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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Arqueologia- cidade da primavera

Arqueólogos encontram local da consagração de Salomão como rei

Foram 15 anos de escavação para achar a cidade bíblica de 3.800 anos em Israel

03/04/2014 - 12:00
Arqueólogos encontram local da consagração de Salomão como rei




Uma das pesquisas arqueológicas mais complexas já realizadas em Israel resultou no descobrimento da chamada “Cidade da Primavera”. O local, famoso quando Davi e seu filho Salomão eram reis de Israel foi construída para salvar e proteger a água da cidade dos inimigos que tentavam dominá-la.
Ao mesmo tempo era usada para proteger os cidadãos que voltavam para suas casas após irem buscar água no local. O local é descrito no livro bíblico de Reis, sendo protegida pela fonte de Giom. Foi ali que Salomão foi ungido pelo sacerdote Zadoque como rei, por ordem de Davi, seu pai. O local foi escolhido pois Davi sabia que seus inimigos políticos tinham um plano para tomar a sucessão do reinado.
A escavação aconteceu na Cidade de Davi, no Parque Nacional de Davi, em Jerusalém. Foram necessários 15 anos de trabalho. O trabalho foi coordenado pelo professor Ronny Reich, da Universidade de Haifa, e Eli Shukrun, integrante da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Eles acreditam que a Cidade da Primavera tem pelo menos 3800 anos, sendo a maior fortaleza cananeia que resistiu ao tempo. Também seria a maior fortaleza conhecida na região antes do reinado de Herodes, após a conquista romana.
A revelação da descoberta tem um significado duplo. O primeiro é científico, já que existe uma forte corrente dentro da arqueologia a qual afirma que Salomão nunca existiu, pois não há nenhum documento histórico que fale sobre ele além da Bíblia. A descoberta da Cidade da Primavera é a terceira nos últimos anos que comprova relatos bíblicos sobre partes da vida de Salomão.
A segundo á profética, pois a ideia de reconstrução do templo de Salomão, um antigo sonho dos judeus ortodoxos, é fortalecida toda vez que se mostra que os relatos bíblicos sobre ele são verdadeiros. Tanto judeus liberais quanto os muçulmanos que dominam o monte do Templo afirmam que jamais houve um templo naquele local construído por Salomão, pois não existem “comprovação arqueológica” disso.
Fonte: Gospel Prime / com informações Jerusalém Post

Confirmada a exsitencia da cidade de Ai

Achado arqueológico em Israel confirma relato do Livro de Josué

Pesquisadores escavaram as ruínas da cidade de Ai

05/02/2014 - 12:00

Achado arqueológico em Israel confirma relato do Livro de Josué
Descoberto ano passado, durante meses de escavação na área com as ruínas da fortaleza em Khirbet el-Maqatir, 9 km ao norte de Jerusalém, um pequeno amuleto ajudou arqueólogos a comprovar mais um relato bíblico.
O Velho Testamento conta a história da cidade de Ai, que foi conquistada e incendiada pelos israelitas durante a conquista de Israel. No Livro de Josué há um relato sobre isso, mas sua localização nunca foi totalmente comprovada.
A escavação liderada pela Associates for Biblical Research (ABR), um ministério especializado em escavações bíblicas, no ano passado foi muito proveitosa. A equipe descobriu em uma caverna subterrânea, ruínas de um casa e mais de 100 moedas. O que mais chamou atenção é um objeto com menos de dois centímetros.
O relatório explica que é uma peça ornamental, usada provavelmente em um colar, chamada de scarabée. O ornamento recebe esse nome porque seu formato remete a um escaravelho. Os antigos egípcios, reverenciavam esse inseto pois o relacionavam com o deus do sol.
Considerada a descoberta arqueológica mais importante de 2013, o escaravelho, juntamente com outros artefatos do sítio de Khirbet el-Maqatir, ficarão em exposição no museu da Universidade Baptista de Houston. No dia 8 de fevereiro haverá no local um simpósio para destacar a importância da descoberta para a arqueologia bíblica.
O relatório da ABR afirma que o escaravelho possui inscrições indicando que provavelmente pertenceu ao último rei de Ai. A datação dos objetos encontrado apontam para o final da era de bronze, entre 1550 e 1450 a.C. Esse período histórico é condizente com o que é historicamente aceito para a narrativa de Josué.
Arqueólogos já haviam feitas descobertas no local em outros tempos, mas haviam dúvidas sobre a exatidão da narrativa de sua conquista. Agora a prova “definitiva” foi encontrada.
“Muitas descobertas arqueológicas estão diretamente relacionadas com as Escrituras e confirmam a historicidade do relato bíblico”, afirma o material oficial divulgado pela ABR. “Outras descobertas oferecem fascinante material de apoio para as narrativas bíblicas. Quando as pessoas ficam sabendo dessas descobertas, a Bíblia ganha vida e o estudo da Bíblia torna-se mais interessante e significativo.”
O doutor Henry Smith Jr., diretor de desenvolvimento da ABR, explica: “Nossa tese foi que a fortaleza [de Ai] foi destruída no final da era de Bronze I. Com base nas evidências arqueológicas que descobrimos, é do mesmo período de tempo, proporcionando-nos uma data de ocupação independente da cerâmica… A Bíblia registra que a cidade de Ai foi ocupada no final do século 15 a.C, e destruída pelos israelitas. O escaravelho é consistente com essa afirmação. ”
Bryant Wood, um membro da ABR acredita que este é um momento emocionante para a arqueologia bíblica: “À medida que continuamos nossa escavação e investigação, Deus está fornecendo evidências cada vez mais fortes para combatermos os ataques de críticos e fornecermos razões para aqueles que buscam a verdade possam acreditar na Bíblia. Obrigado por reconhecerem o valor apologético e evangelístico da pesquisa arqueológica. Ela comprova e proclama a verdade da Palavra de Deus nesta era científica de dúvida, de ceticismo e de decadência moral”.
Fonte: Gospel Prime com informações Christian News e Christianity Today

Achado arqueológico confirma existência do Rei Davi


Antes do achado, especialistas questionavam a falta de `evidências arqueológicas´

