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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Entrevista Marco Feliciano com Luciana Gimenes 29/12/2014

  

CLICK NO LINK E VEJA  VÍDEOS-


http://www.redetv.uol.com.br/Video.aspx?39,9,408020,entretenimento,,ninguem-nasce-gay-diz-marco-feliciano

 tem mais dois vídeos:

http://www.redetv.uol.com.br/Video.aspx?39,9,408023,entretenimento,,marco-feliciano-a-cura-gay-so-foi-atrelada-ao-meu-nome-

http://www.redetv.uol.com.br/Video.aspx?39,9,408027,entretenimento,,marco-feliciano-diz-que-comunidade-gay-nao-aceita-dialogar-

Entrevista completa:


  Pontos não esclarecidos na entrevista:


1- Sobre a prevalência da AIDS. 
"Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada (em grupos populacionais com comportamentos que os expõem a um risco maior de infecção pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas).        "http://www.aids.gov.br/pagina/aids-no-brasil

Veja outras notícias:
"Aids volta a crescer entre homossexuais, segundo a ONU
Segundo Luiz Antonio Loures, diretor para Europa e Américas do Unaids, essa quantia é desproporcional ao número de gays infectados neses países. "Acho que a situação entre os gays na América Latina é emergencial. As campanhas precisam incluir mais a população gay. Caso contrário, os casos aumentarão ainda mais. Em alguns países da América Latina, especialmente da América Central, por exemplo, 20% dos homossexuais já estão infectados pelo HIV", diz Loures.
 Infecções voltam nos EUA
No continente americano, cerca de 70% das mortes por aids ocorreram entre gays. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, os homossexuais masculinos têm até 30 vezes mais riscos de contrair o HIV.
O mesmo CDC divulgou recentemente uma pesquisa que mostrou a gravidade da situação dos homossexuais. Hoje, 4,4% dos gays e bissexuais entre 23 e 29 anos nos Estados Unidos são infectados anualmente. Entre os negros, o índice chega a quase 15%.
"Os números mostram que, no caso dos gays, estamos mais próximos a índices da década de 80, quando a aids surgiu, do que dos números da década de 90, quando a terapia e as campanhas de prevenção proporcionaram um maior controle da aids", explica Linda Valleroy, coordenadora da pesquisa.
O estudo analisou três mil homossexuais e bissexuais que passaram por testes de HIV anonimamente entre 1998 e 2000 em seis das principais cidades americanas (Baltimore, Dallas, Los Angeles, Miami, Nova York e Seattle). Além da ausência de campanhas de prevenção, o CDC atribui o crescimento da aids ao fato de os gays jovens terem se tornado sexualmente ativos em um momento em que a doença estava ligeiramente sob controle nos Estados Unidos."         http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI211817-EI298,00-Aids+volta+a+crescer+entre+os+gays+diz+ONU.html

A revista veja  12/07/2014 às 9:39 \ Saúde
O número de infecções pelo vírus da aids está aumentando entre homossexuais em várias partes do mundo, advertiu nesta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomendou que este grupo tome antirretrovirais para prevenir o contágio do vírus. “A epidemia está disparando”, advertiu Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de vírus da imunodeficiência humana (HIV) da OMS. De acordo com ele, a evolução da medicação e da sobrevida do portador do HIV fizeram com que as campanhas de prevenção diminuíssem e as infecções voltassem a aumentar entre os gays.Homens gays — Esse grupo tem um risco dezenove vezes maior que o resto da população de contrair o vírus. Em Bangcoc, na Tailândia, por exemplo, a aids afeta 5,7% dos homens que mantêm relações sexuais com outros homens, ante 1% da população geral. Nas novas orientações, a OMS recomenda que os homossexuais considerem tomar antirretrovirais como método preventivo contra o HIV.[...]   http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/saude/aids-doenca-de-gay-ou-a-ciencia-nao-liga-para-o-politicamente-correto/

Agência Brasil 01/12/2014 18h14
Ao todo, 0,4% da população brasileira tem HIV/Aids, mas quando observado o panorama em públicos específicos, esse número é maior. Entre gays e homens que fazem sexo com homens maiores de 18 anos, 10,5% das pessoas têm o vírus, na população que usa crack, 5% têm o vírus. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-12/incidencia-de-aids-entre-gays-e-travestis-jovens-preocupa-ministro-chioro




2- Sobre a existência ou não de homossexualidade animal

2.1 Os especialistas alertam que não se pode comparar o comportamento sexual animal como o humano


Recentemente, os pesquisadores Mark Brown, da Universidade de Londres (Reino Unido) e Andrew Barron, da Universidade Macquarie (Austrália), fizeram um alerta para a população: os relatos da mídia sobre sexo animal são muitas vezes sensacionalistas, e alguns “humanizam” nossos amigos animais, o que pode levar a um mal-entendido sobre a natureza da sexualidade humana.
Os biólogos examinaram 48 artigos de jornais sobre o comportamento sexual de animais nos últimos anos. Os resultados foram publicados na revista Nature.
Brown chamou algumas manchetes de “bastante chocantes”. Os cientistas citaram como exemplo a cobertura sobre um estudo de 2007 que encontrou uma manipulação genética que poderia mudar o comportamento sexual em vermes nematoides. Esse estudo foi relatado com manchetes como: “A orientação sexual é genética em vermes, diz estudo”.
O problema com esse tipo de alegação, explica Brown, é que a orientação sexual é uma etiqueta social apenas para os seres humanos, não para os animais. Não podemos, de forma alguma, comparar as duas situações. Eles são tão diferentes da gente, que estes nematódeos não são sequer divididos em machos e fêmeas, como os seres humanos; suas populações são compostas de machos e hermafroditas....No geral, os pesquisadores afirmam que o preocupante é ligar o comportamento sexual animal à orientação sexual humana, passando a ideia de que a sexualidade humana é uma simples questão de genes e hormônios. Dessa forma, essas matérias podem criar a percepção de que a não heterossexualidade seja uma anormalidade ou doençahttp://hypescience.com/biologos-alertam-midia-sensacionaliza-o-comportamento-sexual-animal/

