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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Os perigos das redes sociais




ASPECTOS NEGATIVOS:
  • notícias falsas, 
  • mentiras políticas,
  • campanhas de ódio,
  • constrangimentos públicos,
  • agressões verbais,
  • preconceitos, 
  • assédios, 
  • exposições de intimidade,
  • exposição de dados pessoais,
  • tráfico de pessoas,
  • pornografia,
  • pedofilia,
  • e até tentativa de homicídio usando os canais para aproximação com a vítima.





FACEBOOK:


Facebook que tem mais de 3,5 bilhões de usuários, 40 % tem menos de 22 anos

Frances Haugen ex-funcionária levou junto milhares de documentos internos, e mostra que Facebook trabalha com algoritmos que:
  • incentivam uma discórdia que às vezes custa vidas;
  • que suas ferramentas são projetadas para criar dependência e aumentar o consumo;
  • que pouco fazem para controlar o crime organizado
  •  é mentira que tratem igualmente seus mais de 3 bilhões de usuários.
  • prejudica os adolescentes: "32% das adolescentes disseram que, quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia sentir pior".
  • Nos Estados Unidos, as taxas de depressão em adolescentes aumentaram em mais de 60% de 2011 a 2018, enquanto as internações em pronto-socorro por automutilação entre meninas de 10 a 14 anos triplicaram de 2009 a 2015.

01- O Facebook afirma que suas regras se aplicam a todos. Documentos da empresa revelam uma elite secreta isenta


Mark Zuckerberg disse que o Facebook permite que seus usuários falem em pé de igualdade com as elites da política, cultura e jornalismo, e que seus padrões se aplicam a todos. Em particular, a empresa construiu um sistema que isentou usuários importantes de algumas ou de todas as suas regras. O programa, conhecido como “verificação cruzada” ou “XCheck”, foi concebido como uma medida de controle de qualidade para contas de alto perfil. Hoje, ele protege milhões de VIPs da fiscalização normal da empresa, mostram os documentos. Muitos abusam do privilégio, postando material incluindo assédio e incitação à violência que normalmente levaria a sanções. O Facebook diz que as críticas ao programa são justas, que ele foi projetado para um bom propósito e que a empresa está trabalhando para corrigi-lo. 

Se um usuário normal do Facebook escreve algo explicitamente violento ou publica uma imagem de nu, a rede suprime a publicação. Mas, no caso destes usuários VIP, a moderação demora mais ou nem sequer faz algo, em boa parte para evitar publicidade negativa entre seus seguidores e a repercussão da imprensa.

2- Facebook sabe que o Instagram é tóxico para muitas adolescentes, mostra de documentos da empresa

Pesquisadores do Instagram, que é propriedade do Facebook, vêm estudando há anos como seu aplicativo de compartilhamento de fotos afeta milhões de jovens usuários. Repetidamente, a empresa descobriu que o Instagram é prejudicial para uma porcentagem considerável delas, principalmente adolescentes, mais do que outras plataformas de mídia social. Em público, o Facebook consistentemente minimizou os efeitos negativos do aplicativo, inclusive em comentários ao Congresso, e não tornou sua pesquisa pública ou disponível para acadêmicos ou legisladores que a solicitaram. Em resposta, o Facebook diz que os efeitos negativos não são generalizados, que a pesquisa de saúde mental é valiosa e que alguns dos aspectos prejudiciais não são fáceis de abordar. 




3- Facebook tentou tornar sua plataforma um lugar mais saudável. O efeito foi contrário.


O Facebook fez uma mudança anunciada em seu algoritmo em 2018, projetada para melhorar sua plataforma - e interromper os sinais de redução do engajamento do usuário. O Sr. Zuckerberg declarou que seu objetivo era fortalecer os laços entre os usuários e melhorar seu bem-estar, promovendo interações entre amigos e familiares. De Facebook ntro da empresa, mostram os documentos, os funcionários alertaram que a mudança estava surtindo o efeito contrário. Estava deixando o Facebook, e aqueles que o usavam, mais furiosos. Zuckerberg resistiu a algumas correções propostas por sua equipe, mostram os documentos, porque temia que elas levassem as pessoas a interagir menos com o Facebook. O Facebook, em resposta, afirma que qualquer algoritmo pode promover conteúdo questionável ou prejudicial e que a empresa está fazendo o possível para mitigar o problema. 


