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terça-feira, 17 de março de 2015

Erros da Superinteressante- Bíblia Os fatos Históricos e os mitos pagãos por trás do Livro Sagrado-

Edição especial

# Dragões, monstros marinhos e sangue
- A história da Criação como você nunca viu
# A Arca antes de Noé
# De onde vieram os autores da Bíblia
# Os verdadeiros criadores do cristianismo
1- As narrativas do Gênesis não são totalmente originais: elas se inspiraram em mitos da mesopotâmia cheios de ação, sangue e monstros marinhos?
...Império Assírio... e Babilônico. ...acabaram conquistando Israel e judá (nessa ordem) e deportando parte de sua população para a própria mesopotâmia. Ou seja, foi mais uma oportunidade para que os israelitas conhecessem a fundo acultura de seus novos senhores.

 O consenso entre os estudiosos modernos da Bíblia é que o primeiro capítulo do Gênesis e um pedacinho do segundo foram escritos justamente durante a fase do exílio da Babilônia, ou seja,  depois de 587 a.C.,...

"Isso porque a narrativa da bíblia é um repeteco de suma série de temas das histórias da criação típicas da Mesopotâmia- só que sem pancadaria...

"o começo de Enuma Elish é muito similar...: antes da origem do Cosmos, águas primordiais cobrem tudo. E o deus criador também produz um vento impetuoso. Mas as semelhanças terminam aí"... o sopro de Marduk funciona como uma flecha ou lança que atravessa o corpo de Tiamat, que é justamente uma personificação desse oceano primordial"
"Quando a Bíblia diz que 'as trevas cobriam o abismo' , a última palavra em hebraico é tehom, que é basicamente o nome da 'dragoa' sem a terminação feminina- at."
"...a serpente que enganava Eva no Gênesis não passa de uma criatura de Deus, em vez de ser uma arqui-inimiga divina, como Tiamat. A idéia de que ela seria o diabo só apareceu mais tarde na tradição judaica"

Resposta:
  • O consenso entre os estudiosos é que o livro de Gênesis foi escrito milhares de anos antes de Cristo, a minoria dos estudiosos defende o ponto de vista apresentado pela revista
"A Bíblia judaica (ou Bíblia hebraica) trata das experiências religiosas da antiga nação de Israel. Foi escrita entre cerca de 1200 a.C. e 100 a.C., principalmente em hebraico. Ela contém 24 livros divididos em três seções: a Lei, os Profetas e os Escrito" Bíblia. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2014. Web, 2014. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/480783/Biblia>. Acesso em: 18 de dezembro de 2014.
  • O livro de Gênesis diz que depois da Criação do Cosmos havia águas primordiais e isso foi comprovado pela arqueologia, logo não existe mito algum.


"a CERCA DE 4,3 BILHOES DE ANOS...ASSIM O NOSSO PLANETA FOI RECOBERTO POR UMA CAPA RELATIVAMENTE DELGADA DE ÁGUA, CUJA ESPESSURA MÉDIA CHEGAVA A 4 KM. NESSA ÉPOCA OS CONTINENTES AINDA NÃO EXISTIAM" P. 3




a TERRA DE 4,3 Ba atrás estava totalmente envolta DE UMA CAMADA DE ÁGUA DE 4000 M DE ESPESSURA" P. 5  (A EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA E A FRAGILIDADE DA VIDA",EDITORA BLUCHER)

  • Enuma Elish fala que as águas deram início aos deuses e ao universo, mas a Bíblia diz que Deus criou o universo a partir do nada


"Quando não havia firmamento, nem terra, alturas, profundezas ou sequer nomes,
Quando o Apsu estava sozinho,

Ele, as águas doces, o iniciador da criação, e Tiamat, as águas salgadas, e útero do universo, quando não existiam os deuses....

Quando as águas doces e as salgadas estavam juntas, misturadas,

Os juncos não estavam trançados, ou galhos sujavam as águas,quando os deuses não tinham nome, natureza ou futuro, então a partir de Apsu e Tiamat, nas águas dele e dela, foram criados os deuses, e para dentro das águas precipitou-se a terra [lama],

Lahmu and Lahumu,eles foram então chamados; nem bem velhos, nem bem crescidos [eles eram]

quando Anshar e Kishar os dominou,

e as linhas do céu e da terra se expandiram para onde os horizontes se encontram para separar o que era nuvem do que era terra." http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/enelish.html
 Gn 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
2  A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
  • Deus na criação não assopra, o texto diz que O Espírito de Deus 'pairava' sobre as águas. O termo Espírito pode ser traduzido por vento, mas não tem sentido algum pelo contexto. Mas o termo "pairava" não tem a conotação de agressividade.  O Léxico de Strong diz
1) (Qal) ficar macio, relaxar
2) (Piel) pairar"    
  •   Tiamat é palavra feminina e designa apenas a água salgada, enquanto que tehon é masculino e designa toda a água. Além disso a narrativa babilônica não diferencia espírito e matéria, pois Apsu e Tiamat são a personificação das águas, como bem disse Merril F. Unger:
"Em Gênesis 1: 2 há "tehom", substantivo comum que não tem conotações mitológicas, mas descreve a vasta massa aquosa da qual as águas que estão acima do firmamento foram separadas no segundo dia, e da qual a terra seca emergiu no terceiro dia. Porem, enquanto que a palavra hebraica tehom representa toda a massa aquosa caótica, Tiamat representa apenas parte dela, sendo a outra parte representada por Apsu
Embora a Tiamat babilônica e a hebraica tehom sejam palavras cognatas, nas duas línguas semíticas. A última não é uma derivação da primeira, o que indicaria uma dependência da narrativa hebraica da babilônica. Como o indicam o gênero diferente das palavras, e outros fatores, é mais certo que ambas provenham de uma forma comum proto-semítica." (Arqueologia do Velho Testamento, 5ª impressão, p. 29, 2004)
Em suma:
As semelhanças desaparecem quando examinamos com cuidado as duas narrativas







2- A arca antes de Noé?
"...mas o mais provável é que a arca 'original ' tenha sido redonda. E com diâmetro bem maior que a altura. Praticamente uma bolacha recheada gigante...texto cuneiforme escrito por volta de 1700 a.C. que é uma das mais antigas versões da história do Dilúvio...são mais uma prova importante do fenômeno que a gente já encontrou na primeira reportagem desta revista:os autores da bíblia usaram temas e histórias que  circulavam a séculos pelas culturas do oriente médio como base de suas narrativas..." p.12


https://super.abril.com.br/historia/antes-de-noe-a-arca-era-redonda/


Resposta:
O texto mencionado não é o mais antigo, veja: (Arqueologia do Velho Testamento, 5ª impressão, 2004)
 "Narrativa Suméria do dilúvio:
A história do dilúvio era bem conhecida na Mesopotâmia, e gozava de grande popularidade, como o indicam as duas diferentes formas, quer sozinhas, quer ligadas a outras composições literárias que sobreviveram. “Pelo menos uma edificação suméria e quatro acádias (assírio-babilônicas) são-nos conhecidas, se incluirmos a narrativa grega de Berossus entre as últimas.’
A mais antiga versão do Dilúvio é a suméria. registrada no fragmento de uma placa descoberta na antiga Nipur, a meio caminho entre Quis e Churupaque. na Babilônia norte-central, data mais provavelmente, de antes de 2.000 A, C.. e é inscrita em ambos os lados, com três colunas de cada lado. A primeira coluna faia de uma destruição anterior da humanidade, e como a humanidade e os animais foram criados. A segunda coluna relata como uma divindade fundou cinco cidades, inclusive Eridu, Sipar e Churupaque, indicando para cada uma um deus tutelar, e estabelecendo canais de irrigação. A terceira coluna apresenta o Dilúvio, que fez a deusa Istar (Ninhursague) sofrer pelo seu povo. Naquela época, Ziusudra (Zíusudu) era rei-sacerdote. Mediante horríveis notícias do Dilúvio, Ziusudra fez um ídolo de madeira, representando a divindade principal, e adorava-o diariamente.



Narrativa Babilônica do dilúvio


Baseada na tradição suméria, sua antecessora, porém muito mais ampla, a versão babilônica do Dilúvio constitui o décimo-primeiro livro da famosa Epopéia assirio-habilônica de Gilgamesh.... (p. 46-47)A comparação entre as narrativas bíblica e babilônica, revela uma controvérsia diametralmente oposta entre as formas e dimensões da embarcação. A arca era uma construçãode fundo chato, retangular; “de trezentos côvados será o comprimento, de cinquenta a largura, e a altura, de trinta” (Gênesis 6: 15). O cúbito ou côvado mencionado, é provavelmente a medida hebraica de cerca de 50 centimetros (a distância aproximada entre a ponta do dedo médio e o colovelo). Por esses cálculos, a arca tinha 150 metros de comprimento. 25 de largura, e 15 de altura, deslocando cerca de 43.300 toneladas.
O navio de Utnapistim, por outro lado. era uma construção cúbica, medindo a largura. comprimento e altura, 120 côvados. Visto que a unidade de medida era o côvado babilônico, maior (mais de cincoenta centimetros). o navio deslocava cerca de 228.500 toneladas, cerca de cinco vezes mais do que a arca. Mais do que isso, tinha sete andares e era dividido verticalmente em (nove) partes, contendo assim sessenta e três compartimentos. Tinha também uma porta (portão) e pelo menos uma janela.
A. arca, pelo contrário, só tinha três andares, e consistia de um número não especificado de compartimentos (em hebraico, “nests”) ou celas (Gênesis 6: 14). Tinha uma porta ao lado (Gênesis 6: 16). e uma "janela” (do hebraico, hallon, Gênesis 8:6) para iluminação e ventilação, o que é evidentemente uma parte da abertura maior mencionada em Gênesis 6: 16, ai chamada sohar. Este último termo dificilmente pode ser uma referência ao “teto” do navio, mas uma abertura para iluminação e ventilação, construída nos lados, rodeando toda a arca." (p. 57-58)



Livro Arqueologia bíblica-CPAD. Randall  Price diz:


"Desde a descoberta dos textos mesopotâmicos, questões têm sido levantadas a respeito da origem destas histórias que são semelhantes àquelas encontradas na Bíblia. Três possíveis respostas têm sido oferecidas pelos eruditos: 
1) Elas foram relatos israelitas originalmente, que foram tomados como empréstimo e adaptados à religião e cultura mesopotâmicas; 
2) Elas foram originalmente histórias mesopotâmicas, que foram tomadas como empréstimo pelos israelitas
para atender aos seus propósitos religiosos; 
3) Tanto os relatos mesopotâmicos como os israelitas (bíblicos) vieram de uma fonte antiga em comum.
Concernente à primeira opção, até onde se sabe, os relatos bíblicos não foram escritos até o tempo de Moisés no século XV a.C. Parece improvável, então, que as histórias mesopotâmicas mais velhas (século XVII a XVIII a.C.) fossem derivadas do relato israelita. Quanto à segunda opção, é possível que
... As muitas diferenças significativas e omissões entre os relatos podem tornar improvável que tanto os autores mesopotâmicos como os bíblicos têm tomado emprestado um do outro."


para maiores detalhes ver:
http://mitoemitologia.blogspot.com.br/2016/08/mitologia-assiro-babilonica.html

3- Anacronismos na história dos patriarcas? 


"a saga dos patriarcas está cheia de anacronismos, ou seja, de características que não se casam com a época que deveria ser o cenário real da vida de Abraão e seus descendentes...o maior de todos esses anacronismos é um fato crucial sobre essa fase da historia do Oriente médio que nunca é mencionado na bíblia: durante quase mil anos,a Terra prometida de Canaã foi praticamente uma colônia do Egito, subordinada aos faraós" ...teria sido escrita entre 600 a.C. no reino de Judá(p. 16)

"os textos do livro de Gênesis apresentam nossos heróis viajando de lá para cá em caravanas que incluem camelos- mas esses bichos só passaram a ser domesticados em larga escala bem mais tarde... em torno de 1200 a.C.." (p. 18)

"outra escorregada: as histórias citam a presença de um povo chamado filisteus, ...descendem provavelmente de imigrantes da ilha de Creta, na Grécia, que na verdade só chegaram na palestina...no fim da Idade do Bronze (p. 18)



Resposta:

Mapa da extensão territorial máxima do Antigo Egito (século XV a.C.).



