pessoas em direção ao sexo oposto com objetivos de reprodução e de garantir ao sujeito sua identidade heterossexual.
    Homofobia é típica de pessoas que, consciente ou inconscientemente, ainda têm muitas dúvidas e angústias sobre sua identidade sexual. Como mecanismo de defesa de sua insegurança, estas pessoas costumam ridicularizar e agredir os homossexuais. Casos muitos graves de Homofobia levam o sujeito a fazer investidas como o assassinato de homossexuais. "  
    http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=382
  • Os valores cristãos repudiam atos de violência, ódio aos homossexuais ou qualquer pessoa
  • Para haver tolerância aos homossexuais tem que haver discordância, assim os evangélicos tem o dever de amar todas as pessoas, e isso inclui tolerar  práticas  consideradas pecaminosas pela bíblia.



9- A afirmação "se dependermos da opinião expressa por pentecostais, o Brasil pode retroceder em matéria de família, sexualidade e liberdade de escolhas e abandonar normas e direitos fixados após longas lutas."

  • A pesquisa citada da Folha  não faz distinção entre praticantes e não praticantes. Existem muitos católicos nominais, como também evangélicos, o que tornaria os 'católicos'  mais receptivos a conceitos como aborto, união civil homossexual, etc.
  •  os valores [em termos de doutrina] de família, sexualidade e liberdade de escolha são os mesmos no catolicismo, evangélicos pentecostais e não pentecostais
  • a única diferença é que os evangélicos são a favor dos métodos anticoncepcionais
  • Defender o direito à vida por parte de fetos inocentes (ser contra o aborto) não é ser retrógrado.
  • Para se evitar as concepções pós estupro (que giram em torno de 1-3%) deve-se implementar políticas de Segurança (garantidas pela constituição) e investir em informação especialmente na pílula do dia seguinte (que impede à fecundação) e assim seria desnecessário o aborto
  • em relação a adoção, o número de casais que querem adotar é mais que 5 VEZES o de crianças a serem adotadas  http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/05/25/ha-54-vezes-mais-pretendentes-do-que-criancas-aptas-a-adocao-aponta-cnj.htm. Em relação à adoção as opinioes dos evangélicos é dividida.

Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião
Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. A pesquisa indica também o aumento do total de espíritas, dos que se declararam sem religião, ainda que em ritmo inferior ao da década anterior, e do conjunto pertencente às outras religiosidades. http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=1&idnoticia=2170&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-aumenta-evangelicos-espiritas-sem-religiao








Apêndice 1
3.2.2- DISCUSSÃO DAS CLASSIFICAÇÕES de PENTECOSTAIS
A classificação de Bitencourt despreza a ênfase de doutrinas pentecostais dadas por diferentes igrejas, seja em suas semelhanças ou em suas diferenças, pois se baseia unicamente na origem das igrejas.
A classificação de Mendonça cai em um equívoco em afirmar que as igrejas de cura divina não enfatizam a ética, a santificação e a bíblia, tudo isso a Deus é Amor, Universal, Internacional da Graça e outras, enfatizam, inclusive a Universal, tem um programa radiofônico diário “A palavra amiga do bispo Macedo”. Além disso, os fiéis dessas igrejas, apresenta uma freqüência aos cultos superior às protestastes históricas, e a maioria delas apresenta rol de membros.
A classificação de Freston é a que mais se aproxima da realidade, assim utilizaremos sua classificação acrescida do termo “deuteropentecostalismo” para designar a 2ª onda, utilizado por Ricardo Mariano (1999):

1ª onda- Pentecostalismo Clássico: Congregação Cristã (1910, São Paulo e Paraná) por Luigi Francescon (missionário de origem presbiteriana que se tornou pentecostal através da Missão Pentecostal de W. H. Durham nos Estados Unidos). Assembléia de Deus (1911, Belém) (inicialmente chamada de Missão da Fé Apostólica - mesmo nome do movimento pentecostal inicial da Rua Azuza anteriormente citado) fundada por dois missionários suecos imigrantes em Chicago que também freqüentaram a mesma missão que Luigi e tiveram a mesma experiência pentecostal, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Eles inicialmente se estabeleceram na Igreja Batista de Belém, mas foram expulsos juntamente com mais dezessete pessoas, fundando então a 2ª igreja pentecostal do Brasil.
2ª onda- Deuteropentecostalismo: O deuteropentecostalismo se diferencia do clássico por sua implantação posterior e por enfatizar a cura divina. Esta segunda onda pentecostal tem origem na cidade de São Paulo com a implantação da Igreja do Evangelho Quadrangular em 1951 por meio do evangelismo de massa centralizado na mensagem de cura divina. A quadrangular nos Estados Unidos é uma Pentecostal Clássica, mas na sua implantação no Brasil já trazia algumas inovações evangelísticas (tendas cinema, teatros, estádios). Esse movimento de cura trouxe muita repercussão no país e provocou a formação de novas denominações: A Quadrangular deu origem à O Brasil para Cristo (1955) e esta à Casa da Bênção (1964). Nesta classificação entra também a Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962) e a Nova Vida (1960). Esta última foi precursora de alguns aspectos da teologia neopentecostal: prosperidade financeira, ausência de legalismo em matéria comportamental, e intenso combate ao Diabo (encontrado também na Casa da Bênção e Deus é Amor).


3ª onda Neopentecostalismo: A terceira onda começa na segunda metade dos anos 70. Da deuteropentecostal Nova Vida, saíram: Universal do Reino de Deus (1977, Rio), Igreja Internacional da Graça de Deus (1980, Rio), e Cristo Vive (Rio, 1986). Surgiram também neste período: a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (1976, Goiás); Comunidade da Graça (1979, São Paulo) Renascer em Cristo (1976, São Paulo), Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo (1994, São Paulo). Entre as principais características destacam-se: 1-Ausência de usos e costumes de santidade 2- Teologia da Prosperidade 3- Teologia do Domínio 4- Exacerbação da guerra contra o reino de Satanás (Com exceção da Missão Apostólica da Graça de Deus ou Igreja Cristo Vive).  Estas características serão discutidas posteriormente.
Assim nem toda denominação surgida depois dos anos 70 é neopentecostal, pois o neopentecostalismo se caracteriza por distinções teológicas (Teologia do domínio e da prosperidade) e comportamentais, muito mais do que simplesmente distinções cronológicas.

Apêndice 2
5.2.3- Tese Atual do crescimento pentecostal
A partir do fato que as igrejas pentecostais apresentam crescimento radicalmente desigual, as razões de seu sucesso ou fracasso decorrem das diferenças internas existentes entre elas. Os processos de mudança macroestrutural e os péssimos indicadores sociais do País não elucidam a enorme diferença entre o crescimento da Universal (e outras neopentecostais) das demais igrejas. A explicação, portanto, deve repousar na análise da organização denominacional, das doutrinas, do clero, da liturgia, da mensagem e das técnicas evangelísticas.
5.2.1- Trabalho Exaustivo
Várias igrejas pentecostais realizam vários cultos diários, mobilizam os fiéis para evangelizar, espcialmente boca a boca, investem seus recursos na abertura de templos, na pregação eletrônica e no sustento dos pastores, que trabalham em período integral.

