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segunda-feira, 26 de abril de 2021

ABORDAGENS SOCIOLÓGICAS DA RELIGIÃO

 

 

INTRODUÇÃO

 

            Os fundadores da Sociologia não estavam interessados no fenômeno religioso enquanto tal, mas estavam à procura das causas sociais da grande mudança social que assistiam e dos possíveis remédios para as patologias sociais que acompanhavam a passagem da sociedade tradicional para a industrial. Divisão social do trabalho, desemprego, aumento das desigualdades sociais, conflitos de classe, anomia, etc., eram as grandes questões para as quais a teoria sociológica procurou uma resposta durante o séc. XIX. Essas questões coletivas apresentavam uma dimensão ética, e foi nessa perspectiva que os clássicos da sociologia colocaram a questão da religião, considerada como um fator decisivo para explicar as estruturas e os processos que asseguravam a ordem e o controle social nas sociedades humanas. As 3 vertentes clássicas- o organicismo positivista, o materialismo dialético e a teoria da ação social- deram origem a muitas outras abordagens sociológicas para a  religião, que de maneira bastante ampla, podemos distinguir em funcionalista, conflitual e simbólico-cultural.

 

ABORDAGEM FUNCIONALISTA

Distingue os conteúdos das doutrinas e dos sentimentos religiosos, considerados como obstáculos ao progresso, das funções sociais desenvolvidas pela religião, essas consideradas essenciais para a coesão social e para a integração dos indivíduos na sociedade, especialmente em períodos de rápidas mudanças sociais, como o era na revolução industrial. A primeira formulação consciente (sistemática) se encontra em Émile Durkheim, porém podem ser considerados precursores C. H. de Saint Simon, Augusto Conte, J. Stuart Mill, A. de Tocqueville; enquanto que H. Spencer e os antropólogos da escola anglo-saxônica, como B. Malinowski deram importantes contribuições para a sua elaboração.

 

ABORDAGEM CONFLITUAL

Considera superados não somente os conteúdos da religião, mas também a sua pretensa função integradora. Para Feuerbach, Marx e Engels, Voltaire e Hume a religião é mistificadora e alienante, pois oculta as reais forças que conduzem a mudança e escamoteia os conflitos que se verificam na esfera da produção, impedindo a autodeterminação do homem.

 

ABORDAGEM SIMBÓLICO-CULTURAL

Confluem as contribuições de autores bem diferentes entre si, como Max Weber, Georg Simmel e Ernest Troeltsch, todos eles tendo em comum na base uma concepção da religião depositária de fundamentais significados culturais, pelos quais os indivíduos e coletividade são capazes de interpretar  a própria condição de vida, construir uma identidade e dominar o próprio ambiente.

 

 

 

 

 

 

POSITIVISMO

 

INTRODUÇÃO

            A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo, pois foi a primeira a definir o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação.

            A revolução industrial no séc. XVIII, expressão do poder da burguesia em expansão, demonstrou a eficácia do novo saber inaugurado pela ciência moderna no séc. XVII. Ciência e técnica tornam-se aliada, provocando modificações no ambiente humano jamais suspeitadas. A exaltação desse novo saber e novo poder  leva à concepção do cientificismo.

            O positivismo derivou do cientificismo, a crença no poder da ciência de explicar a realidade e traduzi-la sob a forma de leis naturais. Esta filosofia social derivou seu método de investigação das ciências naturais, especialmente a física e a biologia. Assim a sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas que funcionavam harmoniosamente, segundo um modelo físico ou mecânico, por isso o positivismo também foi chamado de organicismo.

            Com o surgimento da Teoria da Evolução de Charles Darwin, Darwinismo, a idéia de evolução lenta e progressiva também foi aplicada à sociologia, é o que se chama de darwinismo social (princípio de que as sociedades se modificam e se desenvolvem num mesmo sentido e que tais transformações representariam sempre a passagem de um estágio inferior para outro superior em que o organismo social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e mais complexo) Nesta época as nações industrializadas partiram para o colonialismo, para conquistar novos mercados, especialmente Ásia, América, e África, as populações destes lugares forma consideradas “fósseis vivos” Nestes lugares os europeus se encontraram com civilizações “menos desenvolvidas”, “primitivas”, e então justificaram a exploração com a ideologia da “civilização”, retirar estes povos do atraso em que viviam.

 Os principais pensadores da escola positivista foram Albert Schäffle, Herbert Spencer Alfred Espinas e Augusto Conte.