4- Funcionários do Facebook sinalizam cartéis de drogas e traficantes de pessoas. A resposta da empresa é fraca,


Dezenas de documentos do Facebook revisados ​​pelo The Wall Street Journal mostram funcionários alertando sobre como suas plataformas são usadas em países em desenvolvimento, onde sua base de usuários é enorme e está em expansão. Os funcionários sinalizaram que traficantes de pessoas no Oriente Médio usaram o site para atrair mulheres para situações de trabalho abusivas. Eles alertaram que grupos armados na Etiópia usaram o local para incitar à violência contra as minorias étnicas. Eles enviaram alertas a seus chefes sobre venda de órgãos, pornografia e ação do governo contra dissidentes políticos, de acordo com os documentos. Eles também mostram a resposta da empresa, que em muitos casos é inadequada ou nada. Um porta-voz do Facebook disse que a empresa implantou equipes globais, parcerias locais e verificadores de fatos terceirizados para manter os usuários seguros.


5- Como o Facebook atrapalhou a tentativa de Mark Zuckerberg de vacinar a América


O Facebook deu seu peso na promoção das vacinas Covid-19 - “uma das principais prioridades da empresa”, disse um memorando - em uma demonstração da fé de Zuckerberg de que sua criação é uma força para o bem social no mundo. Acabou demonstrando o abismo entre suas aspirações e a realidade da maior plataforma social do mundo. Os ativistas inundaram a rede com o que o Facebook chama de conteúdo de “barreira à vacinação”, mostram os memorandos internos. Eles usaram as próprias ferramentas do Facebook para semear dúvidas sobre a gravidade da ameaça da pandemia e a segurança da principal arma das autoridades para combatê-la. Os problemas da Covid-19 deixam isso desconfortavelmente claro: mesmo quando ele definia uma meta, o presidente-executivo não conseguia dirigir a plataforma como ele queria. Um porta-voz do Facebook disse em um comunicado que os dados mostram hesitação vacinal para pessoas nos EUA


6- O esforço do Facebook para atrair pré-adolescentes vai além do Instagram Kids, Documents Show


O Facebook tem sofrido cada vez mais críticas nos últimos dias por seu efeito sobre os usuários jovens. Dentro da empresa, equipes de funcionários há anos traçam planos para atrair pré-adolescentes que vão além do que é conhecido publicamente, estimulados pelo medo de perder uma onda de usuários essenciais para seu futuro. “Por que nos preocupamos com os pré-adolescentes?” disse um documento de 2020. “Eles são um público valioso, mas inexplorado.” Adam Mosseri, chefe do Instagram, disse que o Facebook não está recrutando pessoas muito jovens para usar seus aplicativos - o limite de idade atual é 13 - mas, em vez disso, está tentando entender como adolescentes e pré-adolescentes usam a tecnologia e apelar para a próxima geração.


07 Documentos do Facebook sobre Instagram e adolescentes, publicados


Uma audiência do Comitê de Comércio do Senado sobre o Facebook, adolescentes e saúde mental foi motivada por um artigo de meados de setembro no The Wall Street Journal. Com base em documentos internos da empresa, ele detalhou a pesquisa interna do Facebook sobre o impacto negativo de seu aplicativo Instagram em meninas adolescentes e outras pessoas. Seis dos documentos que formaram a base do artigo do Instagram são publicados aqui.



8- Os serviços do Facebook são usados ​​para espalhar o ódio religioso na Índia, mostra de documentos internos



Os pesquisadores do Facebook documentaram como sua plataforma contribuiu para o conflito inter-religioso divisivo na Índia, de acordo com registros internos. Os pesquisadores da empresa descobriram que a incitação ao ódio aumentou em 300% em meio a tumultos sangrentos, e que os usuários indianos responsabilizaram a empresa por não ter evitado ou policiado isso. O Facebook rastreou parte do fluxo de ódio a entidades influentes ligadas ao governo governante da Índia, mas não tomou medidas em meio a preocupações sobre "sensibilidades políticas". O Facebook diz que o discurso de ódio contra os muçulmanos está aumentando em todo o mundo e que a empresa está trabalhando para melhorar a fiscalização em suas plataformas.