Fonte: Gospel Prime / com informações The Blaze | 19/12/2014 - 11:30

Achado arqueológico confirma existência do Rei Davi
Uma rocha encontrada em Israel e que está em exposição no Metropolitan Museum of Art de Nova York, oferece novas evidências sobre a descrição bíblica sobre o reinado de Davi, afirmam especialistas em arqueologia. A peça mede 13 por 16 centímetros e tem 13 linhas de texto que ainda podem ser lidas.
Eles acreditam que o texto mencionando o rei Davi descreveu a dinastia davídica como “extraordinária”, sendo uma das raras peças que substanciam uma das narrativas bíblicas mais questionadas justamente pela falta de registro fora das Escrituras.  Estima-se que ela foi talhada cerca perto de 830 a.C., uns 150 anos depois do período em que reinou Davi.
A inscrição vem de Tel Dan, região norte de Israel e comemora as conquistas de Hazael, rei da Síria, inimigo dos antigos reinos de Israel e Judá. Hazael afirma ter matado Jorão, rei de Israel, e Ahaziahu, rei da “Casa de Davi” (ou Judá). O fato de Judá ser reconhecida por uma fonte não judaica como “Casa de Davi” é importante porque seria a única evidência arqueológica do gênero, acabando com uma disputa que dura séculos sobre a existência de um rei chamado Davi.
A Agência Telegráfica Judaica (JTA) informou que a rocha é “a mais antiga referência extra bíblica” ao rei Davi. “Não há dúvidas que a inscrição é um dos artefatos mais importantes já encontrados em relação à Bíblia”, asseverou Eran Arie, curador no Museu de Israel.
No catálogo do museu para a exposição, Arie escreveu que a inscrição com o nome de David é uma “indicação clara de que a” Casa de Davi “era conhecido em toda a região e que a reputação do rei não foi uma invenção literária de um período muito mais tarde.”
As fissuras na pedra não obstruíram a clara menção, que continua “intacta e clara”, disse Ira Spar, professor de história e estudos antigos em Ramapo College, em New Jersey, um especialista em pesquisa sobre a Assíria.
Steven Fine, professor de história judaica na Universidade de Yeshiva e diretor do Centro de Estudos de Israel, acredita que a exposição irá gerar grande interesse de estudiosos e no público em geral.
O ano de 2014 termina oferecendo grandes contribuições para a arqueologia bíblica, oferecendo evidências que suprem uma grande lacuna e objeto de disputa entre estudiosos. Tanto descobertas que confirmam o reinado de Salomão, seu templo e que reforçamdescobertas de situações parecidas em 2013.
Os reinados de Davi e Salomão, que são de grande importância para o Antigo Testamento, não tinham até recentemente comprovação arqueológica que realmente existiram. Tudo que se sabe deles vem da Bíblia. Pelo menos até agora. O argumento era a inexistência de monumentos que detalhem as realizações do rei, como era costume na época. Teoria agora que parece definitivamente superada. Com informações The Blaze

MADRASTA DE MOISÉS É IDENTIFICADA NO EGITO


 Hatshepsut 

O corpo mumificado de Hatshepsut foi encontrado em 1903, numa sepultura comum no Vale dos Reis, no Egipto, porém só agora, no final de Junho, foi identificado.
Os egiptólogos, coordenados pelo secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, concluíram por um dente e pistas de DNA que o corpo mumificado de uma mulher falecida com cerca de 50 anos é realmente da antiga rainha.

Hatshepsut foi uma das rainhas mais famosas do Egipto do tempo dos faraós e centralizou mais poderes que Cleópatra e Nefertiti. Foi ela que governou o país por mais tempo, compreendendo o período de 1502 a 1482 a.C. Uma vez que as evidências históricas apontam para ela como sendo a princesa que adoptou Moisés como seu filho, conforme registado no livro de Êxodo, a confirmação desta descoberta é mais um facto que corrobora a veracidade da narrativa bíblica.





Os especialistas compreenderam tratar-se da famosa governante quando examinaram uma caixa de madeira com o nome de Hatshepsut entalhado e descobriram nela a existência de um dente e um fígado humano. Obedecendo à tradição egípcia do devido cuidado dispensado aos integrantes da realeza quando eram mumificados, o dente e o fígado foram retirados do corpo da falecida Hatshepsut durante o processo de embalsamento do seu corpo e cuidadosamente preservados.


De acordo com o dentista Galal EL-Beheri, convocado pelos pesquisadores, o dente molar encontrado na caixa de relíquia tem o nome de Hatshepsut gravado e encaixa-se perfeitamente no espaço da mandíbula do corpo encontrado em 1903.

A múmia estava guardada no terceiro andar do Museu Egípcio do Cairo onde também podiam ser encontrados os restos da sua ama de leite que serviu como enfermeira da realeza. 


Entretanto, durante anos, os cientistas divergiram quanto à identidade da rainha. Era, até então, apenas uma suspeita, que se confirmou verdade, fazendo com que o egiptólogo Zahi Hawass saudasse o facto como “ a maior descoberta na egiptologia desde 1922, quando a múmia do rei Tutancamon foi encontrada pelo britânico Howard Carter”.


Evidências que comprovam a narrativa de Êxodo



Eugene H. Merrill, historiador e professor do Antigo Testamento no Seminário Teológico de Dallas, EUA, e autor do livro Kingdom of Priests, publicado pela CPAD em 2001, com o título História de Israel, apresenta os detalhes históricos que ligam Hatshepsut a Moisés. Na questão das datas, ele usa como referência uma das melhores obras sobre o assunto, o livro Cambridge Ancient History, mas ressalta que qualquer divergência de datas é tão pequena que não afecta a conclusão. 


“Cambridge Ancient History é uma publicação lançada por estudiosos imparciais, reconhecidos academicamente como autoridades da mais alta confiabilidade. Mesmo assim, quaisquer ajustes nas datas que aumentem ou diminuam alguns anos em nada afectarão as conclusões que propomos”, afirma Merrill.