Egypt, ancient: ancient Egyptian empire during the rule of Thutmost III
1- Não é verdade que os Egípcios reinaram por quase mil anos sobre a palestina. Eles reinaram durante o Novo Império, ou seja, após o êxodo [cerca de 1447 a.C.] e por pouco tempo e além disso as áreas que foram conquistadas tiveram seus governantes locais no poder:
O Império Egípcio pode ser dividido em 3 fases:
Antigo Império (3200-2000 a.C.)-nessa época se deu a conclusão da unificação do reino do norte e o reino do sul  do Egito.A apartir de 2350 a.C a autoridade de Faraó enfraquece pela ação dos nomarcas, apoiados pela nobreza



Médio Império (2000-1580 a.C.)-


  • "O poder do faraó foi restaurado por governantes do Alto Egito. Desta vez o centro administrativo se estabeleceu em Tebas...seguiu-se uma longo período de relativa prosperidade que durou cerca de 400 anos, até a invasão dos hicsos...subjugou o Egito por quase 200 anos. Nesse mesmo período, os hebreus também se instalaram na terra de faraó" (História, Editora Ática, livro do professor,1ª edição 7ª impressão,p.20, 2002)
  • "os exércitos hicsos dominaram a região norte do Egito, no delta do Nilo, lá permanecendo por cerca de 170 anos e fixando a capital em Ávaris. (História Geral, Editora Saraiva, 4ª edição p. 26, 1968)
Novo Império (1580-1085 a.C.)
  • "mais uma vez a nobreza tebana conseguiu restaurar a unidade política  do Egito, expulsando os hicsos. Teve início o Novo Império caracterizado pela expansão militar do Egito. Utilizando táticas militares aprendidas com os hicsos(carros de combate puxados a cavalo) os faraós organizaram poderosos exércitos e invadiram a Ásia, conquistando a Síria e a Palestina" (História Geral, Editora Saraiva, 4ª edição p. 26, 1968)
  • "As áreas conquistadas eram transformadas em uma espécie de protetorado: os governos locais eram mantidos no poder, sob o controle de um representante de Faraó"
  • "Amosis I (1551-1526 a.C.) completou o trabalho de seu irmão mais velho o rei Kamose, tirando os governadores hicsos do Egito, e no processo invadiu a Palestina....Tutmés I  (1505-1493 a.C.) alcançou o rio Eufrates ao norte da Siria ...Tutmos III... conduziu ao menos 16 campanhas na Ásia Ocidental, tornando a Síria-Palestina em província do Egito" (Enciclopédia da bíblia, volume 2 , Editora Cultura Cristã, p. 317, 2008)
  • "a partir do séc. XII a. C., teve início um período de enfraquecimento do poder dos Faráos, ocasionado por disputas internas. Desestabilizado o poder central, o Egito sofreu sucessivas invasões, culminando com a conquista do Império pelos Assírios, em 671 a.C." (História, Editora Ática, livro do professor,1ª edição 7ª impressão,p.20, 2002)
  • Por volta do século XV a.C. a Palestina foi conquistada pelos egípcios, sob o poder de Tutmósis III, e politicamente dividida em cidades-estado. Escapando das mãos do Egito no fim da XVIII dinastia, foi resgatada pelo faraó Seti I e depois por Ramsés II. Logo depois esse povo perdeu seu vigor e a região foi sendo dominada pelos Povos do Mar, nos últimos momentos do século XIII a.C. Destes povos se destacam os filisteus, que se estabelecem principalmente no sudoeste, instituindo neste local vários reinos, entre eles Gaza, Asdod, Ascalão, Gat e Ekron. Ao mesmo tempo os hebreus, comandados por Josué, também alcançam estas terras, disputando com os filisteus a posse da Palestina. http://www.infoescola.com/historia/palestina/




2- O fato da bíblia não afirmar o domínio temporário da palestina pelo Egito não implica que a bíblia negou este poderio, este é o antiga falácia do argumento do silêncio. O fato dos antigos governantes serem mantidos dispensaria qualquer menção do domínio Egípcio.



3-  O fator Geográfico pode ter sido determinante:
"Também há a possibilidade de que os hebreus não tenham  mencionado os egípcios pelo fato de não ter havido contato entre os dois povos. Os egípcios eram mais ativos ao ongo da planície da costa do Mediterrâneo, onde os hebreus raras vezes chegaram a possuir algum trecho. Primariamente, os hebreus ocupavam as colinas da Judéia, da Samaria e da Galiléia (Merece confiança o Antigo Testamento, ditora Vida Nova, p.151, 2004)





4- Os camelos já eram domesticados na época dos patriarcas 
"Camelo (género Camelus ), qualquer uma das duas espécies de grandes ruminantes com cascos mamíferos da África e da Ásia árido conhecidos por sua capacidade de ir por longos períodos sem beber. OCamelo árabe , ou dromedário (Camelus dromedarius ), tem uma corcunda de volta; o Camelo bactriano ( C. bactrianus ) tem dois.
Estes "navios do deserto" têm sido muito valorizados como embalagem ou os animais de sela, e eles também são exploradas para o leite, a carne, lã e peles. O dromedário foi domesticado cerca 2000-1300 aC , na Arábia, o camelo bactriano por 2.500 a.C no norte do Irã e do nordeste do Afeganistão. A maioria dos 13 milhões de dromedários domesticados de hoje são ..."  http://global.britannica.com/EBchecked/topic/90756/camel
“Com freqüência tem sido afirmado que a menção a camelos e sua utilização é um anacronismo no livro de Gênesis. Tal acusação simplesmente não esta ao lado da verdade, visto que existem evidências tanto filológicas quanto arqueológicas no tocante ao conhecimento e à utilização desse animal nos começos do segundo milênio a.C., e mesmo antes”. Prosseguiu ele em sua explanação: “Apesar de uma possível referência a camelos, em uma lista de rações de Alalakh (cerca do século 18 a.C.), ter sido disputada, as grandes listas léxicas mesopotâmicas, que se originaram no antigo período babilônico, mostram que o camelo era conhecido desde cerca de 2000 — 1700 a.C., incluindo sua domesticação. Outrossim, um texto sumério de Nipur, pertencente ao mesmo antigo período, fornece-nos uma clara evidência da domesticação do camelo nesse tempo, através de suas alusões a leite de camela. Ossos desse animal têm sido encontrados nas ruínas de casas em Mari, pertencente ao período anterior ao rei Sargão – séculos 25 e 24 a.C. Essas e uma grande variedade de evidências não podem ser descartadas levianamente. Quanto aos começos e aos meados do segundo milênio a.C., um uso limitado do camelo é pressuposto tanto por evidências bíblicas quanto evidências externas, até o século 12 a.C.”. (Evidências que Exigem um Veredicto. Josh Mcdowell. Vol. 2. Editora Candeia.)
5- Existem abundantes provas que os Patriarcas viveram sim no segundo milênio antes de Cristo e não no primeiro milênio:

  •  "os arquivos de Ebla se referem a todas as cinco cidades da planície, e um tablete relacionadas  cidades numa seqüência idêntica a de Gênesis. O ambiente descrito nos tabletes reflete a cultura do período patriarcal e descreve que, antes da catástrofe registrada em Gênesis 14, a área era uma região florescente, que experimentava prosperidade e progresso, o que também está registrado em Gênesis.
O egitologista britânico Kenneth Kitchen sugere um número de outras comparações sociais do registro arqueológico que oferecem correlação com uma data no segundo milênio. 
  •  o preço de escravos em siclos de prata (como com José, Gn 37.28), a forma específica de tratados e alianças (Gn capítulos 21, 26, 31), condições geopolíticas (Gn 14), e referências ao Egito (Gn capítulos 12,45-47).
 Exemplos adicionais propostos por eruditos incluem:
  • a domesticação de camelos (Gn 12.16), que foi atestada em textos até anteriores aos patriarcas,
  •  a adoção de filhos através de substituição (Gn 12.16), testemunhadas por contratos de casamento na antiga Assíria (século XIX a.C.), no Código de Hamurábi e em Nuzi, da lei mesopotâmica garantindo os direitos de herança de um filho adotado (assim como Eliézer em Gn 15.2-4).
  • Em cada um desses textos, a informação arqueológica parece concordar exatamente com a nossa informação das condições naquela época. Por isso, de acordo com a mudança dos costumes sociais refletida por essas leis, somente o contexto do segundo milênio vai encaixar-se no tipo de prática de herança dos patriarcas.
  • ...os nomes dos patriarcas num ambiente cultural, descobriremos que eles são mais proeminentes no grupo lingüístico semita do noroeste da população amorita do início do segundo milênio a.C. (como Mari), e exemplos do terceiro milênio também têm sido atestados em Ebla. Nomes com um prefixo i/y, como Yitzchak (“Isaque”), Ydakov (“Jacó), Yoseph (José) e Ysbmael (“Ismael”), pertencem a este tipo de nome, e a freqüência com que aparecem diminui significativamente no primeiro milênio e daí em diante.
  • Forte AbraoConstruída no Neguebe por Davi ou Salomão no começo do século X a. C. como parte de uma linha de defesa contra os egípcios, o nome do lugar é listado num texto em hieróglifo sobre o relevo da parede no templo de Amon, em Carnaque (Luxor, Egito). O nome deste lugar é “O Forte de Abrão” ou “Cidade Fortificada de Abrao”. Yohanan Aharoni acreditava que “forte Abrao” era o termo usado pelos egípcios para a cidade israelita de Berseba. Isso porque na lista egípcia das cidades do Neguebe, Berseba não é mencionada, todavia era um lugar proeminente durante aquele tempo. A explicação mais plausível para isso é que o novo lugar de defesa em Berseba tinha recebido o nome de Abrão porque ele foi o fundador original da cidade (Gn 21.22,23). Como Ronald Hendel explica: “Quando o governo levanta fortificações, é natural chamá-las pelos nomes de ilustres heróis locais ou nacionais. Abrão, com a fama bíblica, certamente preenche os requisitos”. (Arqueologia bíblica- Randall  Price, CPAD edições)
  • "os ancestrais de Israel vieram da Mesopotâmia. Com esse fato concordam as descobertas arqueológicas. Albright afirma que "não é razoável duvidar da tradição hebraica, que identifica 
    os patriarcas diretamente com o vale Balikh, no noroeste da Mesopotâmia". As provas baseiam-se na  coincidência de dados bíblicos e arqueológicos, que identificam a mobilização dessas pessoas para fora da  Mesopotâmia. 
  •  Na genealogia de Esaú, mencionam-se os horeus (Gênesis 36:20). Outrora chegou-se a pensar que essas pessoas fossem "moradores de cavernas" devido à semelhança entre a palavra "horeu" e a palavra hebraica para "caverna" — daí a ideia de que morassem em cavernas. Hoje, no entanto, as descobertas têm revelado que os horeus constituíam um proeminente grupo de guerreiros que viviam no Oriente Próximo, à época patriarcal. (Evidência que exige um veredito- vol. 1, Candeia.)

6- A simples ausência de evidência, não implica em necessariamente em evidência da ausência.
"Esta não é a primeira vez que os críticos chegaram a falsas conclusões pela falta de conhecimento histórico desse período. Sodoma e Gomorra são exemplos de cidades que a bíblia menciona e que eram consideradas não históricas. Quando as tábuas de Ebla foram descobertas, a acusação de aquelas cidades eram um mito foi então descartada. Aquelas tábuas tinham referências às duas cidades...Simplesmente porque não temos evidências de fontes extra-bíblicas quanto a existência dos filisteus em datas anteriores, não significa que eles não tenham existido...'"(Manual Popular de Enigmas, dúvidas e contradições da bíblia, Mundo Cristão, 2001,p. 55 )
 "Entretanto , não se pode concluir, a partir desse mero fato de que as referências mias antigas aos filisteus nos registros egípcios (que datam mais ou menos de 1190 a.C) constituem prova objetiva  que jamais houve imigrantes filisteus de Creta, na Palestina, em algum tempo antes dessa data; tal conclusão seria violação irresponsável de lógica" (Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, p. 102, Editora Vida, 1998) 
"Mas o fato que atacantes filisteus tivessem sido repelidos por Ramsés III, recuando depois para o litoral da Palestina, não constitui nenhuma prova de que não tivesse havido filisteus ali antes daquela época." (Merece Confiança o Antigo Testamento?, Editora Vida Nova, p. 202)
  • Até a Enciclopédia Britânica que em edições anteriores afirmava ser a citação de filisteus um anacronismo da época de Abraão não o faz agora:
"Filisteus, um de um povo de origem Egéia que se instalaram na costa sul da Palestina no 12º século a.C., perto da época da chegada dos israelitas. Segundo a tradição bíblica (Deuteronômio 2:23; Jeremias 47: 4), os filisteus são  de Caftor (possivelmente Creta). Eles são mencionados nos registros egípcios como prst, um dos povos do mar que invadiram o Egito em cerca de 1190 aC, depois de devastar Anatolia, Chipre e Síria. Depois de ser repelido pelos egípcios, eles ocuparam a planície costeira da Palestina de Jope (moderna Tel Aviv-Yafo) em direção ao sul para a Faixa de Gaza. A área continha os cinco cidades (o Pentápolis) da confederação filisteu (Gaza, Ashkelon [Ascalon], Ashdod, Gate, e Ekron) e era conhecido como Philistia, ou a terra dos filisteus. Foi a partir dessa designação que todo o país foi mais tarde chamado Palestina pelos gregos.
Os filisteus se expandiram para áreas vizinhas e logo entraram em conflito com os israelitas, uma luta representado pela saga de Sansão (Juízes 13-16) no Antigo Testamento. Com os braços superiores e organização militar, os filisteus foram capazes (c. 1050) a ocupar uma parte da região montanhosa da Judéia. Eles foram finalmente derrotados pelo rei israelita David (século 10), e, posteriormente, sua história era a de cidades individuais em vez de um povo. Após a divisão de Judá e Israel (século 10), os filisteus recuperaram a sua independência e muitas vezes envolvido em batalhas de fronteira com estes reinos."
Gênesis 26:1  Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida nos dias de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque, rei dos filisteusGênesis 26:8  Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher.Gênesis 26:14  possuía ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe tinham inveja.Gênesis 26:18  E tornou Isaque a abrir os poços que se cavaram nos dias de Abraão, seu pai (porque os filisteusos haviam entulhado depois da morte de Abraão), e lhes deu os mesmos nomes que já seu pai lhes havia posto.