2.2 Não se pode verificar o que é certo ou errado na espécie humana com base no comportamento animal 

  • estupro e pedofilia "Em 1997, cientistas americanos acharam vários cadáveres de filhotes golfinhos mortos. Ninguém acreditou que fosse obra deles próprios, mas ao que parece, golfinhos são assassinos doidos. E foi descoberto que eles possuem o hábito de abusar sexualmente de sua própria espécie (e aí nenhum golfinho está excluído, abusa-se de machos, fêmeas, jovens ou velhos), e até seres humanos, se tiverem a chance "  http://hypescience.com/6-fatos-assustadores-sobre-golfinhos/

  • poligamia, orgia  "O golfinho é um dos animais mais ativos sexualmente no mundo. Tirando os primatas, é o único que faz sexo apenas por prazer. Apesar de uma gestação levar de 12 a 17 meses (dependendo da espécie) eles podem muito bem fazer orgias, se engajar com quantas parceiras e – pasmem – parceiros que encontram pela frente. Sim, existe até homossexualismo entre os golfinhos. Alguns chegam até mais longe, usando brinquedos sexuais , tais como gravetos e ossos, para apimentar as relações." http://hypescience.com/6-fatos-assustadores-sobre-golfinhos/


  • infanticídio - leões e outros animais praticam o infanticídio e o canibalismo
  • canibalismio 
  • incesto- o incesto é muito comum no mundo animal

2.3- O comportamento homossexual exclusivo de longa duração é extremamente raro
comportamento homossexual em animais refere-se à evidência documentada de comportamento homossexual e bissexual em várias espécies não-humanas. Tais comportamentos incluem sexonamoroafeição e parentalidade entre animais do mesmo sexo. Uma pesquisa de 1999, feita pelo pesquisador Bruce Bagemihl, mostra que o comportamento homossexual já foi observado em cerca de 1.500 espécies animais, variando de primatas a vermes intestinais, e é bem documentado em 500 delas.1 2 O comportamento animal sexual toma muitas formas diferentes, mesmo dentro da mesma espécie. As motivações e implicações de tais comportamentos têm ainda de ser totalmente compreendidas, uma vez que a maioria das espécies ainda não foram totalmente estudadas.3 De acordo com Bagemihl, "o reino animal [faz] isso com muito maior diversidade sexual - inclusive homossexual, bissexual e sexo não-reprodutivo - do que a comunidade científica e a sociedade em geral estão previamente dispostas a aceitar."4 A pesquisa atual indica que várias formas de comportamento sexual homossexual são encontradas em todo o reino animal.5 Uma nova revisão feita em 2009 das pesquisas já existentes mostrou que o comportamento homossexual é um fenômeno quase universal no reino animal, comum em várias espécies.6 Esse tipo de comportamento sexual é mais registrado em espécies sociais. De acordo com o que disse a geneticista Simon Levay em 1996, "embora o comportamento homossexual seja muito comum no mundo animal,parece ser muito incomum que os animais tenham uma predisposição de longa duração para se engajar em tal comportamento à exclusão das atividades heterossexuais. Assim, uma orientação homossexual, se é que se pode falar de tal coisa nos animais, parece ser uma raridade."7 Uma das espécies em que a orientação homossexual exclusiva ocorre, entretanto, é a da ovelha domesticada (Ovis aries).8 9 "Cerca de 10% dos carneiros (machos) se recusam a acasalar com fêmeas, mas prontamente se acasalam com outros carneiros do mesmo sexo."9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade_no_reino_animal



Conclusão: 

  • No reino animal há vários comportamentos não aceitáveis diante da sociedade humana como canibalismo, infanticídio, homicídios, Assim também estão presentes  outros comportamentos sexuais como pedofilia, orgias, incesto de igual maneira condenados.
  • Assim, observamos que o comportamento animal não pode ser o parâmetro para justificar o comportamento humano, ou seja, a ética humana não pode ter por base a biologia, ou sociobiologia ou psicologia evolucionária.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

História de Israel sob o domínio estrangeiro

Arco de Tito
Obs: As datas abaixo se referem a dominação estrangeira especificamente sobre Israel:


Mapas - click na figura
Palestina sob Macabeus, Davi e Salomão, Atual




 








Primeiro exílio (586 a 538 AEC)  - Domínio Babilônico

A conquista da Babilônia pôs fim ao período do Primeiro Templo, mas não cortou a conexão do povo judeu à Terra de Israel. Às margens dos rios da Babilônia, os judeus se comprometeram a recordarem sua pátria:
Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se minha mão direita de sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria(Salmos 137:5-6).

O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro Templo (586 AEC), marcou o início da diáspora judaica. Lá, o judaísmo começou a desenvolver uma estrutura religiosa e um modo de vida fora da Terra, para assegurar a sobrevivência nacional do povo e sua identidade espiritual, imbuindo-a com a vitalidade necessária para preservar seu futuro como nação.



Períodos persa e helenístico (538 a 142 AEC)

Após um decreto do rei persa Ciro, conquistador do império babilônico (538 AEC), cerca de cinquenta mil judeus partiram pela primeira vez em direção à Terra de Israel, liderados por Zorobabel, descendente da Casa de Davi. Menos de um século depois, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba. Nos próximos quatro séculos, os judeus tiveram diferentes graus de autonomia sob governos persas (538 a 333 AEC) e helenísticos (ptolemaico e selêucida) (332 a 142 AEC).

A repatriação dos judeus sob a inspirada liderança de Esdras, a construção do Segundo Templo no local do Primeiro Templo, a fortificação das muralhas de Jerusalém, e o estabelecimento da Knesset Hagedolah (Grande Assembleia), o supremo órgão religioso e judicial do povo judeu, marcaram o início do período do Segundo Templo. Dentro dos limites do Império Persa, Judá era uma nação liderada pelo sumo sacerdote e conselho de anciãos em Jerusalém.

Como parte do mundo antigo conquistado por Alexandre, o Grande, da Grécia (332 AEC), a Terra continuou a ser uma teocracia judaica, sob o domínio dos selêucidas, baseado nos sírios. Quando a prática do judaísmo foi proibida e seu Templo foi profanado, durante a imposição da cultura e costumes gregos a toda a população, os judeus se rebelaram (166 AEC).

Dinastia dos Asmoneus (142 a 63 AEC)

Primeiramente liderados por Matatias, da família sacerdotal dos Asmoneus, e depois por seu filho Judá, o Macabeu, os judeus entraram em Jerusalém e purificaram o Templo (164 AEC). Os dois eventos são comemorados todo ano pelo festival de Hanucá.