O especialista compara as datas ligadas aos faraós com o relato bíblico do Êxodo. “Admitindo a data de 1446 a.C. Para o êxodo, podemos determinar a data de nascimento de Moisés. O Antigo Testamento informa que Moisés tinha a idade de 80 anos pouco tempo antes do êxodo (Ex. 7:7), e 120 anos na sua morte (Dt. 34:7). Visto que a sua morte ocorreu bem no fim do período do deserto, podemos datá-la de 1406 aC. Um simples cálculo então fornece o ano de 1526aC para o seu nascimento. Por conseguinte Moisés nasceu no mesmo ano da morte do faraó Amenotepe. Ora, Amenotepe foi sucedido por Tutmose I (1526-1512aC), um plebeu que tinha casado com a irmã do rei. Provavelmente, foi ele o autor do decreto que ordenou o infanticídio, pois enquanto Moisés estava em iminente perigo de morrer, Arão, irmão de Moisés que havia nascido três anos antes (Ex. 7:7), parece ter estado isento. Não seria difícil admitir que o faraó que promulgou esta política deve ter subido ao trono após o nascimento de Arão e antes do nascimento de Moisés. Nesse caso, a evidência bíblica aponta directamente para Tutmose I, que foi pai de Hatshepsut, explica Merrill.


Merrill continua, mostrando como a narrativa bíblica do êxodo está ligada à história dessa sequência de faraós do Antigo Egipto. “Tutmose II (1512-1504aC) casou-se com Hatshepsut, sua meia-irmã mais velha. Ele morreu jovem sob circunstâncias bastante misteriosas. Sentindo que se aproximava a morte, ordenou a nomeação de Tutmose III (1504-1450aC) como seu co-regente e herdeiro. Esse governante que, sem dúvida, foi o mais ilustre e poderoso dentre os que viveram no Novo Reino, distinguiu-se de várias maneiras. Os seus primeiros anos foram muito promissores. Tutmose III era filho de uma concubina e tinha-se casado com a sua meia-irmã, filha de Hatshepsut e Tutmose II. Ele obteve notáveis vitórias nas terras em seu redor, que incluíam nada menos que 16 campanhas à Palestina. Porém os primeiros 20 anos do seu reino foram dominados pela sua poderosa madrasta, Hatshepsut. Embora proibida, pela cultura, de ser faraó, ela de facto agia como tal e, em todos os critérios, pode ser considerada a pessoa de maior fascínio e influência da história egípcia” frisa o historiador norte-americano.


Merrill lembra que nos primeiros anos de Tutmose III, Hatshepsut foi quem ditou as resoluções. “Esse era um relacionamento que decerto Tutmose III detestava, mas encontrava-se impotente para se opor. Somente após a morte da madrasta, ele demonstrou toda a repugnância que sentia por ela, mandando extinguir toda e qualquer inscrição ou monumento em sua homenagem”, ressalta o especialista.


Zahi Hawass explica que foi pelas medidas de Tutmose III contra Hatshepsut que os egiptólogos demoraram a identificar o corpo da rainha. “A confusão em torno da identificação da múmia deve-se ao facto de Hatshepsut, um elemento da realeza do Egipto, estar sepultado numa tumba comum. 

Tutmose III e os demais governantes demonstraram toda a sua aversão pela falecida rainha e ordenaram a eliminação de qualquer vestígio da sua passagem pela terra. Portanto, aos seus defensores restou somente a alternativa de esconder os restos num túmulo comum para escapar da ira dos perseguidores. Além disso, vários cadáveres da realeza egípcia foram transladados das suas tumbas originais e guardados em sepulturas mais discretas para ocultá-los da acção de saqueadores. Devido a essas mudanças de “endereço”, muitas vezes as marcas que identificavam os corpos perdiam-se no caminho”, esclarece o egiptólogo.

O professor Eugene Merrill salienta detalhes históricos da vida da famosa rainha que se encaixam perfeitamente com o relato bíblico. “O quadro geral de Hatshepsut leve-nos a identificá-la como a ousada filha do faraó que resgatou Moisés. Somente ela, dentre todas as demais mulheres da sua época, seria capaz de ir contra uma ordem do faraó, bem diante dele. Embora a data do seu nascimento seja desconhecida, sabe-se que Hatshepsut era bem mais velha do que o seu marido, Tutmose II, que morreu bem próximo dos seus 30 anos, em 1504aC. Ele devia estar na sua adolescência em 1526aC, data do nascimento de Moisés, que ocorreu sob o governo do pai de Hatshepsut, Tutmose I. Portanto, ela estava em condições da agir em favor de Moisés”.

Merrill ainda destaca a provável tensão no palácio entre Tutmose III e Moisés, protegido de Hatshepsut. “Tutmose III era de menor idade quando assumiu o poder em 1505aC e mais novo do que Moisés. Se Moisés foi filho de criação de Hatshepsut, há uma probabilidade de ele ter sido uma forte ameaça ao jovem Tutmose III. 

Hatshepsut não tinha filhos homens naturais. Isso significa que Moisés era um candidato a ser faraó, tendo apenas como obstáculo a sua origem semítica. Parece-nos que houve uma real animosidade entre Moisés e o faraó. Isso fica claro em virtude de Moisés ter sido forçado a fugir para salvar a vida após ter matado um egípcio. O facto de o próprio faraó ter considerado a questão, que noutra situação seria pouco relevante, sugere que esse faraó especificamente tinha interesses pessoais em se livrar de Moisés”, argumenta o historiador. Realmente, nada mais lógico para explicar a estranha atenção que o faraó deu a esse caso, que noutras situações seria considerado banal, e a sua atitude registada em Êxodo 2:15 : “Ouvindo, pois, o faraó este caso, procurou matar Moisés; mas Moisés fugiu diante da face do faraó, e habitou na terra de Mídia”.


Merrill complementa:”O exílio auto-imposto de Moisés ocorreu em 1486aC, quando ele tinha 40 anos de idade, conforme Actos 7:23. Tutmose III já estava no poder há 18 anos e a idosa Hatshepsut, que falecera 3 anos mais tarde, não tinha mais condições de interditar a vontade do seu enteado-sobrinho”. Segundo os resultados da ressonância magnética no corpo mumificado, a rainha provavelmente sofria de diabetes e a causa da sua morte teria sido o cancro.



A descoberta do corpo de Hatshepsut é realmente algo excepcional, antes inimaginável de se conseguir, já que, quando Tutmose III sucedeu a Hatshepsut em 1483aC, para tentar apagar a memória dele entre os egipcíos, não só matou em público todos os oficiais que a serviram como também mandou destruir todos os monumentos construídos em sua homenagem. Porém, quis Deus que o corpo da madrasta de Moisés, da mulher que, mesmo sem saber, foi o instrumento divino para preservar aquele que Deus escolhera para libertar o seu povo do jugo egípcio, fosse encontrado 3,5 mil anos depois.