  • Existiram pelo menos dois grupos de filisteus: Os filisteus são descendentes de Misraim, de quem também descende Caftor (os Caftorimitas-habitantes de Kaptara ou Caftor [Creta] e Casluim. Ambos são relacionados aos filisteus e não somente Creta como diz a revista Superinteressante
"Os filisteus saíram de Casluim, do filho de Mizraim (Egito), filho de Cam (Gn 10:14; 1 Cr 1:12). Quando apareceram posteriormente para fazer frente aos israelitas, tinham vindo de Caftor (q.v; Am 9:7) (Novo Dicionário da Bíblia- Edição em um volume,Vida Nova, p. 628)
Gênesis 10:14  a Patrusim, a Casluim (donde saíram os filisteus) e a Caftorim [Creta]1 Crônicas 1:12  a Patrusim, a Casluim (de quem descendem os filisteus) e a Caftorim [Creta].
Amós 9:7  Não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? —diz o SENHOR. Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e de Caftor, os filisteus, e de Quir, os siros?
 Jeremias 47:4  por causa do dia que vem para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o resto que os socorra; porque o SENHOR destruirá os filisteus, o resto de Caftor da terra do mar]

  • São citados como sinônimo de quereítas ou queretitas (Creta)
Sofonias 2:5  Ai dos que habitam no litoral, do povo dos quereítas! A palavra do SENHOR será contra vós outros, ó Canaã, terra dos filisteus, e eu vos farei destruir, até que não haja um morador sequer.
1 Samuel 30:14  Nós demos com ímpeto contra o lado sul dos queretitas <03774>, contra o território de Judá e contra o lado sul de Calebe e pusemos fogo em Ziclague.
Ezequiel 25:16  assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estendo a mão contra os filisteus, e eliminarei os queretitas <03774>, e farei perecer o resto da costa do mar.


03774 ytrk K@rethiy


 Queretitas ou quereítas =" verdugos" 1) um grupo de soldados mercenários estrangeiros que atuavam como guarda-costas do rei Davi; também verdugos 2) cretenses ou proto-filisteus (em geral)  (Léxico de Strong) 
  • "ou isto indica  uma época anterior ao seu estabelecimento em Creta, donde invadiram a Palestina (Gênesis-Introdução e Comentário, 1991,Vida Nova, p. 101)
  • "Os filisteus saíram de Casluim, do filho de Mizraim (Egito), filho de Cam (Gn 10:14; 1 Cr 1:12). Quando apareceram posteriormente para fazer frente aos israelitas, tinham vindo de Caftor (q.v; Am 9:7) (Novo Dicionário da Bíblia- Edição em um volume,Vida Nova, p. 628)

http://www.criacionismo.com.br/2015/01/o-exodo-na-mira-da-imprensa-e-do-cinema.html
http://www.cacp.org.br/e-a-biblia-tinha-razao/





4- Narrativas duplicadas?


"E ainda há a esquisitice das narrativas duplicadas, que ás vezes fazem com que a leitrua do Gênesis parecça uma sequência de déjà-vus. Abraão, por exemplo, mais de uma vez se refugia nas terras de um rei poderoso; sabendo que Sara sua mulher, é muito bonita, pede para que finja que eles são irmãos, porque não quer que o rei o mate para ficar com ela. Invariavelmente, o rei percebe o truque, fica fulo da vida e manda Abraão embora. A mesmíssima coisa acontece com Isaac e sua mulher Rebeca. Quais as chances de um episódio tão estranho acontecer mais de uma vez com um pai e um filho? Isso levou os especialistas a postular que, na verdade, estaríamos lendo várias versões diferentes de um mesmo evento lendário, atribuído ora a um patriarca, ora a outro." (p. 18)
Beni hassan- cena de semitas indo ao Egito



Resposta:


Para aceitarmos que as narrativas são duplicadas "devem-se fazer várias suposições básicas:
  • que os filhos nunca seguem o mau exemplo dos pais,
  • que os costumes sexuais de Gerar haviam mudado para melhor na época de Isaque,
  • que as dinastias dos filisteus nunca passavam o mesmo nome de um governante a outro (i.e, Abimeleque I, Abimeleque II
  • e assim por diante), embora no Egito na 12ª dinastia praticasse exatamente a mesma coisa (Amenemhat I, II, III)..... "(Novas Evidênicas que demandam um veredito, Editora Hagnos, p.884, 2013)
Devemos notar também que, o texto claramente distingue as narrativas
  •  Uma narrativa diz que Abrão foi ao Egito por causa de uma fome.
  • A outra narrativa de Abrão se passa em Gerar.
  • Uma fala de Faráo.
  • A outra fala de Abimeleque
  • A narrativa de Isaque diz que ele não foi ao Egito
  • A narrativa de Isaque diz que houve outra fome como na época de seu pai Abraão
Quanto a questão da intenção de se procurar comida no Egito, mencionado em 2 narrativas, a própria revista reconhece que era comum esta prática:
"Muitos relatos egípcios falam de grupos nômades ou  mesmo de moradores de cidades que pediam asilo no Egito nessas de vagas magras. Por volta de 1800 a.C., esse processo se tornou tão comum que saiu do controle: tantos cananeus emigraram para o delta do Nilo (região costeira do Egito) que a região virou um principado independente" (p. 19)

Gn 12:10 ¶ Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra.
11  Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência;
12  os egípcios, quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão, deixando-te com vida.
13  Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.
14 ¶ Tendo Abrão entrado no Egito, viram os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa.
15  Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.
16  Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos.
17  Porém o SENHOR puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18  Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher?
19  E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te.
20  E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, a sua mulher e a tudo que possuía.



Gn 13:1 ¶ Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele.


Gênesis 13:18  E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR.
Gênesis 14:13  Porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; este habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e de Aner, os quais eram aliados de Abrão.
Gênesis 18:1  Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.

Gn 20:1 ¶ Partindo Abraão dali para a terra do Neguebe, habitou entre Cades e Sur e morou em Gerar.
2  Disse Abraão de Sara, sua mulher: Ela é minha irmã; assim, pois, Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscá-la.
3 ¶ Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite e lhe disse: Vais ser punido de morte por causa da mulher que tomaste, porque ela tem marido.
4  Ora, Abimeleque ainda não a havia possuído; por isso, disse: Senhor, matarás até uma nação inocente?
5  Não foi ele mesmo que me disse: É minha irmã? E ela também me disse: Ele é meu irmão. Com sinceridade de coração e na minha inocência, foi que eu fiz isso.
6  Respondeu-lhe Deus em sonho: Bem sei que com sinceridade de coração fizeste isso; daí o ter impedido eu de pecares contra mim e não te permiti que a tocasses.
7  Agora, pois, restitui a mulher a seu marido, pois ele é profeta e intercederá por ti, e viverás; se, porém, não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu.
8 ¶ Levantou-se Abimeleque de madrugada, e chamou todos os seus servos, e lhes contou todas essas coisas; e os homens ficaram muito atemorizados.
9  Então, chamou Abimeleque a Abraão e lhe disse: Que é isso que nos fizeste? Em que pequei eu contra ti, para trazeres tamanho pecado sobre mim e sobre o meu reino? Tu me fizeste o que não se deve fazer.
10  Disse mais Abimeleque a Abraão: Que estavas pensando para fazeres tal coisa?
11  Respondeu Abraão: Eu dizia comigo mesmo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por causa de minha mulher.
12  Por outro lado, ela, de fato, é também minha irmã, filha de meu pai e não de minha mãe; e veio a ser minha mulher.
13  Quando Deus me fez andar errante da casa de meu pai, eu disse a ela: Este favor me farás: em todo lugar em que entrarmos, dirás a meu respeito: Ele é meu irmão.
14 ¶ Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e servos e servas e os deu a Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua mulher.
15  Disse Abimeleque: A minha terra está diante de ti; habita onde melhor te parecer.
16  E a Sara disse: Dei mil siclos de prata a teu irmão; será isto compensação por tudo quanto se deu contigo; e perante todos estás justificada.
17  E, orando Abraão, sarou Deus Abimeleque, sua mulher e suas servas, de sorte que elas pudessem ter filhos;
18  porque o SENHOR havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão.







Gn 26:1 ¶ Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida nos dias de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque, rei dos filisteus.
2 Apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Fica na terra que eu te disser;
3 habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai.
4 Multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas estas terras. Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra;
5 porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 ¶ Isaque, pois, ficou em Gerar.
7 Perguntando-lhe os homens daquele lugar a respeito de sua mulher, disse: É minha irmã; pois temia dizer: É minha mulher; para que, dizia ele consigo, os homens do lugar não me matem por amor de Rebeca, porque era formosa de aparência.
8 Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher.
9 Então, Abimeleque chamou a Isaque e lhe disse: É evidente que ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: para que eu não morra por causa dela.
10 Disse Abimeleque: Que é isso que nos fizeste? Facilmente algum do povo teria abusado de tua mulher, e tu, atraído sobre nós grave delito.
11 E deu esta ordem a todo o povo: Qualquer que tocar a este homem ou à sua mulher certamente morrerá.





5-Exodo


"Não existe  nenhuma inscrição egípcia mencionando o profeta israelita Moisés- fato que por si só não surpreende. Impérios poderosos da Antiguidade não gostavam de eternizar suas derrotas em monumentos de pedra...o grande problema é que além  da ausência previsível de relatos  do Egito, também não existe nenhum outro sinal concreto de que algo parecido com o Êxodo da Bíblia tenha ocorrido- fora a narrativa das Escrituras, claro. (P. 22)

"...é cada vez mais comum o reconhecimento de que a maior parte do povo de Israel, ou talvez a totalidade dele, não teria surgido a partir de fugitivos do Egito, mas teria origem na própria terra de Canaã e seus arredores. Ou seja, em vez de serem invasores que exterminaram os cananeus e implantaram uma sociedade nova na palestina, como afirmava o livro bíblico de Josué, os israelitas estariam mais para cananeus vira-casaca, que teriam assumido uma nova identidade cultural, por motivos que ainda não são muito claros.""(p. 22)

'"...o povo de Israel é finalmente notado na arena internacional do Oriente Médio? A data mágica fica entre os anos 1208- 1203 a.C., na fase final do reinado de Faraó Merneptah, filho do famos Ramsés II...'Os principes estão todos prostrados,, gritando , paz. Ninguém ousa erguer a cabeça entre os Nove Arcos [os inimigos do Egito]/ Canaã foi tomada por todos os males/Ascalon foi vencida/Gezer capturada/ Israel está devastado, sua semente não existe mais'... Não sabemos se Merneptah realmente lutou com esses protoisraelitas e os derrotou. (p. 22)



"num total estimado de 2 milhões de pessoas...seria de esperar que houvesse indícios arqueológicos da passagem deles pela península do Sinai 'Mesmo os beduínos, que vivem em número bem menor no deserto, deixam este tipo de rastro' afirma Israel Finkelstein, arqueólogo da Universidade Tel-Aviv. Infelizmente, não há nem sinal da passagem da 'geração do deserto' israelita pela  região" (p. 23)


Resposta:

  • "Ausência de Evidência é evidência da ausência"
  • O fato de não se ter encontrado, ainda, evidências do Êxodo, não quer dizer que não podem ser encontradas, afinal a arqueologia é ainda recente. 
  • A história nos mostra que este tipo de raciocínio foi aplicado em ataque a bíblia alegando muitas coisas, como: ausência de escrita na época dos patriarcas, ausência de leis na época dos patriarcas, não domesticação de camelos na época dos patriarcas, Davi nunca existiu, etc. 



Dificuldades arqueológicas provenientes do deserto
"Deveríamos esperar encontrar qualquer evidência arqueológica para o êxodo? Como os patriarcas antes deles, os israelitas viveram um estilo de vida nômade durante o êxodo. As exigências da vida no deserto do Sinai requeriam que nada fosse descartado, que todo item fosse usado até sua capacidade máxima — e então reciclado. Até os ossos de uma refeição seriam completamente reutilizados em várias aplicações industriais. Os acampamentos temporários em tendas dos israelitas não teriam deixado quaisquer vestígios, especialmente nas


sempre móveis areias do deserto. Pode haver traços de grafito em rochas do Sinai 25 que sugiram a presença dos israelitas nesta região, mas em sua maior parte, por causa das condições do deserto, os israelitas teriam que ser “arqueologicamente invisíveis”.