 

Augusto Conte (1798-1857)

  • Conte acreditava que a história da humanidade evoluiu em  3 etapas ou estágios:

Teológico ou fictício- através do medo e da ignorância o homem explica o s fenômenos da natureza por meio de deuses concebidos à sua imagem.

Metafísico ou abstrato-  neste estágio o homem procura forças abstratas, conceitos, reflexão mental,  por trás dos fenômenos.

Científico ou positivo- neste estágio o homem pode abandonar as formas de saber dos estágios anteriores, seguindo a ciência.

  • Conte afirmava que a sociologia ia substituir as funções da religião que são a coesão e integração e assim esta desapareceria. Na época dele a sociedade estava entrando na era industrial, e neste tempo os fundamentos tradicionais da ordem social estavam sendo desfeitos.
  • Afirmava que a sociologia era capaz de promover uma reforma moral e intelectual da sociedade moderna
  • Embora outros positivistas adotem o evolucionismo social como Herbert Spencer e L. T. Hobhouse, eles não propõe, como Conte a substituição da religião pela sociologia.
  • “A sociologia da religião contemporânea tira da obra de Conte e de Spencer uma contribuição feita mais de estímulos e de exemplos metodológicos do que de contribuições teóricas.” (A religião na sociedade pós-moderna, p. 41)

 

 

Émile Durkheim (1858-1917)

 

  • Um pressuposto fundamental do pensamento de Durkheim é que a sociedade plasma o indivíduo desde o nascimento, socializando-o em valores e modelos de comportamento bem definidos (É o que ele chama de fato social), isto é, a sociedade prevalece sobre o indivíduo.
  • Durkheim afirma que os fatos sociais apresentam coerção social, pois leva o indivíduo a se conformar independente de sua vontade ou escolha à regras.
  • O indivíduo é entendido a partir do social e não ao contrário. É a consciência coletiva (conjunto de regras, representações, modelos de comportamento) que guia o agir dos indivíduos.

 

  • Partindo do pressuposto de que o totemismo era o sistema religioso mais primitivo, ele propõe uma interpretação sócio-genética da religião: o sentimento religioso mesmo dirigido à divindades diferentes, em qualquer lugar sempre tem a mesma origem, nasce do sentimento de  dependência que a sociedade, como potência coletiva e autoridade moral, inspira em seus membros.

 

  • A religião segundo ele dá forma expressiva a sentimentos que alimentam normas e valores e através dos ritos consolida-os na consciência dos indivíduos. Além disso os ritos suscitam atitudes de temor e respeito para as normas sociais. Assim ela assume uma função de integração e coesão social.

 

  • A sociedade é vista como uma realidade transcendente, dotada de autoridade moral sobre o indivíduo e, ao mesmo tempo, capaz de levá-lo além de si mesmo; depois, reconhece no sagrado a própria sociedade em forma simbólica.

 

  • Assim para ele a religião é vista somente na dimensão coletiva, em outras palavras, a religião é a experiência coletiva do sagrado. O sagrado é o símbolo da própria sociedade. O sentimento religioso é o sentimento de dependência do indivíduo do grupo social.
  • Para ele a religião surge nos estágios de efervescência coletiva, isto é, naqueles momentos em quem os membros de um grupo social atingem uma intensidade de sentimentos tal que se sentem como que fundidos numa só realidade.

 

  • Ensinava que uma característica comum a todas as religiões era a distinção entre sagrado e profano. (Isto não acontece nas religiões Monistas, pois afirmam que a realidade é uma só, nem em formas religiosas pós-modernas)
  • A religião para ele sempre existirá, pois é uma só coisa com a sociedade; a religião é a sociedade sacralizada.

 

Herbert Spencer (1820-1903)

  • Sua abordagem apresenta como características o organicismo e o evolucionismo, pois acreditava que havia uma equivalência entre organismo biológico e organismo social.
  • A sociedade foi considerada por ele como um conjunto super orgânico de estruturas e funções que, para conhecê-lo, é preciso analisar as unidades que compõem e o papel que elas exercem. A diferenciação é um processo natural, assim as sociedades humanas são vistas como momentos internos de um desenvolvimento progressivo, em base ao princípio de formas homogêneas e incoerentes para formas sempre mais diferenciadas e harmonicamente integradas.
  • Na sua perspectiva encontramos como em Conte a tentativa de realizar uma sociedade auto-orientada, da qual o desenvolvimento industrial e o progresso científico constituem os fatores principais do processo evolutivo, e na qual a religião desenvolve pelo menos um papel privado; todavia ele não propõe como Conte, a substituição da religião pela sociologia.