A razão porque Moisés, depois de longos 40 anos de exílio, sentiu-se livre para retornar ao Egipto (seguindo a orientação divina) foi que Tutmose III já havia morrido. Ele faleceu em 1450aC, quando Moisés já estava com 76 anos de idade, sendo 36 deles em exílio. A morte de Tutmose III é mencionada em Êxodo 2:23 : “Decorridos muitos dias (ou seja, anos depois do casamento de Moisés e do nascimento do seu filho Gerson, narrados em Êxodo “: 16-22), morreu o rei do Egipto; os filhos de Israel gemiam sob a servidão, e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus”. Em Êxodo 4: 10, quando Deus chama Moisés a voltar ao Egipto, Ele afirma: “Vai, volta para o Egipto, porque todos os que buscavam a tua alma morreram”.


Tutmose III morreu em 1450aC e foi sucedido pelo seu filho Amenotepe II(1450-1425aC). Era esse Amenotepe que reinava na ocasião do êxodo do povo de Israel do Egipto”, afirma o professor Merrill.






O faraó do êxodo

“O relato bíblico requer um reinado de 40 anos para o faraó que perseguiu a vida de Moisés. O rei que morreu perto do fim dos anos de exílio de Moisés em Mídia era claramente o mesmo que o havia ameaçado quase 40 anos antes Ex. 2:23; 4:19). Ora, dentre todos os reis da 18º dinastia, somente Tutmose III teve um reino tão longo. Ele é o único governante, próximo do período durante o qual o êxodo poderia ter ocorrido, que reinou tanto tempo.


Com excepção de Ramsés II. Porém, Ramsés é geralmente associado ao faraó do êxodo, não ao faraó cuja morte possibilitou o retorno de Moisés ao Egipto, e o faraó anterior a Ramsés´não teve um reinado tão longo. E se Ramsés fosse o rei que forçou o exílio de Moisés, e não o do período em que ocorreu o êxodo, ainda há o problema de que 1236aC (data do seu falecimento) é uma data muito longe para ser satisfatória”, argumenta Merril com precisão.


Porém mais dois argumentos de Merril fecham a questão. “Amenotepe II morava em Menfis e, aparentemente, reinou daquele local por um bom tempo. Isso coloca-o em grande proximidade com a terra de Gósen, fazendo-o bastante acessível a Moisés e Arão. Em segundo lugar, as evidências sugerem que o governo de Amenotepe não passou para o seu filho mais velho, mas para o caçula Tutmose IV. Essa é uma informação subentendida na chamada “Estrela do Sonho” , que foi encontrada na base da Grande Esfinge de Mênfis. O texto, que regista um sonho no qual Tutmose IV recebeu a promessa de que um dia viria a ser rei, sugere que o seu reino sucedeu mediante uma imprevista mudança no destino, como a morte prematura do irmão mais velho, uma possível referência à décima praga, da matança dos primogénitos, conforme Êx. 12:29”, aerremata Merrill.









sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O que representa as cartas do baralho?

Origem

Acredita-se que o baralho de cartas tenha se originado na China e depois se espalhado para a Índia e a Pérsia. Da Pérsia, acredita-se que tenha se espalhado para o Egito durante o domínio mameluco e, de lá, para a Europa, através das Penínsulas Itálica e Ibérica, durante a segunda metade do século XIV. Assim, as cartas de baralho europeias parecem ter uma origem islâmica. Alguns dos primeiros baralhos sobreviventes eram obras de arte pintadas à mão, caras e acessíveis apenas a patronos ricos, como duques ou imperadores.



O Kuei T'ien Lu, um livro de anedotas escrito no século XI pelo historiador Ou-yang Hsiu, é citado como tendo situado a invenção das cartas de baralho em meados da dinastia Tang (618-906), ou seja, por volta da época em que os primeiros livros foram impressos, no século IX. No entanto, em referências antigas como esta, a palavra chinesa para cartas de baralho ( yeh tzu ) aparentemente implicava dominós ou cartas de dominó, que são os ancestrais do que hoje conhecemos como cartas de baralho.

Em termos mais gerais, Carter (1931, p. 183) escreve: " as cartas pertencem ao grupo de jogos que se espalhou por uma parte considerável da Ásia antes das Cruzadas ". Ele ainda escreve: " há pouca dúvida de que tanto as cartas de baralho quanto o dominó se originaram na China e que ambos os jogos foram influenciados por certas formas de adivinhação e sorteio, e possivelmente pelo papel-moeda. Há certas indicações de que o desenvolvimento das cartas de baralho ocorreu aproximadamente na mesma época da transição dos rolos de manuscritos para os livros paginados. À medida que o advento da imprensa tornou mais conveniente produzir e usar livros em formato de páginas, tornou-se mais fácil produzir cartas. Esses "dados-folha", como eram chamados, começaram a aparecer, de acordo com Ou-yang Hsiu (1007-1072), antes do fim da dinastia Tang e, se isso for verdade, foram uma das primeiras formas de impressão em bloco na China, assim como o foram posteriormente no Ocidente".

Com a dinastia Sung (960-1280), parece provável que a evolução desses “dados de folha” tenha assumido duas formas. Alguns continuaram a ser impressos em cartas, e estes se tornaram mais complexos, desenvolvendo diversas formas de figuras e desenhos convencionais — os ancestrais das cartas de baralho chinesas e europeias. Outros passaram a ser feitos em osso ou marfim e, como eram mais difíceis de produzir, permaneceram por algum tempo relativamente simples (dominós), mas posteriormente também desenvolveram formas mais complexas, uma das quais chegou ao mundo ocidental com o nome de mah-jongg. Carter (1931, p. 184)

A China emitia papel-moeda há mais de um século quando a cristandade viu seu primeiro papel. A China já utilizava papel-moeda há quatrocentos anos quando a impressão em blocos começou na Europa. O papel-moeda chinês ainda era emitido durante a vida de Gutenberg.  https://www.wopc.co.uk/the-history-of-playing-cards/early-history-of-playing-cards

A data mais antiga conhecida para cartas de baralho chinesas é uma entrada no "Liao shih" de T'o-t'o, uma história da dinastia Liao (907-1125) escrita no século XIV, que diz que o Imperador Mu-tsung jogava cartas na noite de Ano Novo.