Plausibilidade Textual:
"Um modo de podermos defender a ocorrência do êxodo é através do que se pode chamar “plausibilidade contextual.” Isto é, mesmo que não possamos ter evidência histórica direta para qualquer dos personagens ou eventos conectados com o êxodo, ou nem possamos concordar com datas específicas, o esboço geral conforme apresentado no relato bíblico é fiel aos tempos. Portanto, é muito mais provável que o êxodo tenha ocorrido do que o contrário. O argumento mais plausível no momento tem sido sobre a base da evidência egípcia. 27 Por exemplo, podemos demonstrar que os detalhes da vida na corte egípcia e certas peculiaridades na língua hebraica usados para descrever tais atividades indicam que o escritor tinha conhecimento em primeira mão daquele ambiente específico no Egito.28 Nós temos evidência de que estrangeiros de Canaã entraram no Egito,29 viveram lá,30 foram considerados algumas vezes criadores de problemas, 31 e que o Egito oprimiu e escravizou uma vasta força estrangeira durante várias dinastias.32 Também temos registro de que escravos escaparam,33 e que o Egito sofreu sob condições semelhantes a pragas.34 Podemos fornecer um modelo  por computador de um mecanismo científico para a divisão das águas"
 No início do êxodo, quando os israelitas deixaram o Egito, a rota mais direta e sensata seria viajar para o norte ao longo da atual Faixa de Gaza numa direção que os levaria à Canaã. Todavia, o relato bíblico nos diz que Deus não permitiu esta rota ao longo da planície costeira do Mediterrâneo. O relato bíblico afirma: 
E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tornem para o Egito” (Êx 13.17)
Assim, os israelitas acabaram tomando uma rota muito mais longa ao sul, que se aprofundava no Sinai. Até a última década ninguém sabia porque Deus os mantivera longe da rota mais fácil ao norte. A obscura referência à “guerra” em Êxodo 13.17 era discutível porque ninguém sabia que povo estaria em conflito com os israelitas. A resposta foi descoberta pela arqueóloga israelita Trude Dothan, que se especializou no período antigo da ocupação filistéia de Canaã.
No sítio de Deir el-Balah ao longo da antiga rota chamada de “Caminhos de Horus,” ela descobriu a evidência que finalmente resolveu este quebra-cabeça do êxodo...Agora sabemos à luz das escavações de Deir el-Balah que “o Caminho dos filisteus” mencionado na  Bíblia é também “o Caminho de Horus”, mencionado nos relevos do templo egípcio em Carnaque. Este relevo também descrevia algumas das fortalezas egípcias ao longo desta rota, incluindo a que Trude Dothan descobriu. Então, desta notável correlação entre a Bíblia e dois sítios arqueológicos, podemos concluir que os israelitas foram avisados para evitar esta rota, porque eles entrariam nesta linha de forças de defesa comandada pelos soldados  egípcios. Os soldados alocados ali estavam preparados para lutar, recapturar e enviar de volta ao Egito tais escravos fugitivos. Uma vez que os recém-libertos israelitas estavam despreparados para a batalha, o deserto era a opção mais segura."(Arqueologia bíblica- Randall  Price, CPAD edições)
 26. Charles F. Aling, Egypt and Bible History from Earliest Times to 1000 B. C. (Grand Rapids: Baker Book House, 1981), p. 103.
27. Para pesquisas mais recentes, vide Exodus: The Egyptian Evidence, Ernest S. Frerichs e Leonard H. Lesko, editores (Eisenbrauns, 1997).
28. A esse respeito, lembro-me de declaração feita por um professor de egiptologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, que disse que “quem quer que tenha escrito a Torá deve ter tido conhecimentos do idioma egípcio”, porque muitas formas e expressões incomuns no texto hebraico fazem mais sentido quando se adota uma palavra original egípcia. Por exemplo, o relato que diz que a filha de faraó foi “lavar-se” no rio Nilo. A palavra hebraica traduzida por “lavar-se” é estranha e combina melhor com a palavra egípcia para “lavagem”. À luz deste esclarecimento, a filha de faraó entrou no rio Nilo para lavar suas roupas e não para tomar banho (Ex 2.5).
29. Por exemplo, a pintura em Beni-Hassan que retrata asiáticos entrando no Egito no túmulo de Knumotepe (início do século XIX a.C.) e o relato de um guarda de fronteira no oitavo ano de Meremptá, que dizia que foi permitido que Shasu entrasse para salvar os asiáticos e seus rebanhos, vide James Prichard, editor, Ancient Near Eastern Texts, 3.a edição (Nova Jersey: Princeton University Press, 1977), pp. 259, 416ss.
30. Hershel Shanks, “An Israelite House in Egypt?”, Biblical Archaeology Review, volume 19, n.° 4 (Julho/Agosto de 1993), pp. 44, 45.
31. Vide “The Instruction of Merikare”, “The Admonitions of Ipuwer” e “The Prophecy of Neferti”, in: James Pritchard, editor, Ancient Near Eastern Texts, 3.a edição (Nova Jersey: Princeton University Press, 1977), pp. 4l6ss, 441ss, 444ss.
32. Por exemplo no muro ocidental exterior do Cour de la Cachette, no templo de Carnaque, em Luxor, Egito, o egiptólogo Frank Yurco descobriu um registro de inscrições hieroglíficas que descrevem um povo cativo chamado Shasu que se assemelha aos israelitas. Vide Frank Yurco, “3,200-Year Old Pictures of Israelites Found in Egypt”, Biblical Archaeology Review, volume 16, n.° 5 (Setembro/Outubro de 1990), pp. 20-38. Para outros exemplos, vide Kenneth A. Kitchen, “From the Brick-Fields of Egypt”, Bible and Spade, volume 10, n.° 2 (Primavera de 1981), pp. 43-50 [Reimpresso de Tyndale Bulletin, volume 27 (1976)]; K. A. Kitchen, The Bible in Its World: The Bible & Archaeology Today (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1977), pp. 75-78.
33. Excetuando o conto clássico de Sinué, há vários textos que detalham a fuga de escravos e publicam descrições para aqueles que poderiam vê-las e ajudar a reavê-los.
34. Vide, por exemplo, os textos de Tell el-Amarna e o papiro de Ipuwer que fornecem narrativa de pragas de sangue, peste em animais, fenômeno de fogo, escuridão estranha semelhantes à pragas descritas na narrativa do Êxodo, durante a travessia israelita do mar Vermelho.

 Dava tempo de atravesar dois milhões de pessoas? Nm 1.45,46


  • "O texto afirma que Deus mandou um vento oriental que abriu as águas “toda aquela noite” (Ex 14.21). 
  • O versículo 22 parece indicar que foi na manhã seguinte que a multidão de israelitas começou sua jornada através do leito do mar. Depois o versículo 24 afirma: “No fim da madrugada, do alto da coluna de fogo e de nuvem, o Senhor viu o exército dos egípcios e o pôs em confusão” .
  •  Finalmente, de acordo com o versículo 26, Deus disse a Moisés: “Estenda a mão sobre o mar para que as águas voltem sobre os egípcios” . Mas não há referência da hora dessa ordem, e não é necessário concluir Israel havia completado sua travessia naquela mesma manhã.
  •  Uma travessia de 24 horas não é tão impossível quanto parece. A passagem não afirma que o povo atravessou em fila indiana, nem que atravessaram numa extensão de terra da largura de uma via expressa moderna. Na verdade, é bem mais provável que Deus tenha preparado uma extensão de vários quilômetros de largura. Isso certamente condiz com a situação, já que o acampamento de Israel às margens do mar Vermelho provavelmente se estendia por 5 ou 6 km ao longo da costa. 
  • Quando chegou a hora do povo atravéssar em terra seca, provavelmente se moveu como um grande tropel, como um grande exército avançando sobre linhas inimigas. O mar Vermelho tem uma extensão de aproximadamente 2 320 km e 290 km de largura em média. Se essa grande multidão atravéssou da maneira descrita, para atravessar uma distância de 290 km num período de 24 horas eles teriam de se deslocar a uma velocidade de cerca de 13 km por hora. Essa teria sido uma velocidade razoável e tempo suficiente para atravessar 0 mar longo e estreito"  (Enciclopédia de Apologética, editora Vida, p. 172)








6- Josué
"a maioria das cidades que teriam sido tomadas por Josué na verdade foram destruídas mais tarde do que a data estimada pra a conquista de Canaã pelos israelitas, ou nem existiam nessa época. Isso vale inclusive para Jericó, que teria ido para o saco em torno de 1600 a.C. e não voltou a ter moradores até por volta do ano 1000 a.C.. Se é que houve algum tipo de êxodo do Egito e invasão da Terra Santa, as coisas provavelmente aconteceram de um jeito bem diferente do que diz o Antigo Testamento." (Idem, p. 23)

Resposta:
1-A únicas cidades que está escrito que foram destruídas foi Hazor e Jericó e Ai, destruindo assim a pressuposição dos críticos de que as cidades foram destruídas!!
 A “proscrição” (sentença de destruição) sob a qual Canaã foi colocada por Deus aplicava-se às populações cananitas dentro de suas cidades, não às cidades em si mesmas (veja]s 6.17,21), exceto por Jericó, Ai e Hazor. Na avaliação de David Merling, a conquista, conforme descrita na Bíblia, não devia deixar evidência suficiente de si mesma. À luz deste entendimento, se nós realmente encontrássemos evidência de uma maciça destruição ao longo da rota da conquista na época em que a Bíblia a coloca (1400 a.C.), isso causaria na
verdade maior problema para a Bíblia!   (Arqueologia Bíblica Randall Price, CPAD)
 Js 6:24  Porém a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram-no; tão-somente a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro deram para o tesouro da Casa do SENHOR.
Js 11:11  A todos os que nela estavam feriram à espada e totalmente os destruíram, e ninguém sobreviveu; e a Hazor queimou.12  Josué tomou todas as cidades desses reis e também a eles e os feriu à espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés, servo do SENHOR.13  Tão-somente não queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os outeiros, exceto Hazor, a qual Josué queimou.
Josué 8:28  Então, Josué pôs fogo a Ai e a reduziu, para sempre, a um montão, a ruínas até ao dia de hoje.
 Primeiro, houve muitos outros invasores entrando em Israel durante esta época que poderiam ter sido responsáveis por esta destruição. Em 1230 a.C., o faraó egípcio Merneptá conduziu alguns combates (mencionados especificamente em seu próprio registro — A Estela de Merneptá), bem como os recém-chegados filisteus,5 que buscaram agressivamente expandir seu território. Houve também conflitos intertribais que ocorreram em Canaã, e o livro bíblico de Juizes registra ciclos de revoluções em alguns sítios pelos opressores midianitas e cananeus. Uma outra consideração importante que afeta a questão do “quando” é como interpretar os relatos bíblicos a respeito da extensão da destruição a ser procurada. A Bíblia não sustenta a pressuposição de alguns arqueólogos sobre uma destruição maciça ocorrendo em todos os sítios ocupados
 (Arqueologia Bíblica Randall Price, CPAD)


Estela de Merenptah ou Merneptah é também conhecida por Estela de Israel. É a única referência do nome de Israel em documentos egípcios (texto n.º 21), referindo-se ao povo israelita. Foi encontrada nas ruínas do templo funerário do Faraó Merenptah (1236 a.C. a 1223 a.C.) em Tebas Ocidental, encontra-se exposto no Museu Egípcio do Cairo. 
"O famoso arqueólogo israelita Yigael Yadin começou as escavações no sítio de Hazor com 175 acres de terra em 1955, e seu sucessor Amnon Ben-Tor está hoje continuando seu trabalho. Interpretando a história de Israel essencialmente sobre a base da evidência arqueológica, ele mesmo assim afirma a exatidão da descrição em Josué a respeito da destruição de Hazor..." (Arqueologia Bíblica Randall Price, CPAD)
"Josué 10:32 não diz nada fala acerca da destruição física da cidade de Laquis; só menciona o extermínio de seus habitantes. A devastação de 1230 a.C. pode descrver um assalto a ciadade numa época posterior, a dos juízes, dpois da cidade despovoada ter sido reocupada..."A mesma observação se aplica também à destruição de Debir; Josué 10:38 não declara nada quanto a arrasar os muros ou incendiar a cidade...Quanto a questão de Ai, a identificação com Betel parece ser muito tênue...esta teoria se torna insustentável pelo fato de Josué 7:2 declarar explicitametne que Ai ficava do lado oriental de Betel.... è mais razoável a suposição que El-Tell não seja o sítio arqueológico de Ai; são necessa´rias mais explorações para a descoberta da localidade verdadeira." (Merece confiança o Antigo Testamento?, Editora Vida Nova,p . 150, 2003) 
Js 10:32  e o SENHOR deu Laquis nas mãos de Israel, que, no dia seguinte, a tomou e a feriu à espada, a ela e todos os que nela estavam, conforme tudo o que fizera a Libna.
38  Então, Josué, e todo o Israel com ele, voltou a Debir e pelejou contra ela;
39  e tomou-a com o seu rei e todas as suas cidades e as feriu à espada; todos os que nelas estavam, destruiu-os totalmente sem deixar nem sequer um; como fizera a Hebrom, a Libna e a seu rei, também fez a Debir e a seu rei.
2  Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Áven, ao oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram Ai.