 

Karl Marx (1818-1883)

  • Considerava que não se pode pensar a relação indivíduo-sociedade separadamente das condições materiais em que essas relações se apóiam. Para ele as condições materiais de todas a sociedade condicionam as demais relações sociais. Em outras palavras, para viver, os homens têm de, inicialmente, transformar a natureza, ou seja, comer, construir, etc., sem  o que não poderia existir como seres vivos. Por isso o estudo de qualquer sociedade deve partir justamente  das relações sociais que os homens estabelecem entre si  para utilizar os meios de produção e transformar a natureza. Assim as relações sociais de produção condicionam todo o resto da sociedade.
  • Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas em seu tempo era provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.
  • Para Marx as relações  entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementaridade entre as classes sociais (classe social é um, grupo de indivíduos que ocupam uma mesma posição nas relações de produção em determinada sociedade). A história do homem é a história das lutas de classes.
  • Sob o ponto de vista de Marx a religião era “expressão de sofrimento real, protesto contra um sofrimento real, suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito, ópio do povo” e também “teoria geral deste mundo,... seu fundamento universal de consolo e legitimação”.
  • Numa primeira fase, portanto, Marx trabalha a religião como alienação. Numa segunda fase, que começa com a Ideologia Alemã (1845) ele considera a religião como ideologia, falsa consciência, é o reflexo ilusório, fantástico, das relações de dominação de classe, de exploração: as idéias religiosas exprimem, justificam e escondem a realidade da dominação. Assim para ele a religião servia de legitimação para a classe dominante e consolo para os dominados. A religião surgia então em conseqüência da situação dos pobres, pois “É o homem que faz a religião; a religião não faz o homem” e “Não é a consciência que determina a vida, mas é a vida que determina a consciência”. Assim a religião deve ser abolida como condição para a verdadeira felicidade. Mas para abolir a religião é preciso que a situação seja mudada, a situação que necessita de ilusões. Pois ela só existe numa situação de alienação.

 

TENDÊNCIA ATUAIS DO PENSAMENTO MARXISTA

·         Vários Marxistas atualmente tem reconhecido que nem toda religião é ópio do povo ou alienação; tais como: Michael Löwoy, Luciem goldmann, Michèle Bertrand pois, percebe-se a participação de religiosos em lutas sócio-políticas em países como Nicarágua, El Salvador e Brasil.

 

 

Max Weber (1854-1920)