Após outras vitórias dos Asmoneus (147 AEC), os selêucidas restauraram a autonomia da Judeia, como a Terra de Israel era então chamada, e, com o colapso do reino selêucida (129 AEC), a independência judaica foi alcançada. Durante a dinastia dos Asmoneus, que durou aproximadamente 80 anos, o reino recuperou fronteiras quase iguais às do reino de Salomão, alcançou a consolidação política sob o governo judeu e a vida judaica floresceu.
Domínio Macabeu




Domínio romano (63 AEC a 313 EC)

Quando os romanos substituíram os selêucidas, passando a ser a grande potência da região, eles concederam ao rei Asmoneu Hircano II uma autoridade limitada, subordinado ao governador romano de Damasco. Os judeus reagiram com hostilidade ao novo regime, e nos anos seguintes houve diversas insurreições. Matatias Antígono fez uma última tentativa de restaurar a antiga glória da dinastia dos Asmoneus; sua derrota e morte finalizou o governo dos Asmoneus (40 AEC), e a Terra tornou-se uma província do Império Romano.

Em 37 AEC, Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado rei da Judéia pelos romanos. Com autonomia quase ilimitada sobre assuntos internos do país, ele tornou-se um dos mais poderosos monarcas no Império Romano oriental. Grande admirador da cultura greco-romana, Herodes lançou um enorme programa de construções, que incluía as cidades de Cesareia e Sebaste e as fortalezas em Heródio e Massada. Ele também reformou o Templo, tornando-o uma das mais magníficas construções da época. Mas apesar de suas realizações, Herodes não conseguiu ganhar a confiança e o apoio de seus súditos judeus.

Dez anos após a morte de Herodes (4 AEC), a Judeia passou a ser governada diretamente pelos romanos. A opressão romana da vida judaica causou uma insatisfação crescente, resultando em episódios violentos esporádicos que se transformaram em uma grande revolta em 66 EC. Forças superiores romanas, lideradas por Tito, acabaram vitoriosas, arrasando Jerusalém totalmente (70 EC) e derrotando até a última fortaleza judia em Massada (73 EC).

A total destruição de Jerusalém e do Segundo Templo foi catastrófica para o povo judeu. De acordo com o historiador contemporâneo Flávio Josefo, centenas de milhares de judeus faleceram durante a tomada de Jerusalém e no restante do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.

Houve um último e breve período de soberania judaica após a revolta de Shimon Bar Kochba (132 EC), durante o qual Jerusalém e a Judeia foram reconquistadas. No entanto, dado o enorme poder dos romanos, o resultado era inevitável. Três anos depois, de acordo com os costumes romanos, Jerusalém foi "arada com uma junta de bois"; a Judeia foi renomeada Palestina e Jerusalém, Aelia Capitolina.

Embora o templo tivesse sido destruído e Jerusalém totalmente queimada, os judeus e o judaísmo sobreviveram ao encontro com Roma. O órgão legislativo e judiciário supremo, o Sinédrio (sucessor da Knesset Hagedolah) foi reunido em Yavneh (70 EC) e, mais tarde, em Tiberíades. Sem a estrutura unificadora do Estado e do Templo, a pequena comunidade judaica restante se recuperou gradualmente, ocasionalmente fortalecida pela volta de grupos exilados. A vida institucional e comunal foi renovada, os sacerdotes foram substituídos por rabinos e a sinagoga tornou-se o foco das comunidades judaicas, como exemplificado pelos restos de sinagogas em Capernaum, Korazin, Bar’am, Gamla, etc. O Halachá (a lei religiosa judaica) serviu como elo comum entre os judeus e foi passado de geração a geração.


Massada: Cerca de mil homens, mulheres e crianças judias, que tinham sobrevivido à destruição de Jerusalém, ocuparam e fortificaram o palácio de Massada, do rei Herodes, no topo de uma montanha na região do Mar Morto, onde resistiram durante três anos a diversas tentativas romanas de desalojá-los. Quando os romanos finalmente escalaram Massada e derrubaram suas paredes, eles descobriram que os defensores e suas famílias haviam escolhido morrer por suas próprias mãos, em vez de serem escravizados.

Halachá é o órgão de direito que orienta a vida judaica em todo o mundo desde os tempos pós-bíblicos. Ele descreve as obrigações religiosas dos judeus, tanto nas relações interpessoais quanto nos rituais, e engloba praticamente todos os aspectos do comportamento humano - nascimento e casamento, alegria e tristeza, agricultura e comércio, ética e teologia. Baseada na Bíblia, a autoridade do halachá é fundada no Talmude, um corpo de leis e conhecimentos populares judaicos (concluído em cerca de 400), que incorpora a Misná, primeira compilação escrita da Lei Oral (codificada em cerca de 210), e o Gemara, uma continuação da Misná.

Para fornecer orientações práticas para o Halachá, resumos concisos e sistemáticos foram escritos por estudiosos de religião a partir dos séculos I e II. Dentre as codificações de maior credibilidade está o Shulchan Aruch, escrito por Joseph Caro em Safed (Tzfat), no século XVI.

História da menorá

A Menorá de Ouro (um candelabro de sete braços), era um importante objeto de rituais no templo do rei Salomão, na antiga Jerusalém. Através dos tempos, tem simbolizado a herança e tradição judaicas em inúmeros locais e formas.


Domínio bizantino- Império romano do Oriente (313 a 636)

Ao final do século IV, após o Imperador Constantino adotar o cristianismo (313) e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel havia se tornado um país predominantemente cristão. Igrejas foram construídas em locais sagrados cristãos em Jerusalém, Belém e Galileia, e fundaram-se mosteiros em muitas regiões do país.

Os judeus foram privados da autonomia relativa que tinham anteriormente, do direito de ocupar cargos públicos, e foram proibidos de entrar em Jerusalém, exceto em um dia do ano (Tisha B'Av - nove de Av) para lamentar a destruição do Templo.

A invasão persa de 614 foi auxiliada pelos judeus, inspirados pela esperança messiânica da libertação. Em troca de sua ajuda, eles receberam o governo de Jerusalém; esse período durou aproximadamente três anos. Subsequentemente, o exército bizantino recuperou o domínio da cidade (629) e mais uma vez expulsou seus habitantes judeus.