Primeiras referencias europeias




As primeiras referências europeias a cartas de baralho datam da década de 1370 e vêm da Catalunha ( Espanha ), Florença, França , Siena, Viterbo ( Itália ), sul da Alemanha , Suíça e Brabante. A maioria delas se refere a uma "introdução recente". Não há cartas desse período inicial, mas as fontes indicam que as cartas eram pintadas "em ouro e em várias cores" ou "pintadas e douradas", o que sugere baralhos feitos à mão em diversos graus de qualidade e excelência.

O baralho de cartas parece ter sido conhecido, desde a primeira menção a ele, em sua forma completa. Acredita-se que os naipes e denominações das primeiras cartas sejam derivados de um arquétipo mameluco comum , ou talvez pré-mameluco.

Arquivos históricos de Barcelona, de 1380, mencionam um certo Roderic Borges, de Perpignan, e o descrevem como "pintor y naipero" (pintor e fabricante de cartas de baralho). Ele é o primeiro fabricante de cartas mencionado. Outros fabricantes de cartas mencionados em registros de guildas incluem Jaume Estalós (1420), Antoni Borges (1438), Bernat Soler (1443) e Joan Brunet (1443). As cartas eram produzidas por artesãos ou artistas, impressas a partir de xilogravuras, gravadas, "pintadas ou douradas".

As cartas mais antigas que sobreviveram datam do século XV, e a maioria delas era feita em papelão , fabricado com 3, 4 ou até 6 folhas de papel coladas. As cartas eram frequentemente muito maiores do que as atuais, e as imagens eram desenhadas à mão ou impressas em xilogravura ou em cobre. Nos primórdios, a atenção dos fabricantes era voltada para o design das faces, enquanto as faces eram lisas. A coloração era frequentemente feita com estênceis. Os sistemas de naipes variavam muito, e uma ampla gama de objetos do cotidiano era representada como símbolos de naipes... javalis, ursos, flores, falcões, cães de caça, leões, paus, copas, cibórios, lebres...

A mentalidade medieval se deleitava com o ornamentado e o colorido, e a arte da miniatura era muito admirada e praticada. Ocasionalmente, a carta de baralho se torna o foco de excelentes designs e obras de arte em miniatura. https://www.wopc.co.uk/the-history-of-playing-cards/



A palavra naip aparece no Llibre de Concordances , um dicionário de rimas catalãs compilado pelo poeta Jaume March em 1371, encomendado pelo Rei de Aragão, Pere IV. A palavra catalã ' naip ', que não tem outro significado além de 'carta de baralho', aparece na página 63, linha 1299, sugerindo que as cartas de baralho já eram conhecidas naquela época, no uso popular. Isso empurra a data de sua possível introdução para o final da década de 1360. O dicionário foi republicado em 1921 por Antoni Griera e também está disponível online: Diccionari de rims



Acima : manuscrito da Biblioteca Britânica Add MS 12228, data 1352-1362. Esta é a representação mais antiga conhecida de jogo de cartas, uma miniatura em um manuscrito do século XIV de Meliadus ou Guiron le Courtois (parte do romance também conhecido como Palamedes; também conhecido como Le Roman du Roy Meliadus de Lennoys), por Hélie de Boron. O manuscrito foi escrito com áreas deixadas em branco para miniaturas de base de página, como esta (p. 313v), a serem adicionadas. Centenas foram adicionadas a este manuscrito, em várias épocas e por vários artistas, esta provavelmente do final do século XIV. A imagem atual mostra o Rei Meliadus e seus seguidores se divertindo enquanto estavam em cativeiro. Os jogadores são mostrados segurando cartas de cantos quadrados em leque em suas mãos, escondidas da vista, e jogando cartas na mesa. Eles estão jogando um jogo de vazas de 4 mãos, seguindo o naipe e empilhando vazas transversalmente para facilitar a contagem. O baralho utiliza os símbolos latinos dos naipes (moedas e bastões são mostrados), e o jogo é disputado por dinheiro ou fichas, mostrados sobre a mesa. O jogo de cartas não é mencionado no texto, mas há menção aos homens presos se divertindo. Aparentemente, o artista simplesmente imaginou a cena como envolvendo o recém-introduzido e altamente portátil jogo de cartas. Veja f.313v: British Library Add MS 12228 






Evolução  e diversidade de Baralhos


A ideia de símbolos de naipes pode ter se originado com as cartas de "dinheiro" chinesas. Por que os países mudaram naipes, baralhos, tamanho das cartas e jogos à medida que incorporavam as cartas de baralho em suas próprias culturas?

A ideia dos símbolos dos naipes pode ter se originado com as cartas chinesas de "dinheiro". No entanto, os naipes que chegaram à Europa foram provavelmente uma adaptação das taças, espadas, moedas e tacos de polo islâmicos. Como os europeus não entendiam o que eram os tacos de polo, eles os renomearam como bastões, e eles se tornaram o que conhecemos hoje como os símbolos latinos dos naipes. Estes foram usados na Espanha, na Península Ibérica e na Itália até que os fabricantes de cartas franceses deram um golpe comercial brilhante ao inventar os símbolos franceses dos naipes, que são muito mais simples de reproduzir.

Enquanto isso, no final do século XV, as cartas de baralho se espalharam pela maior parte da Europa Ocidental. Os diversos contextos culturais e técnicas de impressão levaram a uma diversidade de tipos e estilos de cartas de baralho. Desenhos estereotipados peculiares a regiões específicas evoluíram e se tornaram padrões. Mas as combinações de hierarquia da corte e símbolos de naipe nem sempre eram estáveis ou uniformes. Em alguns casos, vemos reis montados a cavalo, em outros casos sentados em tronos. Alguns baralhos continham rainhas e atendentes, outros preferiam cavaleiros e soldados de infantaria. Alguns baralhos tinham trunfos adicionais ou cinco naipes. Em algumas regiões, os símbolos de naipe eram um tanto fluidos e incluíam objetos do cotidiano, animais, capacetes, equipamentos de caça ou flores. Os baralhos são conhecidos com símbolos de naipe como: rosas, coroas, moedas e anéis ou sinos, corações, folhas e bolotas.