5.2.2-Anúncio de um Evangelho Pleno / Felicidade presente e futura
         As neopentecostais enfatizam que Jesus é a solução de todos os problemas do homem, oferecendo:
·        Salvação – pela pregação da mensagem do plano redentor de Cristo
·        Cura física-  pela mensagem da cura divina
·        Libertação de vícios e perturbações - por meio de orações e campanhas.
·        Prosperidade financeira - pela pregação da mensagem sobre promessas de  prosperidade e da atitude do cristão em relação a essas promessas.
·        Harmonia familiar - pelo ensino da prática dos princípios bíblicos em associação com os tópicos anteriores.

“Na verdade vários estudos convergem para afirmar que o  pentecostalismo traz soluções reais a situações de pobreza e de atomização social. Ele dá a possibilidade de criar redes de relações primárias. Ele dá aos crentes a reputação de trabalhadores confiáveis que os empregadores procuram e preferem aos outros. Enfim, ele permite dar a populações fortemente desintegradas socialmente uma identidade social, uma dignidade” 4

5.2.3- Liturgia descontraída /Informalidade
         O culto pentecostal é de caráter informal, ao contrário, por exemplo, do catolicismo clássico, religião da qual mais procede os pentecostais. Como se sabe, em geral, as igrejas que mais crescem utilizam toda sorte de ritmos incluindo o rock, o funk, o rap e outros que eram tidos como profanos.

5.2.5- Uso intenso da mídia
         Com o surgimento do ramo neopentecostal inaugurou-se um intenso uso dos mais diversos meios de comunicação, especialmente a televisão. Através dela são feitos atendimentos de pessoas, pregações, testemunhos de pessoas, anúncio das programações das igrejas e outros. A Internacional da Graça possui hoje um canal exclusivo no qual a maior parte do tempo é ocupado por programações da própria denominação, em segundo lugar vem a Universal do Reino de Deus, que apesar de ser dona da Record e da Rede Mulher ficou atrás da Internacional da Graça.
         Até as igrejas que proibiam o uso da televisão no passado, hoje têm seus programas de televisão, como é o caso das Assembléias de Deus, com o seu programa “Movimento Pentecostal”.


5.2.4- Rapidez na preparação de novos líderes
         Enquanto que nas Igrejas protestantes históricas é requerido um longo tempo em seminário, a maioria das igrejas pentecostais prepara seus futuros líderes de uma forma mais rápida, por meio de cursos de formação de obreiros e por meio de literatura própria da denominação, o que contribui para a expansão destas denominações.

5.2.5- Sincretismo litúrgico
Muitas igrejas,especialmente a Universal e Internacional da Graça (neopentecsotaIS) absorvem inúmeras vertentes da religiosidade e do sincretismo brasileiros numa espécie de efeito esponja de expressões religiosas que granjearam alguma popularidade no campo religioso brasileiro, contribuindo para seu crescimento.
Observa-se elementos simbólicos que contribuem numa inserção nesta igreja sem grandes passagens simbólicas, traumas ou disrupções. Não existe uma inauguração de um novo sistema simbólico, mas sim, um re-arranjo e uma re-significação de elementos já re-conhecidos pelos fiéis dentro do campo religioso brasileiro. O que nos remete a uma vivência de sensação de totalidade e não uma construção, mas de re-construção de sentido muito grande.
.
5.2.6- Oferta de sentido psicológico

Principalmente as Neopentecostais (como, Universal) conseguem, de uma forma própria, responder as questões que são fundamentais para o ser humano. Como outros grupos religiosos que conseguiram ganhar universalidade, estas igrejas, combinando aspectos pré-modernos, modernos, pós-modernos, sincréticos e afinados com a matriz religiosa brasileira de uma forma peculiar, têm conseguido, numa linguagem religiosa, restabelecer aquilo que Jung apontou psicologicamente em seus pacientes como falta:

“não houve um só (paciente) cujo problema  mais profundo não fosse o da atitude religiosa. Aliás, todos estavam doentes, em última análise, por terem perdido aquilo que as religiões vivas ofereciam em todos os tempos, a seus adeptos, e nenhum se curou realmente, sem ter readquirido uma atitude religiosa própria, o que evidentemente, nada tinha a ver com a questão de confissão (credo religioso) ou com a pertença a uma determinada igreja.” (JUNG,1983:509)

5.2.7- Acesso Direto ao Sagrado

          O princípio protestante do “sacerdócio universal de todos os crentes” é o primeiro fator que favorece um acesso direto ao sagrado.
O segundo fator são os dons espirituais, especialmente o falar em novas línguas. Neste fenômeno o fiel tem certeza que está unido à Divindade, pois é um fenômeno sobrenatural. É visto em algumas denominações manifestações onde a pessoa que fala em língua chega quase ao êxtase emocional (embora a maioria condena esta manifestação emocional em reuniões abertas a pessoas não evangélicas).

REPERCUSSÃO  SOCIAL DOS PENTECOSTAIS

“Na verdade vários estudos convergem para afirmar que o  pentecostalismo traz soluções reais a situações de pobreza e de atomização social. Ele dá a possibilidade de criar redes de relações primárias. Ele dá aos crentes a reputação de trabalhadores confiáveis que os empregadores procuram e preferem aos outros. Enfim, ele permite dar a populações fortemente desintegradas socialmente uma identidade social, uma dignidade”1
         Quanto a ênfase na atuação demoníaca, esta “parece favorecer a maior tolerância dos fiéis pentecostais que vivem estes problemas com seus familiares, atenuando a tensão doméstica”2
         Quanto à participação da mulher na religião, cada vez mais se torna evidente sua atuação. Quando a mulher se converte antes do marido, esta passa a ter a responsabilidade de por fim aos sofrimentos espirituais aos seus familiares, como diz o provérbio bíblico: A mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derruba com suas próprias mãos”. Salém diz: “esta responsabilidade delegada ás mulheres provoca uma verdadeira inversão da auto-imagem feminina, que de frágil e tutelada (SALÉM, 1981, P. 83) passa a ser responsável pela formação moral da família e pela salvação dos seus pares e filhos – corroborando assim as teses de que a adesão ao pentecostalismo fortalece o gênero feminino”3
         Quanto ao comportamento masculino é bom destacar que a doutrina pentecostal apesar de frisar a chefia do marido, enfatiza a generosidade, humildade, amor, docilidade ao mesmo tempo em que condena o orgulho, a violência, o suo de álcool e a aspereza das palavras. Com isso a religião pentecostal serve aos interesses práticos das mulheres.4 O próprio fato de o marido aceitar a intervenção da igreja na resolução dos problemas domésticos expressaria também uma ruptura significativa com os valores tradicionais do patriarcalismo.