Domínio árabe (636 a 1099)

A conquista da Terra pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632) e durou mais de quatro séculos, com califas governando primeiro a partir de Damasco, depois de Bagdá e do Egito. No início, a colonização judaica em Jerusalém foi retomada, e a comunidade judaica recebeu o status de dhimmi (não muçulmanos protegidos), o que lhes garantia a vida, propriedade e liberdade de culto, em troca do pagamento de taxas e impostos territoriais especiais.

No entanto, logo restrições contra não muçulmanos (717) afetaram a conduta pública dos judeus, assim como suas práticas religiosas e seu status legal. A imposição de pesados impostos sobre terras agrícolas fez com que muitos se mudassem de áreas rurais para as cidades, onde sua situação melhorou pouco; enquanto isso, o aumento da discriminação social e econômica forçou muitos outros a deixar o país. Ao final do século XI, a comunidade judaica na Terra tinha diminuído consideravelmente, tendo perdido parte de sua coesão organizacional e religiosa.


Cruzados (1099 a 1291)

Durante os 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos cruzados, que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, vieram da Europa para recuperar a Terra Santa dos infiéis. Em julho de 1099, após um cerco de cinco semanas, os cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus capturaram Jerusalém, massacrando a maioria dos habitantes não cristãos da cidade. Presos em suas sinagogas, os judeus defenderam sua região, mas foram queimados vivos ou vendidos como escravos.

Durante as décadas seguintes, os cruzados ampliaram seu poder sobre o restante do país, em parte por meio de tratados e acordos, mas principalmente através de sangrentas conquistas militares. O Reino Latino dos Cruzados constituía-se de uma minoria conquistadora, confinada em cidades e castelos fortificados.

Quando os cruzados abriram as rotas de transporte a partir da Europa, a peregrinação à Terra Santa tornou-se popular e, ao mesmo tempo, um número cada vez maior de judeus procurava retornar à sua terra natal. Documentos da época indicam que 300 rabinos da França e da Inglaterra chegaram em um grupo, instalando-se em Acre (Akko), outros em Jerusalém.

Após a derrota dos cruzados pelo exército muçulmano de Saladino (1187), os judeus ganharam novamente certa liberdade, incluindo o direito de viver em Jerusalém. Embora os cruzados tenham conseguido uma presença no país após a morte de Saladino (1193), sua presença limitava-se a uma rede de castelos fortificados.

A autoridade dos cruzados na Terra terminou após uma derrota final (1291) pelos mamelucos, uma casta militar muçulmana que conquistara o poder no Egito.


Domínio mameluco [muçulmanos] (1291 a 1516)

Sob o domínio dos mamelucos, a Terra tornou-se apenas uma província, governada a partir de Damasco. Acre, Jaffa, e outros portos foram destruídos por receio de novas cruzadas, e o comércio marítimo e terrestre foi interrompido. Ao final da Idade Média, as cidades do país estavam praticamente em ruínas, a maior parte de Jerusalém estava abandonada, e a pequena comunidade judaica vivia na miséria.

O declínio do domínio mameluco foi marcado por revoltas políticas e econômicas, pragas, gafanhotos, e terremotos devastadores.


Domínio otomano (1517 a 1917)
Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados administrativamente à província de Damasco e governados de Istambul. No início da era otomana, aproximadamente mil famílias judias viviam no país, principalmente em Jerusalém, Nablus (Siquém), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e nas aldeias da Galileia. A comunidade era constituída por descendentes de judeus que sempre viveram na Terra, assim como imigrantes do norte da África e da Europa.

Um governo eficiente, até a morte (em 1566) do sultão Suleiman, o Magnífico, trouxe melhorias e estimulou a imigração judaica. Alguns recém-chegados se estabeleceram em Jerusalém, mas a maioria foi para Safed, onde, em meados do século 16, a população judaica havia aumentado para aproximadamente dez mil, e a cidade tornou-se um próspero centro têxtil e um foco de intensa atividade intelectual.

Durante esse período, o estudo da Cabala (misticismo judaico) floresceu e esclarecimentos da lei judaica, codificados no Shulchan Aruch, foram disseminados por toda a Diáspora a partir das casas de estudo de Safed.

Com um declínio gradual na qualidade do domínio otomano, o país todo muito negligenciado. Ao final do século XVIII, grande parte da Terra pertencia a proprietários ausentes, sendo arrendadas a agricultores empobrecidos, e a tributação era altíssima e arbitrária. As grandes florestas da Galileia e do monte Carmel foram desmatadas; pântanos e desertos invadiam as terras agrícolas.

Durante o século XIX, o atraso medieval foi aos poucos substituído pelos primeiros sinais de progresso, com várias potências ocidentais procurando uma posição dominante, muitas vezes através de atividades missionárias. Estudiosos britânicos, franceses e americanos iniciaram estudos de arqueologia bíblica; a Grã-Bretanha, a França, a Rússia, a Áustria e os Estados Unidos abriram consulados em Jerusalém. Navios a vapor passaram a ter rotas constantes de e para a Europa; conexões postais e telegráficas foram instaladas; a primeira estrada ligando Jerusalém a Jaffa foi construída. O renascimento do país como ponto de encontro comercial de três continentes foi acelerado pela abertura do Canal de Suez.

Consequentemente, a situação dos judeus do país foi melhorando, e seu número aumentou substancialmente. Na metade do século, a superpopulação no interior das muralhas de Jerusalém levou os judeus a construírem o primeiro bairro fora das muralhas (1860), e, nos vinte e cinco anos seguintes, adicionaram mais sete, formando o núcleo da nova cidade. Em 1870, Jerusalém tinha uma maioria absoluta judia. Terras para a agricultura foram compradas em todo o país; novos assentamentos rurais foram estabelecidos; a língua hebraica, há muito restrita à liturgia e à literatura, foi reavivada. Era o estágio ideal para o início do movimento sionista.

O sionismo, o movimento de libertação nacional do povo judeu, recebeu este nome a partir da palavra "Sião", sinônimo tradicional de Jerusalém e da Terra de Israel. A ideia do sionismo - a redenção do povo judeu em sua pátria ancestral - está enraizado na contínua saudade e profunda ligação à Terra de Israel, que é uma parte inerente da existência judaica na Diáspora através dos séculos.