2- As evidências arqueológicas contrariam a tese da data de 1600 a.C

Porque Jericó é o mais famoso dos sítios da conquista, ela tem sido o assunto mais freqüente na investigação arqueológica. A mais recente escavação do tel foi realizada pela arqueóloga Kathleen Kenyon na década de 1950. Ela concluiu que o sítio antigo tinha sido destruído e abandonado 150 anos antes do tempo que a Bíblia diz que ocorreu a conquista. A evidência dela tem sido desafiada por Bryant Wood.

Kenyon baseou sua datação no que ela não encontrou — ou seja, cerâmica cipriota  importada. Wood, por outro lado, analisou a cerâmica cananita local escavada por várias expedições a Jericó.12 Sua análise indica que Jericó foi destruída por volta de 1400 a.C. (o fim do período da Idade do Bronze Antigo I), ao invés de 1550 a.C. como declarado por Kenyon. E mais, Wood tem demonstrado que uma vez que a destruição esteja corretamente datada, a evidência arqueológica se harmoniza perfeitamente com o registro bíblico:13

1. A cidade era extremamente fortificada no período da Idade do Bronze

I, o tempo da conquista de acordo com a cronologia bíblica (Js 2.5,7,15; 6.5,20).

2. A cidade foi maciçamente destruída pelo fogo (Js 6.24).

3. Os muros de fortificação caíram no mesmo tempo em que a cidade foi destruída, possivelmente por uma atividade sísmica (Js 6.20).

4. A destruição ocorreu no tempo da colheita na primavera, conforme indicado por grandes quantidades de grãos estocados na cidade (Js 2.6; 3.15; 5.10).

5. O ataque a Jericó foi breve, uma vez que o grão estocado na cidade não foi consumido (Js 6.15,20).

6. Os grãos não foram saqueados, como era usualmente o caso na antigüidade,

de acordo com a ordem divina (Js 6.17-18).

7. Os habitantes não tiveram nenhuma oportunidade de fugir com seus produtos alimentícios (Js 6.1).

8. Jericó ficou abandonada por um período seguinte a destruição, de acordo

com a maldição de Josué (Js 6.26).

Wood também ofereceu como apoio positivo:
1) Escaravelhos egípcios encontrados nos sepulcros do sítio formam uma série contínua do século XVIII ao século XIV, demonstrando que o cemitério estava em uso durante o período
 da Idade do Bronze Recente I.
2) A estratigrafia da Cidade IV (o sítio escavado por Garstang e Kenyon) mais tarde revelou 20 diferentes fases arquitetônicas que duraram por longos períodos e sofreram doze destruições menores. Se, como Kenyon declara, a cidade encontrou seu fim em 1550 a.C. no Bronze Médio II, então todas estas fases teriam que ser encaixadas no período anterior — do

Bronze Médio III (1650-1550 a.C.), um tempo impossivelmente curto para tanta atividade.
3) Uma amostra de radiocarbono tirada de um pedaço de carvão nos detritos da camada da destruição final ofereceu a data de 1410 a.C  (aumentando ou diminuindo 40 anos). A análise de Wood acrescenta novo apoio arqueológico de que a Cidade IV em Jericó devia ser datada em 1400 a.C. com Garstang e a cronologia bíblica.
3-Evidências arqueológicas de cidades ocupadas pelos Israelitas é limitada justamente por eles apenas ocuparem as cidades conquistadas

https://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2015/02/o-farao-do-exodo-e-data-do-exodo.html
que enquanto tentam achar evidência da substituição ocupacional, os israelitas em seu período de colonização poderiam ter simplesmente adotado a cultura material dos cananitas (Dt 6.10,11). Não tendo ainda desenvolvido sua cultura material distintiva, os israelitas pareciam com os cananitas no registro arqueológico. As cartas de Amarna, constituídas de correspondência entre as cidades-estado cananitas e os oficiais egípcios em Amarna, na verdade revelam que os israelitas eram culturalmente inferiores aos cananitas. Todavia, baseados em escavações e pesquisas mais amplas, nós agora sabemos que os israelitas na verdade evidenciavam apenas uma cultura cerâmica. (Arqueologia Bíblica Randall Price, CPAD)


7-David

Com a morte de Saul, David acabou sendo coroado como rei apenas de sua tribo, Judá, para só depois assumir o comando de todo o povo de Israel...na época em que o rei teria vivido, o território de Judá e a cidade de Jerusalém tinham pouquíssimos habitantes - a arqueologia indica apenas a existência de 20 cidades ou vilas permanentes na região. Isso significa que Davi jamais teria o poderio militar suficiente para dominar o território israelita ao Norte, mais próspero e densamente povoado" (p. 29)

"Ele provavelmente existiu, mas não matou golias e estava mais para fora da lei do que para monarca religioso, sugere a arqueologia...mas seu poder teria um raio restrito. E de acordo com reinterpretações da Bíblia, até o gigante Golias teria sido abatido por outro guerreiro"" (p.25)

"...e Golias?Uma passagem do Segundo livro de Samuel diz que Golias de Gat foi morto por... 'Elcanã filho de Iari, de Belém'. Pois é, parece que a tradição original sobre o matador do gigante versava sobre esse zé ninguém, mas a fama de David fez que a façanha fosse atraída para sua figura" (p.29)




Estela Tel Dan
Estela de Tel Dan é uma estela negra de basalto, descoberta em um sítio arqueológico  ao norte de Israel em Tel Dan.Então aqui temos a menção da “Casa de Davi” numa inscrição araméia datada [...] aproximadamente 150 anos depois dos dias do rei Davi. Foi esculpida a mando de um rei arameu contendo inscrições em aramaico e em alfabeto aramaico, onde se comemorava uma vitória sobre um reino local, com os seguintes escritos: מלך.ישראל ("Rei de Israel") e ביתדוד ("Casa de Davi"). A leitura “Casa de Davi” como título dependente do fundador histórico da linhagem, o rei Davi dos judeus, aparece mais de 20 vezes no Velho Testamento {ver, por exemplo, 1 Rs 12.19; 14.8; Is 7.2; e assim por diante).

Resposta:
"Para os minimalistas, Davi e Salomão foram simplesmente personagens fictícios. A credibilidade dessa posição foi solapada em 1993, quando uma equipe de escavação no sítio de Tel Dan, no norte de Israel, descobriu uma estela de basalto negro com a inscrição "Casa de Davi". A existência de Salomão, porém, continua carente de comprovação." http://viajeaqui.abril.com.br/materias/reis-da-polemica?pw=4


 Davi não precisou conquistar pela guerra o território Israelita ao Norte, veja a sequência:
  • derrota de Israel sob a liderança de Saul: Saul morreu em batalha contra os filisteus que na ocasião estavam com aliança com Davi. E consequencia disso a tribo de Judá ungiu a Davi como Rei
1 Sm 31:1 ¶ Entretanto, os filisteus pelejaram contra Israel, e, tendo os homens de Israel fugido de diante dos filisteus, caíram feridos no monte Gilboa.


5 Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele.

2 Sm 2:7 Agora, pois, sejam fortes as vossas mãos, e sede valentes, pois Saul, vosso senhor, é morto, e os da casa de Judá me ungiram rei sobre si.
  • divisões internas no reino de israel entre  o comandante Abner e Isbosete o rei. Abner alia com Davi.
2m Sm 2:8 ¶ Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saultomou a Isbosete, filho de Saul, e o fez passar a Maanaim,


9 e o constituiu rei sobre Gileade, sobre os assuritas, sobre Jezreel, Efraim, Benjamim e sobre todo o Israel.

10 Da idade de quarenta anos era Isbosete, filho de Saul, quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos; somente a casa de Judá seguia a Davi.
 2 Sm 3:8  Então, se irou muito Abner por causa das palavras de Isbosete e disse: Sou eu cabeça de cão para Judá? Ainda hoje faço beneficência à casa de Saul, teu pai, a seus irmãos e a seus amigos e te não entreguei nas mãos de Davi? Contudo, me queres, hoje, culpar por causa desta mulher.


9  Assim faça Deus segundo lhe parecer a Abner, se, como jurou o SENHOR a Davi, não fizer eu,

10  transferindo o reino da casa de Saul e estabelecendo o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá, desde Dã até Berseba.

11  E nenhuma palavra pôde Isbosete responder a Abner, porque o temia.

12  Então, de sua parte ordenou Abner mensageiros a Davi, dizendo: De quem é a terra? Faze comigo aliança, e eu te ajudarei em fazer passar-te a ti todo o Israel.
 17  Falou Abner com os anciãos de Israel, dizendo: Outrora, procuráveis que Davi reinasse sobre vós.18  Fazei-o, pois, agora, porque o SENHOR falou a Davi, dizendo: Por intermédio de Davi, meu servo, livrarei o meu povo das mãos dos filisteus e das mãos de todos os seus inimigos.19  Da mesma sorte falou também Abner aos ouvidos de Benjamim; e foi ainda dizer a Davi, em Hebrom, tudo o que agradava a Israel e a toda a casa de Benjamim.
 20  Veio Abner ter com Davi, em Hebrom, e vinte homens, com ele; Davi ofereceu um banquete a Abner e aos homens que com ele vieram.


21  Então, disse Abner a Davi: Levantar-me-ei e irei para ajuntar todo o Israel ao rei, meu senhor, para fazerem aliança contigo; tu reinarás sobre tudo que desejar a tua alma. Assim, despediu Davi a Abner, e ele se foi em paz.

22 ¶ Eis que os servos de Davi e Joabe vieram de uma investida e traziam consigo grande despojo; Abner, porém, já não estava com Davi, em Hebrom, porque este o havia despedido, e ele se fora em paz.
  • Após a morte de Abner, que se deu ao retornar, as outras tribos se aliam a Davi
  2 Sm 3:26 Retirando-se Joabe de Davi, enviou mensageiros após Abner, e o fizeram voltar desde o poço de Sirá, sem que Davi o soubesse.


27 Tornando, pois, Abner a Hebrom, Joabe o tomou à parte, no interior da porta, para lhe falar em segredo, e ali o feriu no abdômen, e ele morreu, agindo assim Joabe em vingança do sangue de seu irmão Asael.2Sm 4:1 ¶ Ouvindo, pois, o filho de Saul que Abner morrera em Hebrom, as mãos se lhe afrouxaram, e todo o Israel pasmou

2 Sm 5:1 ¶ Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Somos do mesmo povo de que tu és.

2 Outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu que fazias entradas e saídas militares com Israel; também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e serás chefe sobre Israel.

3 Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ter com o rei, em Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR. Ungiram Davi rei sobre Israel.

4 Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; e reinou quarenta anos.
  • Além disso Davi tinha uma tropa de elite
2 Sm 23:8-39
1 Cr 11:9  Ia Davi crescendo em poder cada vez mais, porque o SENHOR dos Exércitos era com ele.10 ¶ São estes os principais valentes de Davi, que o apoiaram valorosamente no seu reino, com todo o Israel, para o fazerem rei, segundo a palavra do SENHOR, no tocante a esse povo.11  Eis a lista dos valentes de Davi: Jasobeão, hacmonita, o principal dos trinta, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, de uma vez os feriu.12  Depois dele, Eleazar, filho de Dodô, o aoíta; ele estava entre os três valentes.13  Este se achou com Davi em Pas-Damim, quando se ajuntaram ali os filisteus à peleja, onde havia um pedaço de terra cheio de cevada; e o povo fugiu de diante dos filisteus.14  Puseram-se no meio daquele terreno, e o defenderam, e feriram os filisteus; e o SENHOR efetuou grande livramento.15  Três dos trinta cabeças desceram à penha, indo ter com Davi à caverna de Adulão; e o exército dos filisteus se acampara no vale dos Refains.16  Davi estava na fortaleza, e a guarnição dos filisteus, em Belém.17  Suspirou Davi e disse: Quem me dera beber água do poço que está junto à porta de Belém!18  Então, aqueles três romperam pelo acampamento dos filisteus, e tiraram água do poço junto à porta de Belém, e tomaram-na, e a levaram a Davi; ele não a quis beber, mas a derramou como libação ao SENHOR.19  E disse: Longe de mim, ó meu Deus, fazer tal coisa; beberia eu o sangue dos homens que lá foram com perigo de sua vida? Pois, com perigo de sua vida, a trouxeram. De maneira que não a quis beber. São essas as coisas que fizeram os três valentes.20  Também Abisai, irmão de Joabe, era cabeça dos trinta, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, os feriu; e tinha nome entre os primeiros três.21  Era ele mais nobre do que os trinta e era o cabeça deles; contudo, aos primeiros três não chegou.22  Também Benaia, filho de Joiada, era homem valente de Cabzeel e grande em obras; feriu ele dois heróis de Moabe. Desceu numa cova e nela matou um leão no tempo da neve.23  Matou também um egípcio, homem da estatura de cinco côvados; o egípcio trazia na mão uma lança como o eixo do tecelão, mas Benaia o atacou com um cajado, arrancou-lhe da mão a lança e com ela o matou.24  Estas coisas fez Benaia, filho de Joiada, pelo que teve nome entre os primeiros três valentes.25  Era mais nobre do que os trinta, porém aos três primeiros não chegou, e Davi o pôs sobre a sua guarda.26  Foram os heróis dos exércitos: Asael, irmão de Joabe, Elanã, filho de Dodô, de Belém;27  Samote, harorita; Heles, pelonita;28  Ira, filho de Iques, tecoíta; Abiezer, anatotita;29  Sibecai, husatita; Ilai, aoíta;30  Maarai, netofatita; Helede, filho de Baaná, netofatita;31  Itai, filho de Ribai, de Gibeá, dos filhos de Benjamim; Benaia, piratonita;32  Hurai, do ribeiro de Gaás; Abiel, arbatita;33  Azmavete, baarumita; Eliaba, saalbonita;34  Benê-Hasém, gizonita; Jônatas, filho de Sage, hararita;35  Aião, filho de Sacar, hararita; Elifal, filho de Ur;36  Héfer, mequeratita; Aías, pelonita;37  Hezro, carmelita; Naarai, filho de Ezbai;38  Joel, irmão de Natã; Mibar, filho de Hagri;39  Zeleque, amonita; Naarai, beerotita, o que trazia as armas de Joabe, filho de Zeruia;40  Ira, o itrita; Garebe, itrita;41  Urias, heteu; Zabade, filho de Alai;42  Adina, filho de Siza, rubenita, chefe dos rubenitas, e com ele trinta;43  Hanã, filho de Maaca; Josafá, mitenita;44  Uzias, asteratita, Sama e Jeiel, filhos de Hotão, aroerita;45  Jediael, filho de Sinri, e Joá, seu irmão, tizita;46  Eliel, maavita, Jeribai e Josavias, filhos de Elnaão; Itma, moabita;47  Eliel, Obede e Jaasiel, de Zoba.