CONCLUSÃO

A partir do fato que as igrejas pentecostais apresentam crescimento radicalmente desigual, mas em geral muito superior aos protestantes históricos, as razões de seu sucesso ou fracasso decorrem das diferenças internas existentes entre elas. Os processos de mudança macroestrutural e os péssimos indicadores sociais do País não elucidam a enorme diferença entre o crescimento PENTECOSTAL das demais igrejas. A explicação, portanto, deve repousar na análise da organização denominacional, das doutrinas, da liturgia, do clero, da mensagem e das técnicas evangelísticas bem como na história do pentecostalismo e contexto histórico brasileiro. Dentre as causas do crescimento explosivo podemos destacar: trabalho exaustivo; evangelho que promete salvação e felicidade presente; liturgia descontraída; uso intenso da mídia; facilidade de formação de novos líderes; sincretismo litúrgico; oferta de sentido psicológico e acesso direto ao sagrado. A repercussão social é positiva e pode-se destacar a diminuição da pobreza, o fortalecimento do gênero feminino, a diminuição da tensão nos lares.
Portanto o crescimento explosivo do movimento pentecostal só pode ser explicado levando em conta uma análise minuciosa tanto interna (doutrinas e práticas), bem como de sua repercussão social e não por meio de análises puramente teóricas.









1 André Corten- Os pobres e o Espírito Santo. O pentecostalismo no Brasil, p. 140.

2 Maria das dores Campos Machado. Carismáticos e pentecostais, 201.
3 Ibid.: p.129.
4 Ibid: p. 122.


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WALKER, Jonh. A história que não foi contada.  2.ed. American: Worship produções, p.11-14, 1997.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo, Martin Claret, 2005







































ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Diferenças entre Deus e os deuses gregos

"Os deuses não eram os inventores do mundo, mas parte de algo que já existia.
 Zeus, o manda chuva de turno, não criou a Terra, nem mesmo os homens, que foram invenção de seus primos.Zeus, seus irmãos, filhos e aparentados formam uma segunda geração de potestades.
Enquanto a tradição judaico cristã, Deus vive em um céu inalcançável, os deuses da mitologia grega tem endereço físico, o monte Olimpo, a maior montanha da Grécia....
O Deus cristão é representado como um ser distante, sobre-humano. Nas raras vezes em que desceu à Terra, apareceu na forma de luz ou fogo- ou só sua voz era ouvida.
Com o pessoal da mitologia, era diferente.Quando Zeus dava  o ar da graça por aqui, por vezes se disfarçava para iludir e seduzir as mortais. Virou touro e cisne- dormiu com as humanas até em forma de gotas de chuva.
Os deuses gregos eram demasiadamente humanos. Podiam se ferir e se alimentavam todos os dias, de néctar e ambrosia. Enfim, tinham sua própria vida privada.." (Aventuras na História- Mitologia Grega, editora Abril, p. 31-32)

Certos filósofos radicais, como Xenófanes, começaram no século VI a. C. a rotular os textos dos poetas como blasfêmias. Queixava-se de que Homero e Hesíodo atribuiam aos deuses "tudo o que é vergonhoso e escandaloso entre os homens, pois os deuses roubam, matam, cometem adultério, e enganam uns aos outros".110 (wikipedia)
Resumo e conclusões:
Os deuses gregos:
1- Não eram eternos, começaram no tempo. Foram criados.
2- Eram apenas "super-homens", com todos as paixões e erros humanos. Não eram santos.
3- Eram mortais, caso não se alimentassem de ambrosia e néctar

terça-feira, 23 de julho de 2013

kit gay (kit Escola sem Homofobia) mitos e verdades- Mentiras de Bolsonaro e Hadad.

Este livro nunca fez parte do kit escola sem homofobia


Introdução

"Em 2004, o governo federal lançou o programa Brasil sem Homofobia com o objetivo de combater a violência e o preconceito contra a população LGBT (composta por travestis, transexuais, gays, lésbicas, bissexuais e outros grupos). Uma parte dele enfatizaria a formação de educadores para tratar questões relacionadas ao gênero e à sexualidade. Nascia aí o projeto Escola sem Homofobia. https://novaescola.org.br/conteudo/84/conheca-o-kit-gay-vetado-pelo-governo-federal-em-2011

            https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/brasil_sem_homofobia.pdf



"Todo o material produzido em 2011 para tentar combater a homofobia em escolas – conteúdo que ficou popularmente conhecido como “kit gay” – pode ser visto aqui. A imagem acima não aparece em nenhum de seus onze componentes, como afirmam as postagens analisadas pela Lupa.
Esse material foi elaborado por organizações do terceiro setor quando o hoje candidato à vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, comandava o Ministério da Educação, mas nunca chegou a ser aprovado ou distribuído em escolas.
Em 2011, cinco ONGs prepararam o conteúdo como parte do programa federal Brasil Sem Homofobia, que também previa a formação de educadores capazes de tratar questões relacionadas a gênero e sexualidade no ambiente escolar. O kit consistia em um caderno direcionado aos gestores, seis boletins destinados aos estudantes, três peças audiovisuais e um cartaz.
Quando já estava pronto para ser impresso – mas ainda antes de ser avaliado pelo Ministério da Educação -, parlamentares iniciaram uma campanha contra o projeto, e ele acabou sendo suspenso.
À época, a presidente Dilma Rousseff (PT) se envolveu na polêmica e declarou o seguinte: “não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais”    https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2018/08/30/verificamos-kit-gay/

Sessão: 1161/10     23//11/2010

A SRA. LENA FRANCO - Boa tarde a todas as pessoas, aos Parlamentares e especialmente às Parlamentares. Fico muito contente de ver mulheres aqui em posição de poder. Nós precisamos de mais mulheres.
Quero dizer que a ECOS se sente muito honrada em ter participado desse projeto. Eu e uma colega da ECOS, Vera Simonetti, cuidamos da coordenação da criação do material educativo que fez parte desse projeto. 

Ele é composto por um caderno - Escola sem Homofobia; um conjunto de seis boletins; cinco audiovisuais, que estão nessa caixinha provisória com versões demo; uma versão em cartaz para a escola, que eu não tenho aqui agora; carta para o educador e educadora e uma embalagem na qual são colocados materiais que a Diretora ou o Diretor responsável pela escola recebe com uma carta de encaminhamento.
Antes de mais nada, queria dizer também que a ECOS é uma organização não governamental que existe há mais de 20 anos. Na sua formação têm várias feministas. Somos ligados ao movimento feminista até hoje. A ECOS, assim como outras instituições, fez e faz diferença na questão da educação neste País, é referência na criação de materiais educativos para tratar dos temas ligados à sexualidade, principalmente educação sexual, uma das nossas bandeiras há mais de 20 anos.