O sionismo político surgiu em resposta à contínua opressão e perseguição de judeus na Europa Oriental e à desilusão com a emancipação na Europa Ocidental, que não pusera fim à discriminação nem levara à integração dos judeus nas sociedades locais. Sua expressão foi formalizada no estabelecimento da Organização Sionista (1897), durante o Primeiro Congresso Sionista, reunido por Theodor Herzl em Basileia, Suíça. O programa do movimento sionista continha elementos ideológicos e práticos para o incentivo do retorno dos judeus à Terra, facilitando o renascimento social, cultural, econômico e político da vida nacional judaica e procurando também alcançar um lar reconhecido internacionalmente e legalmente garantido para o povo judeu em sua pátria histórica, onde não fossem perseguidos e pudessem desenvolver suas próprias vidas e identidade.

Inspirados pela ideologia sionista, dois grandes fluxos de judeus da Europa Oriental chegaram ao país no final do século XIX e início do século XX. Determinados a restaurar sua pátria pelo cultivo do solo, esses pioneiros recuperaram campos estéreis, construíram novos assentamentos e formaram a base para o que se tornaria uma próspera economia agrícola.

Os recém-chegados enfrentaram condições extremamente difíceis: a postura da administração otomana era hostil e opressiva; comunicações e transporte eram rudimentares e pouco seguros; nos pântanos havia a mortal malária; e o solo sofrera séculos de negligência. A aquisição de terras era restrita, e a construção foi proibida sem uma licença especial, que só podia ser obtida em Istambul. Embora essas dificuldades tenham dificultado o desenvolvimento do país, não o impediram. Com o início da I Guerra Mundial (1914), a população judaica na Terra era de 85.000, em comparação com os 5.000 do início do século XVI.

Em dezembro de 1917, forças britânicas, sob o comando do General Allenby, invadiram Jerusalém, terminando 400 anos de domínio otomano. A Legião Judaica, com três batalhões formados por milhares de voluntários judeus, era uma unidade essencial do exército britânico.




Domínio britânico (1918 a 1948)

Em julho de 1922, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha o Mandato sobre a Palestina (nome pelo qual o país era então conhecido). Reconhecendo a ligação histórica do povo judeu com a Palestina, foi solicitado à Grã-Bretanha que facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina e em Eretz Israel (Terra de Israel). Dois meses depois, em setembro de 1922, o Conselho da Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que as condições para a criação de um lar nacional judaico não valeriam para a região leste do rio Jordão, que constituía três quartos do território incluído no Mandato e que acabou por se tornar o Reino Hachemita da Jordânia.


Imigração

Motivados pelo sionismo e incentivados pela empatia britânica com as aspirações judaicas sionistas, conforme comunicado pelo secretário de Relações Exteriores Lord Balfour (1917), sucessivos grupos de imigrantes chegaram ao país, entre 1919 e 1939, cada um contribuindo para diferentes aspectos do desenvolvimento da comunidade judaica. Cerca de 35.000 judeus chegaram entre 1919 e 1923, principalmente da Rússia, e influenciaram muito o caráter e organização da comunidade durante anos.

Esses pioneiros estabeleceram os alicerces de uma infraestrutura social e econômica abrangente, desenvolveram a agricultura, instalaram formas comunitárias cooperativas e únicas de assentamentos rurais - kibutz e moshav - e forneceram a mão de obra para a construção de casas e estradas.

A onda seguinte, com aproximadamente 60.000 judeus, que vieram principalmente da Polônia entre 1924 e 1932, foi fundamental para o desenvolvimento e enriquecimento da vida urbana. Esses imigrantes se estabeleceram principalmente em Tel Aviv, Haifa e Jerusalém, onde abriram pequenos negócios, empresas de construção e indústrias leves. A última grande onda de imigração antes da II Guerra Mundial, que incluiu aproximadamente 165 mil judeus, ocorreu na década de 1930, após a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha. Os recém-chegados, muitos dos quais eram profissionais e acadêmicos, constituíram o primeiro grande grupo de imigrantes da Europa Ocidental e Central. Sua educação, habilidades e experiência aumentaram o padrão dos negócios, refinaram as condições urbanas e rurais, e ampliaram a vida cultural da comunidade.


Administração
As autoridades britânicas concederam às comunidades judaica e árabe o direito de administrarem seus próprios assuntos internos. Utilizando esse direito, a comunidade judaica, conhecida como Yishuv, elegeu (em 1920) um órgão autogovernante com base em representação partidária, que se reunia anualmente para analisar suas atividades e eleger o Conselho Nacional (Va'ad Leumi) para implantar suas políticas e programas. Financiados por recursos locais e fundos angariados pelo judaísmo mundial, uma rede nacional de serviços educacionais, religiosos, sociais e de saúde foi desenvolvida e mantida. Em 1922, conforme estipulado no Mandato, uma "agência judaica" foi constituída para representar o povo judeu diante das autoridades britânicas, governos estrangeiros e organizações internacionais.


Desenvolvimento econômico
Durante as três décadas do Mandato, a agricultura foi desenvolvida; fábricas foram estabelecidas; novas estradas foram construídas em todo o país; as águas do rio Jordão foram represadas para a produção de energia elétrica; e o potencial mineral do Mar Morto foi aproveitado.

A Histadrut (Federação Geral do Trabalho) foi fundada (1920) para apoiar o bem-estar dos trabalhadores e criar empregos através do estabelecimento de empresas cooperativas no setor industrial, assim como serviços de marketing para as colônias agrícolas.

Cultura

Dia após dia, surgia uma vida cultural que se tornaria exclusiva para a comunidade judaica na Terra de Israel. Arte, música, e dança se desenvolveram gradualmente com a criação de escolas e estúdios profissionais. Galerias e salas forneceram espaços para exposições e espetáculos, frequentados por um público exigente. A abertura de uma nova peça, o lançamento de um novo livro, ou uma exposição de retrospectiva de um pintor local eram imediatamente cobertos pela imprensa e tornaram-se objetos de animados debates em cafés e reuniões sociais.