1 Cr 12:1 ¶ São estes os que vieram a Davi, a Ziclague, quando fugitivo de Saul, filho de Quis; e eram dos valentes que o ajudavam na guerra.2  Tinham por arma o arco e usavam tanto da mão direita como da esquerda em arremessar pedras com fundas e em atirar flechas com o arco. Eram dos irmãos de Saul, da tribo de Benjamim:3  Aiezer, o chefe, e Joás, filhos de Semaá, o gibeatita; Jeziel e Pelete, filhos de Azmavete; Beraca e Jeú, o anatotita;4  Ismaías, o gibeonita, valente entre os trinta e cabeça deles; Jeremias, Jaaziel, Joanã e Jozabade, o gederatita;5  Eluzai, Jerimote, Bealias, Semarias e Sefatias, o harufita;6  Elcana, Issias, Azarel, Joezer e Jasobeão, os coreítas;7  Joela, Zebadias, filhos de Jeroão, de Gedor.8  Dos gaditas passaram-se para Davi à fortaleza no deserto, homens valentes, homens de guerra para pelejar, armados de escudo e lança; seu rosto era como de leões, e eram eles ligeiros como gazelas sobre os montes:9  Ézer, o cabeça, Obadias, o segundo, Eliabe, o terceiro,10  Mismana, o quarto, Jeremias, o quinto,11  Atai, o sexto, Eliel, o sétimo,12  Joanã, o oitavo, Elzabade, o nono,13  Jeremias, o décimo, Macbanai, o undécimo;14  estes, dos filhos de Gade, foram capitães do exército; o menor valia por cem homens, e o maior, por mil.15  São estes os que passaram o Jordão no primeiro mês, quando ele transbordava por todas as suas ribanceiras, e puseram em fuga a todos os que habitavam nos vales, tanto no oriente como no ocidente.16  Também vieram alguns dos filhos de Benjamim e de Judá a Davi, à fortaleza.17  Davi lhes saiu ao encontro e lhes falou, dizendo: Se vós vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco; porém, se é para me entregardes aos meus adversários, não havendo maldade em mim, o Deus de nossos pais o veja e o repreenda.18  Então, entrou o Espírito em Amasai, cabeça de trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi, e contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! E paz com os que te ajudam! Porque o teu Deus te ajuda. Davi os recebeu e os fez capitães de tropas.19  Também de Manassés alguns se passaram para Davi, quando veio com os filisteus para a batalha contra Saul, mas não ajudou os filisteus, porque os príncipes destes, depois de se aconselharem, o despediram; pois diziam: À custa de nossa cabeça, passará a Saul, seu senhor.20  Voltando ele, pois, a Ziclague, passaram-se para ele, de Manassés, Adna, Jozabade, Jediael, Micael, Jozabade, Eliú e Ziletai, chefes de milhares dos de Manassés.21  Estes ajudaram Davi contra aquela tropa, porque todos eles eram homens valentes e capitães no exército.22  Porque, naquele tempo, dia após dia, vinham a Davi para o ajudar, até que se fez um grande exército, como exército de Deus.23 ¶ Ora, este é o número dos homens armados para a peleja, que vieram a Davi, em Hebrom, para lhe transferirem o reino de Saul, segundo a palavra do SENHOR:24  dos filhos de Judá, que traziam escudo e lança, seis mil e oitocentos, armados para a peleja;25  dos filhos de Simeão, homens valentes para a peleja, sete mil e cem;26  dos filhos de Levi, quatro mil e seiscentos;27  Joiada era o chefe da casa de Arão, e com ele vieram três mil e setecentos;28  Zadoque, sendo ainda jovem, homem valente, trouxe vinte e dois príncipes de sua casa paterna;29  dos filhos de Benjamim, irmãos de Saul, vieram três mil; porque até então havia ainda muitos deles que eram pela casa de Saul;30  dos filhos de Efraim, vinte mil e oitocentos homens valentes e de renome em casa de seus pais;31  da meia tribo de Manassés, dezoito mil, que foram apontados nominalmente para vir a fazer rei a Davi;32  dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens;33  de Zebulom, dos capazes para sair à guerra, providos com todas as armas de guerra, cinqüenta mil, destros para ordenar uma batalha com ânimo resoluto;34  de Naftali, mil capitães, e, com eles, trinta e sete mil com escudo e lança;35  dos danitas, providos para a peleja, vinte e oito mil e seiscentos;36  de Aser, dos capazes para sair à guerra e prontos para a batalha, quarenta mil;37  do lado dalém do Jordão, dos rubenitas e gaditas e da meia tribo de Manassés, providos de toda sorte de instrumentos de guerra, cento e vinte mil.38  Todos estes homens de guerra, postos em ordem de batalha, vieram a Hebrom, resolvidos a fazer Davi rei sobre todo o Israel; também todo o resto de Israel era unânime no propósito de fazer a Davi rei.39  Estiveram ali com Davi três dias, comendo e bebendo; porque seus irmãos lhes tinham feito provisões.


Em relação à morte de Golias:
  • A revista prontamente aceitou que Elanã matou Golias, mas negou que o pr´prio Davi tivesse feito isso!!! Ou seja, escolheu a passagem de Davi como espúria e a de Elanã como autêntica!!
  • A bíblia diz em vários textos que Davi matou Golias. Narra claramente que existiram vários homens de grande estatura, que foram mortos por homens de Davi e por ele:
2 Sm 21:15 ¶ De novo, fizeram os filisteus guerra contra Israel. Desceu Davi com os seus homens, e pelejaram contra os filisteus, ficando Davi mui fatigado.
16  Isbi-Benobe descendia dos gigantes; o peso do bronze de sua lança era de trezentos siclos, e estava cingido de uma armadura nova; este intentou matar a Davi.
17  Porém Abisai, filho de Zeruia, socorreu-o, feriu o filisteu e o matou; então, os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel.
18  Depois disto, houve ainda, em Gobe, outra peleja contra os filisteus; então, Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era descendente dos gigantes.
19  Houve ainda, em Gobe, outra peleja contra os filisteus; e Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu a Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo de tecelão.
20  Houve ainda outra peleja; esta foi em Gate, onde estava um homem de grande estatura, que tinha em cada mão e em cada pé seis dedos, vinte e quatro ao todo; também este descendia dos gigantes
.21  Quando ele injuriava a Israel, Jônatas, filho de Siméia, irmão de Davi, o feriu.
22  Estes quatro nasceram dos gigantes em Gate; e caíram pela mão de Davi e pela mão de seus homens.
1 Cr 20:4 ¶ Depois disto, houve guerra em Gezer contra os filisteus; então, Sibecai, o husatita, feriu a Sipai, que era descendente dos gigantes; e os filisteus foram subjugados. 5  Houve ainda outra guerra contra os filisteus; e Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo de tecelão. 6  Houve ainda outra guerra em Gate; havia ali um homem de grande estatura, tinha vinte e quatro dedos, seis em cada mão e seis em cada pé; também este descendia dos gigantes. 7  Quando ele injuriava a Israel, Jônatas, filho de Siméia, irmão de Davi, o feriu. 8  Estes nasceram dos gigantes em Gate; e caíram pela mão de Davi e pela mão de seus homens.

8- Profetas e monoteísmo
"...é bastante provável que a própria idéia de uma religião monoteísta, ou seja, a crença na existência de um único Deus verdadeiro, tenha surgido com os profetas. Tudo indica que a maioria dos israelitas não tinha grandes problemas em adorar ídolos (imagens de divindades) ou em acender uma vela para Iahweh e outra para antigos deuses de Canaã, como Baal e Ashera. E mesmo que adorassem apenas o Deus de Israel, não passava pela cabelça deles negar a existência de outros poderes divinos. são os textos proféticos da Bíblia os responsaveis por criar a definição mais antiga, clara e radical do monoteísmo - em parte, ao que tudo indica, como resposta às crises sociais, políticas e militares que seu povo enfrentou." p. 38

Resposta:
A bíblia mostra claramente em muitas passagens no pentateuco que só exisitia um Deus verdadeiro


Êxodo 12:12  Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.

Deuteronômio 4:28  Lá, servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram.

Deuteronômio 6:4  Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.

 e que tais deuses são demônio
Deuteronômio 32:17  Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos quais não se estremeceram seus pais.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Faraó do exodo e a data do êxodo

Datas rivais do êxodo
A teoria predominante dos teólogos liberais é que o faraó do Êxodo foi Ramessés II .

A data geralmente aceita (1270-1260) é baseada em três suposições:
 1. “Ramessés” em Êxodo 1.11 recebeu o nome de Ramessés, 0 Grande.
2. Não houve nenhum projeto de construção no delta do Nilo antes de 1300.

 3. Não houve nenhuma grande civilização em Canaã entre os séculos xix e xiii a.C. Se tudo isso for verdadeiro, as condições descritas em Êxodo seriam impossíveis antes de 1300 a.C.


Nesse caso, o Êxodo teria acontecido por volta de 1270 a 1260 a.C.

Mas a Bíblia (Jz 11.26; lRs 6.1; At 13.19,20) data o Êxodo em aproximadamente 1447 a.C.
O  faraó do Êxodo seria .Tutmoses (Tutmes) III (1
479BC-1426BC) ou Amenhotep III ( Amenophis III) (1390 a 1353 AC )  Há uma disputa das datas


Amenhotep III






Tutmes III




 Os estudiosos modernos elevaram Ramessés II e a data de metade do século XIII ao nível de doutrina indiscutível, mas há evidência suficiente para desafiar a opinião convencional sobre o Êxodo, assim como a datação tradicional de vários faraós. Explicações alternativas dão melhor esclarecimento a todos os dados históricos, tornando possível a data de 1447 a.C. para a saída dos israelitas.

  • A Bíblia é bem específica em IReis 6.1 que 480 anos haviam se passado do Êxodo até o quarto ano do reinado de Salomão, por volta de 967 a.C., 0 que colocaria o Êxodo por volta de 1447 a.C.
  • Juizes 11.26, que afirma que Israel passou trezentos anos na terra até o tempo de Jefté (por volta de 1100 a.C.)
  • Atos 13.20 fala do período de 450 anos de governo dos juizes de Moisés a Samuel, que viveu por volta do ano 1000 a.C. 
  • Paulo disse em Gálatas 3.17 que houve 430 anos de Jacó a Moisés. Isso seria de 1800 a 1450 a.C. O mesmo número é usado em Êxodo 12.40. 
Refutando as 3 suposições:

1-O nome Ramessés aparece em toda a história egípcia, e a cidade mencionada em Êxodo 1 pode ter honrado um nobre mais antigo com esse nome. Como Ramessés, o Grande, é Ramessés II, deve ter existido um Ramessés I, sobre o qual ainda não se sabe nada. Em Gênesis 47.11,0 nome Ramessés é usado para descrever a área do delta do Nilo onde Jacó e seus filhos se instalaram. Esse pode ser o nome que Moisés normalmente usava para se referir a toda a área geográfica. Ramessés, então, não precisa sequer se referir a uma cidade chamada pelo nome de um rei. 

2- Projetos de construção foram encontrados em Pi-Ramesse (Ramessés) e em ambos os sítios possíveis para Pitom, datando dos séculos xix e xvii a.C, a era na qual os israelitas chegaram. Eles revelam forte influência palestina. Uma escavação feita em 1987 demonstra que houve construção em Pi-Ramesse e em um dos sítios de Pitom no século xv. Então, se Êxodo 1.11 faz referência aos projetos de construção que estavam em andamento na época em que os israelitas eram escravos, ou àqueles em que estavam trabalhando na época do Êxodo, há evidência de construção em andamento.