Nessa temática LGBT, a ECOS está criando material e capacitando educadoras e educadores da área da educação e da saúde desde 1995, quando criamos o nosso audiovisual Boneca na Mochila. Podemos dizer que ele é um Blockbuster conhecido em nosso País e em toda a América Latina. Apesar de ser de 1995, é um material superatual, cuja temática gira em torno de uma mãe que é chamada à escola porque o filho de 6 anos de idade foi encontrado no banheiro brincando com uma boneca na mochila. Isso é um mote para se discutir os assuntos ligados à temática da sexualidade.
Eu gostaria de ler para vocês um pedacinho de um texto que colocamos na apresentação desse caderno, porque vem bastante a calhar com o tema sobre o qual estávamos conversando aqui até agora e com a questão da homofobia e outras formas de violência. Diz o seguinte:
"Nesse aspecto, a homofobia reflete a mesma lógica violenta de outras formas de inferiorização, como o racismo e o sexismo, cujo objetivo é sempre o de desumanizar o outro. No entanto, observa-se uma diferença fundamental: enquanto uma vítima de racismo é acolhida e confortada por sua família, a vítima de homofobia, com raras exceções, não encontra em sua própria casa a compreensão e o apoio necessários para o seu conforto. Depreende-se daí o papel fundamental que uma escola verdadeiramente cidadã tem de desnaturalizar a homofobia para além dos seus muros."
Então, isso para nós é muito importante, assim como é importante trabalharmos essa questão também além da escola. A ECOS pensa e também quer muito criar material para trabalhar a questão com a família, porque é muito importante trabalhar a escola, mas precisa trabalhar todo seu entorno.

O kit de material educativo que criamos é bastante complexo pelo seguinte. Entendemos que há material para o professor trabalhar essa temática na escola por pelo menos uns três, quatro anos. Ele não precisa fazer esse trabalho o tempo todo. Ele pode fazê-lo uma vez por mês, uma vez por semana. O material permite vários tipos de combinações, os audiovisuais vêm acompanhados de guias de orientação, com sugestões de práticas e de discussão. O material é bastante completo não só para o aluno, mas principalmente para o entorno. Há alguma coisa direcionada à família, como esse Boneca na Mochila, mas, de fato, precisa-se de um material mais específico.
Ficamos bastante contentes com a aprovação desse material. Agora, num segundo momento, o MEC precisa colocar essas 6 mil cópias, que a princípio vão ser impressas, à disposição das escolas. E a ECOS tem autorização para, imediatamente, uma vez aprovado, disponibilizar esse material via Web para todo o País. Aliás, não só para todo o País, mas para outros países também, para as pessoas que estiverem interessadas. Isso é importante.
Então, o material está à disposição. Logo mais estará em nosso site e todo mundo vai ter oportunidade de acessá-lo. A ECOS já capacitou 200 profissionais de todos os Estados brasileiros ligados à educação para a utilização desses materiais. 
A capacitação acabou agora em setembro, mas temos capacidade e vontade de continuar esse trabalho e estamos à disposição para isso.
Agora gostaria de exibir um dos audiovisuais. Acho que tem duração de 5 minutos. Passaremos o vídeo Encontrando Bianca, que faz parte dos três da série Torpedo, feito especialmente para esse projeto.
Espero que vocês apreciem e obrigada pela atenção. (Palmas.)
(Exibição de vídeo.)
Palmas.)

O que é o kit Escola sem Homofobia?

"O kit é composto por este Caderno, uma série de seis boletins (Boleshs), três audiovisuais com seus respectivos guias, um cartaz e uma carta de apresentação." Caderno Escola sem Homofobia p. 11


O KIT É COMPOSTO DE:
1) Um caderno
2) Seis boletins (BOLESHS)
3) Três audiovisuais e dois DVDs com seus respectivos guias
4) Um cartaz
5) Cartas de apresentação para a gestora ou o gestor e para educadoras e educadores. ECOS- comunicação em sexualidade  https://www.ecos.org.br/livros-e-manuais




Cada capítulo do Caderno pode ser lido e trabalhado separadamente e na ordem julgada a mais conveniente pela educadora(or). Cada eixo temático tem seus significados. As indagações dos diversos textos se reforçam e se ampliam, permitindo que também sejam trabalhados em interface com os outros componentes do kit: os seis Boleshs e os DVDs e audiovisuais Medo de quê?, Boneca na mochila, Torpedo, Encontrando Bianca e Probabilidade. ECOS- comunicação em sexualidade https://www.ecos.org.br/livros-e-manuais

O que é o Caderno Escola sem homofobia?
 

 "A proposta do Caderno Escola sem Homofobia é um convite a gestoras/es 4 , professoras/es e demais profissionais da educação para um debate, oferecendo instrumentos pedagógicos para refletir, compreender, confrontar e abolir a homofobia no ambiente escolar. Os textos aqui reunidos combinam, ao pensar a educação, o conhecimento, a escola e o currículo a serviço de um projeto de sociedade democrática, justa e igualitária – uma sociedade regida pelo imperativo ético da garantia dos direitos humanos para todas e todos. Assim, também entendemos que é papel de todas e todos que convivem no ambiente escolar assumir o desafio de perceber de que modo a homofobia funciona para manter a discriminação de pessoas que, de alguma maneira, não se conformam às convenções de gênero e de sexualidade.  Caderno Escola sem Homofobia p. 13


O Caderno traz os seguintes capítulos:
1. AGRADECIMENTOS, APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO

2. DESFAZENDO A CONFUSÃO
· Gênero: as desigualdades entre as mulheres e os homens
· Diversidade sexual
· Homofobia
· A luta pela cidadania LGBT

3. RETRATOS DA HOMOFOBIA NA ESCOLA
· Preconceitos e estereótipos
· A Homofobia na escola:o que dizem algumas pesquisas
· A homofobia no currículo escolar
· Práticas e espaços escolares
· Para enfrentar a homofobia: rever práticas, espaços e suas intencionalidades
· O currículo e a transversalidade: a inclusão dos temas sociais na escola

4. A DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA
· Caminhos para uma escola sem homofobia
· Projeto político-pedagógico e diversidade sexual na escola
· Plano de ação: uma escola sem homofobia
· Considerações finais

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· Anexo 1 – Para trabalhar com os Boleshs
· Anexo 2 – Como trabalhar com materiais audiovisuais 
ECOS- comunicação em sexualidade https://www.ecos.org.br/livros-e-manuais

Para ter  acesso ao caderno click:
https://gay.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/escola-sem-homofobia-mec.pdf

Qual era o cartaz?

https://slideplayer.com.br/slide/340780/



Quais são os boleshs [boletins]?

https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/arquivos-de-audio-e-video/maria-helena-franco







Quais são os audiovisuais [vídeos] do Kit Gay (Escola sem Homofobia)?

"Os audiovisuais Medo de quê?, Boneca na mochila e Torpedo 

Os três audiovisuais são acompanhados por guias de discussão com sinopse, comentários e sugestões de atividades para a educadora ou o educador trabalhar os temas com a comunidade escolar. 

Medo de quê? e Torpedo destinam-se especialmente a estudantes. 

Boneca na mochila é um material a ser usado não apenas para a formação de educadoras/es, mas também com mães, pais e familiares da comunidade escolar, e estudantes em sala de aula. 