  • Dentre os 3 autores que tem sido considerados os fundadores da sociologia- Marx, Durkheim e Weber, este último foi o que mais se preocupou com o fenômeno religioso, e conseqüentemente é o que mais tem influenciado a sociologia da religião.
  • Para ele não há uma linha unívoca nem um curso progressivo na história, assim se afasta bastante do modelo do materialismo histórico e de concepções evolucionistas dominantes de seu tempo.
  • Weber também rejeita a proximidade com a biologia defendida pelos teóricos evolucionistas, e em clara distinção a esses destacava a importância do método histórico e comparativo.
  • Para a sociologia positivista a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Para Weber, ao contrário, não existe oposição entre indivíduo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. A análise de Weber está centrada nos atores sociais e em suas ações. Destaca a subjetividade e intencionalidade dos atores sociais.
  • Max enfatizava que os acontecimentos que integram a sociedade têm origem nos indivíduos. Assim a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto de ações individuais reciprocamente referidas. Por isso ele define como objeto da sociologia a ação social (qualquer ação que o indivíduo faz implicando numa orientação significativa visando outros indivíduos.). A ação social pode ser: Tradicional, Afetiva, Racional com relação a Valores e Racional com relação a Fins. Assim Weber destaca a subjetividade do agente social.
  • Restituiu uma posição autônoma à religião no concerne à capacidade de exercer influência sobre a sociedade.
  • O modelo de Weber é a interação recíproca entre religião e sociedade.
  • Max introduziu a noção de carisma (qualidade considerada extraordinária)- uma importante contribuição à teoria da mudança social, mostrando o influxo das idéias religiosas no surgimento de comportamentos inovadores- que até hoje tem sido utilizada para interpretar fenômenos, como o surgimento de novos movimentos religiosos na sociedade pós-industrial. Segundo sua análise destaca que as grandes religiões originam-se  da pregação de um líder carismático (ao qual Weber dá o nome de profeta), ao redor do qual se reúnem discípulos. Esta figura rejeita a tradição e exige obediência por causa do carisma que dele emana. Assim ele considera o carisma o poder revolucionário criador da história capaz de derrubar a regra e a tradição. Ele defende dois tipos de profetas, o emissário e o exemplar. O profeta emissário foi peculiar às religiões do Oriente Médio (Zoroastrismo, judaísmo, cristianismo e islamismo) e pretendiam ser instrumentos de transformação do mundo. Já o profeta exemplar defende uma religião de salvação do tipo predominantemente contemplativo. Ele é visto como um exemplo, um santo. O primeiro conduz predominantemente a ascese e o segundo a mística. Na religião ascética o fiel se vê como instrumento de Deus e adota uma postura ativa para controlar seus impulsos. Na religiosidade mística desenvolve uma postura predominantemente contemplativa. Esses dois tipos de religiosidades implementam teodicéias e racionalidades distintas. A religiosidade ascética tende para um Deus pessoal e uma ascese intramundana , enquanto que uma religiosidade mística tende para uma postura contemplativa e para uma imanência e despersonalização do divino; tanto quanto para uma ascese fora do mundo (extramundana).
  • Ele destaca que com a morte do líder carismático ocorre a questão da sucessão e da estabilização da mensagem e isto ocorre através do que ele chama de “rotinização do carisma”. Assim os discípulos alteram o caráter do carisma e da autoridade que se funda sobre ele. O carisma, considerado algo sobrenatural passa a ser objeto de aquisição e de educação, pois para se tornar portador deste carisma o discípulo deve ser recrutado, treinado e colocado à prova. Assim o carisma entra de novo na vida cotidiana. Assim os seguidores não possuindo o carisma original passam apenas a viver a experiência  de forma secundária, mediada por ritos e símbolos.Em outras palavras, os discípulos institucionalizam o carisma, isto é, criam um corpo doutrinal, práticas cultuais e uma organização sacerdotal (sacerdotes) que constituem outros suportes e mediações para poder reviver a experiência do fundador.
  • A sociologia da religião de Weber emerge do surgimento do capitalismo. Defende que o espírito do capitalismo conseguiu se firmar estavelmente no Ocidente somente pela racionalização de todos os aspectos da vida encorajada pela reforma protestante (eliminação da função mediadora da Igreja Católica por meio de indulgências, sacerdotes, etc.; a desmagização [desencanto] do mundo por meio do questionamento dos milagre dos santos, da transubstanciação), em especial pela ascese intramundana do calvinismo (compromisso ativo no mundo,  em especial o incentivo ao trabalho e ao estudo) e que isto se deu de forma não intencional, pois a usura era condenada pelo protestantismo. Porém destaca que o capitalismo por sua vez se tornou prejudicial ao protestantismo (individualismo, consumismo, exploração, utilitarismo, etc).
  •  Assim para Weber a religião pode  ter efeitos tanto de reforço  e justificação dos ordenamentos sociais existentes, como de crítica e subversão destes últimos. O fulcro da atenção de Weber desloca-se, portanto sobre os efeitos que determinadas imagens religiosas do mundo, mediante determinadas normas éticas, têm sobre as respectivas sociedades, em particular sobre o agir econômico.

Elementos constituintes das religiões - definição e origem do termo

 


SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO

INTRODUÇÃO



"Seita:
substantivo feminino
1 na antiga literatura romana e pré-cristã, partido ou escola filosófica
2 na Vulgata, variedade de tendências religiosas dentro do judaísmo
Ex.: s. dos fariseus *
3 doutrina ou sistema que se afasta da crença ou opinião geral
4 Derivação: por metonímia.
o conjunto das pessoas que seguem essa doutrina ou sistema
5 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: religião.
grupo de dissidentes de uma religião ou de uma comunhão principal
Ex.: <a s. dos fundamentalistas> <a s. dos quacres>
6 Derivação: por analogia. Uso: informal.
grupo de indivíduos partidários de uma mesma causa; partido, bando, facção
7 teoria de um mestre com inúmeros seguidores
8 Rubrica: sociologia.
sociedade cujos membros se agregam voluntariamente e que se mantém à parte do mundo"

 Religião

1 crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência
2 postura intelectual e moral que resulta dessa crença
Ex.: homens ímprobos, que vivem longe da r.
3 sistema de doutrinas, crenças e práticas rituais próprias de um grupo social, estabelecido segundo uma determinada concepção de divindade e da sua relação com o homem; fé, culto
Exs.: r. cristã
r. islâmica
4 culto que se presta à divindade, consolidado nesse sistema
5 observância cuidadosa e contrita dos preceitos religiosos; devoção, piedade, fervor
Ex.: viver frugalmente, dia a dia, na r.
6 Derivação: sentido figurado.
prática, doutrina ou organização que se assemelha a uma religião
Ex.: o positivismo era a r. dos primeiros republicanos
7 Derivação: sentido figurado.
aquilo que se considera uma obrigação moral, um dever inelutável
Ex.: o trabalho é a sua r.
8 Derivação: sentido figurado.
conjunto de princípios morais e éticos
Ex.: não é da minha r. trair um compromisso