9- O Facebook é ruim para você? É para cerca de 360 ​​milhões de usuários, sugerem pesquisas de empresas

Pesquisadores do Facebook descobriram que 1 em 8 dos usuários do aplicativo relatou se envolver no uso compulsivo de mídia social que afeta seu sono, trabalho, pais ou relacionamentos, e os problemas foram percebidos pelos usuários como sendo piores no Facebook do que em qualquer outra grande mídia social plataforma, de acordo com documentos analisados ​​pelo The Wall Street Journal. Os documentos destacam a pesquisa da empresa sobre os possíveis impactos negativos na vida cotidiana de uma ampla faixa de usuários. O Facebook disse que construiu ferramentas e controles para ajudar as pessoas a gerenciar quando e como usam seus serviços.

10- Exposição a anúncios com temáticas adultas

Um estudo do Tech Transparency Project (TTP), organização não governamental voltada para estudos na internet, descobriu ser possível criar publicidade no Facebook — e, consequentemente, no Instagram — direcionada para menores de idade com assuntos relacionados a álcool, relacionamentos, perda de peso, cigarros entre outros temas nocivos aos mais jovens. As regras de conduta da rede proíbem o direcionamento desse tipo de conteúdo para os jovens, mas haveria brechas no sistema de verificação que permitiam a exibição.


Bibliografia

https://www.wsj.com/articles/the-facebook-files-11631713039

https://www.cdc.gov/healthyyouth/data/yrbs/pdf/YRBSDataSummaryTrendsReport2019-508.pdf#page=58

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Evangelização no Brasil - a negligência da igreja brasileira -8 segmentos menos evangelizados

 



A- Terminologia Missionária

Povo Não Alcançado (PNA)

Explicação: Um povo sem comunidade cristã autóctone, com insuficiente número,recursos e visão para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo sem apoio externo,em geral com menos de 2% de evangélicos. Correlação em Inglês: Unreached People Group (UPG)


Povo Menos Alcançado (PMA)

Explicação: Um povo com reduzida presença cristã local, frequentemente comnecessidade de cooperação externa para fazer discípulos de Jesus no seu próprio povo,em geral entre 2% a 5% de evangélicos.Correlação em Inglês: Least Evangelized People.

Povo Não Engajado (PNE)

Explicação: Um povo não alcançado sem a presença de cristãos, igrejas, missionários ou Bíblia na língua materna e sobre o qual não há nenhuma iniciativa ou intenção deevangelização, interna ou externa.Correlação em Inglês: Unengaged Unreached People Group (UUPG


B- Evangelho no mundo
Há ainda mais de 6.000 povos no mundo sem o conhecimento do Evangelho, cerca de 3.000 línguas sem um verso bíblico em seu idioma e 2 bilhões de pessoas que não conhecem o Senhor Jesus.



C- Evangelho no Brasil

No Brasil há oito segmentos reconhecidamente menos evangelizados, sendo sete socioculturais e um socioeconômico.

1- Indígenas

TEmos  temos 164 povos  não alcançados, e dentre estes, temos 99 povos sem presença missionária conhecida, localizados principalmente na Região Norte do país, e 65 com engajamento missionário . Estas etnias, com pouco ou nenhum conhecimento de Cristo, espalham-se por todo o Brasil com forte concentração no Norte e Nordeste. 

Segundo dados da Aliança Evangélica Pró-Indígenas do Nordeste há 58 etnias na Região Nordeste (Relatório, 2012), das quais 29 são consideradas não alcançadas. Em 19 etnias há crentes, porém não há nenhuma igreja e somente em 10 há crentes e igrejas entre elas. O grande desafio é o plantio de igrejas nas etnias do Nordeste e a formação de lideranças indígenas. 


2- Ribeirinhos
 Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas  ao longo de centenas de rios e igarapés. 

As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades e 1 milhão o número de ribeirinhos não alcançados na região amazônica. 

Os ribeirinhos são povos que vivem tradicionalmente nas margens dos rios, cujas vidas estão profundamente integradas aos ciclos de enchente e seca desses rios. 

Embora, também sejam localizados em várias partes do país, é no vasto território da Amazônia que encontramos a maior parte desses povos espalhados pelos inúmeros rios da região. Muitas vezes vivendo em localidades marcadas pelo distanciamento das cidades e pelo isolamento geográfico. 