Baralhos antigos


Baraja Morisca¹ ~ um sistema de naipes antigo

Este baralho de 48 cartas da era gótica está preservado no Museu Fournier em Vitoria-Gasteiz (Espanha). Foi originalmente classificado como italiano, mas essa identificação foi revisada para "provavelmente de origem catalã". A data estimada também foi reduzida para c. 1400-1420.

Estas são cartas de baralho populares e mais democráticas, em vez de cartas luxuosas pintadas à mão para a elite. Produzir cartas economicamente a partir de blocos de madeira é mais fácil quando os baralhos têm 40 ou 48 cartas (2 x 24) em vez de 52 cartas. É por isso que, após o início do século XV, os baralhos de naipes espanhóis geralmente eliminavam os 10s e tinham cartas de 1 a 9, além de três cartas da corte (10, 11 e 12).

As cartas eram coloridas por uma técnica conhecida como "a la morisca" , que envolvia mergulhar os dedos no pigmento. À medida que sua popularidade se espalhava, novos métodos de produção foram descobertos para produzir baralhos de cartas mais baratos.
As cartas apresentam evidências persistentes de um sistema de naipes derivado das antigas cartas árabes originárias do Sultanato Mameluco, que por sua vez se espalhou para várias partes da Europa durante o século XV. Parece que o formato original de 52 cartas foi ajustado para 48 cartas por razões práticas quando a xilogravura foi adotada para a produção em massa de cartas. O cavaleiro de espadas segura um escudo sarraceno de dois painéis, comum na Espanha ocupada pelos muçulmanos naquela época, com uma espécie de borla dupla feita de seda e penas. Assim, o artista copiava o que podia ver na vida real.


¹ Nota sobre o termo "morisca" : Os moriscos eram muçulmanos na Espanha que, após a Reconquista em 1492, foram obrigados a se converter ao cristianismo para permanecer no território. Eles eram chamados de "moriscos" para diferenciá-los de "moros", que se referia aos muçulmanos do Norte da África. Isso fazia parte de um esforço dos Reis Católicos e seus sucessores para unificar o país sob o cristianismo, especialmente após a queda de Granada em 1492.

Antes da Reconquista, os mouriscos, então simplesmente conhecidos como muçulmanos ou "andaluzes", faziam parte da sociedade islâmica multicultural em Al-Ándalus, governada por muçulmanos do século VIII ao XV. Muçulmanos, cristãos e judeus coexistiam. A maioria dos muçulmanos em Al-Ándalus eram agricultores, artesãos e comerciantes, e introduziram técnicas como sistemas de irrigação, rodas d'água e o cultivo de frutas e vegetais, como cítricos, arroz e cana-de-açúcar.
Acima : cartas de um baralho latino primitivo, possivelmente de fabricação catalã, datado por análise de papel como "início do século XV", o que o torna um dos mais antigos baralhos de cartas conhecidos. Há influências mouriscas em algumas das cartas: veja o escudo sarraceno de painel duplo no cavaleiro de espadas (fileira inferior). Como o baralho está incompleto, não é possível determinar se ele alguma vez continha 10s, mas acreditamos que teria sido um baralho de 48 cartas pelo motivo já mencionado. Verso liso, 95x65 mm.




As primeiras referências à proibição e posterior regulamentação dos jogos de cartas.

O dilema era que, embora o jogo tivesse sido inventado como recreação e passatempo sociável, o abuso levava à ociosidade, ao comportamento incivilizado ou a discussões violentas nas camadas mais baixas da sociedade. Portanto, os jogos de cartas precisavam ser regulamentados e controlados. A regulamentação dos jogos começou no direito romano, mas é na legislação medieval que encontramos jogos de azar (e jogos de azar) que eram frequentemente proibidos. No entanto, apesar disso, o baralho continuou a florescer na vida cotidiana da população local. Essa transgressão contínua e habitual era, sem dúvida, tolerada pelas autoridades locais. Em outras palavras, a lei era aplicada arbitrariamente, dependendo das circunstâncias do momento, das relações entre os oficiais de justiça e os jogadores de cartas, etc. Multas podiam ser aplicadas e suborno ou corrupção também desempenhavam um papel. Isso continuou e, com o tempo, decretos e leis mais rigorosos foram promulgados contra jogos de azar, e monopólios e licenças foram introduzidos para obter receitas do jogo e das indústrias de cartas de baralho. https://www.wopc.co.uk/the-history-of-playing-cards/early-history-of-playing-cards



1376 FLORENÇA, ITÁLIA Proibição

23 de maio. Um jogo chamado "naibbe" é proibido por decreto, com a implicação de que o jogo havia sido introduzido recentemente no país.

NOTA : Nas duas referências acima, a palavra naip ou naibbe é usada para cartas de baralho. Isso parece derivar do árabe na'ib (deputado, vice-rei, governador), que é uma figura da corte nas cartas mamelucas. No entanto, a palavra árabe para cartas de baralho é kanjifah , que está relacionada ao persa ganjiveh e ao indiano ganjifa . Isso apoia a crença de que, embora as cartas de baralho tenham se originado na China, elas se espalharam para a Índia e a Pérsia. Acredita-se que da Pérsia elas se espalharam para o Egito durante a era mameluca e de lá para a Europa através das penínsulas Itálica e Ibérica na segunda metade do século XIV. Para maiores detalhes acesse o link acima

















Paris, Nicaise Mouillet, 1719. Gravures sur bois, coloriées au pochoir, 8,5 x 5,5 cm (la carte)
BnF, Estampes et photographie, Rés. Kh-34b-Pet. fol.
Observe no lado de cada carta tem o nome do peronagem- Charles, Juditi, Lahire, Davi, Pallas, Hogier, Alexandre, Argine, Lancelot, Cezar, Rachel e Hector




copas Carlos Magno, Juditi, La hire
espadas Rei Davi, Pallas Atena, Hogier
paus ♣  Alexandre, Argine, Lancelot
ouros Cézar, Raquel e Heitor

Rei de Ouros - Júlio César, geralmente portando um machado que simboliza as legiões romanas;
Rei de Espadas - o rei israelita Davi;
Rei de Copas - o rei Carlos Magno;
Rei de Paus - Alexandre, o Grande;
Dama de Ouros - Raquel, esposa de Jacó;
Dama de Espadas - A deusa grega Atena;
Dama de Copas - Judite, personagem bíblica;
Dama de Paus - Argine (anagrama [palavra lida ao contrário] de Regina)  Regina= rainha em latim
Valete de Ouros - Heitor, Príncipe de Troia;
Valete de Espadas - Hogier, primo de Carlos Magno;
Valete de Copas - La Hire (Étienne de Vignolles);
Valete de Paus - Sir Lancelot.
Tem origem diabólica?
Um folheto diz:
“Então a cobiça, depois de haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. (Tiago Capítulo 1,15).As cartas foram criadas no ano de 1392, para uso pessoal do rei Carlos da França, quando este sofria debilidade mental.
O criador das cartas era um homem degenerado e mau, que escarnecia de Deus e de seus mandamentos. 