Relig-
elemento de composição
antepositivo, do lat. religìo,ónis (relligìo nos poetas datílicos) 'religião, culto prestado aos deuses, prática religiosa; escrúpulo religioso, receio religioso, sentimento religioso, superstição; santidade, caráter sagrado; objeto de um culto, objeto sagrado; uma divindade, um oráculo; profanação, sacrilégio, impiedade; lealdade, consciência, exato cumprimento do dever, pontualidade; cuidado minucioso, escrúpulo excessivo'; us. em todas as épocas; "o prefixo é re-, red- (cf. relliquiae, reliquiae)", dizem Ernout e Meillet, "mas o segundo elemento é obscuro. Os latinos ligam-no a relegere (...), etimologia defendida por Cícero (...). Outros autores [Lactâncio e Sérvio] associam religìo a religáre: seria propriamente 'o fato de se ligar com relação aos deuses', simbolizado pela utilização das uittae ['fitas para enfeitar as vítimas ou ornar os altares'] e dos stémmata no culto. Alega-se em favor desse sentido a imagem de Lucrécio, 1, 931: religionum nodis animum exsoluere; (...). O sentido seria portanto: 'obrigação assumida para com a divindade; vínculo ou escrúpulo religioso' (cf. mihi religio est 'tenho o escrúpulo de'); depois 'culto prestado aos deuses, religião'."; der. latinos: religiósus,a,um 'religioso, piedoso; consagrado pela religião, santo, sagrado; supersticioso; escrupuloso, consciencioso; proibido pela religião, ímpio, sacrílego', lat.imp. religiosìtas,átis 'religiosidade, piedade', lat.imp. irreligiósus,a,um 'ímpio, irreligioso', irreligiosìtas,átis 'impiedade' (linguagem da Igreja), lat.imp. irreligìo,ónis; a cognação port. desenvolve-se desde as orig. do idioma: correligionário, correligionarismo, correligionarista, correligionarístico, correligiosismo, correligiosista, correligiosístico; irreligião, irreligiosidade, irreligiosismo, irreligioso; religião, religiomania, religiomaníaco, religiômano, religionário, religiosa, religiosidade, religioso, religiúncula; ver lig-

 

Heresia
n substantivo feminino
1 interpretação, doutrina ou sistema teológico rejeitado como falso pela Igreja
2 teoria, idéia, prática etc. que nega ou contraria a doutrina estabelecida (por um grupo)
3 ação, dito ou atitude que desrespeita a religião
4 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
contra-senso, opinião absurda; disparate, despautério, tolice" Dicionário Eletrônico Houaiss 3.0

 



  1. CONCEITO- SOCIOLOGIA

 

É a disciplina que estuda “o comportamento social do homem religioso, a importância da religião na estrutura da sociedade e as inter-relações entre ambas. A sociologia  da religião aborda os fatos e os fenômenos religiosos de um ponto de vista estritamente social, é claro, científico.” (Sociologia, Introdução ao estudo dos seus princípios. Rio de Janeiro, 1973, p.719) .

 

  1. ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS RELIGIÔES (Sociologia da Religião- François Houtart, São Paulo, Ática, 1994)

 

2.1.  Significações religiosas (Crenças)

 

a-      Da relação da natureza

 

As representações religiosas coincidem com situações de grande vulnerabilidade do homem diante da natureza tais como: doenças. Exemplos:

 Na sociedade Inca e Maia a representação do milho era central. Existiam as divindades do milho e a representação da criação do homem a partir do milho e do sangue. Pois interpretavam que como o milho era o centro da vida material, deveria ser também a origem da espécie.A produção do milho também estava vinculada com a chuva, e esta com a lua (divindade feminina vinculada a fertilidade. Assim constrói um mundo de explicações. Todas as festas eram  centradas em torno do milho. Essas explicações se desenvolveram não apenas em função de encontrar uma explicação intelectual, mas também de estimular meios para proteger-se, para controlar a natureza (magia), pelo menos de Maira simbólica.