Boneca na mochila
 Ficção que promove a reflexão crítica sobre como as expectativas de gênero propagadas na sociedade influenciam a educação formal e informal de crianças, através de situações que, se não aconteceram em alguma escola, com certeza já foram vivenciadas por famílias no mesmo contexto ou em outros. Ao longo do audiovisual, são apresentados momentos que revelam o quanto de preconceito existe em relação às pessoas não heterossexuais. Baseado em história verídica, mostra um motorista de táxi que conduz uma mulher aflita chamada a comparecer à escola onde seu filho estuda, apenas porque o flagraram com uma boneca na mochila. Durante o caminho, casualmente, o rádio do táxi está sintonizando um programa sobre homossexualidade que, além de noticiar o fato que se passa na escola onde estuda o menino em questão, promove um debate com especialistas em educação e em psicologia, a respeito do assunto. Classificação indicativa: não recomendado para menores de dez anos. 

Medo de quê? Desenho animado que promove uma reflexão crítica sobre como as expectativas que a sociedade tem em relação ao gênero influenciam a vivência de cada pessoa com seus desejos, mostrando o cotidiano de personagens comuns na vida real. O formato desenho animado, sem falas, facilita sua exibição para pessoas de diferentes contextos culturais, independente do nível de alfabetização das/os espectadoras/es. 5 Pode-se entender a curiosidade epistemológica como “uma atitude crítica diante dos acontecimentos; em um caminho para a conscientização; em uma concepção de trabalho. Tudo isso envolve uma concepção de educação, de pesquisa, de diálogo e de mundo que se traduz em um desafio à construção do conhecimento científico-educacional” (apud MAIA e MION, 2008, p. 38). O desenvolvimento da curiosidade epistemológica implica desafiar certezas intelectuais, exige romper com o dogmatismo, com as opiniões e crenças estabelecidas como verdades. 17 Marcelo, o personagem principal, é um garoto que, como tantos outros, tem sonhos, desejos e planos. Sua mãe e seu pai, seu amigo João e a comunidade onde vive mostram expectativas em relação a ele que não são diferentes das que a sociedade tem a respeito dos meninos. Porém nem sempre os desejos de Marcelo correspondem ao que as pessoas esperam dele. Mas quais são mesmo os desejos de Marcelo? Essa questão gera medo, tanto em Marcelo quanto nas pessoas que o cercam. Medo de quê? Em geral, as pessoas têm medo daquilo que não conhecem bem. Assim, muitas vezes alimentam preconceitos que se manifestam nas mais variadas formas de discriminação. A homofobia é uma delas. Classificação indicativa: não recomendado para menores de doze anos. 

Torpedo Audiovisual que reúne três histórias que acontecem no ambiente escolar: 
Torpedo; Encontrando Bianca e Probabilidade

Torpedo – animação com fotos, que apresenta questões sobre a lesbianidade através da história do início do namoro entre duas garotas que estudam na mesma escola: Ana Paula e Vanessa. Ana Paula estava na aula de informática quando deparou toda a turma vendo na internet fotos dela e de Vanessa numa festa, que haviam sido divulgadas por alguém para a escola toda. A partir daí, as duas se questionam sobre como as pessoas irão reagir a isso e sobre que atitude devem tomar. Após algumas especulações, decidem se encontrar no pátio na hora do intervalo. Lá, assertivamente, assumem sua relação afetiva num abraço carinhoso assistido por todas/os. 

Encontrando Bianca – por meio de uma narrativa ficcional em primeira pessoa, num tom confessional e sem autocomiseração, como num diário íntimo, José Ricardo/Bianca revela a descoberta e a busca de sua identidade de travesti. Sempre narrada em tempo presente, acompanhamos a trajetória de Bianca e os dilemas de sua convivência dentro do ambiente escolar: sua tendência a se aproximar e se identificar com o universo das garotas; a primeira vez em que foi para a escola com as unhas pintadas; a dificuldade de ser chamada pelo nome (Bianca) com o qual se identifica; os problemas por não conseguir utilizar, sem constrangimentos, tanto o banheiro feminino quanto o masculino; as ameaças e agressões de um lado e os poucos apoios de outro.

 Probabilidade – Com tom leve e bem-humorado, o narrador conta a história de Leonardo, Carla, Mateus e Rafael. Leonardo namora Carla e fica triste quando sua família muda de cidade. Na nova escola, Leonardo é bem recebido por Mateus, que se torna um grande amigo. Mas ele só compreende por que a galera fazia comentários homofóbicos a respeito dele e de Mateus quando este lhe diz ser gay. Um dia, Mateus convida Leonardo para a festa de despedida de um primo, Rafael, que está de mudança. Durante a festa, Leonardo conversa com Rafael e, depois da despedida, fica refletindo sobre a atração sexual que sentiu pelo novo amigo que partia. Inicialmente sentiu-se confuso, porque também se sentia atraído por mulheres, mas ficou aliviado quando começou a aceitar sua bissexualidade. Classificação indicativa: livre. "
Caderno Escola sem Homofobia 15-17




















A que idade foi direcionado o kit?

Como pode ser visto acima os vídeos "Torpedo, Encontrando Bianca, Probabilidade" eram de classificação livre.

"Medo de quê?" é de classificação 12 anos e "Boneca na mochila" é para 10 anos.



O livro que Bolsonaro afirma ser direcionado a crianças de 6 anos foi comprado e distribuído em escolas?




Não, o MEC não distribuiu livro em nenhuma escola.

O livro possui indicação para adolescentes e não 6 anos






O livro foi comprado pelo ministério da cultura, cerca de 18 exemplares, segundo a Editora, e distribuído em bibliotecas em 2011


O Ministério da Educação (MEC) informa, em nota, que não produziu e nem adquiriu ou distribuiu o livro "Aparelho Sexual e Cia", que, segundo vídeo que circula em redes sociais, seria inadequado para crianças e jovens brasileiros. O MEC afirma ainda que não há qualquer vinculação entre o ministério e o livro, já que a obra tampouco consta nos programas de distribuição de materiais didáticos levados a cabo pela pasta.
O vídeo que circula nas redes sociais sustenta que o governo distribuiu e, assim, estaria “estimulando precocemente as crianças a se interessarem por sexo”.
O Ministério da Educação informa que o livro em questão é uma publicação da editora Cia das Letras e que a empresa responsável pelo título informa, em seu catálogo, que a obra já vendeu 1,5 milhão de exemplares em todo o mundo e foi publicada em 10 idiomas.
As informações equivocadas presentes no vídeo, inclusive, repetem questão que tinha sido esclarecida anos atrás. Em 2013, o Ministério da Educação já havia respondido oficialmente à imprensa que “a informação sobre a suposta recomendação é equivocada e que o livro não consta no Programa Nacional do Livro Didático/PNLD e no Programa Nacional Biblioteca da Escola/PNBE”.
O ministério também disse que a revista Nova Escola, edição 279, de fevereiro de 2015, que traz a matéria “Educação sexual: Precisamos falar sobre Romeo…”, uma reportagem sobre sexo, sexualidade e gênero, dirigida a professores, "não é uma publicação do MEC, e sim da Editora Abril".
"O vídeo que apresenta as obras como sendo do MEC, em nenhum momento, comprova a vinculação do Ministério aos materiais citados, justamente porque essa vinculação não existe", enfatiza a nota, divulgada, na noite desta quarta-feira (13), pelo ministério.
Fonte: Portal Brasil, com informações do MEC https://www.gov.br/mdh/pt-br/sdh/noticias/2016/janeiro/a-verdade-sobre-o-livro-de-educacao-sexual-citado-em-video-na-internet


"Ao contrário do que afirmado erroneamente o candidato à Presidência em entrevista ao Jornal Nacional na noite de 28 de agosto, ele nunca foi comprado pelo MEC, como tampouco fez parte de nenhum suposto “kit gay”. O Ministério da Cultura comprou 28 exemplares em 2011, soluções a bibliotecas públicas."     https://arar.facebook.com/companhiadasletras/posts/comunicado-oficial-sobre-aparelho-sexual-e-ciaatendendo-a-pedidos-compartilhamos/10155720195841408/


Alguns divulgam na internet que o MEC distribuiu o material em 2011,mas uma olhada com detalhes dá para ver que se trata da data de 2010 comprada pelo ministério da cultura para bibliotecas públicas, e as compras das prefeituras são de 2014. 