A língua hebraica foi reconhecida como língua oficial do país, juntamente com o inglês e o árabe, e passou a ser usada em documentos, moedas e selos, assim como em programas de rádio. O mercado editorial aumentou, e o país surgiu como centro mundial de atividade literária em hebraico. Teatros de vários gêneros abriram suas portas para o público, juntamente com tentativas iniciais de escrever peças originais em hebraico.

Oposição árabe e restrições britânicas

O renascimento nacional judaico e o empenho da comunidade para reconstruir o país encontraram fortes oposições por parte dos nacionalistas árabes. Seu ressentimento explodiu em períodos de intensa violência (1920, 1921, 1929, 1936 a 1939), quando ataques não provocados foram lançados contra a população judaica, incluindo o Massacre de Hebron de 1929, o assédio no transporte judaico, e a queima de campos e florestas.

Tentativas de diálogo com os árabes, realizadas no início do movimento sionista, foram infrutíferas, polarizando o sionismo e o nacionalismo árabe em uma situação potencialmente explosiva. Reconhecendo os objetivos opostos dos dois movimentos nacionais, a Grã-Bretanha recomendou (1937) a divisão do país em dois Estados, um judeu e outro árabe, ligados por uma união econômica. A liderança judaica aceitou a ideia da divisão e permitiu que a agência judaica negociasse com o governo britânico para reformular os diversos aspectos da proposta. Os árabes foram intransigentemente contra qualquer plano de divisão.

A continuação de grandes ataques árabes antissemitas levou a Grã-Bretanha (em maio de 1939) à emissão de um Livro Branco, impondo restrições drásticas sobre a imigração judaica, apesar de, consequentemente, negar a judeus europeus um refúgio da perseguição nazista.

O início da II Guerra Mundial pouco depois levou David Ben-Gurion, posteriormente o primeiro primeiro-ministro de Israel, a declarar: Vamos lutar na guerra como se não houvesse Livro Branco, e contra o Livro Branco como se não houvesse guerra.

Três movimentos clandestinos judeus ocorreram durante o período do Mandato Britânico. O maior deles foi a Haganah, fundada em 1920 pela comunidade judaica como uma milícia de defesa para a segurança da população judaica. A partir de meados dos anos 1930, o movimento também foi responsável por retaliações após os ataques árabes e respostas às restrições britânicas à imigração judaica com demonstrações e sabotagem em massa. O Etzel, organizado em 1931, rejeitou o autocontrole da Haganah e iniciou ações independentes contra alvos árabes e britânicos. O menor e mais militante dos grupos, o Lehi, foi criado em 1940. As três organizações foram dissolvidas com o estabelecimento das Forças de Defesa de Israel em junho de 1948.

Holocausto

Durante a 2ª Guerra Mundial (1939 a 1945), o regime nazista executou um deliberado e sistemático plano para liquidar a comunidade judaica da Europa. Nesse período, aproximadamente seis milhões de judeus, incluindo um milhão e meio de crianças, foram assassinados. À medida que os exércitos nazistas varriam a Europa, os judeus eram selvagemente perseguidos, submetidos a tortura e humilhação, e levados para guetos, onde tentativas de resistência armada causaram medidas ainda mais duras.

A partir dos guetos, eles eram transportados para campos de concentração, onde alguns, com mais sorte, eram submetidos a trabalhos forçados, mas a maioria era executada em massa através de tiros ou câmaras de gás. Muitos não conseguiram escapar. Alguns fugiram para outros países, alguns se juntaram aos guerrilheiros, e outros foram escondidos por não judeus, que arriscaram suas próprias vidas ao fazerem isso.

Consequentemente, apenas um terço dos judeus sobreviveu, incluindo aqueles que haviam deixado a Europa antes da guerra, de uma população de quase nove milhões, que outrora constituía a maior e mais vibrante comunidade judaica do mundo.

Após a guerra, a oposição árabe levou os britânicos a intensificar suas restrições sobre o número de judeus com permissão para entrar e se estabelecer no país. A comunidade judaica reagiu, instituindo uma ampla rede de imigração ilegal para resgatar sobreviventes do Holocausto. Entre 1945 e 1948, aproximadamente 85.000 judeus foram trazidos à Terra secretamente, por rotas muitas vezes perigosas, apesar do bloqueio naval britânico e patrulhas de fronteira preparadas para interceptar refugiados antes de chegarem ao país. Aqueles capturados foram internados em campos de detenção na ilha de Chipre, ou forçados a retornar para a Europa.

Voluntários judeus na 2ª Guerra Mundial: Mais de 26.000 homens e mulheres da comunidade judaica da Terra se ofereceram para juntarem-se às forças britânicas na luta contra a Alemanha nazista e seus aliados do Eixo, servindo no exército, força aérea e marinha. Em setembro de 1944, após um esforço prolongado da agência judaica no país e do movimento sionista no exterior para conseguir o reconhecimento da participação dos judeus da Palestina no esforço de guerra, a Brigada Judaica foi formada como uma unidade militar independente do exército britânico, com sua própria bandeira e emblema. Composta por aproximadamente 5.000 homens, a brigada agiu no Egito, no norte da Itália e no noroeste da Europa.

Após a vitória dos Aliados na Europa (1945), muitos de seus membros juntaram-se às atividades de “imigração ilegal” para trazer sobreviventes do Holocausto à Terra de Israel.

A caminho da independência

A incapacidade da Grã-Bretanha de conciliar as exigências opostas das comunidades judaica e árabe levou o governo britânico a pedir que a "Questão da Palestina" fosse inscrita na agenda da Assembleia Geral das Nações Unidas (em abril de 1947). Como resultado, uma comissão especial foi constituída para elaborar propostas sobre o futuro do país. Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia votou pela adoção da proposta do comitê de divisão da Terra em dois Estados, um judeu e outro árabe. A comunidade judaica aceitou o plano, mas os árabes o rejeitaram.

Após a votação da ONU, os militantes árabes locais, auxiliados por voluntários aleatórias de países árabes, lançaram violentos ataques contra a comunidade judaica, tentando frustrar a resolução da divisão e impedir o estabelecimento de um Estado judeu. Após uma série de contratempos, as organizações de defesa judaicas expulsaram a maioria das forças de ataque, tomando conta de toda a área alocada para o Estado judeu.

Em 14 de maio de 1948, quando o mandato britânico chegou ao fim, a população judaica na Terra chegava a 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas - de fato, uma nação e Estado em todos os sentidos, exceto no nome.