Muitos povos antigos divinizavam o sol, a lua, Terra, água, etc, pois viam uma inter-relação entre eles no que diz respeito principalmente à agricultura. Assim os egípcios divinizaram a lua o sol e o rio Nilo, bem como criaram deuses para a proteção das enfermidades e outras coisas. 

Para justificar o aparecimento de doenças os povos criavam explicações como: carma, destino, provação e outras.

 

b-     Das relações sociais de produção

As relações sociais de produção exigem explicação religiosa quando:

·  Quando não há reciprocidade entre os grupos e necessita-se do consenso de todos os grupos sociais.

·  Quando a apropriação dos meios de produção não aparece na consciência como resultado da atividade humana.(Exemplo:As sociedades pré-capitalistas; pois na sociedade capitalista o capital é apresentado como fruto do trabalho humano. Na verdade a sociedade capitalista lança mão da Ideologia)

As sociedades criaram explicações para justificar e legitimar as relações sociais, econômicas e políticas discrepantes,

Nas sociedades de linhagem o culto aos antepassados significa o respeito pelos pais, o que garante a reprodução da ordem social, como é o caso do Japão. Também a doutrina da reencarnação na Índia serve para manter o sistema de castas rígido. No Egito antigo a divinização do Faraó servia para tornar seu poder inquestionável, pois era deus encarnado.

 

c-      Do sentido global do homem e do universo

Como o sentido da vida, a origem e a finalidade do homem não era evidente, os antigos criaram explicações religiosas.

Ao contrário das significações religiosas da natureza e dois meios de produção, que estão desaparecendo com o tempo, esta significação do sentido global do homem permanece mesmo agora, no pós-modernismo, pois a da teoria da evolução pura e simples não leva em conta a ação sobrenatural (Deus).

 É claro que cada religião apresenta um conteúdo explicativo para esta questão, daí uma ampla variedade de religiões.

 

2.2.  Expressões religiosas- liturgia- ritual

 

As práticas religiosas trazem a força de seu sentido, já que este ajuda os atores sociais a se redefinirem, a se reafirmarem como comunidades ou grupos sociais, ou a se referirem a um projeto comum ou a uma visão de futuro que motiva um compromisso total (salvação, paraíso, união com o cosmos, libertação das reencarnações, etc.)

A história mostra que toda institucionalização da prática religiosa simbólica (pelas organizações religiosas) pode cair no formalismo (ritos, cultos, sacramentos, devoções, sacrifícios, etc.). Isto ocorre porque uma vez institucionalizadas, essas práticas se tornam resistentes à mudanças, e toda sociedade muda com o tempo. Além disso, muitas vezes, com a institucionalização das expressões religiosas se perde o sentido original (como por exemplo, o batismo regenerador praticado por algumas igrejas- capaz de lavar o homem de seus pecados) ou às vezes confunde-se essência com aparência, exemplo: As testemunhas de YERROSHUA usam roupas parecidas com a da época de Cristo, criando um obstáculo  conversão de novos adeptos, pois pensam que para ser um fiel discípulo deve-se vestir como Cristo. Ora sabemos que Jesus vestia-se de acordo com a sociedade da época dele, assim não era um anômalo como são tais adeptos desta religião. Tais coisas acontecem também na área da música como: ritmos, expressões corporais, etc; tanto quanto em outras expressões religiosas.

 

 

2.3.  Ética com referência religiosa

 

A ética com referência religiosa pode se manifestar como produto da vontade de Deus (Bíblia) ou dos deuses (Código de Hamurabi), este código serviu para legitimar o poder de Hamurabi sobre seus súditos. È claro que tanto a religião pode influenciar a sociedade como esta pode influenciar a religião,  como é o caso da Teologia da Libertação, que recebeu influência direta da ética Marxista.

A maior parte das religiões dispões de uma ética no plano interpessoal, como se a realidade social fosse o resultado da soma dos indivíduos e não da soma completa das relações sociais, pois a maior parte deles se institucionalizou em sociedades pré-capitalistas e antes do desenvolvimento da análise social.

 

 

2.4.  Organização religiosa e suas funções

 

A organização religiosa varia conforme a religião, podendo estar menos desenvolvida como no Hinduísmo, ou mais desenvolvida como no Islamismo e no Catolicismo.

A organização católica se modelou com base na organização política do império romano (dioceses e paróquias eram divisões territoriais políticas; o título de Sumo Pontífice e o direito eclesiástico possuem sua origem formal na sociedade romana).