 






Fonte das imagens: https://www.sociedademilitar.com.br/2018/08/provas-que-prefeituras-compraram-e-distribuiram-o-livro-denunciado-por-bolsonaro-que-a-imprensa-disse-que-nao-foi-distribuido.html

Fernando Hadad produziu o kit? Ele sabia?
  O kit foi elaborado por um grupo de ONGs especializadas, em conformidade com as diretrizes de um programa do governo federal lançado anteriormente, em 2004. Quando houve a polêmica sobre o seu conteúdo, em 2011, Haddad estava no comando do MEC, desde 2004.

Haddad sabia do conteúdo segundo Beto de Jesus, e teria elogiado o material que foi acompanhado pelo MEC. Jean Wylys confirma:


"Fernando Haddad era ministro da Educação desde 2005 e, embora seja crível que não conhecesse minúcias de todas as ações que se desenrolavam sob a alçada do ministério, há indícios de que ele sabia da elaboração do material. Em reportagem da TV Record de maio de 2011, Beto de Jesus, então diretor da ABGLT, declarou que tinha conversado pessoalmente com Fernando Haddad em maio de 2010 e que ele sabia do material.

O ministro amarelou, infelizmente, é uma vergonha ele falar isso, porque eu estive com ele, nós falamos dessa matéria, nós conversamos sobre isso, ele sabe do que se trata”
 
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/kit-gay-o-que-e-mito-e-o-que-e-verdade-b60i8lo4osb19tsf2du8bmr54/ 
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Assista o video masi completo aqui https://www.facebook.com/watch/?extid=SEO----&v=2286079161625040

 

Em maio de 2011, Dilma determinou o cancelamento da entrega de um kit de combate à homofobia, que seria composto por três vídeos e um guia de orientação aos professores, produzido pelos Ministérios da Saúde e da Educação.  https://www.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-vetou-kit-anti-homofobia-imp-,1009372

 

Em nota oficial divulgada em 20 de janeiro de 2011, as entidades envolvidas na elaboração da cartilha garantiram que todas as etapas de planejamento e execução do projeto “foram amplamente discutidas e acompanhadas de perto pelo MEC e pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secad)”https://exame.com/brasil/haddad-nao-criou-o-kit-gay/


"O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, afirmou nesta quarta-feira [17 maio] que o grupo de entidades que criou o kit "Escola sem Homofobia" se reuniu ontem com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para apresentar o material que deve ser usado nas escolas públicas no segundo semestre deste ano. Reis criticou os parlamentares que são contra o kit e disse que "é mentira que ensina a ser homossexual".

Ao dizer que os vídeos têm por objetivo "promover o respeito à diversidade", Reis citou o deputado Jair Bolssonaro (PP-RJ), que distribuiu um panfleto em que afirma que "o MEC incentiva o homossexualismo nas escolas públicas".

O presidente da associação afirmou que o ministro e pelo menos dez parlamentares que acompanharam a reunião, elogiaram o material. "Estamos muito felizes que o kit já passou por diversas fases de aprovação no ministério. Agora esta no comitê editorial", disse, ao afirmar que essa é a última etapa para que seja levado às escolas públicas.

"Ainda não foi definida uma data, porque tem que passar pelo comitê editorial. Mas em breve terão início as capacitações dos professores nos Estados", disse Reis. Segundo ele, serão preparados agentes multiplicadores nas regiões, que irão treinar os professores das escolas públicas para debater com os alunos do ensino médio o material. https://www.terra.com.br/noticias/educacao/abglt-kit-anti-homofobia-do-mec-nao-ensina-a-ser-homossexual,729942ba7d2da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html


A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, por meio de suas 237 ONGs afiliadas, assim como a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA, a Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL, o Grupo E-Jovem, milhares de militantes LGBT e defensores dos direitos humanos, lamentam profundamente a decisão da Presidenta Dilma de suspender o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia. A notícia foi recebida com perplexidade, consternação e indignação.

Apesar de entender que houve suspensão, e não cancelamento, do kit, até porque o material ainda não está disponível para uso nas escolas e aguarda a análise do Comitê de Publicações do Ministério da Educação, a ABGLT considera que sua suspensão representa um retrocesso no combate a um problema – a discriminação e a violência homofóbica – que macula a imagem do Brasil internacionalmente no que tange ao respeito aos direitos humanos.

Este episódio infeliz traz à tona uma tendência maléfica crescente e preocupante na sociedade brasileira. O Decreto nº 119-A, de 17 de janeiro de 1890, estabeleceu a definitiva separação entre a Igreja e o Estado, tornando o Brasil um país laico e não confessional.

Um princípio básico do estado republicano está sendo ameaçado pela chantagem praticada hoje contra o governo federal pela bancada religiosa fundamentalista e seus apoiadores no Congresso Nacional.

O fundamentalismo de qualquer natureza, inclusive o religioso, é um fenômeno maligno atentatório aos princípios da democracia, um retrocesso inaceitável para os direitos humanos.

Os mesmos que queimaram os homossexuais, mulheres e crentes de outras religiões na fogueira da Inquisição na idade média estão nos ceifando no Brasil da atualidade. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, a cada dois dias uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. É preciso que sejam tomadas medidas concretas urgentes para reverter esse quadro, que é uma vergonha internacional para o Brasil.

Uma forma essencial de fazer isso é através da educação. E por este motivo o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia foi construído exaustivamente por especialistas, com constante acompanhamento do Ministério da Educação, e com base em dados científicos. Entre estes são os resultados de diversos estudos realizados e publicados no Brasil na última década.

A pesquisa intitulada “Juventudes e Sexualidade”, realizada pela UNESCO e publicada em 2004, foi aplicada em 241 escolas públicas e privadas em 14 capitais brasileiras. Segundo resultados da pesquisa, 39,6% dos estudantes masculinos não gostariam de ter um colega de classe homossexual, 35,2% dos pais não gostariam que seus filhos tivessem um colega de classe homossexual, e 60% dos professores afirmaram não ter conhecimento o suficiente para lidar com a questão da homossexualidade na sala de aula.