Fonte: http://http://embassies.gov.il/brasilia/AboutIsrael/history/Pages/HISTORIA-Segundo-Templo.aspx/brasilia acesso em 26/11/2014






























































sexta-feira, 7 de novembro de 2014

leis da lógica e sofismas- não existe verdade relativa


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PRINCÍPIOS DA RAZÃO (FILOSOFIA-MARILENA CHAUÍ, 2000, editora ática)


Não vem da experiência:
“a razão opera seguindo certos princípios que ELA PRÓPRIA (a razão ) estabelece e que estão em concordância com a própria realidade, mesmo quando empregamos sem conhecê-los explicitamente”... leis fundamentais... nós a respeitamos porque somos seres racionais e porque são princípios que garantem que a realidade é racional.” p. 44
são eles:

1-principio da identidade. É a condição do pensamento, e sem ele não podemos pensar...Ele afirma que uma coisa, seja ela qual for, só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade ex: triangulo=figura de 3 lados.O princípio da identidade é a condição para que definamos as coisas e possamos conhece-las a partir de suas DEFINIÇÕES.


2- principio da não-contradição
“uma coisa ou idéia que nega a si mesma se auto-destroem, desaparecem, deixam de existir. Afirma também que as COISAS OU IDÉIAS CONTRADITÓRIAS SÃO IMPENSÁVEIS E IMPOSSÍVEIS”


3- princípio do terceiro excluído
- ou esse homem é Sócrates ou ele não é Sócrates. Este principio define a decisão de um dilema- “ou isto ou aquilo”- e exige que apenas uma das alternativas seja verdadeira”


4- principio da razão suficiente (principio da causalidade)-
 “para indicar que a razão afirma a existência de relações ou conexões internas entre as coisas, entre os fatos, ou entre ações e acontecimentos” P.45



PELO QUE FOI EXPOSTO, PODEMOS OBSERVAR QUE OS PRINCIPIOS DA RAZÃO APRESENTAM ALGUAMS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:

1-Não possuem um conteúdo determinado, pois são apenas FORMAS: indicam como as coisas devem ser e como devemos pensar, mas não nos dizem quais coisas são, nem os quais os conteúdos devemos ou vamos pensar

2- POSSUEM VALIDADE Universalisto, é, onde houver razão (nos seres humanos e nas coisas, nos fatos e nos acontecimentos), em todo TEMPO e em TODO LUGAR, TAIS PRINCÍPIOS SÃO VERDAdEIROS, empregados por todos (os humanos) e obedecidos por todos (coisas, fatos acontecimentos).

3- são necessários, isto é, indispensáveis para o pensamento e para a vontade, para as coisas, os fatos e os acontecimentos. Indicam que um fato é assim e não pode ser de outra maneira. Necessário significa: é impossível que não seja dessa maneira e que pudesse ser de outra.” P. 45






  • Verdade é o que corresponde a realidade.
  • VERDADE É A CORRESPONDÊNCIA DAS COISAS AO QUE REALMENTE SÃO.
  • VERDADE´É A EXPRESSÃO, O SÍMBOLO, OU A DECLARAÇÃO QUE CORRESPONDE AO SEU OBJETO OU REFERENTE.

Em resumo:
Para alguma coisa ser verdadeira ela dever ser:

1-Coerente 
2- corresponder à realidade.




Tipos de verdade:
Matemática: 2+2=4
Convencional: o idioma que vc está lendo é o português
Histórica: Vc acessou este blog
Lógica: leis da lógica´: ex: sócrates é homem, e homem é mortal, logo ele é mortal.
__________________________________________________


Falácias:
Falácias
A falácia é um tipo de raciocínio incorreto. embora tenha a aparência de correção. 

Tipos:
 Formais: quando contrariam as regras do raciocínio correto, e não-formais, quando os erros decorrem de "inadvertência ou falta de atenção ao nosso tema, ou então porque somos iludidos por alguma ambigüidade na linguagem usada para formular nosso argumento".

Falácias não-formais

Ad Verecundiam (autoridade) o argumento se apoia na declaração de uma autoridade que faz comentário fora de sua área de especialidade, ou seja, se usa um recurso desviante, em que é setor que não é da competência do especialista. isso é muito comum na propaganda.EX: artistas famosos "vendem" desde sabon até idéias (quando apoiam, por exemplo, candidato às eleições).


A falácia de acidente consiste em considerar essencial algo que não passa de acidente como, por exemplo, concluir que a medicina é inútil devido ao erro de um médico. Ou, outro aspecto, aplicar o que é válido como regra geral em circunstâncias particulares"acidentais" em que a regra se torna inaplicável. É o caso de pessoas excessivamente
moralistas e legalistas, desejosas de aplicar cegamente as normas e as leis, independentemente da análise cuidadosa das circunstâncias específicas dos acontecimentos.



 Petição de princípio, ou círculo vicioso- "Petitio Principii"
 consiste em supor já conhecido o que é objeto da questão. Por exemplo: "Milagres são impossíveis". Neste caso se afirma a inexistência de Deus, sem de fato provar essa alegação.

Ambiguidades e falta de clareza, quando conceitos ou frases não são suficientemente esclarecidos ou são
empregados com sentidos diferentes nas diversas etapas da argumentação. Trata -se de equívoco usarmos uma palavra em dois sentidos diferentes como se fosse o mesmo: "A alma que pecar essa morrerá", "MInha alma o sabe muito bem". Neste caso o sentido da primeira frase é 'pessoa" e no segundo é 'intelecto, mente, emoção,etc'

Argumento contra o homem- "Ad hominem"

"há ainda o argumento da autoridade as avessas, no sentido de ser pejorativo e ofensivo, conhecido como argumento contra o homem . Ele ocorre quando consideramos errada uma conclusão porque parte de alguem por nós depreciado.Ao refutar a verdade atacamos o homem que fez a afirmação.."
(FILOSOFANDO, P.83, EDITORA MODERNA,1995)

Apelo à Ignorância "Ad Ignorantum"

Este é um argumento falacioso que conclui que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso, ou vice-versa. "Se não há provas da existência de Deus, logo ele não existe"

Apelo à Pena "Ad Misericordiam"
A aceitação do argumento é justificado pelo uso de termos que procuram conquistar a simpatia ou a ligação emocional das pessoas com o objeto da conclusão, mesmo desconsiderando as evidências do contrário.