Para sua criação maligna ele escolheu figuras bíblicas: 
  • o rei representa o diabo, 
  • a dama representa Maria, a mãe do Senhor. Assim de modo blasfêmico, fez de nosso Senhor Jesus Cristo um filho de Satanás com Maria. 
  • Copas e ases representam o sangue de Jesus, 
  • o valete (resisto em escrevê-lo) o próprio Senhor. Paus e outros símbolos representam a perseguição e destruição de todos os santos.
  •  Seu desprezo pelos dez mandamentos foi expresso pelo número dez das suas cartas. Quem conhece esta origem diabólica do jogo de cartas, compreende também as conseqüências diabólicas.
Nenhum jogador de cartas lembra da realidade do diabo e dos demônios, que estão no fundo desse jogo.
Quem conhece a origem das cartas de jogar, também compreende porque com as cartas se relacionam práticas diabólicas como adivinhação, esconjuração, etc.
A Palavra de Deus nos proíbe tais práticas: “Não praticareis adivinhações nem a magia. Não dirijais aos adivinhos, (cartomantes) não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor Vosso Deus.” (Levitico 19, 25-31).
És inconseqüente? Esse é o mal dos nossos dias. Tu dizes que crês num poder superior. Então seja conseqüente! Se existe este poder superior, então Ele é um Deus, o Criador. Seu caráter é amor. Ele provou seu amor a ti e a mim, entregando seu Filho Unigênito, para vencer o inimigo que nos dominou. Esse inimigo é Satanás. Seja conseqüente e pensa sobre isso. Terás uma vez que responder diante de Deus à pergunta, o que fizeste com Jesus Cristo, seu dom inefável para ti? Seja conseqüente e lembra que também tens um inimigo, que quer destruir tua vida. “Ele anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. (Wim Malgo – Porto Alegre/ RS.)

Resposta:
O baralho NÃO TEM ORIGEM FRANCESA. Varia quanto a sua simbologia e número de cartas, o mais usado no Brasil é de origem Francesa:

Jogo de cartas apareceu pela primeira vez na Europa em 1370, provavelmente na Itália ou na Espanha e, certamente, como importações ou posses de comerciantes da dinastia mameluca (islâmica) centrado no Egito. Tal como os seus originais, os primeiros cartões europeus foram pintados à mão, tornando-os produtos de luxo para os ricos. O livro de contabilidade do rei Carlos VI de França (hoje perdido) disse ter notado um pagamento de 56 soles parisiens para Jacquemin Gringonneur para a pintura de um baralho de cartas "pour le divertissement du roy" ("para a diversão do rei") . O baralho espalhou gradualmente ao longo das rotas comerciais terrestres europeus durante o século 15 como um passatempo favorito das classes superiores..."  "playing card". Encyclopædia Britannica. Encyclopædia Britannica Online.
Encyclopædia Britannica Inc., 2015. Web. 23 Jan. 2015

<http://global.britannica.com/EBchecked/topic/464424/playing-card>.


Existem vários tipos de baralho veja :  http://pt.wikipedia.org/wiki/Naipe






suit




















terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Limites da Crítica Religiosa

A capa da próxima edição do 'Charlie Hebdo' terá charge do profeta Maomé segurando placa com os dizeres 'Eu sou Charlie' (Foto: Reprodução/ Twitter/ Libertation)
"tudo está perdoado", "eu sou Charlie"

O jornal Charlie Hebdo foi criado em 1992 pelo escritor e jornalista François Cavanna, morto em 29 de janeiro de 2014, aos 90 anos. O desenhista Charb assumiu a publicação, dando sequência à linha editorial considerada ofensiva pelos muçulmanos. A charge que teria originado os ataques desta semana mostra que o profeta Maomé seria morto por seus seguidores, caso voltasse à vida nos dias atuais

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940



Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

"Ultraje de qualquer coisa que serve na comunicação ou reverência do homem com a divindade. Constitui crime contra o sentimento religioso escarnecer publicamente de coisa utilizada no culto religioso."

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612290/artigo-208-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940



Para ser crime deve haver duas condições:

1- Ser objeto de culto
2- Ter a finalidade de vilipendiar

 “Ato de culto corresponde às cerimônias ou práticas religiosas, de que já tratamos (veja-se n.º 20). Objeto de culto é qualquer das coisas corporais inerentes ao serviço do culto, e não somente aquelas que são, em si mesmas, objeto de veneração religiosa (imagens, relíquias). Assim, são objetos que servem necessariamente à manifestação externa de culto (e, portanto, compreendidos no texto legal): altares, batistérios, oratórios (mesmo os particulares), água-benta, aspersórios, turìbulos, paramentos eclesiásticos, livros litúrgicos do templo, exemplar da Bíblia usado na igreja evangélica, púlpitos, etc. É preciso que tais objetos estejam consagrados ao culto: não serão especialmente protegidos quando, por exemplo, ainda expostos à venda numa casa comercial.” (Comentários ao código penal, volume VIII, 3ª edição revista e atualizada. HUNGRIA, Nelson, Revista Forense, fl. 74, grifo acrescentado).