O estudo “Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas”, publicado em 2009 pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, baseada em uma amostra de 10 mil estudantes e 1.500 professores(as) do Distrito Federal, e apontou que 63,1% dos entrevistados alegaram já ter visto pessoas que são (ou são tidas como) homossexuais sofrerem preconceito; mais da metade dos/das professores(as) afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias contra homossexuais nas escolas; e 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmaram que não gostariam de ter colega homossexual na sala de aula.

A pesquisa “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar” realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, e também publicada em 2009, baseou-se em uma amostra nacional de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, e revelou que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual e identidade de gênero.

A Fundação Perseu Abramo publicou em 2009 a pesquisa “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil: intolerância e respeito às diferenças sexuais”, que indicou que 92% da população reconheceram que existe preconceito contra LGBT e que 28% reconheceram e declarou o próprio preconceito contra pessoas LGBT, percentual este cinco vezes maior que o preconceito contra negros e idosos, também identificado pela Fundação.

Estas e outras pesquisas comprovam indubitavelmente que a discriminação homofóbica existe na sociedade é tem um forte reflexo nas escolas. Eis a razão e a justificativa da elaboração do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia.

Com a suspensão do kit, os jovens alunos e alunas das escolas públicas do Ensino Médio ficarão privados de acesso a informação privilegiada para a formação do caráter e da consciência de cidadania de uma nova geração.

Em resposta às críticas ao kit, informamos que o material foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a “classificação indicativa” (a idade recomendada para assistir a um filme ou programa de televisão).

Todos os vídeos do kit tiveram classificação livre, revelando inquestionavelmente as mentiras, deturpações e distorções por parte de determinados parlamentares e líderes religiosos inescrupulosos, que além de substituírem as peças do kit por outras de teor diferente com o objetivo de mobilizar a opinião pública contrária, na semana passada afirmaram que haveria cenas de sexo explícito ou de beijos lascivos nas peças audiovisuais do kit.

O kit educativo foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO e pelo UNAIDS, e teve parecer favorável das três instituições. Recebeu o apoio declarado do CEDUS – Centro de Educação Sexual, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e foi objeto de uma audiência pública promovida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, cujo parecer também foi favorável.

Ainda, teve uma moção de apoio aprovada pela Conferência Nacional de Educação, da qual participaram três mil delegados e delegadas representantes de todas as regiões do país, estudantes, professores e demais profissionais da área.

Ou seja, tem-se comprovado, por diversas fontes devidamente qualificadas e respeitadas, como base em informações científicas, que o material está perfeitamente adequado para o Ensino Médio, a que se destina.

Os direitos humanos são indivisíveis e universais. Isso significa que são iguais para todas as pessoas, indiscriminadamente. Os direitos humanos de um determinado segmento da sociedade não podem, jamais, virar moeda de troca nas negociações políticas.

Esperamos que a suspensão do kit não tenha acontecido por este motivo e relembramos o discurso da posse da Presidenta no qual afirmou a defesa intransigente dos direitos humanos.

Esperamos que a Presidenta Dilma mantenha o diálogo com todos os setores envolvidos neste debate e que respeite o movimento social LGBT. Da mesma forma que há parlamentares contrários à igualdade de direitos da população LGBT, há 175 nesta nova legislatura que já integraram a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, e que com certeza gostariam de ter a mesma oportunidade para se manifestarem em audiência com a Presidenta, o mais brevemente possível.

A Presidenta Dilma tem assinalado que seu governo está comprometido com a efetiva garantia da cidadania plena da população LGBT, por meio das ações afirmativas de seus ministérios.

Na semana passada, na ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, a ABGLT foi recebida por 12 ministérios do Governo Dilma, onde um item comum em todas as pautas foi o cumprimento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT.

Também na semana passada, por meio de Decreto, a Presidenta convocou a 2ª Conferência Nacional LGBT. Porem, com a atitude demonstrada no dia de hoje acreditamos estar na contramão dos direitos humanos, retrocedendo nos avanços dos últimos anos.

Exigimos que este governo não recue da defesa dos direitos humanos, não vacile e não sucumba diante da chantagem e do obscurantismo de uma minoria perversa de parlamentares e líderes fundamentalistas mal intencionados.

Esperamos que a Presidenta da República reconsidere sua posição de suspender o kit do projeto Escola Sem Homofobia, para restabelecer a conclusão e subsequente disponibilização do mesmo junto às escolas públicas brasileiras do ensino médio. Esperamos também que estabeleça o diálogo com técnicos e especialistas no assunto.

Estamos abertos ao diálogo e esperamos que nossa disposição neste sentido seja retribuída o mais rapidamente possível, sendo recebidos em audiência pela Presidenta Dilma e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e que a mesma reveja sua posição. 
https://contrafcut.com.br/noticias/abglt-divulga-nota-sobre-suspensao-do-kit-educativo-escola-sem-homofobia-e035


Segundo Wyllys, quando os vídeos foram apresentados na Comissão de Educação no Senado em novembro do ano passado, os técnicos do MEC e o próprio ministro teriam demonstrado concordar com o teor das produções. Na ocasião, eles teriam comentado que para finalizar o trabalho "faltava apenas incluir a linguagem de libras (para deficientes auditivos)" segundo Jean Wyllys, líder da frente LGBT da Câmara.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/2011/05/27/ministerio-da-educacao-esta-sendo-covarde-diz-jean-wyllys-sobre-suspensao-do-kit-gay.htm?cmpid=copiaecola


Haddad disse no dia 26 de maio que havia divisão no MEC e que ele mesmo não havia gostado de uma parte do material- oou seja, mudou a versão. veja abaixo

Dilma aprovou o o kit? e Haddad?
Não ela vetou, no dia 25 de maio de 2011 por causa do conteúdo dos vídeos


A presidente Dilma Rousseff criticou o kit Escola sem Homofobia, também chamado de kit anti-homofobia e kit gay, na manhã desta quinta-feira (26). Ela disse que assistiu a um dos vídeos e não gostou do seu conteúdo. "Não aceito propaganda de opções sexuais. Não podemos intervir na vida privada das pessoas", afirmou em cerimônia no Palácio do Planalto. A presidente disse, ainda, que o governo defende a luta contra práticas homofóbicas. “O governo pode, sim, ensinar que é necessário respeitar a diferença e que você não pode exercer práticas violentas contra os diferentes.” Segundo a presidente, a situação está em estudo: “É uma questão que o governo vai revisar, não haverá autorização para esse tipo de política de defesa A, B ou C. Agora, lutamos contra a homofobia”... 
... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/2011/05/26/nao-aceito-propaganda-de-opcoes-sexuais-afirma-dilma-sobre-kit-anti-homofobia.htm?cmpid=copiaecola


[...] o Governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, o Governo não vai, não vai ser permitido a nenhum órgão do Governo fazer propaganda de opções sexuais. Nem de nenhuma forma nós não podemos interferir na vida privada das pessoas. Agora, o Governo pode sim fazer uma educação de que é necessário respeitar a diferença, que você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você, isso eu não concordo com o kit, porque eu não acho que ele faça defesa de práticas não homofóbicas (fala pessoal). 