3-Pesquisas superficiais não apresentaram sinais de civilizações como as dos moabitas e edomitas antes da entrada de Israel na terra, mas a escavação mais profunda revelou muitos sítios que se encaixam nesse período. Até o homem que fez a pesquisa inicial mudou sua opinião.
 Provou-se assim que os três argumentos a favor da datação do Êxodo após 1300 a.C eram falsos.
 Ora, se essas três suposições estão erradas, não há razão para supor uma data posterior para o Êxodo, e podemos procurar evidências para apoiar a data bíblica de aproximadamente 1447. 

Revisão de Bim son-Livingston.
John Bimson e David Livingston propuseram em 1987 que a data da mudança da Idade do Bronze Médio para a Idade do Bronze Recente era imprecisa e devia ser mudada. O que estava em jogo era a evidência de cidades destruídas em Canaã. A maioria dos sinais de uma invasão ou conquista significativa datam de cerca de 1550 a.C. — 150 anos antes. Essa data é atribuída a essas ruínas porque se supõe que foram destruídas quando os egípcios expulsaram os hicsos, uma nação hostil que dominou 0 Egito durante vários séculos.
Bimson acredita que mudar o fim da Idade do Bronze Médio demonstraria que essa destruição foi feita pelos israelitas, não pelos egípcios. Como tal mudança pode ser justificada? A Idade do Bronze Médio ( BM ) foi caracterizada por cidades fortificadas; a Idade do Bronze Recente ( BR ) tinha em grande parte colônias menores, sem muros. Portanto, o causador da destruição dessas cidades fornece data para a divisão do período. A evidência é escassa e imprecisa. Além disso, há dúvidas de que os egípcios, que começavam a estabelecer um novo governo e exército, pudessem realizar longos sítios por toda a terra de Canaã. Evidências positivas surgiram de escavações recentes que revelaram que a última fase da Idade do Bronze !Médio é mais prolongada do que se imaginava, ficando assim seu término mais próximo de 1420 a.C. Isso corresponde à Bíblia, onde as cidades em Canaã eram “grandes, com muros que vão até 0 céu” (Dt 1.28), como disse Moisés. Além disso, a extensão da destruição, com apenas algumas exceções, coincide com a descrição bíblica. “Realmente, a área na qual a destruição ocorreu no final do [Idade do Bronze Médio] corresponde à área da ocupação israelita, ao passo que as cidades que sobreviveram estavam foram dessa área.” .Alguns arqueólogos perguntam onde está a evidência do domínio israelita no final da Idade do Bronze. Sempre consideramos os israelitas responsáveis pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro em 1200 a.C. O problema com essa teoria é que aquelas mudanças são iguais em todo 0 Mediterrâneo, não apenas na Palestina. Os hebreus não poderiam ser responsáveis por uma mudança tão extensa. Na verdade, como nômades, eles provavelmente não trouxeram nada consigo, viveram em tendas por algum tempo e compraram sua cerâmica nos mercados cananeus. Além disso, 0 livro de Juizes mostra que, depois que Israel entrou na terra, eles não exerceram domínio sobre ninguém por várias centenas de anos. Foram dominados por todos à sua volta.
Bimson resume sua proposta desta maneira: 
Propomos:
1) um retorno à data bíblica da conquista de Canaã (i.e., logo antes de 1400 a.C.) e
2) uma diminuição da data do final da Idade do Bronze Médio, de 1550 a.C. para logo antes de 1400 a.C. 0 resultado é que dois eventos previamente separados por séculos são unidos: a queda das cidades bm ii de Canaã torna-se evidência arqueológica da conquista. Essas propostas duplas criam uma coincidência quase perfeita entre a evidência arqueológica e 0 registro bíblico.


Revisão de Velikovsky-Courville
A cronologia de todo o mundo antigo é baseada na ordem e nas datas dos reis egípcios. Em grande parte, conhecemos essa ordem por meio de um historiador chamado Maneto, que é citado por outros três historiadores. Também há monumentos que dão listas parciais. Essa ordem era considerada indiscutível. No entanto, a única data absolutamente fixa é no seu final, quando Alexandre, o Grande, conquistou o Egito.

Yelikovsky e Courville afirmam que seiscentos anos adicionais nessa cronologia mudam as datas de todos os eventos no Oriente Médio. Deixando de lado a idéia de que a história egípcia é fixa, há três evidências de que a história de Israel coincide com a história do Egito. Esse tipo de coincidência, onde o mesmo evento é registrado em ambos os países é chama-se sincronismo.
As três ocasiões em que encontramos sincronismos são:



as pragas de Moisés,
a derrota dos amalequitas
e o reinado de Acabe.


Um papiro muito antigo escrito por um sacerdote egípcio chamado Ipuwer, apesar de receber várias interpretações, fala de dois eventos singulares:
uma série de pragas e a invasão de uma potência estrangeira. As pragas coincidem bem com o registro mosaico das pragas do Egito em Êxodo 7— 12.



Papiro Ipuur  ou Ipuwer


  • 0 texto fala do rio transformado em sangue (cf. Êx 7.20), 
  • colheitas destruídas (Êx 9.25),
  • fogo (Êx 9.23,24; 10.15) e
  • trevas (Êx 10.22).
  • A praga final, que matou o filho do faraó, também é mencionada: “De fato os filhos dos príncipes são esmagados contra as paredes [...] A prisão é arruinada [...] Aquele que enterra seu irmão está em toda parte [...] Há gemidos em toda a terra, misturados a lamentações” (Papiro 2.13; 3.14; 4.3; 6.13). 
Isso coincide com o registro bíblico que diz: “0 Senhor matou todos os primogênitos do Egito, desde 0 filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até 0 filho mais velho do prisioneiro que estava no calabouço [...] E houve grande pranto no Egito, pois não havia casa que não tivesse um morto” (Êx 12.29,30). 
Imediatamente após esses desastres,houve uma invasão de“uma tribo estrangeira” que saiu do deserto (Papiro 3.1). Essa invasão deve ter sido dos hicsos, que dominaram o Egito entre o Reino Médio e o Novo Reino. 


O monolito de El-Arish conta uma história semelhante de trevas e sofrimento na terra nos dias do rei Tom. Também relata como o faraó “saiu para a batalha contra os amigos de Apopi (O deus das trevas)”, mas o exército não voltou mais: “Sua majestade lançou-se no chamado Lugar do Redemoinho”. 

O lugar do incidente é Pi-Kharoti, que pode ser o equivalente a Pi-ha-hiroth, onde os israelitas acamparam perto do mar (Êx 14.9). Isso é muito interessante, porque o nome da cidade construída pelos israelitas é Pi-Tom,“a morada de Tom”. E o rei que reinou logo antes da invasão dos hicsos foi (no grego) Timaios. Mas a data egípcia para o rei Tom está cerca de seiscentos anos adiantada, por volta de 2000 a.C. Ou a cronologia egípcia está errada, ou a história se repetiu de maneira muito incomum. 

Segundo Velikovsky, os hicsos devem ser identificados com os amalequitas, que os israelitas encontraram antes de chegar ao Sinai (Êx 17.8-16). Eles poderiam ter chegado ao Egito poucos dias depois de os israelitas partirem. Os egípcios referem-se a eles como Amu, e historiadores árabes mencionam alguns faraós amalequitas. Mas os equivalentes bíblicos são bem convincentes. Quando o falso profeta Balaão encontrou Israel, eles os abençoou apesar das instruções que havia recebido, mas, quando se voltou, defrontando o Egito, “viu Amaleque e pronunciou este oráculo: “Amaleque foi o primeiro entre as nações, mas o seu fim será destruição” (Nm 24.20). Por que ele amaldiçoou Amaleque, e não o Egito? Só se o Egito estivesse sob domínio amalequita! Além disso, os nomes do primeiro e do último rei amalequita na Bíblia (Agague1en,v.Nm24.7e ISm 15.8) correspondem ao primeiro e ao último rei hicso. Isso indicaria que os hicsos entraram no Egito logo depois do Êxodo e permaneceram no poder até Saul derrotá-los e libertar os egípcios do cativeiro. Isso explicaria as relações amistosas que Israel tinha com o Egito na época de Davi e Salomão. Na verdade, Velikovsky descobriu semelhanças surpreendentes entre a rainha de Sabá e rainha egípcia Hatshepsut. Acredita-se que ela viajou à Terra Prometida, e as dádivas que recebeu ali são muito semelhantes às que Salomão deu à sua visitante (v. lRs 10.10-22). Ela também construiu um templo no Egito que é semelhante ao templo de Salomão. Mas, de acordo com a cronologia egípcia, ela viveu antes do Êxodo. Somente se a cronologia for reexaminada esse paralelismo poderá ser explicado. A invasão de Tutmés in à Palestina também pode ser igualada ao ataque de Sisaque (2Cr 12.2-9).


Monumento de El-Arish







O terceiro sincronismo é uma série de cartas (em tabuinhas de argila) chamadas de cartas El-Amarna. São correspondências entre os reis da Palestina (Jerusalém, Síria e Sumur) e os faraós Amenotepe III e seu filho Aquenatom.
Os palestinos estavam preocupados com um exército que se aproximava do sul chamado habiru, que estava causando grande destruição. Com base em tal descrição, tradicionalmente acredita-se que essas cartas falam da entrada dos israelitas em Canaã.
Velikovsky mostra que uma investigação maior dessas tabuinhas revela um quadro totalmente diferente:


  • Primeiro, Sumur pode ser identificado como a cidade de Samaria, que só foi construída depois de Salomão (lRs 16.24).
  •  Segundo, 0“rei de Hati” ameaça invadir do norte, o que parece ser uma invasão hitita. 
  • Terceiro, nenhum dos nomes nas cartas coincide com os nomes dos reis dados no livro de Josué. 
Em outras palavras, a situação política está totalmente errada, caso essas cartas sejam da época do Êxodo. Se mudarmos sua data para a época em que Acabe reinou em Samaria e foi ameaçado pelos moabitas e hititas, todos os nomes, lugares e eventos podem ser situados em Reis e Crônicas, até os nomes dos generais dos exércitos. Mas isso coloca Amenotep III quinhentos anos depois da cronologia tradicional. Assim, ou a cronologia está errada ou é necessário afirmar que a história se repetiu exatamente meio milênio depois. A descrição que emerge é coerente apenas se a história israelita for usada para datar os eventos egípcios. Tal interpretação também exige uma nova cronologia para a história egípcia. Courville demonstrou que as listas dos reis egípcios não devem ser consideradas completamente consecutivas. Ele mostra que alguns dos “reis” descritos não eram faraós, mas governadores locais ou altos oficiais. Entre os mencionados estão José (Yufni) e o pai adotivo de Moisés, Quenefres, que era príncipe apenas por casamento. O reconhecimento de que “reis” da xiii Dinastia eram na verdade príncipes de regiões locais ou vice-reis esclarecem sobre o que Maneto considerava uma dinastia. Evidentemente não estava fora de cogitação dar nomes à linhagem principal de reis, compondo uma dinastia, e depois voltar na escala de tempo e começar uma linhagem de vice-reis como dinastia distinta. Ao classificar esses vice-reis como reis, o antigo historiador idealizou uma cronologia errônea e extremamente expandida do EgitoA correção dessa cronologia coloca o Êxodo por volta de 1447 a.C. e faz outros períodos da história israelita coincidirem com os reis egípcios mencionados


cartas de El Amarna

Conclusão. 

A evidência é forte a favor da data do século xv a.C para o Êxodo. Isso entra em conflito com a data geralmente aceita para os reis egípcios. Mas talvez a datação convencional para a Idade do Bronze e certamente a cronologia dos reis egípcios precisem ser drasticamente mudadas. Mais pesquisas e escavações serão necessárias para descobrir quais teorias descrevem melhor a seqüência de eventos no Egito e em Canaã. No entanto, parece que a datação bíblica é mais precisa que se suspeitava, mais até que o conhecimento reunido à custa de pesquisa.

Fonte: 

Enciclopedia de Apologética- Norma Geisler- São Paulo:Vida. 2002.