“Nesta última modalidade, o crime configura-se com o vilipêndio público de ato ou objeto de culto religioso. Vilipendiar é considerar como vil, desprezar ou ultrajar injuriosamente. Como diz Maggiore, II, 81, vilipendiar é mais que ofender; mais que ultrajar; mais que injuriar ou difamar.” (Lições de direito penal , parte especial 2, 3ª edição. FRAGOSO, Heleno Cláudio. São Paulo, Bushatsky, 1977, capítulo 28, fl. 273, grifo acrescentado) 

“O tipo subjetivo é o dolo e exige que a ação desrespeitosa ou objetivamente ofensiva ao sentimento religioso, seja praticada com o fim de ultrajar e vilipendiar (dolo específico). O dolo envolve a consciência da natureza da cerimônia ou do objeto sobre o qual recai a ação.” (Lições de direito penal , parte especial 2, 3ª edição. FRAGOSO, Heleno Cláudio. São Paulo, Bushatsky, 1977, capítulo 28, fl. 274, grifo acrescentado) 


Exemplos:
A punibilidade somente se dá a título de dolo, que se especifica pelo fim de ofender o sentimento religioso. Sem tal fim, inexiste o elemento moral distintivo do crime. Tome-se o seguinte exemplo: os portadores de um andor, no curso de uma profissão, travam de razões por questão pessoal e causam a queda da imagem, que vai rolar no pó da via pública. Não se configura o crime. Figura-se outro caso: um devoto de Santo Antônio, não tendo obtido a graça perdida, injuria a imagem do santo ou desfere-lhe um bofetão. Inexiste, igualmente, o crime, pois o fim supersticioso não pode ser identificado com o de ofender o sentimento religioso”. (Comentários ao código penal, volume VIII, 3ª edição revista e atualizada. HUNGRIA, Nelson, Revista Forense, fl. 75, grifamos)




Estado Democrático de Direito- artigo 5º
 
IV (“é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”),
 VI (“é inviolável a liberdade de consciência e de crença”)
 VIII (“ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política...
IX (“é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”).





Representação de profetas em imagens é proibida para os muçulmanos??????


"Uma das principais questões levantadas após o atentado terrorista contra a sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris, na semana passada, foi sobre o uso da imagem do profeta Maomé. A religião islâmica proíbe imagens do profeta em geral ou foram as sátiras que despertaram a indignação dos muçulmanos?  Para ajudar a esclarecer essas dúvidas, o R7 conversou com o teólogo muçulmano brasileiro Sheik Jihad Hammadeh.Para nós muçulmanos, a idolatria de imagens e o desenho de seres humanos é proibida. Ainda mais quando retrata um profeta, qualquer que seja ele: Jesus, Maomé, Noé, Abraão, Moisés”, explica Hammadeh.— Os profetas devem ser figuras da imaginação das pessoas e não na realidade. Da mesma forma que não podemos desenhar a figura de Deus."  http://noticias.r7.com/internacional/representacao-de-profetas-em-imagens-e-proibida-para-os-muculmanos-entenda-13012015   acesso dia 13/01/2014


Representações humanas são permitidas entre os xiitas e

Maomé já foi representado varias vezes no passado


"Em artigo publicado no jornal francês "Le Monde", o jornalista Louis Imbert refuta a ideia de que o Alcorão proíba a representação de Maomé, como tem sido amplamente divulgado durante a cobertura do ataque ao "Charlie Hebdo". Exemplos históricos mostram como o Profeta tem, sim, sido representado em diversas épocas e lugares, embora com restrições surgidas ao longo do tempo.
O profeta Mamoé em ilustração de um manuscrito otomano do século XVII (Foto: Reprodução/ Biblioteca Nacional Francesa)
O profeta Maomé em ilustração de um manuscrito otomano do século XVII (Foto: Reprodução/ Biblioteca Nacional Francesa)
O Profeta sentado em um trono, cercado por anjos e por seus companheiros. Ilustração do Livro dos Reis do poeta persa Ferdowsi, provavelmente produzido em Shiraz, no início do século XIV. (Foto: Reprodução/Smtishonian Institution)
O Profeta sentado em um trono, cercado por anjos e por seus companheiros. Ilustração do Livro dos Reis do poeta persa Ferdowsi, provavelmente produzido em Shiraz, no início do século XIV. (Foto: Reprodução/Smtishonian Institution)
Miniatura de Rashid-al-Din Hamadani 's Jami al-Tawarikh , c. 1315 ,

representação de Maomé receber sua primeira revelação do anjo Gabriel.A partir do manuscrito Jami 'al-Tawarikh por Rashid-al-Din Hamadani, 1307, Ilkhanate período.






 imagem do profeta avançando sobre Meca Siyer-i Nebi , manuscrito otomano do século 16



vendida atualmente em todo o Irã, a adolescência do Profeta 
"O clero xiita tolera esses objetos de meditação, de devoção popular. No entanto, proíbem de orar na frente deles nas cinco orações diárias ou na de sexta-feira ", explica Sabrina Mervin especialista de xiismo contemporâneo


Entrada de Maomé em Meca e da destruição de ídolos. Muhammad é mostrado como uma chama neste manuscrito.
Encontrado em de BazilHamla-i Haydari , Kashmir de 1808.

“Isso faz com que, no século XIX, com algumas exceções wahhabitas [uma doutrina radical nascida no século XVIII, oficial no reino da Arábia Saudita], todos os teólogos aceitem a fotografia e o cinema. Eles apenas reproduzem o que Deus já criou”, explica Silvia Naef, professora do departamento de estudos árabes da universidade de Genebra.
As paredes do palácio dos califas omíadas de Damasco (661 – 750), as residências aristocráticas e os banheiros são ornamentados com cenas de caça, de figuras humanas e animais. Encontram-se em seguida numerosas representações humanas, assim como figuras sagradas e mesmo do Profeta são encontradas mais tarde na Índia do período mongol, no Império Otomano e na Pérsia, do século XIII ao XVIII. Elas figuram entre as crônicas, obras literárias, poesia, obras místicas..
Assim, no site do grande aiatolá Ali al-Sistani, a maior autoridade xiita no Iraque, aparece uma fatwa (decreto religioso) dizendo que o Profeta pode ser representado, mas não ofensivamente.
O mundo sunita, no entanto, mostra-se geralmente hostil à representação figurativa do seu Profeta. Assim, a primeira tentativa de representá-lo no cinema, nos anos 1920, no Egito, foi condenada pela mesquita Al-Azar. "Ela veio da tradição de não-representação do Profeta, e da questão: quem poderia representar o seu papel? ", disse Silvia Naef. O Rei Fouad I ameaçou revogar a cidadania do ator que fosse encarnar Maomé."