 

            A organização religiosa pode preencher funções como:

  • Codificação dos escritos (bíblia, alcorão, etc.)
  • Definição de normas éticas: Elaboração de novas doutrinas ou abolição de outras para se adaptar à realidade, ou mesmo mudança na interpretação dos textos sagrados (muitas religiões modificam suas crenças e normas de conduta) Ex: Catolicismo, Igrejas pentecostais clássicas, Igrejas protestantes históricas, etc.
  • Formalização das formas de expressões religiosas: cultos, devoções, liturgias, etc. Assim se estabelece o acesso às funções rituais a pessoas restritas (clero), bem como se oficializam cerimônias sagradas e a forma de se realizar essas expressões religiosas.
  • Reprodução institucional religiosa: para a instituição se manter ela se utiliza da formação de novos agentes religiosos pro meio de seminários, monastérios, cursos, etc. Muitas vezes a instituição passa a ter como alvo a sua própria reprodução e não o fim último pela qual foi formada.
  • Vinculação com os outros elementos da sociedade cível e política: O Islamismo, por exemplo, apresenta diretamente relacionado à política em alguns países muçulmanos, enquanto que as Testemunhas de Jeová são avessos à política. O maior ou menor envolvimento da religião na sociedade depende de suas crenças.

 

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Brasil- um país sob a condenação divina - A Missão profética da igreja.



Provérbios 14:31  O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.


Este artigo contém:

1- Brasil - 94º lugar no Índice de Percepção da Corrupção - 2020

2- Exploração dos pobres pelo Brasil
2.1 Juros
2.2 Tributação indireta
2.3 IRBES- Indice de Retorno de Bem Estar Social

3- Condenação Bíblica da politica brasileira

4- O papel dos governantes e políticos perante os aflitos 

5-O papel profético da igreja com relação à politica

6- Conclusão




1- Brasil ocupou o 94º lugar no índice de percepção da corrupção em 2020

O Índice de Percepção da Corrupção é o principal indicador de corrupção do mundo.

Produzido desde 1995 pela Transparência Internacional, o IPC avalia 180 países e territórios e os atribui notas em uma escala entre 0 (quando o país é percebido como altamente corrupto) e 100 (quando o país é percebido como muito íntegro).

O índice é a referência mais utilizada no mundo por tomadores de decisão dos setores público e privado para avaliação de riscos e planejamento de suas ações. https://transparenciainternacional.org.br/ipc/


2- Exploração dos pobres pelo Brasil



2.1 Juros 

è do conhecimento de todos que o governo brasileiro sempre explorou os pobres. Basta olhar a taxa de juros no Brasil e comparar com a dos outros países, vou citar apenas um exemplo:



O adiamento do pagamento integral da fatura do cartão de crédito leva à multiplicação da dívida, que pode sair do controle do consumidor. Quem não tem dinheiro para pagar o valor total da fatura, terá a dívida corrigida por taxas anuais de juros superiores a 300% – podendo chegar 875%, segundo a Agência Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

Em outros países, a taxa do rotativo do cartão (crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integra) é de apenas 3%. “Essa diferença é o que vemos se compararmos os juros no Brasil com os cobrados pelo mesmo serviço em países europeus e nos Estados Unidos”, argumenta o diretor de estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/juros-anuais-do-cartao-de-credito-chegam-ate-875

2.2 Pobres pagam mais impostos - tributação indireta

Como pode ser visto na figura acima, 44,8% do que o governo arrecada vem de tributos cobrados sobre bens e serviços. É a chamada tributação indireta, que não leva em consideração a renda de quem está comprando: a alíquota que incide sobre produtos é mesma para o rico e para o pobre.




2.3 IRBES (ÍNDICE DE RETORNO DE BEM ESTAR À SOCIEDADE)

Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) -EDIÇÃO MAIO DE 2018 – COM A UTILIZAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA E IDH DO ANO DE 2015: https://ibpt.com.br/estudo-sobre-carga-tributaria-pib-x-idh-calculo-do-irbes/



"Entre os 30 países com a maior carga tributária, o Brasil CONTINUA SENDO o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar  da sociedade;

- A Irlanda, seguida pelos Estados Unidos, Suiça Suíça, Coréia do Sul e Austrália, são os países que melhor fazem aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos;

- Também tivemos como destaque, a Irlanda, que no último estudo figurava em 5o lugar e agora aparece na liderança, como o país que, mesmo com uma carga tributária não tão elevada, consegue dar à população, serviços públicos de qualidade.

- O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, como último colocado, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai (12o) e Argentina (20o)." 