Em relação ao Evangelho, a maioria das comunidades tradicionais num raio de 100 Km das principais cidades já foram alcançadas. 


3-Ciganos

Há cerca de 800 mil a 1 milhão o número de ciganos vivendo no Brasil  e destes 700.000 Ciganos são Calon  e destes apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. Os Ciganos espalham-se por todo o território nacional nas grandes e pequenas cidades, vivendo em comunidades nômades, seminômades ou sedentárias.


No Brasil temos a presença de três grupos: Rom, Calon e Sinti. Cada um desses grupos possui sua própria língua, costume e cultura, diferenciando assim, um grupo do outro. Para entendermos bem isso, basta-nos olharmos para os indígenas brasileiros, embora chamemos todos os grupos originários do país de indígenas, na verdade trata-se de vários povos com língua e cultura própria. Os Calon formam o maior grupo presente no Brasil e são conhecidos por historicamente serem os primeiros a chegarem ao nosso país, falam o idioma chibi. O segundo grupo mais representativo numericamente são os Rom, cujo idioma é o romanês. Os Sinti é o grupo menos expressivo em termos populacionais, são falantes do sinto. 

Os ciganos são um dos grupos menos alcançados do Brasil. Levantamentos iniciais estimam a existência de apenas 10 mil ciganos evangélicos no país, porém estes dados precisam ser confirmados. Há uma grande demanda por pesquisas para dimensionarmos melhor o desafio cigano. Também há uma grande carência de mais missionários para servirem entre esses povos. Atualmente há apenas 19 obreiros trabalhando em tempo integral entre eles, e 24 em tempo parcial, segundo levantamentos da Missão Amigos dos Ciganos apresentado no CBM 2017.

4- Sertanejos

O Censo IBGE 2010 sinalizou que dos 1.794 municípios nordestinos 195 possuem até 5% de crentes e 910 até 10%, a maioria no Sertão. Note que 76,45% dos crentes sertanejos estão no sertão urbano e 23,55% na zona rural. Da população total do sertão urbano 13,67% são crentes e do sertão rural apenas 7,11% confessam a fé cristã evangélica. Tais percentuais mostram claramente que a zona rural sertaneja exige nossa maior atenção e estimamos que existam aproximadamente 6 mil povoados rurais sertanejos sem presença evangélica fixa e muitas delas sem nenhuma assistência espiritual. 
 

5- Quilombolas
Atualmente há 3.271 (02/2019) comunidades quilombolas certificadas no país (FCP, 2019). Contudo, o número total de comunidades pode chegar a 5 mil ou mais, dependendo da fonte. O IBGE incluirá pela primeira vez as comunidades quilombolas no próximo Censo 2022, o que permitirá termos dados mais precisos sobre a população quilombola. Estima-se que 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica 


Os quilombolas são afro descendentes que se organizam em comunidades próprias e mantém sua identidade (Relatório, 2013). A grande maioria dessas comunidades são rurais, mas há um número significativo de comunidades urbanas, inclusive em grandes cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

As comunidades quilombolas são encontradas em todas as Regiões do Brasil, e estão presentes em quase todos os Estados, somente Roraima e Acre não possuem comunidades certificadas. 
A certificação é um documento emitido pelo Governo que comprova que a comunidade é remanescente de quilombo. É emitida com base no direito à auto definição preconizado pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 



6- Imigrantes.
 Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.



7- Surdos com limitações de comunicação
Surdo com limitações de comunicação. Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus X. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional.


8- Grupos socioeconômicos
 Divide-se em dois extremos: 
Os mais ricos dos ricos 
 Os mais pobres dos pobres.

 As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos 

A Igreja de Cristo foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo onde estiver e por onde passar (Mt 28:19). Foi-lhe entregue também um critério de prioridade nas ações evangelizadoras: onde Cristo não foi anunciado (Rm 15:20). É, portanto, momento de orar pelo mundo sem Cristo, por a mão no arado e não olhar para trás.




Bibliografia:

https://portal.povoselinguas.com.br/editoriais/aqueles-que-pouco-ou-nada-ouviram-bem-proximo-a-nos/

http://comoouvirao.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Relat%C3%B3rio_Como_Ouvir%C3%A3o_2018.pdf

 https://portal.povoselinguas.com.br/pesquisa/amtb-lanca-padronizacao-de-terminologias-missionarias/