Fontes da Enciclopedia de Apologética:

G. Archer, Enciclopédia de temas bíblicos. 
J. Bimson־ e D. Livin g sto n e,“Redating the Exodus”, Biblical archaeology review (Sep.-Oct. 1987). 
C 0URY1LLE, D. A. The exodus problem and its ramifications. 
N. L. Geis1.hr e R. Brooks, When skeptics ask, cap. 9. 
R. K. H a rris o n , Introduction to the Old Testament. 
Veliko vsky, Worlds in collision.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Carnaval


"O carnaval , diversão e a festividade que ocorrem em muitos países católicos romanos nos últimos dias e horas antes da temporada de Quaresma A derivação da palavra é incerta, embora possivelmente possa ser rastreada para o medieval Latin Carnem levare ou carnelevarium , o que significa tirar ou remover a carne. Isso coincide com o fato de que o Carnaval é a festa  antes que antecede o início dos 40 dias de Quaresma , durante os quais, em tempos remotos, os católicos romanos, em jejuns, jejuaram, abstiveram-se de comer carne e seguiram outras práticas ascéticas . A origem histórica do carnaval também é obscura. Possivelmente tem suas raízes em um primitivo festival que honra o início do novo ano e o renascimento da natureza, embora também seja possível que os começos do Carnaval na Itália possam estar ligados ao festival pagão da  saturnalia da Roma antiga ."  https://www.britannica.com/topic/Carnival-pre-Lent-festival

Signifcado Etmológico:
a palavra vem do latim clássico CARNEM LEVÁRE, substantivo que significa "abstenção de carne"; o termos ocorre em vários dialetos da Itália e, provavelmente, do milanês CARNELEVALE (1130), fixa-se no italiano como CARNEVALE (sXIV) e daí no francês CARNEVAL (1552) ou CARNAVAL (1680), passando às demais línguas européias ainda no século 17.
Segundo o dicionário Houaiss:
: “...do latim clássicocarnem levare
(...) fixa-se no italiano carnevale (séc. XIV)
 e daí no francês carneval (1552)carnaval (1680), passando às demais línguas europeias ainda no século XVII.”
O primeiro elemento vem do latim caro, carnis (=carne), 
e o segundo elemento vem do verbo latino levare (=tirar, sustar, afastar).
 Há quem suponha que a segunda parte do vocábulo pertença ao domínio popular, do latimvale (=adeus); daícarnevale (=adeus à carne).
"O Carnaval é uma festa popular anual que acontece nos três dias anteriores à Quaresma — o período de quarenta dias que antecede a Páscoa, em que os católicos se preparam para celebrar a ressurreição de Cristo — e que termina na Quarta-Feira de Cinzas. 

Não há versão definitiva sobre o surgimento do Carnaval, mas acredita-se que a festa esteja ligada a rituais em homenagem a deuses gregos, em especial a Dioniso (que corresponde a Baco na mitologia romana).
No século XV, o Carnaval se difundiu em Roma com carros alegóricos, corridas de cavalos, batalhas de confete e outras brincadeiras populares. Na mesma época, o papa Paulo II introduziu o baile de máscaras, que se tornou um grande sucesso na Itália e naFrança. A festa se espalhou pela Europa e logo se popularizou.

Carnaval no Brasil

Carnaval foi trazido ao Brasil pelos portugueses por volta do século XVII, com o nome de Entrudo. Era um tipo de brincadeira, um tanto violenta, em que as pessoas atiravam, umas nas outras, água, pó, cal, ovo e o que encontrassem pela frente. Até que, enfim, passou-se a usar confete e serpentina nas batalhas carnavalescas, além das bisnagas de água, que até hoje fazem parte das brincadeiras.

O primeiro baile carnavalesco no Brasil ocorreu em 1840. A partir daí, começaram a se formar os blocos, os cordões e os ranchos (grupos que saíam fantasiados pelas ruas, cantando e dançando). Em 1846, surgiu, no Rio de Janeiro, o grupo Zé Pereira.

Até então, toda essa festança acontecia ao som de músicas europeias, que não tinham nada a ver com o samba cheio de ginga que hoje dá ritmo ao Carnaval. Mas, em 1899, a compositoraChiquinha Gonzaga escreveu a primeira marchinha de Carnaval. Foi a música “Ô abre alas”, feita especialmente para o cordão Rosa de Ouro, que mudou o ritmo da folia.

A primeira escola de samba do Brasil, criada no Rio de Janeiro, em 1929, chamava-se “Deixa falar”. Em São Paulo, o Carnaval começou acanhado, com corso de carros e foliões e batalhas de confete. Anos depois, começaram a ser realizados os bailes de máscaras. No início do século XX, a avenida Paulista era o palco da folia. Surgiram muitas escolas de samba e, consequentemente, os desfiles nas avenidas. A partir da década de 1970, no Rio de Janeiro e em São Paulo, os bailes tornaram-se menos procurados e a folia de rua diminuiu; foram construídos os sambódromos, onde até hoje as escolas de samba se apresentam e disputam o troféu de melhor do ano.
No Nordeste, o Carnaval de rua permanece muito forte. Em Recifee em Olinda, destacam-se o frevo e o maracatu. O que marca a folia em Salvador, na Bahia, são os blocos e os trios elétricos, com milhares de seguidores.

Carnaval no mundo

Atualmente, a folia carnavalesca no Brasil é tão conhecida no mundo inteiro que até parece ter sido invenção brasileira. Ela acontece em várias partes do mundo, mas de maneiras diferentes. Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, por exemplo, o Carnavalchama-se Mardi Gras, que quer dizer “Terça-Feira Gorda”. As agremiações, algo bem parecido com as escolas de samba, também desfilam em carros alegóricos.
Na Alemanha, as pessoas saem fantasiadas pelas ruas da cidade, nas cidades da floresta Negra e dos Alpes. Em Veneza, na Itália, são realizados bailes nas praças e nas ruas da cidade, com foliões usando as famosas máscaras venezianas.


Outros carnavais famosos ocorrem em países do Caribe e em Binche, na Bélgica.

Carnaval. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2015. Web,
2015. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/483163/Carnaval>. Acesso em:
16 de fevereiro de 2015


Terça-Feira Gorda 

A Terça-Feira Gorda é um feriado festivo, comemorado com festas e desfiles em muitos países cristãos. Ele é o último dia antes da Quarta-Feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma. A Quaresma é um período de quarenta dias que termina na Páscoa, uma das festas mais importantes do cristianismo, em que se celebra a ressurreição de Cristo. NoBrasil, a Terça-Feira Gorda é hoje mais conhecida pelo nome de Terça-Feira deCarnaval.
Tradicionalmente, durante a Quaresma, os católicos praticantes limitam o consumo de carne e até de outros alimentos, em certos dias para os quais a Igreja prescreve jejum. Na Terça-Feira Gorda, ou Terça-Feira de Carnaval, as famílias podem consumir tudo o que não será permitido integralmente durante os quarenta dias seguintes, no período da Quaresma.
Em vários países, a Terça-Feira de Carnaval tem o nome de Mardi Gras, que em francês significa “Terça-Feira Gorda”. Em alguns lugares, as festividades do Mardi Gras podem começar vários dias antes da própria Terça-Feira de Carnaval; nesses lugares, o nome Mardi Gras é usado para designar o período inteiro do Carnaval. O Mardi Gras mais conhecido ocorre em Nova Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

4 formas de morrer- Existe a hora certa de morrer?? Existe acaso?


Quatro formas de morrer:


Eclesiastes 7:17 Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?


1-Acaso
2-Morte natural (doença)
3-Acidente ou homicídio
4-Punição divina (somente esta acontece na hora que Deus determinou, e não simplesmente que ele previu!)


Textos Base:
Eclesiastes 9:11  Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso.(egp pega‘ 1) ocorrência, acontecimento, acaso) Léxico de Strong


1 Sm 26:10 Acrescentou Davi: Tão certo como vive o SENHOR, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à batalha, seja morto.

Formas de morrer:

1-Acaso:
É o encontro de 2 ou mais CAUSAS independentes.
-na verdade existe o acaso, mas o acaso é o nome que damos aos encontro de causas independentes

Exemplos:
 a-acaso matemático- jogo de dados... o número que vai dar, depende de:posição inicial do dado, forçam ângulo de lançamento, superfície e outros.
 b-acaso circunstancial- bala perdida... Se um policial dá um tiro para cima para controlar uma multidão e essa bala asserta acidentalmente em alguém esse evento é chamado de acaso,  PORÉM TODO ACASO TEM CAUSA.  (Enciclopédia de Apologética, Editora vida)

 "1 Ocasião imprevista que produz um fato.
2 O que acontece fortuitamente"    (Dicionário Aurélio)
 para saber mais:  http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/04/o-acaso-causa-alguma-coisa.html



2- Morte natural
A pessoa morre em decorrência natural por doença, seja ela: genética, metabólica, viral, bacteriana, etc. ou complicações do parto, etc..
1 Reis 17:17  Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu.

2 Reis 20:1  Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.

2 Reis 13:14  Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai! Carros de Israel e seus cavaleiros!
Gênesis 25:8  Expirou Abraão; morreu em ditosa velhice, avançado em anos; e foi reunido ao seu povo.
16 ¶ Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso.
17  Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho.
18  Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim.
19  Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.

3- Acidente,homicídio, suicídio

Atos 20:9  Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto.

Gênesis 4:8  Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Josué 10:26  Depois disto, Josué, ferindo-os, os matou e os pendurou em cinco madeiros; e ficaram eles pendentes dos madeiros até à tarde.
Juízes 16:30  E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.
1 Samuel 31:5  Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele

4- Punição Divina
2 Samuel 6:7  Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus.
Atos 5:5  Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes.
Atos 5:10  No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido.
Atos 12:23  No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.




Existe a hora certa de morrer?
Eclesiastes 7:17 Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?

É claro que Deus sabe o dia em vamos morrer, porém isso não significa necessariamente que este dia seja o dia que Deus escolheu para que morrermos. Veja abaixo:

Deus conhece o dia da nossa morte:
Salmos 139:1 SENHOR, tu me sondas e me conheces.
2  Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.
3  Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
4  Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.
5  Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.
6  Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.
16  Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado*, quando nem um deles havia ainda.
*Ver apêndice: Deus determina todas as coisas, no sentido que tudo que acontece é o desejo de Deus?



A imprudência humana retira a proteção de Deus:

Eclesiastes 7:17  Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?
Mt 4:5  Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo
6  e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
7  Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.


Pessoas morrem fora da hora de Deus, por suicídio, doenças, assassinato, acidentes, etc.
2 Crônicas 16:12  No trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos.
Gn 23:25  Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.
26  Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.
Gênesis 4:8  Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Atos 20:9  Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. Paulo o ressuscitou depois
1 Reis 17:17  Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu. Eliseu  o ressuscitou depois
1 Samuel 31:5  Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele

Conclusão:
Devemos vigiar e buscar a Deus na cura das enfermidades, caso contrário podemos tentar a Deus em acidentes por negligência, ou sermos relapsos em confiarmos apenas na medicina humana (pois esta é limitada)

Apêndice:
Deus determina todas as coisas, no sentido que tudo que acontece é o desejo de Deus?

Deus determina todas as coisas?

A-    Muitos textos das escrituras diz que Deus decreta ou determina todas as coisas
Is 46:10-11(o universo físico); At 17:26 (os limites da habitação); At 2:23 At 4:27,28 ( o pecado dos que entregaram e mataram Jesus ) ;Jó14:5os limites da vida humana; a salvação de alguns At 13:48. Alguns precipitados concluem a partir disso  que tudo que acontece, ocorre como por vontade e desejo perfeito de Deus (fatalismo).

     
B- Deus decretou soberanamente um sistema condicional
“Decretar a criação implica decretar os resultados previstos na criação...Na eternidade Deus previu que a criação do mundo e a instituição de suas leis tornaria certa sua verdadeira história nos mais insignificantes pormenores. Mas Deus decretou criar e instituir estas leis. E assim decretando, ele necessariamente decretou tudo o que haveria de vir. Por fim, Deus previu os futuros eventos do universo como certos porque ele decretar criar;mas esta determinação de criar envolveria também a determinação de todos os verdadeiros resultados de tal criação; ou em outras palavras, Deus decretou aqueles resultados”(Teologia Sistemática- Strong; -calvinista).


É importante frisar que Deus decretou algumas coisas de maneira direta e outras de maneira indireta (decreto permissivo). Por exemplo: Deus decretou a lei da gravidade diretamente, porém uma caneta cairá da mão somente quando uma pessoa a solte, assim podemos dizer que a caneta cai indiretamente pela vontade de Deus, mas diretamente pela vontade humana. Deus decretou poder do livre arbítrio de maneira direta (o poder de decisão do homem) mas não o exercício (uso) desta liberdade.

Assim quando o homem peca , assim procede por uma decisão sua, e não de Deus, pois o pecado é contra a natureza de Deus Jr 44:4. Assim Deus não é o autor do pecado, mas o autor dos seres livres que são os autores do pecado. “Deus só decreta o pecado indiretamente no sentido de criar os que hão de pecar, ou seja ele decreta preservar as vontades humanas que, ao escolherem seus cursos, serão maus e farão o mal.”

Ao contrário do que ensinam alguns ultra-calvinistas, Deus não determina [causa] diretamente as ações do homem e dos anjos caídos, pois seria o autor do pecado e de suas conseqüências. . O poder da liberdade é causado por Deus, mas o exercício da liberdade é causado pela pessoa.

Até mesmo quanto às escolhas do dia a dia a bíblia atribui tais escolhas aos homens e não à Deus Gn 13:11; Dt 14:26; etc. O homem a partir de certa idade passa a ter discernimento entre o bem e o mal, e consequentemente capacidade de escolhas morais Dt 1:39; Is 7:15; Rm 9:11; Mt 7:13-14. Evidentemente por causa da natureza pecaminosa, muitas vezes o homem pratica o mal, contudo ainda sim pode fazer boas coisas Rm 2:13-16; Mt 7:11. Deus sempre chama os homens a tomar decisões quanto à vida eterna Dt 30:19-20; Mt 7:13-14; Js 24:15,22; Ap 22:17; etc., cabe simplesmente ao homem aceitar o Dom [presente] da salvação oferecido por Ele Rm 6:23; Ap 3:20; Jo 1:12; Is 55:1,6,7; Mt 11:28 etc.