CARGA TRIBUTÁRIA É a relação percentual obtida pela divisão do total geral da arrecadação de tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em um ano, pelo valor do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, a riqueza gerada durante o mesmo período de mensuração do valor dos tributos arrecadados, sendo, como exemplo, no Brasil:

Ano de 2015 

ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA: R$ 2.000.019

PIB: R$ 5.995.786

C.T.: 33,36%




IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de  riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbubul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, em seu relatório anual.


O IDH é um índice que serve de comparação entre os países, com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais.
O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, pode-se afirmar que esse país é o que atingiu maior grau de desenvolvimento.







3- Condenação Bíblica da politica brasileira


Êxodo 22:25  Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor que impõe juros.

Êxodo 23:3  Nem com o pobre serás parcial na sua demanda.


Sl 12:5  Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira.

 Is 10:1 ¶ Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão,

2  para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!

3  Mas que fareis vós outros no dia do castigo, na calamidade que vem de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória?



Amós 5:9  É ele que faz vir súbita destruição sobre o forte e ruína contra a fortaleza.

10  Aborreceis na porta ao que vos repreende e abominais o que fala sinceramente.

11  Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis tributo de trigo, não habitareis nas casas de pedras lavradas que tendes edificado; nem bebereis do vinho das vides desejáveis que tendes plantado.

12  Porque sei serem muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais suborno e rejeitais os necessitados na porta.


Am 4:1  Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá, e bebamos

Amós 8:4 Ouvi isto, vós que tendes gana contra o necessitado e destruís os miseráveis da terra,

5  dizendo: Quando passará a Festa da Lua Nova, para vendermos os cereais? E o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras,

6  para comprarmos os pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias e vendermos o refugo do trigo?

7  Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras, para sempre!


Is 3:14  O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa.

15  Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? —diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.


Mq 3:1 ¶ Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros que pertence saber o juízo?

2  Os que aborreceis o bem e amais o mal; e deles arrancais a pele e a carne de cima dos seus ossos;

3  que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne no meio do caldeirão?

9  Ouvi, agora, isto, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito,

10  e edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade.

11  Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.

12  Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato.


4- O papel dos governantes e políticos perante os aflitos 

Pv 31:4  Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte.

5  Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos.

8  Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados.

Daniel 4:27  Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniqüidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranqüilidade.


Is 45:9 ¶ Assim diz o SENHOR Deus: Basta, ó príncipes de Israel; afastai a violência e a opressão e praticai juízo e justiça: tirai as vossas desapropriações do meu povo, diz o SENHOR Deus.

10  Tereis balanças justas, efa justo e bato justo.



5-O papel profético da igreja com relação à politica

O papel da igreja é o mesmo dos profetas, no que diz respeito à política, condenar as ações injustas dos governantes, assim como fez os profetas acima citados e João Batista:

Lucas 3:19  mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito,

João 19:11  Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.

Lucas 13:32  Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa [astúcia desonesta] que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei.



Is 10:1 ¶ Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão,

2  para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!

3  Mas que fareis vós outros no dia do castigo, na calamidade que vem de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória?



Amós 5:9  É ele que faz vir súbita destruição sobre o forte e ruína contra a fortaleza.

10  Aborreceis na porta ao que vos repreende e abominais o que fala sinceramente.

11  Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis tributo de trigo, não habitareis nas casas de pedras lavradas que tendes edificado; nem bebereis do vinho das vides desejáveis que tendes plantado.

12  Porque sei serem muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais suborno e rejeitais os necessitados na porta.


Am 4:1  Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá, e bebamos

Amós 8:4 Ouvi isto, vós que tendes gana contra o necessitado e destruís os miseráveis da terra,

5  dizendo: Quando passará a Festa da Lua Nova, para vendermos os cereais? E o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras,

6  para comprarmos os pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias e vendermos o refugo do trigo?

7  Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras, para sempre!


Is 3:14  O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa.

15  Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? —diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.


Mq 3:1 ¶ Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros que pertence saber o juízo?

2  Os que aborreceis o bem e amais o mal; e deles arrancais a pele e a carne de cima dos seus ossos;

3  que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne no meio do caldeirão?

9  Ouvi, agora, isto, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito,

10  e edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade.

11  Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.

12  Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato.

A igreja não deve fechar os olhos à ações politicas do indivíduo A ou B, muito menos dar apoio incondicional a qualquer politico.


6-Conclusão:

O Brasil é um país altamente corrupto, injusto e que em especial oprime especialmente os pobres. Esse país tem suas práticas condenadas por Deus e precisam ser mudadas. Portanto achar que Deus vai abençoar um país como este, mantendo esta situação, é enganar a si mesmo.