Ignorância da questão consiste em se afastar da questão, desviando a discussão para outro lado. Um advogado habilidoso, que não tem como negar o crime do réu, enfatiza que ele é bom filho, bom marido,
trabalhador etc.

Apelo ao Público
Justifica-se o arguemnto por causa da sua popularidade, ou seja, a maioria concorda com o que se está alegando.

"Tu Quoque" (Você Também)

Essa falácia se estabelece quando se usa os erros cometidos por outros  para desconsiderar o argumento apresentado.

Apelo à Tradição "Ad Antiquitatem"

Argumento em que se justifica sua aceitação baseado no fato de que "sempre foi feito assim."

Espantalho 
Reconstrução do argumento oponente de forma diferente, mais fraca e não representativa da intenção original do argumentador. Em outras palavras transforma-se o argumento original em um” espantalho”.

Descida Escorregadia

Nesta falácia assume-se uma pequena movimentação para uma direção particular irá desencadear um processo irreversível e incontrolável de movimentação na mesma direção. Ex: permitir uso de bermuda levará ao uso de lengerie

Envenenamento do Poço

Rejeição de um argumento baseado em uma condição negativa da fonte. "A imortalidade da alma é uma doutrina grega, logo esta doutrina deve ser rejeitada pela igreja"
etc.   
Para outras ver: http://falaciasonline.wikidot.com/apelo-a-natureza

Falácias formais

Entre as regras da conversão de proposições nas chamadas inferências imediatas, so se pode converter simplesmente uma proposição universal quando se trata de uma definição. Caso contrário, trata -se de falácia: "Todos os mamíferos são vertebrados, logo, todos os vertebrados são mamíferos". O certo seria:

"logo, alguns vertebrados são mamíferos".
Agora examinemos os seguintes argumentos:

a) Todos os homens são loiros.

Ora, eu sou homem.
Logo, eu sou loiro.

b) Todos os homens são vertebrados.

Ora, eu sou vertebrado.
Logo, eu sou homem.

Embora a tenha a primeira premissa materialmente falsa (ou seja, o conteúdo dela não corresponde à realidade), trata -se de um raciocínio formalmente correto. Segundo as regras da lógica, colocadas tais premissas, a conclusão se põe necessariamente.


Por outro lado, o raciocínio b, é  formalmente inválido. Não importa se a conclusão corresponde à realidade, mas sim

que não se trata de uma construção logicamente válida. Segundo uma das regras do silogismo, o termo médio deve ser, pelo menos uma vez, total. O t ermo médio (que no caso é "vertebrado") é aquele que aparece nas duas premissas e permite estabelecer a ligação entre os outros dois termos. Essa regra não é atendida no raciocínio
b, pois os homens são alguns dentre os vertebrados, e eu sou um dos verte brados. 

Os exemplos a e b são falácias, sendo o primeiro uma falácia quanto à matéria, embora se trate de argumento 
formalmente correto, enquanto o segundo é uma falácia quanto à forma, pois desatende uma regra do argumento válido.

domingo, 28 de setembro de 2014

É pecado jurar?


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Hebreus 6:16 Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda.

1- Deus jura
Lucas 1:73  e do juramento que fez <3660> a Abraão, o nosso pai,
Atos 2:30  Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado <3660> que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,
Atos 7:17  Como, porém, se aproximasse o tempo da promessa que Deus jurou <3660> a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito,
Hebreus 3:11  Assim, jurei <3660> na minha ira: Não entrarão no meu descanso.
Hebreus 3:18  E contra quem jurou <3660> que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?
Hebreus 4:3  Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei <3660> na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Hebreus 6:13  Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar <3660>, jurou <3660> por si mesmo,
Hebreus 6:16  Pois os homens juram <3660> pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda.
Hebreus 7:21  mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: O Senhor jurou <3660> e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre);

3660 omnuo[grego]
1) jurar
2) afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
3) num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por



2- Os anjos juram

Ap 10:5  Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu
6  e jurou 3660 por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora


3- Jesus jurou quando submetido a juramento
Se todo tipo de juramento fosse errado, o próprio Jesus não teria jurado!

Mateus 26:63  Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro <1844> pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
64  Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
65  Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia!



no texto paralelo:

61  Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?
62  Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.

63  Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas?

1844 exorkizo de 1537 e 3726; 



1) arrancar um juramento, forçar a um juramento 

2) adjurar 



1537 ek ou ex -preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); ; prep 

1) de dentro de, de, por, fora de



3726 horkizo  de 3727; 

1) forçar a tomar um juramentoadministrar um juramento a 
2) adjurar (implorar solenemente) 



4- Jesus ensinou que é sempre errado Jurar?

a- Os judeus ensinavam que juramentos poderiam ser anulados

  • Os fariseus ensinavam que quem jurasse por Jerusalém, pelo céu, pelo templo, ou por si poderiam ficar isentos de sua obrigação de cumprir seu juramento!!! Estimulavam assim a mentira
  • Os fariseus diziam que apenas os votos por Corbã (ofertas materiais) deveriam ser cumpridos. 

Mateus 23:16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuárioisso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
18 E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.


b-Jesus ensinou que o juramento obrigava a pessoa a cumprir seu voto
Mt 23:19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está.
21 Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado.


c- Jesus ensinou que não era necessário jurar, basta dizer sim ou não

Mt 5:33 ¶ Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.

34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;


36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto 

37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.

O mesmo disse Tiago:

Tiago 5:12  Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.


5- Conclusão
Só devemos jurar quando submetidos a juramentos ou quando nos empenhamos em alguns compromissos específicos, semelhantes ao caso de Jesus  e do anjo (acima mencionados)

"Juramentos ligados a deveres cívicos e militares (juramento á bandeira), compromissos conjugais, exercício de profissão, entre outras formas, não são por si mesmo censuráveis ou repudiáveis"(Fé Cristã e Maçonaria: compatíveis?São Paulo: Nossa Missão, 2014, p. 92).

Sobre juramento maçônico ver:


Bibliografia consultada:
Fé Cristã e Maçonaria: compatíveis?São Paulo: Nossa Missão, 2014.
Léxico de Strong- Bíblia On-line 3.0