[...] Eu não assisti aos vídeos todos. Há um pedaço que eu vi na televisão passado por vocês eu não concordo com eles. Agora, esta é uma questão que o governo vai revisar. Não haverá autorização para esse tipo de política, de defesa de “a”, “b”, “c” ou “d”. Agora, nós lutamos contra a homofobia [...]  (fala pessoal)


Por meio de um convênio firmado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), foi elaborado o material que seria distribuído às instituições de todo o país. Entretanto, uma polêmica impediu sua circulação. Em 2011, quando estava pronto para ser impresso, setores conservadores da sociedade e do Congresso Nacional iniciaram uma campanha contra o projeto. Nas acusações feitas, o "kit gay" -- como acabou pejorativamente conhecido -- era responsável por "estimular o homossexualismo e a promiscuidade." O governo cedeu à pressão e suspendeu o projeto.

Por quase quatro anos, o 1,9 milhão de reais investido no projeto pareceu perdido. Sem esperanças de que o material fosse oficialmente desengavetado, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), envolvida na elaboração, decidiu divulgar o caderno com instruções ao professor, que estava no kit. "Acreditamos na relevância do material para garantir o respeito à diversidade nas escolas e queremos dar retorno à sociedade, já que dinheiro público foi investido", afirmou a organização à NOVA ESCOLA. https://novaescola.org.br/conteudo/84/conheca-o-kit-gay-vetado-pelo-governo-federal-em-2011

Haddad confirma em vídeo que Dilma recebeu  material do MEC e rejeitou, bem como outros membros do MEC

"pessoas dentro do comitê de publicação compartilhavam a opinião da presidente... o material não estava desenhado de maneira a produzir aquilo para que ele foi elaborado 8:20

"havia no MEC  pessoas com a mesma inclinação que a presidenta Dilma , e outra,  algumas entidades estudantis. ja tinha feito chegar ao Ministério da Educação uma preocupação se aquilo estimularia ou não a questão do preconceito, sem nenhum vínculo religioso  ."  19:40


Haddad disse que:

 "vi o material e uma parte do material  não gostou também,"










Vídeos:


1º vídeo - Probabilidade 0 - 7:36: mostra a vantagem de ser bissexual dizendo que há mais probabilidade de encontrar a pessoa certa!

O vídeo mostra momentos de crises e reflexões na adolescência que giram em torno de situações de reconhecimento da sexualidade e alguns possíveis conflitos que jovens e adolescentes apresentam no momento de descoberta de uma bissexualidade. Nesse sentido, até esse momento ele vem com argumentos de probabilidades, que são o cunho do próprio título evidenciando a possibilidade de as pessoas se relacionarem com ambos os gêneros como um fator positivo. A partir de então houve um equívoco na estratégia de inclusão do vídeo “Probabilidades”. “[...] ele reforça o entendimento que as pessoas têm de relação, de vantagem, de quantidade de relacionamentos e não é essa a tônica que se vem desenvolvendo nos últimos anos [...]” (FURLANI, 2011c, s/p.). Fernandes (2011c) comunga dessa teoria ao apontar que a reação contrária ao Kit como um todo se fundamentou nesse vídeo ao afirmar que a pessoa bissexual tem 50% mais de chances de ficar com esse ou com aquela, ou seja, produz uma interpretação de que a bissexualidade seria vantajosa. “NÃO VAI SER PERMITIDO A NENHUM ÓRGÃO DO GOVERNO FAZER PROPAGANDA DE OPÇÕES SEXUAIS”: O DISCURSO INAUGURAL NO “DESAGENDAMENTO” DO KIT GAY DO MEC. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.15, n.01, p. 135 jan./mar.2017 e-ISSN: 1809-3876 Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP


2º vídeo-  Torpedo  7:38-11:37- trabalha o lesbianismo

"é uma animação composta por fotomontagem e apresenta a história de duas garotas que estudam na mesma escola e que ao se relacionarem afetivamente em uma festa foram fotografadas e a notícia é divulgada na web para toda a escola. Isso não impediu que elas manifestassem seus sentimentos e assumissem publicamente sua relação. Furlani (2011a) identifica temáticas anteriores à questão da lesbianidade nesse material, como por exemplo, a invasão de privacidade, violência simbólica, coação coletiva e arrogância heteronormativa que poderiam ser discutidas com o vídeo. NÃO VAI SER PERMITIDO A NENHUM ÓRGÃO DO GOVERNO FAZER PROPAGANDA DE OPÇÕES SEXUAIS”: O DISCURSO INAUGURAL NO “DESAGENDAMENTO” DO KIT GAY DO MEC. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.15, n.01, p. 135-136 jan./mar.2017 e-ISSN: 1809-3876 Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP


3º vídeo - Encontrando Bianca11:38- fim   - trabalha o travestismo

“Encontrando Bianca”xiv é outra animação composta por fotomontagem, que retrata a história de José Ricardo, um aluno que tem como identidade de gênero o gênero feminino e portanto se apresenta como Bianca. A historieta evidencia a descoberta de sua identidade travesti por meio de uma narrativa em primeira pessoa. Bianca revela os dilemas que enfrenta corriqueiramente na escola como a dificuldade da comunidade escolar em reconhecê-la como Bianca, a recusa em chamá-la pelo nome social, o constrangimento e a inacessibilidade ao sanitário masculino e/ou feminino, além das situações de violência a qual é exposta no cotidiano escolar. NÃO VAI SER PERMITIDO A NENHUM ÓRGÃO DO GOVERNO FAZER PROPAGANDA DE OPÇÕES SEXUAIS”: O DISCURSO INAUGURAL NO “DESAGENDAMENTO” DO KIT GAY DO MEC. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.15, n.01, p. 135-136 jan./mar.2017 e-ISSN: 1809-3876 Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP

 4º video - Boneca na mochila

Enfoca o diálogo entre uma mãe e um motorista de táxi que a conduz a caminho da escola, onde fora convocada a comparecer pelo fato de ter sido encontrada uma boneca na mochila de seu filho. Entre diálogos e notícias transmitidas pelo rádio do veículo, os temas homossexualidade e identidade de gênero vão sendo debatidos. Um dos problemas do vídeo é colocar como normal um contato sexual entre crianças de 6 anos, sem dúvida muito precoce.






 5ºvídeo-   Medo de quê?
Feito em formato de desenho animado sem falas, traça um personagem fictício que desenvolve a homossexualidade. O vídeo demonstra seus conflitos por não corresponder às expectativas de sua família, sociedade e amigos. Contém varias cenas de beijos, carinhos entre homossexuais, dentre outros.






Não é fazendo apologia a homossexualidade que se acaba com a HOMOFOBIA.

É com valores cristãos que se acaba com a HOMOFOBIA

  • Valor intrínseco de cada pessoa.
  • Amar ao próximo como a si mesmo
  • Tratar ao próximo como gostaríamos de sermos tratados
  • Tolerância (e para haver tolerância tem que haver discordância)